Eu fui perceber que a movimentação era definida por linhas 15 minutos depois.

Eu tive dor física metafisica jogando metafisicamente esse jogo.

Eu não joguei. Assisti no YouTube e senti dor fisica mesmo assim. O enredo do Lúcifer é só uma desculpa para a materialização da angústia infernal que o próprio criou, talvez o Diabo seja fraco demais para criar uma obra dessa. É realmente doloroso e vil. Que Deus perdoe os programadores e que as crianças japonesas que experimentaram esse sentimento miserável em 87 estejam bem na mão de Jesus Cristo.

EDF 2017 é um dos jogos que menos entendem o poder da sua proposta e o que poderia ser a potencialização dela.

É uma grande decepção chegar no capítulo 24 e perceber como sua experiência vai ser completamente afetada pela escolha de estrutura burocrática e desimaginativa.

Em geral é algo que tem sua valia como obra despejada, mas acaba servindo como um gabarito do que não fazer com conceitos hiperbólicas e catárticos. E eu nem to falando da utilização desses conceitos, o meu problema é a base evidente.

É um exercício de como estruturar um jogo do Batman em diversos gêneros equiparável ao produzidao pela Rocksteady. Obviamente existe uma diferença de capital extrema, mas mesmo assim a equipe da Hot Gen faz um trabalho bem solido e toma algumas decisões corajosas nesse meio caminho com o que tinha. A principal delas é o complexo por sadismo e eminência, manifestados perfeitamente nas fases do Coringa e Pinguim. E lembrando isso foi um videogame pensando para crianças colocarem na TV e fritar a mente. Então os designers tornarem a fase do vilão mais icônico do personagem em um experimento de sadismo com racing games, beat'up, plataforma e labyrinth puzzle é algo que tem seu valor para mim. Além da fase final ser praticamente renegar o que institui o personagem na mídia e voltar a guarda de detetive.

E as paletas são poderosas. Muito poderosas. E toda a soundtrack também. Vale a pena ouvir no YouTube.

Os 3 primeiros capítulos são a configuração do que uma obra como a do Quatermain pode gerar de mais ambominante. Você clareia os corpos de ancestrais egípcios até a morte, se alia com uma espécie de simulacro de um Hitler disforme e evidência um inferno comunista.

É meio impressionante como a obra do Haggard parece ser mais progressista e sutil.

A utopia da criança. Basicamente, a propaganda mais vazia de brinquedo existente. Deve atiçar e satisfazer bastante a necessidade de consumismo na vida da pessoa média. Passar essas 10 horas sonhando em dirigir uma MacLaren no meio da Grã-Bretanha, ou qualquer coisa do tipo. Felizmente, não tem apelo nenhum para mim, mas quem quiser viver a ilusão. Aproveita.

O problema inteiro é essa estética simplória do gênero. O alvo central não consegue sustentar inteiramente o jogo. E a noção dessa falta do pedestal só obstina mais a irrealização do produto em geral. Faltou potencialização na fórmula e fica óbvio olhando a sub-trama satírica.

O jogo que mais se aproxima do formato de uma playlist. Junta elementos sucedidos do gênero e como propriedade tem a função de arranjar. Maçaroca vazia que no máximo causa um sentimento de déja vu oprobrioso. Um resumo medíocre da geração.

O apelo principal é a trilha feita pelo The Offspring, mas a versão portada do Arcade para o Xbox 360 não me deu esse prazer.

Um dos jogos mais iconoclastas já feitos. Todo o paralelo criado no início pra um extermínio da figura religiosa, o declínio do mito, a coexistência caótica do design, o prestigio pelo "inimigo" e principalmente a inversão do emblema. Absolutamente marginal.

E um marco maior ainda pro jogo é como esse extermínio deu certo. Praticamente a série virou a iconoclastia aqui. Tudo foi descartado e esquecido em função de Symphony of the Night.

No final das contas, o Koji Igarashi criou um pesadelo e não uma sinfonia.

Contos de fadas nem sempre precisam ser legítimos. E esse definitivamente não é.

A obra é viva e tem sua própria consciência. E o resultado são as inúmeras formas criadas aqui. Você pode acreditar no paladino defensor da igreja e do amor incondicional, ou no estuprador pedófilo que é encorajado pela religião a ter controle sobre quantas vidas ele quiser. Tire a sua conclusão.

Uma espécie de versão diplomática dos hack and slash que tavam fazendo um certo sucesso na geração do PS3 e 360. Sem alma, cor, rigor, lisura e mais alguns adjetivos que descrevem perfeitamente o que um jogo da Disney deve ser.

"Pior que esse nem é tão moralista, mas vc se sente como um masoquista procurando o sofrimento igual um viciado em crack."

Resident Evil 7 me da vontade de vomitar. Penso sobre; Vômito. E eu andei refletindo sobre, acho que é o sentimento perfeito.

Germinado de límpidas inspirações. Se conforta e evolui no lapso cultural das mesmas. Criando uma espécie de reúso autoral da adoração de suas imagens imperfeitas. Por isso lapso. O jogo não encaixa na própria esfera seja do gênero ou da franquia. Abstinência necessária para ambos. Não importa se vai surgir no meio de uma recriação de Holocausto Canibal, ou, O Massacre da Serra Elétrica. A crença pelo retrato tem o condão maior; Enraizada ou maquiada do seu desejo vil; A instituição familiar nunca será o antídoto, mas o vírus. Biohazard deixa isso claro.