87 reviews liked by Limao_oDoomer


Triste não ser uma obra-prima, foi ambicioso demais pra época, os diálogos, roteiro, introdução e principalmente ambientação são perfeitos, a estética me agrada muito com essa coisa meio Nu Metal com Evanescence e Neo-Noir, é também um jogo muito bonito em valores técnicos, o rosto e as expressões faciais são mais bem feitos do que em jogos lançados ano passado, gosto também dessa mistura de gêneros, um immersive com possibilidade de jogar como FPS e ainda sendo um CRPG com uma pegada bem clássica só que em 3D, tipo, o jogo não tem mapa, tu é sempre guiado de forma orgânica e com o tempo tu te familiariza completamente com todos as 4 regiões de Los Angeles.

Um dos grandes brilhos com certeza são as formas variadas de lidar com as quests e como elas conversam com o ambiente e a protagonista (joguei com uma Gangrel), ela é uma recém abraçada que não conhece a sociedade vampírica mas, o destino faz ela entrar numa literal espiral de merda, o ápice disso é em Hollywood, não apenas adentrando mais ainda no submundo dos mortos mas também no dos vivos, questões envolvendo celebridades, intrigas, strippers, prostituição, pornografia e filmes snuff são colocados em primeiro plano e tudo isso conectado de forma maestral.

Por se passar em lugares como Hollywood e Chinatown é claro que é repleto de referências, principalmente ao cinema, tem um vampiro muito bom que deixa bem claro que está por trás dos grandes cineastas americanos do século passado, tem uma side quest envolvendo zumbi que é baseado num filme giallo e tem um personagem chamado Romero, mas tem um lance que me chamou muito a atenção, talvez não seja uma referência, provavelmente é só uma coincidência, mas a forma que algumas questões dos vampiros é tratada me lembra muito os X-Men, tem uma situação em específico na main quest que é exatamente igual ao massacre dos Morlocks.

Mas chegando na parte triste, é de conhecimento geral que a Troika faliu na reta final de desenvolvimento, isso é o motivo de todos os problemas do jogo, a versão base não da pra jogar sem o UF por causa da quantidade de bugs, mesmo com o UF teve side quests que não pude terminar e teve 3 main quets no final que tomei softlock e tive que usar console command pra poder prosseguir. O combate é terrível, principalmente corpo a corpo, se tivesse lock já ajudava muito, o melhor a se fazer é investir em armas de fogo e nas disciplinas, isso até não é tão problemático, Planescape Torment, por exemplo, também tem um combate ruim e mesmo assim é um grande jogo, acho que o maior problema mesmo acaba sendo algumas quests na reta final que acabaram não sendo bem desenvolvidas e polidas, algumas feitas de forma corrida e outras simplesmente apelando pra ondas e mais ondas de inimigos, quebrando muito a questão do immersive sim que regrava o jogo de tu ter formas diferentes de fazer as coisas, a última quest é só tiro e foda-se, ainda mais sendo um rpg aonde tu não ganha xp derrotando inimigos, tu só enfrenta eles pq faz parte da quest ou são obstáculos ou apenas pelo roleplay de matar todo mundo mesmo.

Basicamente é isso, uma obra fantástica que, por uma infelicidade, não conseguiu alcançar todo o potencial que tinha de talvez ser um dos melhores jogos de todos os tempos, só resta lamentar e aceitar o fato de que nunca outro jogo nesse universo vai ser tão bom assim.

Me incomoda como ele tem a exata mesma estrutura narrativa que seu antecessor só mudando o contexto e os personagens, chega a ser bizarro no final tu perceber que esse jogo comete até o mesmo erro com o vilão, porém é interessante toda a trama ser baseada num único acontecimento do passado que leva a todo caos de agora e liga o destino de todos os personagens, o suspense criado em cima disso é bom mas a trama força a barra o tempo todo, esse jogo também tem um problema sério no que tanje escolha de trilha sonora, quem jogou sabe exatamente a qual cena estou me referindo. Pra mim a melhor coisa acabou sendo o combate e o sistema de skills, transformando os restaurantes em locais importantes, ele troca o sistema de estilos por um único estilo que combina bem todos os outros, o combate é bem fluído mesmo que seja muito fácil e a física de tudo sendo bem estranha.

Esse jogo com PVP, mais itens e tendo um modo com mais de 2 pessoas na mesa seria do caralho

O grande mérito desse remake foi ter deixado a dungeon mais modorrenta, sonolenta e sem graça da história dos videogames numa coisa divertida, estilosa e até com elementos de roguelike, ele também melhora a qualidade de vida do jogo, desde coisas que facilitam/agilizam o combate e a exploração (viagem rápida pra tudo por exemplo), até mecânicas novas que melhoram a experiência num geral, mesmo com essas melhorias ainda é um jogo problemático (como o original também era), a ost eu não preciso nem comentar, não chega a ser ruim a reformulação das músicas, mas são basicamente versões sem alma das originais, pra mim mataram totalmente a estética também, é um Persona 5 com skin, a Atlus não consegue largar essa bosta, das mecânicas novas teve 2 que me incomodaram muito, como no original os meninos da party não possuem social link (o que não faz o menor sentido), aqui eles tentam concertar isso, mas ao invés de dar um social link pra cada um, colocaram um sistema de encontros super confuso e sem graça, parece que foi feito de qualquer jeito, era melhor nem ter colocado, o outro é a mudança na Monad, na real é outra coisa mas botaram esse nome, qual o sentido de tu tirar uma dungeon extra feita pra farmar e colocar uma sequência de inimigos mais difíceis que a Nyx mas o XP é o mesmo que tu enfentar qualquer sombra normal. Pra mim Persona 3 vai ser sempre isso aí, um jogo marcado por boas idéias com péssimas execuções e uma história muito fraca mas que possui um final realmente sensível e tocante, nem com 4 versões diferentes esse jogo conseguiu ter uma versão definitiva, vamos ver se daqui uns 15 anos não lança um Persona 3 ReReload que arruma tudo que me incomoda, aí posso até deixar minha filha jogar, só não posso deixar ela fazer o social link do enforcado.

Engraçado que o personagem mais bem escrito do jogo é um mafioso ped*filo

Good sequel, but the storytelling could be a BIT less convoluted. Saga's mind place should be a little more automatized, since it adds little to the gameplay experience and in the end, just repeats what we see by playing the game. There's no feeling of satisfaction in 'deducting' the scenes, so it feels a little dull.

Combat is good in her parts, but Alan's chapters are kinda confusing. The whole 'scene change' gimmick didn't hit as good as Remedy expected to, leaving the player without knowing what plot should he use in each scene -- or if he should try every available plot in his disposal.

The ending is anti-climatic to say the least, and the real final boss fight is earlier in the game, since the ending is just more investigation and a final cutscene.

I'm leaning towards the thought that the story should've had a concrete ending, and leaving it open for a Part 3 doesn't seem very wise and not really honest toward an audience that already waited 13 years for the sequel.

I enjoyed for what it was, and there are plenty of good moments. A solid 7/10.

Milkman Conspiracy é uma das melhores experiências que eu tive com jogos na vida, possivelmente a melhor e mais bem escrita fase da história dos videogames

Isso não é um jogo, é uma experiência metanarrativa transcendental sobre o fascínio do ser humano por card games

Eu nem sei o que dizer, que roteiro, que história, é uma experiência sem igual, um RPG muito mais focado em diálogos, mistérios e questões filosóficas do que em combate (tanto que o combate é a única coisa questionável do jogo). Dificil falar da história sem spoilers, é uma narrativa muito pautada por foreshadowing, nada é forçado, tudo faz sentido e tem um porque, vai desde twists que envolvem o começo da história, coisas que conectam o fim com o início, twist de personagem random que consegue mudar toda a tua perspectiva sobre aquele mundo e sua jornada, cada detalhe e diálogo dá pra notar que foi feito e escrito com carinho. Os personagens são um primor, os party members de início parecem extremamente genéricos, mas no decorrer como uma cebola (como dizia Shrek) você vai descobrindo todas as camadas deles, todo o envolvimento deles com esse multiverso e principalmente com o Nameless One, tem um personagem em específico que possui uma situação de vida tão complexa que deixa o protagonista se questionando se deve continuar a jornada e esse mesmo sentimento consegue ser transmitido pro jogador a ponto que fiquei com vontade de parar de jogar, tem o Morte também que é um personagem que vai ficar no meu coração pra sempre. Eu amo como no início principalmente, tem uma vibe de história de detetive, tu sai por aí que nem maluco questionando as pessoas, a grande questão é descobrir o que está acontecendo e quando tu enfim descobre tudo............PUTAQUEOPARIU.

JOGUEM, simplesmente joguem e talvez, talvez vocês descubram o que pode mudar a natureza de um homem.

6.2|
Apesar de visualmente interessante e aparentemente imenso, não há muito o que fazer neste jogo de fato. A exploração é sim interessante, mesmo que por muitas vezes repetitiva. Os puzzles são bem concatenados e se balanceiam bem no que tange a dificuldade, vão desde os simples até os mais racha-cucas, alguns chegam até a surpreender.
Mas no fim é aquilo. Um jogo de exploração de dungeons que perde um tanto o sentido por ter dungeons demais e que perde um tanto de sua potência ao se apropriar demais de suas fontes de inspiração. Com um combate sólido, aparentemente variado, mas sem tanta profundidade.
Nenhuma grande primazia da narrativa. Apesar de ser feita de um modo diferente do comum e até interessante à primeira vista, acaba decaindo por se tornar excessivamente repetitiva e não se sustentar decentemente ao decorrer da exploração do mundo. No fim acaba sendo majoritariamente monótona, com exceção de certos momentos de quebra deste modelo narrativo.
Mas bem, já me estendi demais. Chega de falar sobre Zelda Breath Of The Wild...