nível de imersão: falei pro miguel que ia pra hollywood e eu parecia tão feliz e realizada que ele achou que eu ia na vida real
nível de vício: vi um pisca pisca azul na árvore do outro lado da rua e achei que fossem as bolinhas azuis de inspeção no jogo
comecei a jogar por ter sido recomendação do miguel, me apaixonei pelo worldbuilding do mundo dos vampiros e me viciei pelas histórias que você vai conhecendo à medida que faz as quests. as side quests são tão boas que eu preferi fazer elas do que a quest principal JDKJDJF infelizmente não conheci a malkaviana, mas saber que ela existe já me alegra, já que eu amo vampiros que comem carne. eu gostei da missão que eu fui atrás do cara que foi morto pela ming xiao, foi legal ver a forma como ele foi enlouquecendo aos poucos, como ele se permitiu questionar se as vozes que ele ouvia eram parte de sua condição vampírica ou se era por causa dos outros à sua volta, completamente ignorando os seus próprios estudos sobre a loucura. foi legal a quest do syndicate; a quest em si foi meio chatinha, mas andar pro lado e ver qual era o último teste que eu teria que enfrentar (uma literal cirurgia) compensou os maus bocados que eu passei.
minha única crítica ao jogo é muito pessoal, porque fala diretamente com o que eu espero dos jogos que eu jogo. eu tava jogando pela política, pela história e pelo meu fascínio com histórias de vampiro, não pelo combate e muito menos pelo stealth. eu não senti que eles encaixaram bem, e foram cansativos/enjoativos/trabalhosos em um nível em que eu não me senti recompensada pelo esforço todo. claro que nem tudo foi assim, mas houve momentos de combate e de stealth que não tiveram graça pra mim.
quero jogar de novo o quanto antes, fazendo algumas mudanças na minha ficha, tipo deixando os pontos só em persuasão, por exemplo. quero também focar em lockpicking, pra salvar o ash lá do porão dos vampire hunters, porque eu fiquei bolada que eu não consegui tirar ele de lá.
no mais, é isso. nunca vou vender o autógrafo da vv um beijo pra diva

gosto pelo carinho que tenho com a franquia, só danganronpa mesmo pra me fazer jogar um third person shooter até o final. claro que ele não é suuuper difícil, o negócio não é esse, só não é o tipo de experiência que eu procuro jogando.
achei uma experiência bacana ver o mundo pós tragédia por outro ângulo, pelos olhos de duas meninas tentando sair de uma cidade tomada por crianças sob controle mental. foi legal ver o desenvolvimento da toko enquanto personagem, reencontrar o byakuya e o makoto e tudo mais.
tenho carinho demais pelo nagisa, ele é literalmente meu filhinho, eu que botei no mundo e criei.
acho esse jogo bem desconectado da realidade, as crianças são, em sua maioria, caricatas demais em grande parte do tempo, o que te faz levá-las pouco a sério. isso, é claro, até o momento em que o trauma delas é revelado, antes de uma boss fight, e você tem que assistir desconfortavelmente a uma das crianças se socando repetidas vezes pra suscitar a adrenalina que sente quando o pai bêbado a espanca. realmente ultra despair girls é um dos jogos já criados.
apesar de gostar, não posso dar uma nota muito alta, já que não suporto a parte de assédio sexual (bizarro que você pode deixar a komaru ser abusada daquele jeito) e a pedofilia (o fato de que a kotoko fica seminua e quebra a quarta parede pra dizer que nenhum dos personagens é menor de idade me perturba demais).
não acho que jogaria de novo, a monaca me irrita demais e, mais uma vez, não suporto assédio e pedofilia, mas foi demais fazer os monokumas dançarem. e, se o jogo pecou por fazer a revelação da monaca extremamente previsível, pelas escadas no quarto repleto de fotos da junko, ele se redimiu em não só fazer o shirokuma ser vilão depois de me fazer confiar nele, como também pelo fato de que o shiro e o kurokuma são os pompons no cabelo da junko, aquilo foi genial.
rip yuta

o melhor jogo da saga e a minha palavra é lei, tô nem aí
o goodbye despair tem os melhores personagens, os capítulos mais icônicos, o melhor plot twist e foi o que mais me envolveu. só deus sabe o quanto eu chorei no segundo capítulo, com a morte da peko e o quase sacrifício do fuyuhiko; o quanto eu fiquei chateada com as mortes da ibuki e do nagito, que me decepcionaram tanto que eu precisei fechar o jogo e continuar só no dia seguinte; o quanto eu me dediquei a entender o mistério do capítulo do gundham, que eu cheguei a machucar a minha mão de tão animada que eu fiquei explicando pra mariana o truque do elevador; e assim por diante.
amo demais a sonia (sou até kin e a minha imitação de sonia era perfeita demais), a chiaki, a monomi (minha comfort character lindinha), são o meu trio ternura.
você gostando de visual novel ou não deveria dar uma chance pra esse aqui (mimi eu tô falando com você), me senti envolta pela história e pelo mundo do jogo num nível tão grande que o plot twist me atingiu em cheio no meio da testa e me fez sentir parte do gaslighting que tava rolando ali.