90 Reviews liked by Okelad


Fãs de VN quando te mandam ler a história de 2003 envolvendo pornografia lovecraftiana sobre o pós guerra e as decorrentes perturbações mentais analisada pelos olhos de um jovem tarado e como isso implica na criação da Astrofisica

desenhei um pênis com um pênis com meu namorado em uma seção do jogo. ótima experiência

this game left me completely speechless.

Music album with a free game 1000000/10

Barry doesn't say "Jill Sandwich", so it's basically worthless.

schizophrenic man gets out of jail and beats up homeless people

Acredito que esse talvez seja o melhor roguelike já lançado, mesmo tendo sido um dos primeiros nesse estilo e até hoje é um dos melhores que eu já joguei.
O único erro é só poder colocar mods com a dlc (não lembro qual era).
Caso você queira um jogo pra você conseguir jogar pra sempre, definitivamente esse jogo é uma ótima escolha, ainda mais se você for tentar fazer tudo que tem.

Que jogo. Meu Deus do céu que jogo. Não esperava que fosse jogar Guilty Gear -Strive- tão cedo mas graças a Deus ele saiu no Xbox direto no Game fucking Pass e a vontade reprimida que tive desde 2021 quando o jogo foi lançado saiu de uma vez só. Vou ir direto ao ponto, o gameplay do jogo é perfeito. Tudo nele é incrívelmente satisfatório, cada golpe tem impacto, desde o soquinho mais básico até cada um dos movimentos especiais são uma delícia de acertar e parecem avassaladores, cada counter te faz se sentir o cara mais foda do mundo, cada bloqueio te faz se sentir uma muralha, tudo nesse jogo tem impacto, TUDO. E o que falar do visual? É uma verdadeira obra de arte, desde os gráficos, a direção de arte, os efeitos de partículas, as cores, os cenários, o design dos personagens, tudo é simplesmente incrível. E a trilha sonora simplesmente dispensa comentários. Strive tem um scale de dano altíssimo, os golpes tiram muita vida e rounds podem terminar em segundos, isso só torna o jogo mais viciante pois um set de três partidas no online podem levar menos de três minutos pra acabar e mesmo quando se perde a vontade de ''mais uma partida'' acaba sendo inevitável, sem firulas, sem pontinhos de ranked match, apenas entre num lobby, procure alguém e lute, repeat até cansar.

A história do Guilty Gear é um show a parte, uma lore incrível que faz questão de contar tudo que ocorre naquele mundo, dando uma atenção e profundidade a seus personagens como poucos. História não é um ponto obrigatório em jogos de luta pois o gameplay é o que importa, não discordo disso, mas quando se tem uma lore riquissíma com personagens incríveis no roster acaba engrandecendo e muito o jogo, quando algum personagem que você curta acaba tendo uma história/passado/desenvolvimento bacana acaba sendo um plus a mais, ainda mais quando você acaba crescendo com alguma franquia e aqui não é diferente, todos os personagens tem motivações e sentimentos. O fato de eu jogar com o King do Tekken desde criança por exemplo, ou o Kyo do KOF, e continuar até hoje me faz ter uma conexão com o personagem. Felizmente muitas franquias dão atenção a sua história tendo personagens com arcos incríveis quem permeiam desde o início de suas franquias e quando você envelhece junto com certos jogos, acaba se tornando algo sensacional. Ver todo o mal caminho que o Kazuya trilhou desde o primeiro Tekken onde tudo começou com uma vingança e terminou com uma sede insáciavel por poder, toda a jornada do Ryu pra se tornar o ''melhor lutador do mundo'', ver todo o perrengue que o Kyo passou tendo que carregar o legado de sua linhagem, e claro, em ver como nosso Sol Badguy, ou melhor, Frederick acaba se soltando mais e se tornando um dos meus personagens favoritos de todos os tempos. Os personagens acabam crescendo assim como nós conforme os anos se passam e eu acho isso algo de valor inestimável em jogos de luta. E a história de Guilty Gear se encerra (até o próximo jogo) num modo história cinematográfico.

Strive é um game que vou passar um bom tempo jogando, não sei se é o melhor fighting game da história, afinal são muitos e muitas franquias que amo, mas ele tem todas as qualidades pra ser tratado como tal e se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos.

Uma proposta realmente muito simples de um co-op puzzle family friendly, mas executada TÃO BEM que se torna genuinamente impressionante. O capricho e a disposição pra montar esse jogo são descomunais, e isso é facilmente notado na quantidade enorme de conteúdo e variedade encontrados nessa aventura.

Há diversas mecânicas que compõem os desafios cooperativos em cada fase, e todas não apenas são ridiculamente criativas e terrivelmente divertidas, como também muito bem dosadas. O jogo se atualiza por completo sempre que você sequer começa a pensar em enjoar de um modelo. Tanto temática quanto mecanicamente.

E não esqueçamos de comentar sobre os visuais.
Permitam-me a ênfase: QUE! JOGO! LINDO!
A direção de arte é estupenda e desnecessariamente aperfeiçoada pra um jogo tão simples. Me peguei genuinamente postergando a progressão da gameplay e admirando lentamente os cenários e belíssimos ambientes engrandecidos pelas boas fotografias.

Tudo isso sintetizado com personagens carismáticos e divertidos (impossível não amar aquele livro) e uma meiga mensagem sobre união. Parece um jogo legitimamente terapêutico para casais.

Uma experiência indiscutivelmente marcante.


Sinceramente, quem acha que este jogo destoa muito de metal gear não deve ter jogado a mesma franquia que eu joguei.
Essa excelente entrada da franquia consegue ser tão diferente em gênero, mas ao mesmo tempo tão fiel aos aspectos basilares da franquia, que chega a ser inacreditável. Cada idiossincrasia da série é muito bem utilizada aqui.
Bosses icônicos, conversas por codec extremamente interessantes e que adicionam muito à história e ao mundo do jogo também, trilha sonora fenomenal e muito shoff-off kojimesco, mesmo que ele não estivesse diretamente envolvido.
Tem tudo que um jogo de metal gear tem a oferecer e tudo que um hack n slash da platinum games tem também

9.9| A visão além do alcance de Hideo Kojima me pegou desprevenido

Me sinto obrigado a começar este comentário relatando uma experiência que nada tem a ver com jogos, mas sim com música!
Por volta de março deste ano parei para escutar um grupo de Hip Hop experimental chamado Death Grips. O som deles era, no mínimo, excêntrico... os beats violentos, as letras praticamente indecifráveis... em uma primeira escuta, me senti sonoramente agredido.
Tempos depois, parei para pesquisar com mais afinco, e me
deparei com os significados de algumas letras como as de " I've seen footage ", que fala sobre a compartilhamento viral de gravações de violência policial e doméstica. Também veio ao meu conhecimento a existência de uma primeira Mixtape que não estava em nenhum serviço de streaming, chamada " Exmilitary ". Como sou grande curioso, me vi obrigado a escutar. Mal sabia eu que havia encontrado uma mina de ouro.
Eu fiquei completamente estarrecido, não apenas com a produção, que utilizava primorosamente samples escolhidos sabiamente e graves pomposos, mas também com o lirismo positivamente prolixo de seu cantor, MC Ride.
Fiquei extremamente impressionado com o fato de que uma música como " Culture Shock ", que fala sobre as consequências negativas das redes sociais, ter sido escrita e produzida em 2011, 11 anos atrás, dado o fato de ser um fenômeno cuja expressão maior tem se dado em anos mais recentes. Também me foi surpreendente o fato de que mesmo tendo apenas lançado um EP antes desta Mixtape, o grupo conseguia se autorreferenciar e autocomentar de forma impressionante em faixas como " Guillotine "

Mas agora vem a pergunta:
"O QUE RAIOS ISTO TEM A ACRESCENTAR NESTA REVIEW??"
Simples: Eu gosto bastante de sinestesia audiovisual e de relatar as minhas próprias experiências com isto. E neste caso, eu não posso deixar passar. É a mesma sensação, só que dez vezes mais.
Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty é mais do que apenas uma sequência, mais do que um excelente jogo, mais do que um simples comentário. Se trata de uma Obra-Prima impressionantemente à frente de seu tempo em cada um de seus aspectos.

Antes de qualquer comentário envolvendo sua trama/enredo e mensagem, é necessário salientar um ponto em específico. Se trata do espanto.
Sim, o espanto.
Eu havia acabado de sair do MGS1, que havia me impressionado pelo seu visual estonteante para termos de PSONE. E aí eu caí de cabeça nessa maravilha.
Os visuais desse jogo simplesmente poderiam ser os de uma produção já bem avançada na vida do PS2, mas se trata de um jogo que saiu após um único ano do começo do ciclo da plataforma. Os gráficos são impressionantes até hoje.
O maior poder da plataforma também nos proporcionou grandes melhorias na gameplay do jogo, com novas mecânicas e maior fluidez nos movimentos. Se a visão em primeira pessoa do primeiro jogo já impressionava com seu uso único para a mudança de perspectiva, agora sua função de mira nos deixa ainda mais imersos na experiência.
Mas ainda cabe ressaltar que esta expansão da capacidade de processamento do console não serviu apenas para trazer efeitos melhores, modelos mais bonitos e texturas mais detalhadas. Esta expansão permitiu a existência de toda a cinematografia implementada nas cutscenes desse jogo por parte do Kojima, o que é simplesmente ESPETACULAR. Aqui ele deitou e rolou, podendo usar e abusar das técnicas de direção dos filmes que ele tanto gosta. É praticamente incabível o fato de que este capítulo da franquia saiu apenas 3 anos depois de seu antecessor.

Isto posto, vamos para o que mais interessa.
Eu fiquei positivamente surpreso ao ver que a trama principal se daria a partir dos olhos de um novo protagonista, que não possui treinamento real, um soldado treinado em realidade virtual, enquanto snake nos auxilia. Pesquisando sobre, vi que na época isto não foi tão bem recebido, mas creio que fora extremamente benéfico. Eu entendia os motivos para tal num primeiro plano, de game design, mas mal sabia eu que haveriam questões para tal que iam muito além de meros conceitos de gameplay.
Ao decorrer da campanha, não tardou tanto para que eu começasse a perceber paralelos, correlações e até mesmo repetições de acontecimentos do primeiro jogo neste segundo. Ambos são estruturalmente parecidos, se assemelham até mesmo no pacing! entretanto, a nova roupagem para a estrutura da trama se mostra eficiente ao tornar o processo ainda mais cativante que o original.
Eu pensava que este jogo seria "apenas" uma ótima releitura de seu anterior, explorando elementos adicionados ao plot no epílogo do ultimo jogo como a agência dupla de Revolver Ocelot e o vilão Solidus, eu estava esperando para isto e estava recebendo exatamente o que eu esperava.....

Até o terceiro ato.

O que Hideo Kojima e os demais idealizadores deste projeto fizeram nesta última parte do jogo foi simplesmente Imperscrutável.
Aquilo que parecia ser em seus primeiros minutos uma certa repetição do ultimo ato do MGS1, se revelou como uma fortíssima experiência de completa imersão. Era como se o jogo tivesse se apossado por completo de minha mente.
Os estranhos diálogos por codec, que já indicavam a existência de algum elemento em descompasso com aquilo que nós acreditávamos ser nosso objetivo na trama, se tornam cada vez mais recorrentes e invasivos. O tom macabro e tenso vindo de cada um dos diálogos, as menções de eventos de jogos anteriores e até mesmo a repetição de diálogos destes e até mesmo os próprios personagens conversando diretamente comigo, o jogador, e falando sobre o próprio jogo:
"Você já não tem nada para fazer? já jogou o demais" "Desligue o console agora!"
"Por que você continua falando do meu papel? / Porque este é um jogo sobre cumprir papéis."
"Muito tempo olhando para a TV vai fazer mal para os seus olhos."
"É só um jogo, um jogo como qualquer outro. Uma simulação, casual como qualquer outra."
"Até mesmo a minha paciência tem limites, abandone a missão. Deixe que eu faço a parte da luta."
Prosseguindo rumo ao final, fatiando tudo em nosso caminho até a conclusão, vemos ainda mais intromissões do jogo em si mesmo. Falsas telas de game over, como se estivéssemos indo contra nosso dito objetivo, a favor de algo que não temos a noção.
Temos batalhas apoteóticas contra as temíveis novas armas de guerra, os Metal Gears de produção em massa.
Confrontamos nossos algozes uma primeira vez.
E então, depois de várias horas de jogo, temos simplesmente um dos mais subversivos e visionários payoffs narrativos que já vi sendo executado.
Se trata não apenas de explicações para toda a lore do jogo até aquele ponto, como também para as próprias decisões de design e produção do jogo. Todos os foreshadows e pontas soltas deixadas por interações opcionais do codec são apanhadas e ordenadas na frente de nossos olhos em toda uma sequência de quase vinte minutos, num dos melhores plot twists feitos em videogames, seguido também pelo mais profundo diálogo que eu já tive o prazer de testemunhar, não apenas nos videogames, como em toda mídia audiovisual que já testemunhei.

Segue aqui o diálogo, para quem tenha algum interesse (aviso de spoilers): https://www.youtube.com/watch?v=eKl6WjfDqYA

Se trata de um diálogo completamente acachapante. Que concatena temas pincelados ao longo do jogo de uma maneira tão bem ordenada e exposta que me faz pensar que simplesmente não conseguirão mais atingir este nível tão brevemente.
Um diálogo que tangencia temas acerca da filosofia, sociologia, evolução, teoria memética, engenharia social, inteligência artificial, guerra de quinta geração, existencialismo, censura, manipulação política da sociedade, as consequências da era da informação e de redes sociais.
É um comentário tão pertinente, tão perspicaz e tão fulminante que me remeteu instantaneamente às líricas de MC Ride nas músicas de seu grupo Death Grips. Entretanto, se no caso das composições do grupo de Hip Hop eu havia ficado perplexo por serem tão atuais mesmo tendo mais de uma década de idade, em Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty não existem expressões que passem completamente a sensação de compreender que este jogo já tem DUAS DÉCADAS.
Aparentemente, apesar de ter recebido bastante apreço, este não fora tão bem recebido quanto o MGS1. Mas é inegável o fato de que este jogo envelheceu muito melhor que o seu antecessor e, paradoxalmente, ficará cada vez melhor e mais atual conforme for sendo ultrapassado tecnologicamente em seu envelhecimento.
Tal qual uma garrafa de uísque envelhecido e os demônios contidos no fundo desta, este jogo nos mantém entretidos, porém ainda assim muito alertas sobre a realidade ao nosso redor, uma realidade tão duradoura quanto a minha própria existência, reafirmando dilemas da nossa pós-modernidade, das nossas pós-verdades e de nossas próprias vidas.

Se este jogo se aprofundasse um pouco a mais em certos personagens introduzidos, eu poderia afirmar categoricamente que se trata de um jogo sem falhas. Infelizmente, não é o caso. Mas isso se trata de uma mera gota no oceano comparado ao resto.
Um jogo atemporal, ideologicamente multifacetado, filosófico, que tece metacomentários, indiscutivelmente à frente de seu tempo, feito com muito esmero, muito carinho e muita atenção aos detalhes, recheado de sutilezas. Se pauta tanto em seu antecessor, mas ainda assim está em infinitamente além daquilo em que se baseia.
Talvez seus idealizadores tenham tido um momento muito grande de clareza, quem sabe tenham consultado um futurologista, ou quem sabe o Kojima seja apenas um viajante do tempo... Mas se existe uma certeza acerca de toda a produção de Metal Gear Solid: Sons of Liberty, esta é a de que você DEVE jogar este jogo. O mais rápido possível.

This review contains spoilers

"Bulding the future and keeping the past alive are one and the same thing"

Do jogo em si, talvez o gameplay seja um pouquinho frustrante pra mim por não estar tão acostumado a jogar jogos de antes do xbox 360/PS3, mas nada que o bom Save State não me ajude (e já ajuda muito também não ser controle tanque). É divertido e com grande variedade explorar o Big Shell e o Tanker, no fundo, é uma gameplay melhorada e muito boa do primeiro MGS. Realmente o que vende esse jogo é a sua história e personagens.

Snake, a lenda viva. É muito bom quando ele reaparece e se passa pelo simples soldado Pliskin, mas você, ao contrário do Raiden, sabe da verdade e fica apenas esperando o momento da grande lenda ser revelada.

Dead Cell também são ótimos antagonistas. Simplesmente Fatman, o showman, andando de patins e tomando drink de canudinho (CAMP!). Forma como Vamp é introduzido, demonstrando a sua velocidade e ar misterioso que é obrigatório para todo vampiro. Fortune, com sua trilha romântica, sorte na guerra e azar no amor. E Solidus, o anti-hero, queria ser mais do que os Patriots o permitiam chegar e libertar o governo da mão deles.

A sequência de revelações, começando pelo básico de que Raiden não foi propriamente brifado sobre a missão e passando cada vez mais sobre o presidente, os Patriots e que tudo não passa de um teste para formar mais soldados como Snake: maravilhoso. O glitch do Codec, com o Colonel falando coisas desconexas, atingindo o meta falando para desligar o jogo, do nada o mapa substituído pela foto de uma mulher. Eu gostei muito de cada detalhe do final desse jogo.

É estranho ver como um jogo de 2001 trata a questão da internet e disseminação de informações e continua extremamente atual. Os Patriots querem censurar a informação, transformando a história da humanidade em algo mais "limpo" e "correto" cada um vivendo na sua bolha. Mas logo depois vem esse discurso do Snake "We need to pass the torch" precisamos preservar nossa história, não são apenas os genes que definem uma pessoa, sua história, cultura, vivência fazem o ser e consequentemente a sociedade. Manter o passado para construir o futuro, a última frase do jogo que sintetiza toda essa mensagem.

Eu queria muito falar uma imensidão de coisas sobre MGS2, queria saber expressar melhor minhas opiniões, mas infelizmente é isso que tenho hoje.

this game made me cry. loved when the president of the united states grabbed raiden's balls