Meia estrela a mais só por ter o Ratinho

Dishonored é um jogo que me propôs uma experiência surpreendente, seja em sua história ou nas suas incríveis mecânicas de stealth. Dishonored por ser um jogo focado no stealth ele vai ter diversas mecânicas para que você possa chegar aos seus objetivos de diversas formas possíveis, desde se teletransportar por aí até se transmutar em um rato para passar por entradas pequenas, o jogo também te dá a opção de não ligar pra parte do stealth e ir logo pro combate matando todos seus inimigos, na minha jogatina eu preferi ir no stealth pegando low chaos em todas as missões e também poupando o máximo de alvos possíveis mas como eu já disse esse jogo te dá diversas opções e caminhos para completar cada missão, a liberdade dentro dele é absurda, me vejo no futuro rezerando ele de uma forma diferente da que zerei nessa primeira vez só pra experienciar mais dessa maravilha.
Em questão de história Dishonored também consegue mandar muito bem, Corvo que é o guarda-costas da Imperatriz Jessamine acaba levando culpa da morte dela enquanto na verdade tentava proteger-la e assim acaba se tornando um assassino que irá em busca de vingança contra os que armaram esse assassinato e colocaram a culpa disso tudo nele, nessa jornada ele acaba recebendo ajuda de um grupo da resistência e do "The Outsider" que lhe concede poderes especiais, enquanto você vai avançando vai perceber que aparecem vários objetivos secundários e esses objetivos vão acabar alterando coisas no final da história, tanto quanto a mecânica de "Chaos" que serve como um meio de punir indiretamente o jogador pelas suas ações, o "Chaos" vai determinar muitas coisas no mundo como o número de soldados, ratos, weepers e pode até mesmo dificultar de outras maneiras em certas partes, os seus companheiros também irão reagir diferente a você dependendo de quão alto está o "Chaos" e isso pode acabar te levando a diferentes finais na sua história, o "Chaos" é determinado dependendo de quantas vezes você alertou seus inimigos, matou humanos ou fez certos objetivos secundários.
Dishonored também é um jogo com uma ambientação maravilhosa, Dunwall é uma cidade que consegue passar uma baita sensação de que você está em um lugar que está muito abatido pela praga e por outros problemas que se passam por ali.
Dishonored é um jogo com uma jogabilidade inovadora, história ótima e conseguiu ser uma experiência extremamente satisfatória, 10/10.

Bioshock Infinite traz várias mudanças se comparado aos outros jogos da série, a mais perceptível sendo a mudança de ambiente, enquanto em Bioshock e Bioshock 2 nós passamos o jogo dentro de Rapture que é uma cidade construída no fundo do mar em Infinite iremos nos aventurar na cidade de Columbia que está acima dos céus, achei bem interessante essa mudança apesar de ainda sentir falta daquela ambientação memorável de Rapture mas Columbia também consegue ser um lugar com bastante identidade própria.
Uma outra mudança que achei muito bem-vinda foi o protagonista, diferente dos outros jogos da franquia no Infinite o protagonista fala, eu sempre preferi jogos com protagonistas falantes invés dos mais calados. A gameplay também sofreu de mudanças, no Infinite você pode apenas carregar duas armas enquanto nos antecessores você podia escolher qual queria usar a qualquer momento, honestamente eu não gostei muito dessa mudança, a movimentação do jogo também melhorou muito graças aos trilhos que você pode se pendurar e se mover rapidamente pelas áreas, porém de longe a maior adição foi a Elizabeth, depois que você a resgata ela vai ser sua companion pelo resto do jogo sendo bem útil durante os combates já que ela fica te jogando itens pra te curar ou munição quando você estiver com pouca, ela também pode abrir portais e trazer várias coisas para dentro dos combates, pode trazer armas, cura e até mesmo robôs e torretas.
Agora em história o Infinite não decepciona, ele também entrega uma construção de história ótima apesar de não ser tão boa quando a do primeiro Bioshock, os personagens principais Booker e Elizabeth também são ótimos, gostei bastante de ambos. Infinite tem um final bem peculiar, eu fiquei meio confuso na hora mas depois que entendi melhor o que estava se passando achei um final maravilhoso.
Um ótimo jogo, 8,5/10.

Bioshock 2 é um ótimo jogo, apesar de ser bem inferior na questão de construção narrativa que é um dos maiores pontos positivos do primeiro Bioshock, a gameplay teve uma leve melhorada mas tirando isso o jogo não tem muitas outras diferenças ou melhoras se comparado ao seu antecessor, 8,5/10.

Bioshock tem um dos começos mais incríveis que já vi em um jogo, a queda do avião coincidentemente na frente de um farol onde ao adentrar a primeira coisa que você vê é uma estátua que está escrito logo abaixo "No gods or kings, only man" e logo depois entrando em um tipo de cápsula onde você puxa uma alavanca e começa a descer, enquanto isso vai passando um pequeno filme onde vemos pela primeira vez Andrew Ryan falando sobre a sua grande criação, a cidade submersa Rapture.
Esse começo é absurdo, logo depois você adentra Rapture que é de longe o principal ponto positivo do jogo, sua ambientação é perfeita e enquanto você vai avançando vai vendo toda a história por trás daquela imensa cidade abaixo do mar, seja pelos cenários ou pelos diversos arquivos de áudio que tem espalhados por aí, graças a isso me senti bem imerso durante a maioria do tempo de jogo. Uma das primeiras coisas que acontecem quando você chega a Rapture é que um cara chamado Atlas começa a entrar em contato com você, durante a maioria do jogo você vai obedecendo todas as ordens de Atlas, até chegar o momento que é explicado o porque de você seguir todas essas ordens e essa sendo a maior revelação do jogo.
Depois de andar um pouco por Rapture você terá seu primeiro encontro com uma das Little Sisters, o jogo deixa bem claro para você que ao matar elas você ganhará bastante Adam(uma das moedas de troca do jogo) mas ao salvar-las você ganhará menos Adam mas será recompensado mais para frente, essa escolha influenciando no final do jogo, as Little Sisters que você for encontrando estão sempre sendo protegidas por um Big Daddy, os Big Daddy são pessoas muito bem armadas que tem como principal dever proteger as Little Sisters. Bioshock tem uma gameplay que não diria que é ruim, ela é boa e tem diversas mecânicas úteis mas na parte de ação eu achei ela bem problemática, tanto que fez essas partes serem bem maçantes, ainda mais na reta final que foi absurdamente chata.
Apesar desses problemas da gameplay e da reta final, Bioshock ainda é um jogo incrível graças a sua contrução de história e toda a ambientação de Rapture fazendo ser uma experiência bem memorável, 9,5/10.

2018

HADES é com certeza um dos jogos mais divertidos que já joguei na vida, na primeira run ele foi uma aventura bem desafiadora que em vários momentos conseguia me proporcionar um novo desafio até conseguir chegar ao Hades e vencer-lo no final, depois disso as runs subsequentes se torna bem mais fáceis dado a experiência que obtive na primeira run mas mesmo não tendo tanta dificuldade é ainda imensamente divertido e prazeroso ficar criando builds e usando armas diferentes para derrotar o Hades. A história é bem interessante, ótimos personagens e um enredo que consegue prender e deixar o jogador curioso sobre como vai ser o desenrolar de tudo isso, foi algo que me motivou a continuar até o final das 10 runs, tirando a jogabilidade e história ainda tem a se falar da direção de arte e trilha sonora, a direção de arte de HADES é uma das mais bem trabalhadas que já vi, em muito momentos parei por um tempo para apenas apreciar a beleza desse jogo, já a trilha sonora é completamente memorável, desde a música da Casa de Hades até a música dos créditos finais, com certeza foi tão bem trabalhada quanto a direção de arte.
HADES foi um jogo incrível de se experienciar, segundo melhor jogo de 2020 na minha opinião, 10/10.