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Tudo aqui é mutável, as notas significam apenas o meu estado atual de pensamento para orientação própria.
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Lá vou eu fazer uma analise desnecessariamente complicada e ambígua pois estou muito emocional no momento e melhor por pra fora mesmo que ninguém veja ou entenda.
Em poucas palavras.. PRECIOSO.
Ultimamente (antes de jogar) sempre que vinha ouvindo falar de P5 ouço falar com certo receio de que "é bom mas não tão bom assim", de como os personagens são chatos e ruins, de como a narrativa é conveniente, de como a estrutura desgastou e na verdade "bom mesmo é o outro Persona", e assim... eu concordo parcialmente com algumas coisas e consigo entender de onde vem, mas com minhas próprias indagações.
Sou estudante de comunicação (não que signifique ou dignifique algo) então da minha perspectiva todo o conceito da narrativa do jogo é MUITO FORTE, criativa em um nível que eu não saberia mensurar e nas medidas proporções bastante madura, devidas proporções visto que não é um jogo que busca ativamente maturidade (conseguindo ser bastante displicente as vezes) mas maduro no que tange justamente seus conceitos maiores, ele SABE o que quer fazer e sabe mais especificamente o que não quer fazer, que efeitos ele como um produto que fala de comunicação não quer passar pois sabe que está em uma linha tênue onde pode ser facilmente entendido de forma errônea, sendo isso uma das coisas que mais me prendeu durante o jogo, a narrativa é justamente descascar camada por camada sobre esses mal entendidos e de como as distorções providas dos meios de comunicação de nosso tempo afetam a sociedade no seu mais profundo âmago, então desperta nossos privilégios como detentores de personas nos dando as cartas de maneiras que nosso imaginário possa transformar esse mundo, sabemos que para que ele possa ser transformado o conflito é certo e a estrutura deve ser quebrada, mas seria nosso dever como fantasmas de ser *heróis de fato? até que nível cabem nossos poderes e nossas vontades? sempre queremos ver as pessoas que nos rodeiam felizes e se temos o poder magico de fazer isso na ficção porque ir fundo nisso parece tão incomodo?, submergindo seus conceitos entre ficção e realidade, transformando o ficcional em material e o real em conceito, Persona 5 costura essas abstrações em sua narrativa que abarca personagens e mecânicas da forma mais ousada, brega, maravilhosa e emocional possível.
Segurado esse trambolho conceitual que Persona 5 é, ele de fato ainda possui amarras que o seguram a não ser um jogo perfeito, subutiliza o poder que os personagens principais poderiam ter na narrativa de maneira inter-relacional, podendo ser muito mais importantes na pratica uns para os outros do que de fato são na teoria, além também da subutilização de conceitos em mecânicas, onde todo o jogo se baseia em interações sociais para desenvolver sua gameplay mas um relacionamento amoroso não significa nada nem mecanicamente nem narrativamente, não faz diferença pro mundo se você namora a Makoto ou a Takemi, as interações são quase idênticas só reforçando uma escolha de mal gosto onde TODAS as personagens femininas TEM que ser possivelmente um interesse romântico por NENHUM motivo, não existindo desculpa alguma pra não ter algum interesse romântico masculino a não ser uma limitação semelhante a correntes que o jogo tanto quer quebrar.
Apesar do meu mais profundo apreço não diria que P5 é um ápice, não gostaria de ver uma reformulação na estrutura em possível futuro jogo (um reboot mecânico), não acho que estenderam o nível da forma ao seu máximo ainda, ficaria muito feliz de ver novas reiterações das mecânicas sociais.
Acho que penso algumas coisas nele de forma dura mas AMEI a experiência como um todo, chorei feito um condenado e levo muitas coisas como realmente sendo especiais, tendo momentos e sensações que vão ressoar em mim por muito tempo.

Um bom jogo
Me peguei muitos momentos realmente apreciando o level design e a arte (de fato as coisas mais notáveis), mas quanto mais eu jogava mas eu via o quanto eu não gostava de JOGAR, o jogo tem muito poucas habilidades sejam elas quais forem e as que tem são irrelevantes pro divertimento (pelo menos pro meu).
Outras coisas que me incomodaram foram as animações do personagem, ele é duro demais, lento demais, pra certas coisas eu preciso suspender a descrença e acreditar que não tá em slow motion.
Não fiz o final verdadeiro e blah blah blah, não tinha mais nenhuma condição de continuar ele de alguma forma ou fazer um pós game, mas dito isso todo resto é bom, é só que as partes que me incomodaram bateram mais fortes que as que eu de fato gostei.

Uma experiência muito agradável que sabe dosar muito bem suas variadas facetas com um level design sempre afiado e inovador mas que num caldeirão de ideias acaba ficando um jogo mais "flashy" e menos elegante do que poderia ser, o que não é um defeito em si, visto como produto final um jogo extremamente polido mas que não sacia o suficiente.
Defino esse jogo como um lanchinho da tarde, bonito e bem gostoso porem breve e que vai te deixar querendo comer mais, mas talvez agora você só coma na janta.