Vem de um ramo da árvore genealógica de controles de FPS que infelizmente não se propagou mais. Ao invés de buscar o conforto e fácil tradução cérebro-jogada, Gungriffon foca em traduzir os comandos que um piloto dá à uma máquina letal que pesa toneladas como algo talvez um pouco mais próximo da realidade, requerendo um bom entendimento não só das funções do mecha, mas também das particularidades de um sistema não otimizado para fluidez de design absoluta. Olhar pra baixo pra virar mais rápido; ter que dar a volta em alta velocidade no cinturão de armas; a sequência de comandos para subir, descer, andar pra frente e pra trás em situações de stress - Gungriffon II gera tensão palpável através do que seriam ações mundanas em um jogo “moderno”.

E, ainda assim, admito que passei raiva pra caramba aqui. Os controles não são a maior dificuldade, mas navegá-los em um grupo de missões que é composto por mais de 70% de missões de escolta e defesa, lidando com inimigos que pilotam muito mais rápido e eficientemente que você é muitas vezes um pesadelo. O fato de objetivos críticos serem sinalizados apenas em kanji adiciona sal à ferida, mas nesses casos eu achava mais graça do que raiva. Talvez em um jogo mais lento, eu teria me apaixonado pela proposta. No fim, saio dessa experiência genuinamente inspirado pelas suas ideias, porém passo longe de jamais jogar novamente.