Uma master piece que deveria ser usado como referencia para o desenvolvimento de jogos de mundo aberto.

Este foi o primeiro metroidvania que joguei e acredito que esta foi uma ótima introdução ao gênero. O jogo tem um ótimo design que deixa transparente que os desenvolvedores trabalharam com um foco nos mínimos detalhes. Passei 38 horas explorando e lutando com as criaturas de Hallownest, e definitivamente jogaria outras 38 se já não houvesse experienciado todas as partes principais de sua campanha. Contudo, o jogo pode ser bem exaustivo. O seu mapa é o maior que já vi em um jogo de plataforma, e o explorar em busca de missões esporádicas/secundarias tendo que ir de um canto em um mapa gigantesco sem fast travel pode ser muito cansativo. Todavia, entendo a proposta, e em muitos momentos gostei da ideia de existirem áreas de difícil acesso. No entanto, em muitos momentos, principalmente quando não sabia para onde deveria ir, me perguntava se antes já havia me frustrado tanto com um único jogo.
O jogo possui uma variedade extensa de chefes e inimigos, com níveis de dificuldade diferentes. Gostei de aprender como lidar com cada um deles, o que foi essencial para sobreviver em várias áreas. A luta contra os chefes foram dignas de um souls like, assim como a proposta de que se morrermos, não perdemos apenas o nosso dinheiro e parte da nossa capacidade de carregar almas, perdemos também nossa localização atual, o que em um mapa tão grande pode ser um dos maiores motivadores para permanecermos vivos.

Este é o tipo de jogo que possui uma gameplay totalmente única e inovadora. Sua jogabilidade pode parecer simples e até mesmo desinteressante quando vista a partir de vídeos de gameplay, logo, é necessário jogar para entender sua essência frenética.
Embora o jogo seja pequeno, oferece uma ótima variedade de músicas. Não sou um fã do rock, mas passei a maior parte do jogo headbanging com as músicas, o que as vezes até ajudava a manter o ritmo dos meus tiros.
Contudo, os desenvolvedores claramente possuíam um orçamento pequeno, algo que fica evidente não só por conta de sua curta duração, como também pela repetição da aparência de um único boss, com pequenas variações, no decorrer de toda a campanha, alternando apenas na última fase.
Mesmo após ter finalizado todas as missões, deixarei o jogo instalado porque definitivamente irei revisitá-lo, pois além de sua curta duração, ele ofereceu uma experiência que creio que não encontrarei em outra obra.

Incorporando grande parte do que faltava no primeiro jogo, temos o que pode ser considerado a fórmula perfeita para se seguir em todos os próximos jogos. Embora a história continue simples, este, além de apresentar o Loki, que na minha opinião, foi um personagem carismático que teve uma ótima dinâmica com a Cereza, tomou tempo para aprofundar de forma significativa personagens como o Rodin, Balder e até mesmo a própria Bayonetta, que agora possui uma personalidade mais verdadeira e profunda do que vemos no primeiro jogo.
O jogo manteve o design de inimigos do primeiro, o que definitivamente é um ponto positivo. Contudo, houve um aprimoramento expressivo nos cenários, superando muitos dos que vi em jogos como os da saga God of War.
Em relação ao sistema de batalha, os combos estão muito mais bonitos e as batalhas são muito prazerosas, me incentivando a continuar jogando mesmo após completar o jogo. No entanto, comparado ao primeiro, o jogo se tornou significativamente mais fácil, deixando a experiência um pouco desinteressante, me permitindo completar o jogo sem morrer uma única vez. Todavia, talvez seja algo que possa ser revolvido ao jogar no modo mais difícil.
Apenas de todas as suas melhorias, assim como o primeiro, o jogador não é instigado a utilizar a variedade de combos disponíveis, sem apresentar um sistema de estilo como o de Devil May Cry, e permitindo que todos os inimigos sejam derrotados com a utilização de qualquer um deles. Porem, embora a variedade de golpes seja algo que possa ser considerado apenas visual, alternar entre cada um deles continua sendo um dos aspectos que deixa o combate ainda mais interessante.

Sempre tive muito preconceito com esta serie, pois, por conta de ser algo da Nintendo com baixa popularidade, julguei que fosse um jogo japonês vazio e desinteressante. Contudo, ao jogar, percebi o quanto um jogo pode ser injustiçado, pois a sua jogabilidade se mostrou mais interessante do que grandes títulos como Final Fantasy XV. Ademais, o design das fases e dos inimigos pode ser considerado um dos melhores que já vi em um jogo, com uma grande variedade de monstros com características próprias e cenários com aspectos únicos, com características visualmente interessantes em cada um deles.
Entretanto, embora o jogo possua uma ampla variedade de combos com comandos interessantes, muitos deles não possuem um proposito. Além disto, o jogo não incentiva o uso de todos eles, assim como é o sistema de estilo de jogos como Devil May Cry, por conta disto, a grande variedade corrobora apenas de forma estética. Contudo, intercalar entre o uso de cada um deles faz com que os combates permaneçam interessantes e divertidos no decorrer de todo o jogo.
Todavia, a narrativa não é interessante, com a história sendo contada de forma um tanto confusa, e com a personagem principal possui uma personalidade rasa, sem muitas camadas.

This review contains spoilers

A forma como o jogo não economiza na dublagem é sensacional. Embora nem todas as piadas sejam super engraçadas, a espontaneidade como elas são transmitidas é interessante o suficiente para manter o jogador entretido durante todo o jogo.
Contudo, a sua estrutura foi claramente feito visando seguir o roteiro do que é necessário, deixando a jogabilidade vazia, no entanto, por conta de sua curta duração e adição de novas armas e da compra de novos componentes para o traje, ele seguiu a fórmula de maneira modesta, o que não gerou críticas de minha parte. Embora a narrativa seja bastante rasa, ela claramente não é o foco do jogo, e sim a riqueza do seu universo, com TVs que realmente reproduzem programas de televisão dublados e animados pelos desenvolvedores, e personagens interessantes e únicos que podem até mesmo surgir de forma inusitada, como o urso quase morto no meio da estrada, o minion que considera se deve ter uma arma implantada em seu braço e o vendedor de substâncias suspeitas na cidade.
Para alguém como eu que sente dificuldade em finalizar alguns jogos por facilmente perde o interesse, este me manteve tão imerso, que me fez desejar uma continuação.

Começando pelos gráficos, embora a construção das formas tenham sido limitadas pelo sistema do Game Cube, o design do mundo e dos personagens prova que muito não é necessário para se criar algo que será considerado impressionante ao logo dos anos. Entrou para minha lista de jogos mais cativantes.
Já em relação à narrativa e construção de personagens, mesmo que tenha ocorrido em poucos momentos, algumas missões foram capazes de transmitir a mesma sensação que até o momento só havia experienciado em Ocarina of Time e Majora's Mask. Este Link é de longe um dos personagens mais carismáticos que já vi em um game, com menção honrosa a alguns outros personagens como a Medli e a Tetra, porém, para um jogo da série, julgo que a lista deveria ser muito maior. Todavia, posso não ter encontrado outros pois joguei de forma muito linear, o que certamente não é a forma recomendada para uma experiência completa deste jogo. Contudo, o longo período velejando em um oceano quase vazio diluiu a qualidade da narrativa, fazendo com que a busca por novas experiências se tornassem desgastante. Ademais, acredito que o jogo devesse oferecer recompensas mais significativas pelos meus esforços. Com recompensas, não me refiro apenas à um novo conjunto roupas ou uma arma que só possa ser encontrada em determinada missão, até porque não havíamos tido algo do tipo na série até então, e sim a satisfação de alcançar objetivos interessantes como um resgate em um calabouço ou a exploração de uma ilha em busca da resposta para algo.
Passei a maior parte do jogo com o máximo de rupees que posso carregar, pois não há um uso relevante para elas, e os combates são fáceis o suficiente para não me incentivarem a buscar por mais heart pieces. Isto posto, os chefões são fáceis ao ponto de se tornarem desinteressantes, com o primeiro possuindo uma mecânica simples o suficiente para ser derrotado em 2 ou 3 minutos. Embora possua um ótimo sistema de combate, creio que o seu potencial não foi explorado como deveria, com uma variedade de inimigos que acredito que seja escarça para a proposta do jogo.
No entanto, joguei visando terminar o mais rápido possível, o que afetou minha experiência de forma considerável. Só quando estava próximo ao fim, explorei um pouco do mundo, ignorando que não haveriam recompensas significativas para isto, descobri que subestimei o quão satisfatório esta exploração pode ser. Acredito que se eu houvesse jogado em minha infância, em um momento em ele fosse uma de minhas poucas opções, definitivamente estaria ao lado de jogos como o Majora's Mask.

(Alguns podem considerar spoiler)
O jogo mereceria nota 8, mas o triforce hunt é um absurdo pra quem não tem interesse em explorar.

Cheguei no final e parei de jogar

Melhor card game que já joguei