Eu amei jogar Elden Ring.
É um dos jogos mais... jogos que eu já joguei.
Daqueles que você não precisa estar necessariamente muito atento ao que ocorre ao seu redor, pra entender a história (que vai ser muito melhor contada pelo Vaatividya no youtube) e assim aproveitar o jogo na sua completude.
Pode parecer redundante, mas o "jogar" é o que esse jogo tem de melhor pra oferecer.
Pontos fracos pra mim são as mecânicas de bosses gigantes e repetição de alguns bosses iniciais que decidem virar mobs no decorrer do jogo, criando uma "banalização" do que é ter uma barra de vida de boss, algo que costumava me fazer prender a respiração em outros jogos.

Se o Bloodborne é o pão quentinho que acabou de sair da padaria, o The Old Hunters é a manteiga que você passa nele.
A combinação dos dois é a maravilhosa, e te faz refletir se existe algo melhor que só apreciar o momento em que você desfruta da experiência.
Consegue ter algumas das boss battles mais memoráveis do jogo e expandir o universo de maneira única, com bastantes desafios.

Eu acho que é uma unanimidade quando se fala em Bloodborne, que a primeira palavra a vir a mente seja "ambientação", porém eu nunca acreditei que essa parte poderia ter um peso tão grande em um jogo que o faria ser o ponto forte que se sobressai.

Até eu jogar Bloodborne.

A primorosa criação de universo, baseada em conceitos clássicos da Era Vitoriana, possui uma atmosfera escura, pesada, melancólica e visceral. A noite e seus temores desfilam por entre as grandes construções de Yharnam, a cidade fictícia do jogo, e trazem consigo muita dor. Gritos incessantes, pedidos de ajuda (sabe-se lá de onde), choro de criança, e até de monstros, te prendem numa sensação de incômodo constante. E acho que mais do que medo, o objetivo é mesmo incomodar, o que te leva a querer sair desse gigantesco buraco que é o desconhecido.
Combinada à jogabilidade, cada centímetro explorado te traz nuances do que um dia aquele lugar já foi. Artefatos, esculturas, construções e até roupas contam um pouco da história desse jogo.
E não me aprofundando muito na história, por motivos de spoilers, só queria dizer que esse é outro ponto fortíssimo aqui. Coisa pra Lovecraft sorrir de orelha a orelha.

Enfim, tudo que esse jogo se propõe, ele entrega com absoluto primor. Mesmo sendo um jogo de 2015 com incríveis 30fps com emulação pra PS5 (sem melhoria alguma, nem sequer de loading), nada disso chega perto de arranhar sua marca na história dos videogames.
Absolutely flawless.

Quando Spiderman 2 foi anunciado, eu não entrei no hype. O jogo do Miles me cansou um pouco, e apesar do personagem ser excelente, a sensação era de "legal, mas não tanto". E foi assim que eu achei que seria com Spiderman 2.
Pra falar a verdade, até uns 20% do jogo o sentimento era esse mesmo.
UI Nova, melhorias de gameplay, um milhão de trajes (maioria bem ruinzinha), dois miranhas num jogo só, e o maravilhoso fast travel instantâneo. E eu ainda estava preso no "fã ou hater?"
Só que há coisas que só podem ser vividas com videogames. Histórias que não são apenas contadas.
E nisso, esse jogo brilha demais.
Fiquei totalmente imerso, desarmou minhas barreiras e finalmente pude desfrutar completamente o que a Insomniac fez com essa sequência que eu não sabia que precisava.

Minha primeira experiência com um jogo da From Software e acho que não poderia ser melhor.
Sekiro é uma obra prima irretocável na história dos videogames. É um jogo sobre honra, que te ensina muito a ser paciente e melhorar de forma gradativa. E como é bom melhorar! Com uma história rica e profunda e um gameplay primoroso em todos os aspectos, esse aqui se tornou um dos meus favoritos da vida.

Um jogo de puzzle com jogabilidade simples de apenas um botão, porém muito mais profundo do que aparenta.
Definitivamente um "must play" num ano lotado de grandes jogos.

Um jogo que é um grande "obrigado" à história dos videojogos.