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Veredito: melhor que Pokémon, vem pro pau quem discorda.

Vamos tirar logo o elefante da sala: sim, Cassette Beasts é um clone de Pokémon. As inspirações são óbvias e o jogo nem tenta esconder. Dito isso, reduzir esse tipo de jogo a "clone de Pokémon" é uma visão tosca e míope. Pokémon não criou JRPGs de treinar criaturas. E mesmo que tivesse criado, não é o único jogo desse gênero. Já imaginou se todo mundo reduzisse roguelikes a "clones de Rogue" como se isso fosse um demérito?

Pra quem não tá acostumado com o gênero, em Cassette Beasts você vai parar numa ilha desconhecida, onde aparentemente várias pessoas de universos diferentes acabaram caindo também ao longo do tempo. Rapidinho você ganha fitas cassette e um gravador/tocador, e descobre que nessa ilha pode usar os gravadores para se transformar nos monstros que estiverem gravados nas fitas. Existem monstros de fogo, água, elétricos, plástico, vidro, purpurina, e por aí vai. Cada tipo de monstro tem características próprias, e ao longo do jogo você pode gravar os que quiser e montar o time que quiser. O que Cassette Beasts faz é pegar o sistema de batalha de Pokémon (vantagens, desvantagens, níveis, "evoluções", etc) e melhorar CONSIDERAVELMENTE.

Pra começar, quem upa de nível é você, e não o seu monstro, então você não é punido por experimentar combinações diferentes nem por tentar completar o bestiário. Segundo, a quantidade de comandos não é fixa, não é "todo mundo só pode ter 4 comandos". Os monstros até upam também, num sistema de estrelas que é separado dos seus níveis, mas a quantidade de estrelas do seu monstro só quer dizer que ele pode ter mais comandos e que está mais perto de remasterizar para outro monstro mais forte. O resultado é que todo monstro é viável de se usar, sem precisar de uma quantidade ridícula de grindagem, se você souber o que está fazendo.

Isso também ajuda a montar o universo do jogo. Afinal, você não captura e doma monstros selvagens, você SE TRANSFORMA neles usando o poder das fitas cassette. Mas por que os gravadores e fitas têm poderes especiais? Por que várias pessoas de épocas diferentes e universos diferentes estão vindo parar todas nesse mesmo lugar? O que exatamente são esses monstros chamados Arcanjos, consideravelmente mais fortes e que.... são... tudo... errados?

Inclusive, os monstros todos são bastante inspirados, e não teve nenhum que eu não tenha curtido. Claro, eu gostei mais do desenho de uns do que de outros, e você também vai ter suas preferências, mas não teve nenhum que eu olhei e falei "pô, sem graça você". Um detalhe interessante é que cada um deles tem dois parágrafos de descrição: um que você desbloqueia quando grava, descrevendo como ele se insere no mundo do jogo, e um segundo parágrafo que você desbloqueia quando chega em 5 estrelas, e que explica a inspiração por trás daquele monstro. Meu primeiro foi um demônio de doces e um dos meus últimos foi uma fada feita de vitrais de igreja, aliás.

Se eu tenho alguma reclamação (além de uns problemas na física do jogo, puta merda, a movimentação na água é TENEBROSA!!!) é que o pós-créditos é muito fraquinho. Ele não é ruim, mas tem um ritmo muito arrastado. Algumas quests são maneiras (maior legal você enturmar e treinar uma recém-chegada na ilha) mas a maioria esmagadora do conteúdo depois de zerar é "mate tantos monstros em tal área" ou "fale com Fulano pra completar a quest". O ritmo no começo da jornada também demora um pouco pra engatar.

Enfim, jogão. Curto, caprichado e super denso, recheado de coisa legal. Recomendo não só pra fãs de Pokémon. Pô, eu não sou fã de Pokémon e gostei bastante. XD

PS: Esqueci de falar, mas todas as músicas de batalha desse jogo são DIVINAS, puta que pariu! ❤️

Só não dou 5 estrelas pq a gameplay envelheceu mto mal e os companions são extremamente horrorosos a ponto de passar raiva genuína, mas a história e a imersão por si só seguram 4.5 estrelas facilmente.

Um remake desse jogo nos moldes de um Baldurs Gate 3 seria do caralho, pena que a Bethesda é burra.

Um jogão! Mistura soulslike com metroidvania e vc tem Salt and Sanctuary, que tem um combate q vc precisa gerenciar estamina e se curar com itens, um mapa muito bem conectado com atalhos e back tracking. Arte bem única mas peca um pouco na trilha sonora visto que 99% do Bosses tem a mesma OST. Recomendo demais!
Obs: zerei com 15h

Não joguei a campanha, mas eu vou dar logo um 5 estrelas pq o modo online com os amigos é EXTREMAMENTE DIVERTIDO! Junta de 4 pessoas pra cima e é diversão garantida

FMV sempre foi uma coisa que me chamou atenção dentro de videogame, visto que, se uma midia que busca cada vez mais um nivel de realidade inalcançável (mesmo que tente algo com a linguagem cinematográfica) porque não tentar algo com filmagens com pessoas de verdade?

Press X to Not Die tem uma premissa interessante como quase todo FMV, entretanto existe um problema na distribuição de botões na hora dos quick time events e o curto espaço de tempo faz com que a experiencia seja frustrante.

Não obstante, o jogo (apesar de ter para mim que exista uma consciência por parte da produção) parece ser preso a piadas de quase vinte anos atrás, quando era super engraçado zoar crepúsculo e jogadores de jogos mobile ou no humor non-sense de filmes como "Deu a Louca em Hollywood", então para além de frustrante, entediante.

Press X to Not Die as vezes não quer ser jogado, e eu irei respeitar isso.

Vou começar falando que se não fossem os diversos problemas técnicos esse era um dos melhores jogos de 2023, tirando as frequentes quedas de frame e a engine mal otimizada vamos pro que interessa.
Fantástico, é uma narrativa excelente que conseguiu me prender do início ao fim, história emocionante de como a linha dos Jedi pode ser cruzada, grandes reviravoltas e personagens interessantes. Cal Kestis é um personagem muito mais interessante que a maioria dos personagens de grandes e pequenas produções da Disney. Espero que o final tenha sido um gancho para o terceiro jogo pois estou no aguardo, o elemento de mundo aberto ao mesmo tempo que agrega pra história me deixou um pouco entediado pois não sou tão fã de explorar. O elemento nostalgia foi muito bem utilizado e nada forçado, concluindo é um excelente jogo com problemas técnicos ainda não resolvidos mas que se apagam em meio a excelente narrativa.

A melhor experiência que eu já tive com vídeo game. Não quero estender a parte pessoal que tive com o jogo, mas acredito que por mais idiota que pareça, mudou a forma como eu enxergo a vida.
O jogo tem sim seus defeitos, e são consideráveis, mas não é um game só sobre game, e sim sobre experiência. Enredo ótimo e imersivo. Trilha sonora impecável. Graficamente não é grande coisa, mas acredito ser o melhor jogo estilo anime que já vi nesse quesito. Gameplay suave, mesmo não sendo fã do estilo RPG de turno, consegui jogar e sentir vontade de jogar outros do tipo.

Esse jogo é LEGENDÁRIO! Joguem a qualquer custo, mesmo sem gostar do gênero, vale muito a pena!

Que jogo incrível eu fui jogar em uma expectativa toda diferente do que imaginei vendo a arte do jogo.
é um game bem diferenciado eu gostei bastante, Só não deixo com 5 estrelas pq eu acho o cenário muito escuro e sinto que falta bastante elementos nele para o estilo do jogo, e tem uns bugzinhos mas são poucos
achei o jogo na biblioteca de um amigo não conhecia foi uma baita surpresa!

Simplesmente um filme do Michael Bay jogável, com o mesmo roteiro ruim (ainda que tenha sido escrito pelo autor de Altered Carbon), a mesma atuação questionável e a mesma falta de profundidade em basicamente tudo, mas divertido pra cacete.

Crysis 2 segue um caminho bem diferente do primeiro jogo, ele abandona as fases abertas e o combate cadenciado, substituindo eles por uma campanha genérica de tiro no mesmo estilo de qualquer Call of Duty dos últimos 20 anos, a diferença é que você tem uma gameplay extremamente fluída, muito melhor que a do primeiro jogo, com um combate delicioso e vários poderes pra você se sentir foda, e o principal, esse é um dos únicos jogos que dá pra fazer absolutamente tudo que é mostrado no trailer em CGI dele.

A história disso aqui é um chorume até a reta final, só ali que ela fica interessante, mas diferente do primeiro jogo onde eu tava cagando e andando pro Nomad como protagonista, o Alcatraz no segundo jogo não fala UMA palavra a campanha toda e é um boneco com mais profundidade, durante toda a história o jogo insiste em dizer que você é um "Dead Man Walking", um "Post-Human Warrior", já no começo do jogo o Alcatraz perde toda sua humanidade, ele se torna algo mais que humano (ou talvez menos dependendo do ponto de vista), ele não pode falar, ele não tem sentimentos, ele só tá vivo por causa da nanosuit e o próprio corpo dele tá se fundindo com ela, o nome do personagem representa muito bem isso, ele tá preso à roupa, assim como a prisão se chama Alcatraz, você joga com um homem morto que segue andando mesmo que ele não tenha nada a perder, e no fim, ele perde até o próprio corpo, ele é reduzido a uma mera arma de combate.

O maior destaque do jogo é o gráfico, a física e os mapas abertos foram reduzidos em prol disso rodar nos consoles, é simplesmente absurdo o gráfico até hoje, todos os cenários, sombras, iluminação, texturas, é tudo extremamente bem feito. Cada fase do jogo tem um ponto de Nova Iorque totalmente modificado e de encher os olhos, até a cabeça da estátua da liberdade você encontra, e mais pro final, vira literalmente um filme dos Transformers, naves alienígenas voando, prédio desabando, um monte de figurante morrendo, baboseira militarista, até umas minhocas robóticas saem de dentro dos prédios.

É um jogo que não se leva nem um pouco a sério, que apesar de ficar meio repetitivo depois da metade ainda se mantém divertido e que remete a uma época que não volta mais, onde os jogos eram mais simples e não tinham o compromisso de ser um RPG mundo aberto infestado de conteúdo inútil pra justificar seu preço, é só um jogo de tiro legal com uma campanha legal.

vendo minha namorada jogar isso aqui nos últimos dias, sem colocar a mão no controle e sentir meus receptores de dopamina vibrarem toda vez q eu clicava na cara de um PM durante um shoot dogde, meio q me fez ter a certeza de q esse é um dos AAA mais racistas de todos os tempos.

ao menos na maioria dos jogos onde um protagonista norte-americano detona algum país de terceiro-mundo, ainda parece existir um certo esforço pra n pintar o lugar como um eterno inferno sobre a terra. existe um certo esforço para contratar gente q fala xangainês em Kane & Lynch 2, ao menos inventar um país fictício em Resident Evil 5 ou um monte de banana republics aleatórias nos Jagged Alliances, Far Cries e seus derivados.

ao menos a maioria dos protagonistas desses jogos n tratam constantemente o país onde estão como uma fossa séptica infestada de malária, pra depois meter um papo pau-mole autoconsciente sobre ser um salvador gringo em território latino-americano. autoconsciência no texto lixo desse jogo n faz lá muita diferença quando claramente nenhum brasileiro fez um proof-reading do roteiro ao menos pros diálogos em português parecerem algo q realmente sairia da boca de alguém. ao menos esses jogos n tem um roteiro do Dan Houser tentando fazer algum comentário real sobre militarização da segurança pública, corrupção ou violência no Brasil sem pesquisa ou vivência alguma. porra, até o Saci-pererê e o Curupira são vilificados aqui! maluquice!

só meio q odeio esse jogo mesmo. e até hj a melhor representação de São Paulo em um videogame é em Incidente em Varginha (1998) pra DOS durante a missão da Praça da Sé. esse sim é kino, viu.