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Metro Exodus é o meu favorito da saga Metro até então. Tudo o que havia nos outros jogos melhoraram ou se manteve no mesmo padrão estabelecido na franquia (não digo que é trilogia porque ainda vão expandir o universo do jogo). Os acontecimentos na jornada de Artyom vão se escalonando para ficar mais urgentes e apreensivos quanto mais você avança no jogo, o que trás uma atmosfera assustadora para tentar salvar os seus amigos enquanto viajam com a Aurora pelos demais territórios russos em busca de um lar para conviver longe da radiação. Eu sinto que não há mais nada para ser complementado na história do protagonista, que agora vive pacificamente ao lado da sua esposa esperando seu futuro filho. Logo, a franquia pode se expandir para novos personagens e abrir um leque de possibilidades de explorar as demais regiões além da Rússia, que foram afetadas pela guerra.
O jogo envelheceu até agora como vinho, mas ainda possui muitos problemas técnicos, como loading no meio da jogatina travando Artyom no chão, impossibilitando o jogador de andar, diversos bugs gráficos, diálogos sendo cortados nas conversas entre npc's, comandos não tão responsivos, e por aí vai. Apesar de serem problemas um tanto quanto estressantes, ainda sim é possível ter uma boa experiência com o jogo, porque suas qualidades convém mais do que seus erros.
A sensação de sobrevivência nesse jogo é interessante, mas não trás uma sensação de urgência ao ponto de desesperar o jogador ou criar uma certa tensão. Para aqueles mais entusiastas em exploração e descoberta, com certeza jogarão uma gameplay tranquila sem muitas faltas de recursos, pois o jogo recompensa bastante quem faz questão de explorar cada canto do mapa, no entanto, também não é bom subestimar a mão que eles lhe dão durante sua jornada, sem nem perceber, você pode passar sufoco se não balancear seus recursos, então tenha em mente de não usurpar totalmente seus aparatos adquiridos em sua exploração.
Os únicos momentos de tensão certamente são os stealths, apesar de serem totalmente opcionais, é a melhor escolha para aqueles que prezam por seus recursos e o sistema de karma, que diferente dos outros jogos como o Metro 2033 e Last Light, aqui está bem menos dificultoso, eu consegui fazer o final bom no modo mais difícil logo na primeira zerada, mas tenham em mente que se forem fazer o stealth, matando o mínimo de pessoas possível, é capaz de você levar facilmente mais de 2 horas no mesmo mapa tentando achar rotas e alternativas para passar (estou falando isso por experiência própria).
Por fim, é uma experiência que eu adorei ter recebido, é um jogo que vai ficar marcado na minha memória como um dos melhores fps que eu já joguei. Sua narrativa, gameplay, personagens, ambientação, tudo isso foi muito marcante e bem feito. Uma joia no mundo dos vídeo games.

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Um dos grandes clássicos que tive o prazer de experimentar recentemente. Uma jornada formada pelo amor acabou resultando na tragédia iminente causada pelo egoísmo de trazer a pessoa que amou de volta à vida, decretando seu fim sem ao menos poder vê-la novamente, muito menos ter dito uma palavra sequer, porque as consequências eram grandes e o destino perverso. No fim, toda a sua jornada obtivera uma conclusão melancólica e vazia, assim como a terra em que se passa o jogo, cheia de mistérios que nunca serão revelados. No final das contas, os únicos inocentes dessa trajetória do Wander eram os próprios Colossus.

Um dos melhores jogos de Ps2 já feito. Ele é um avanço completo de tudo que tem do primeiro, seja técnico, graficamente e narrativamente. Possui algumas partes arrastadas e enjoativas na jornada e eu considero ele um pouco mais cansativo que o primeiro, além de ser consideravelmente mais fácil que o antecessor. Mas de longe é um jogo que pegou todas as bases e características do primeiro para elevar em um pico fenomenal para a franquia, além de ter envelhecido como vinho! Não ficou datado em quase nenhum fator, de fato, um jogo surpreendentemente bom.

O jogo que iniciou uma das maiores sagas da história dos vídeos games! Um dos suprassumos dos jogos de PS2 e que moldou uma tendência na indústria após seu lançamento de tão influente e importante que é. Simplesmente atemporal e fantástico! Gameplay apesar de velha, não é datada, carregada e melhorada até o Ascension! Um dos melhores trabalhos da Santa Monica sem sombras de dúvidas!

Um dos melhores remakes que eu já joguei, não sou apegado ao clássico e joguei apenas a parte da delegacia (na versão de 1998) e foi o suficiente para eu me encantar e relembrar os cenários de quando emergi no original e foi uma experiência bem diferente, com uma sensação de que eu já conhecia os lugares mas ao mesmo tempo misturado com um novo aspecto que faz com que sentirmos que fosse a primeira vez jogando. Me apaixonei no survival horror desse jogo e o manuseio de itens é bastante balanceado! Meus únicos pontos negativos são as incongruências das duas campanhas (Leon e Claire), falta de inovação nas duas jornadas, repetitivo demais (apesar de ser entendível já que os personagens estão nos mesmos cenários, mas não faz sentido resolverem os mesmos puzzles se levar em conta que a jornada de um se passa depois, antes e vice-versa). Os personagens estão bem retratados, carismáticos, é um jogo que é possível visualizar notoriamente que foi feito com amor! Um respeito ao clássico, ao mesmo tempo que convida os novos jogadores a adentrar na franquia Resident Evil, que dessa vez se leva mais a sério.

Esse jogo fecha com honra a saga Arkham e é uma carta de amor aos fãs da franquia que tanto esperavam pela finalização da "trilogia" (se não contar com o Arkham Origins). Infelizmente as boss fights deixam a desejar, mas em todos os aspectos são muito superiores se comparados a cada jogo lançado anteriormente. Infelizmente o Cavaleiro de Arkham perde o foco e é deixado de lado, tendo seu desenvolvimento estagnado na rota final e muito pouco visto, eu como não joguei ainda a dlc dele, talvez a minha opinião mude, mas se tratando do jogo base faltou mais tempo de tela para ele. No mais, esse jogo é um capricho visual, técnico, e todos os outros elementos. Ainda prefiro o Arkham City no topo, mas esse jogo não deixa a desejar, sem dúvidas uma das melhores histórias e finalizações já feitas envolvendo o Batman.

Ok, não há muito o que dizer sobre este jogo porque creio eu que ele já é reconhecido o suficiente por sua grandiosidade. Ele eleva a franquia Grand Theft Auto a um patamar acima de todos os níveis, talvez com a exceção da história, que na minha opinião, fica abaixo do San Andreas e do 4. Mesmo assim, o jogo busca tratar temas como lealdade, traição, corrupção e diversas outras temáticas para um tom mais brincalhão e nonsense, podendo causar a impressão de que a narrativa seja fraca devido ao próprio jogo não se levar a sério, entretanto, se a história for analisada de maneira lenta e as nuances dos diálogos de personagens forem percebidas, notará que ela é muito mais rica e cheia de camadas do que se imagina.

Foi meu primeiro contato com souls-like e definitivamente uma das melhores experiências que eu já tive com vídeo-games! Por ser antigo, a gameplay dele ainda é crua e "dura", fazendo com que os novatos do gênero ao pegarem o clássico Dark Souls acabem estranhando a gameplay, no entanto, ainda sim cumpre o papel na qual está estabelecido em um jogo dessa escala. Os gráficos não são nada demais, no entanto, o level design vinga todo o resto técnico do jogo, principalmente a direção artística, contudo, acaba se perdendo mais da metade do jogo, por questão de prazos apertados, a FromSoftware não conseguiu finalizar alguns mapas à tempo, então você pode sentir uma sensação "incompleta" em uma determinada área do jogo, mas não é algo que afunde sua experiência porque dá pra se divertir e jogar igualmente.
Tem um ótimo fator replay e é bem fácil de memorizar cada mapa, cada exploração é única e divertida de se fazer, no entanto, você tem que saber lidar com as frustrações que você sentirá ao decorrer do jogo, não porque tem inimigos difíceis, mas, por conta de certos levels designer's possuírem armadilhas, áreas e inimigos que irão fazer qualquer jogador desprevenido, morrer, então, todo cuidado é pouco.
A história é sensacional, mas pra quem está em busca de conhecê-la apenas jogando, saiba que ela é entregue com diálogos de npc's e itens com descrições importantes sobre a lore, narrativa popularmente conhecida e denominada de "não-intrusiva", então, para todo jogador iniciante, recomendo apenas se divertir matando os inimigos e explorando cada área do que tenta ir atrás da história, porque ela é montada pela comunidade com as dicas do jogo, então não é errado você ir atrás dela pela internet, porque um dos intuitos artísticos do jogo é fazer sua comunidade se reunir para se aventurarem no universo desse jogo, mas para os mais ambiciosos, olhar por si mesmo também é muito legal.
É um jogo totalmente contra intuitivo, tem coisas que apenas olhando na internet você descobrirá alguns fatores importantes, e é totalmente proposital, pois une as comunidades para tentarem destrinchar tudo que há nesse jogo, um exemplo disso aconteceu na época do lançamento da dlc do Artorias, na qual a própria empresa participou junto da comunidade a tentarem acessar, algo que naquela época ainda tinham poucas informações, essas que você pode conferir nas dicas lançadas pela FromSoftware naquele período e pelos portais de notícias que trouxeram vários tutoriais, como a Eurogamer e o CriticalHits em meados de 2012, então ter essa sensação de que ainda havia algo escondido dentro do jogo trazia um sentimento de nostalgia na qual os jogos mais antigos detinham fases com segredos que formavam uma espécie de "arquipélago dos jogos", de tão empolgante que era descobrir esses tais segredos que os desenvolvedores colocavam.
No mais, é uma ótima porta de entrada para a série SoulsBorne da Fromsoftware, por ser uma gameplay mais lenta e complicada, te prepara também para os títulos superiores na qual se este lhe interessar, os outros também vão, e assim, você terá uma linha de aprendizado memorizada na sua cabeça para qualquer jogo souls-like que você jogar.

Uma experiência inesquecível, universo muito rico, dark fantasy extraordinário, level design muito bem utilizado, diferente do segundo jogo, no entanto, não supera a grandiosidade feita pelo primeiro jogo da trilogia (que funciona até a metade dele, Izalith é uma completa bagunça).
Gameplay muito fluida, divertida, boss fight's parecem uma dança de tão belas que são as coreografias. Designers de chefes, mapas, armaduras, todas muito bem feitas. Ainda prefiro as utilizadas em Dark Souls 2, que são bem mais góticas e sombrias. Uma ótima finalização pra franquia que precisava descansar fazia tempo, é um universo que depende do primeiro jogo para funcionar, principalmente para quem quer entender a história por trás desse universo, ou seja, é uma obra feita de fãs para fãs, sendo assim, quem buscou se aprofundar na lore da trilogia, vai ter um apego emocional muito forte por esse jogo. Sem dúvidas um dos melhores que eu já zerei.

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Conserta todos os erros do 2033 e ainda melhora muitas coisas. É um jogo que não possui meio-termo, quando é pra acertar ele acerta de forma fácil em vários aspectos, seja técnico ou narrativamente. A atmosfera, direção artística e beleza continuam impecáveis, muito superior ao jogo antecessor (que por sinal, já era muito bonito).
A dificuldade nos modos mais altos é de fato mais aterrorizante do que o 2033, os itens ficam mais escassos, contudo, fica mais fácil de receber as balas (dinheiro do jogo). Um ponto falho que eu considero é em relação a uma situação que ocorreu em minha jogatina: tinha que enfrentar um "boss" e eu não obtive recursos suficiente para mata-lo, fazendo com que eu ficasse sem saída durante a batalha, até que o jogo reconheceu essa falha e facilitou bastante a luta contra ele, o que é um aspecto negativo, visto que, o cenário deveria estar pronto para qualquer ocasião na qual o jogador se encontra, sem precisar mudar diretamente na dificuldade, caso um player ficasse totalmente inapto de batalhar, seria interessante que houvesse alternativas de derrotar essas criaturas, elevaria muito mais o conceito de criatividade que abrange essa obra.
Em relação a um aspecto que considerei negativo no 2033 aqui eu sinto que eles corrigiram os erros em relação ao carisma de personagens, e passei a gostar mais do khan aqui nesse do que no antecessor. Pavel é um baita personagem duas caras mas carismático, ao ponto de me fazer poupa-lo na minha jornada, afinal, querendo ou não aquilo já não iria influenciar na decisão do final "bom", que mais uma vez, esse jogo possui 2 finalizações, e para pegar o good ending, o jogador terá que realizar certas ações parecidas com o game anterior.
Ele deixa um pouco mais de lado o terror do 2033 pra focar em uma base mais política e conflitos de facções, no entanto, nas partes que exigem o terror este jogo faz com maestria. A parte do carrinho onde você tem que explorar as diversas áreas dos metros é a minha favorita, além de ser muito "liminal space" por causa dos sons e sentimentos estranhos ao adentrar essas áreas, o medo de aparecer qualquer monstro para lhe atacar devido a falta de recursos é muito grande, mas eu sinto que esse medo só foi causado em mim por causa da dificuldade mais alta que eu coloquei para zerar, creio eu que, jogando no normal e de forma balanceada, o medo e a atenção em manusear os recursos é moderada.
Desse modo, diria que o maior erro desse jogo, assim como no antecessor, foi a ausência de um protagonista falante, para o maior apego em relação a um dos finais que obtemos. O final "ruim" emociona, mas não ao ponto de fazer qualquer pessoa chorar de emoção. Lembrando, eu entendo a escolha de design para o protagonista mudo, mas sinto que para este universo, era essencial que ele demonstrasse alguma humanidade além das ações do jogador. Ainda sim, é um jogo MUITO BOM, que lhe instiga a jogar para saber o que acontecerá a seguir no decorrer da história.

Metro 2033 é um jogo espetacular que dispensa apresentações quando se trata de ambientação, uma das melhores que eu já vi na indústria! Não conheço o material original (os livros) no momento dessa review, mas sobre o jogo posso dizer tranquilamente que é um "diamante no mundo dos games!"
Infelizmente peca no quesito de criar relações com os outros humanos, o que considero crucial para uma história ambientada no universo pós-apocalíptico. É possível você criar empatia com os personagens, mas precisavam terem mais tempo de tela para se importar com suas mortes. Ao menos pra mim, cada morte ocorrida foi um sentimento neutro pouco duradouro porque logo depois eu estava novamente seguindo rumo à Polis com o protagonista que não demonstra sentimento nenhum (ele é mudo o jogo inteiro, algo perigosíssimo quando se trata de criar empatia com o protagonista). Às vezes funciona, outras não, e no caso desse jogo, considero essencial um protagonista falante e sentimentalizado para a coesão e impacto da história. Ademais, ele é muito bom, apesar da jogabilidade ser um pouco mais "dura" devido ao ser o mais antigo da saga Metro, contudo, ainda sim não atrapalha o ritmo do jogo e causa mais desespero em situações de risco devido as limitações. Fizeram um ótimo trabalho!

Pra mim, o jogo do ano de 2023. É muito característico e marcante, todos os personagens são carismáticos e você se apega com cada um ao longo da jornada. Chai é um protagonista que de início você pensa que é bem infantil e estúpido para um cara da idade dele, mas progredindo no jogo você percebe a mudança que ocorre nele e seu aprendizado com os seus amigos. É uma obra que marca aqueles que se aprofundam nesse universo vivo e musical, agarra seus sentimentos e eleva eles ao ritmo das músicas, seja andando, explorando ou nas batalhas (todas muito criativas por sinal). Não é algo que mudará sua vida, mas com certeza te fará sair dele com um sorriso de canto em canto por ser um suspiro de criatividade da indústria atual (que não está numa fase muito boa).

Uma das melhores experiências, além de ser um dos poucos jogos onde a cinematografia entra nos vídeos games na era do ps2 e gamecube. Querendo ou não, ele é muito revolucionário para sua época, precursor dos jogos que veríamos mais para frente (como The Last Of Us). Sem contar o fato de ter disparado (em minha opinião) o melhor fator replay da Capcom até hoje, mesmo com seus defeitos. Infelizmente, para quem não é de longa data, sua gameplay pode afastar diversos jogadores novos, no entanto, com o remake entre nós (que até agora honra e supera o original em vários aspectos) as pessoas podem apreciar essa obra de arte.

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O jogo é bom demais, um dos melhores hack 'n slash já feitos, certamente uma mitada da Platinum Games, que infelizmente sofreu por ter lançado esse jogo em uma época errada e dos fãs insuportáveis da saga. A história é boa, progressão também, o combate é sensacional e satisfatório, mas muito injusto em alguns momentos, exemplo: se você for enfrentar o final boss sem regeneradores e no difícil, irá sofrer e muito, pois tem ataques que não dá para escapar, a não ser que vc dê sorte de ficar em áreas com um espaço maior para certos ataques do boss. No geral, recomendadíssimo.

Muito bom, zerei no hard e esse jogo não tem piedade alguma, se vc n tiver vida cheia, você vai passar dificuldades. No final, esse jogo tem uma das cenas mais pesadas da saga, o "bolinha" (círculo do controle) é subvertido em uma cena completamente diferente do que estamos acostumados, onde, reflete diretamente na tomada de decisão pelo Kratos no seu futuro da saga. Parece que esse jogo é o pontapé para a mudança do personagem, o famoso "cair a ficha" que ele sofre. No entanto, o fato de ter sido criado para o portátil faz com que ele seja mt limitado, e seu verdadeiro potencial desperdiçado, contudo, souberam aproveitar um bom jogo em um hardware abandonado.