13 reviews liked by Peipara


Melhor jogo da franquia no quesito história e cast, chega a ser impressionante. É um dungeon crawler que é difícil de acompanhar caso seja seu primeiro, mas é bem tranquilo caso você tenha costume. Não é atoa que criou uma das franquias mais famosas do JRPG.

Durante minha maratona de Persona, após ter jogado o 3 e iniciado o 5 (já tendo jogado o 4 anteriormente), visitar o início da franquia foi uma das experiências mais interessantes que eu podia ter tido, ainda mais sendo fã do combate clássico.
Diferente do que todo mundo diz, não, o jogo não está exatamente datado, na verdade, é mais atual que todos os Personas de Katsura Hashino, embora é inegável que ele seja um ótimo diretor, ver problemas de extrema sexualização de menores de idade, transfobia e pedofilia (P3P lol) por quase duas décadas de jogos nas mãos desse diretor, é de fato algo que não consigo relevar.
Persona 1 (e 2, que ainda não joguei mas sei um pouco), ainda escrito por Tadashi Satomi, é justamente o que a franquia sempre quis ser, um Shin Megami Tensei colegial, que assim como todo bom Shin Megami Tensei, trata de seus assuntos com alta complexidade e reflexão.

De longe, o jogo com a pior fama da franquia, o que é bem irônico, já que é literalmente o segundo jogo mais vendido da franquia, perdendo apenas para o 5º jogo. Obviamente, minha expectativa estava no chão, mas, na verdade, fui bem surpreendido. O jogo é, obviamente, muito mais simples, o menor da franquia, com uma história simples e personagens que nem têm o devido tempo para serem tão bem desenvolvidos, mas já entregam muito carisma. É um jogo bem fora da curva para sua época, e, diferente do que muitos acham, as dungeons em primeira pessoa são muito bem executadas. Particularmente, são bem melhores do que o Tartarus e o Mementos.

Obviamente, a nota não foi tão alta para este por alguns fatores. Querendo ou não, o exagero de inimigos não é algo muito interessante. Em vários momentos, o jogo te coloca em um loop apenas para gastar o seu tempo. Você termina a dungeon e é obrigado a fazê-la toda de novo só porque o jogo quer. Além disso, as batalhas do jogo são as piores da franquia, o que torna a repetição muito chata. Além de tudo, é um jogo bem simples, curto demais para desenvolver os personagens ou trabalhar a trama melhor. Honestamente, acho muito melhor como uma introdução para o 2º jogo do que como um jogo por conta própria, mas isso fica para a review do Eternal Punishment

De qualquer modo, não deixa de ser um excelente começo para uma franquia hoje tão aclamada. A Atlus nunca teve muito orçamento em suas obras, e isso sempre é bem explícito, mas acho que eles sempre trabalharam bem com isso. Mesmo sendo um jogo ultrapassado para a sua época, ele é funcional, e isso não é motivo para ter birra com o jogo. Afinal, o jogo só foi mal recebido no ocidente, e por causa do port horrível. Espero que alguém que ler essa review quebre esse rótulo de ''Oldsona'' e ''Modernsona'' e entenda que, afinal de tudo, esse jogo é tão Persona quanto o 3, 4 e o 5.

This review contains spoilers

Eu não tenho palavras para descrever esse mod... Consegue ser melhor que o jogo original. Esse jogo é sem dúvidas o mais triste que eu já joguei, eu fico mal todo vez que eu lembro daquele maldito final... Esse mod é uma tortura para qualquer pessoa que goste da Natsuki.

Estamos a todo momento caminhando em trilhas de convenções sociais, no modo como nos comunicamos, como andamos, como comemos. A verdade é que mesmo quando achamos que estamos fazendo algo totalmente inesperado e inusitado, muitas vezes ainda estamos seguindo algum tipo de convenção.

Você pode dizer que não liga para regras e normas, mas elas estão afetando o seu comportamento, mesmo que seja indicando quais caminhos você não vai seguir. Por isso, mesmo que The Last Guardian seja um jogo único, fico na dúvida se ele está quebrando com convenções de video games.

É claro que não é comum ter um jogo cuja principal mecânica está relacionada com lidar com um animal de comportamento realista e que não obedece direito os seus comandos. Alguma coisa dentro de mim diz que uma hora ou outra um jogo como esse iria surgir.

No entanto, independentemente se o jogo está desafiando convenções ou não, eu fico feliz que existam jogos que me façam pensar nisso, que existam pessoas com coragem de desenvolver ideias pouco usuais. Talvez mais importante do que fazer algo, sem sombras de dúvidas, totalmente novo e inesperado, é o exercício de nunca deixar de tentar chegar nesse nível.

The Last Guardian não é um jogo ótimo, mas é um jogo que traz algumas esperanças de que vale a pena tentar lutar contra convenções para fazer algo único. Talvez, com ideias desse tipo, um dia consigamos chegar realmente a quebrar algumas regras e convenções e trilhar outros caminhos, melhores caminhos, diferentes de tudo o que já vimos até então ou que um dia esperaríamos ver.

I think this is the best of the three, but that's still not saying much.

I think out of all the games 3 is the one that most deserves the remake treatment but this is definitely not the way to do it. A lot of the problems with the remaster also apply with this one, loss of atmosphere, lost music, weird-looking character models, and a lot of bugs and glitches. But for once I will say this I liked the new control scheme. I'm gonna be real here GTA 3 has aged really badly, I love how free of choice it has with its missions and its atmosphere is amazing for the first 3D game Rockstar made but its controls are just bad, I'm sorry but they've aged horribly. The Remasters controls are a lot better, they play more like 5 with the lock-on aiming of San Andreas which all and all makes the game a more tolerable experience.

Would I recommend this version of the original UUUUUUUUUUUUMMMMMMMM I'm gonna have to say no. It still has the PS2 jank of the original so not all of the new updates for the title feel great, and as far as I know you can't buy these remaster individually so you'd be paying full price for only pretty whatever remaster with two other remasters which are 100% not worth your time or your money.

lego badman 2 dc superheroes review:
this was a major step forward for titty games for this was their first ever videogame that adhered to the lego game formula to feature both voice acting AND an open world hub
it is with a heavy heart that I must say that both of those things were pretty underwhelming in my opinion, for the voice acting wasn't utilised to its full potential and the open world styled city of gotham, although brimming with unlockables, is pretty rough and not quite yet realised
this is not my biggest hurdle with the game however
my biggest complaint would absolutely have to be the story/character choices and the level design, which were, to my surprise, a fairly big step backwards from the original
for starters, the title of the game is kind of a lie
the vast majority of the game is spent with Batty and Roberto, with Soupman joining our duo halfway through the game
that's it, hardly enough characters to fill up the famous justice league, right?
well, they actually do show up in the story and ARE playable there, but it's literally just the last two levels, and the Splash along with Blunder Woman serve no mechanical purpose in the level they show up in, so half of those who DO show up at the end do pretty much nothing lol
speaking of dc supered heroes, remember Soupman, and how he joins the classic duo halfway through the game? well guess what, this guy is so fucking powerful, that he literally kills all tension by being playable in the story mode, I mean, he's literally invincible and has like half the powers that are available in the game, they realise how fucking broken he is towards the end by "weakening him with kryptonite" so he won't be able to fly but like, he's still unkillable lmao
(btw flying in the open world feels clunky af)
actually this game has a character problem in general, where, save for the first couple of levels, the only villains present in the story are the Joka and Lex Luthor, which, as fun as they are, become kinda tiring after a while (the first game had a good portion of Badman's rogues gallery being an active threat in the story mind you)
and finally there's the level design, which feels lackluster when compared to the expansive levels of the original, and where in the og game I would say that nearly every level is good, in this one it would be only a third at most, with a lot of them ending up feeling like an afterthought
lego dragman 2 was really ambitious and as many would argue a necessary step towards the right direction, however, it takes that one step while taking a couple back, and that is what makes it disappointing for me

Todo mundo, acho, tem um(a) amigo(a) do(a) qual você era inseparável. Nunca tinha dia ruim, ele(a) estava sempre pronto para animar você, fazer piadas, propor aventuras malucas e você era muito feliz do lado dele(a).

Todo mundo também, acho, já teve um momento de reencontrar esse(a) amigo(a) depois de anos sem se falarem e… a princípio é legal, as lembranças, as piadas, é tudo muito nostálgico, mas no fundo você sabe que tem algo errado ali. Você tenta entender o que, mas nada parece estar fora do comum. Aquela amizade está lá do mesmo jeito que sempre foi. Até reparar que o problema é você. Você que mudou, você que não gosta mais daquelas piadas e daquelas aventuras.

Eu sempre vou ter um carinho especial por Borderlands 2. Foi um dois primeiros jogos mais next gen, na época, que eu comprei e eu me acabei com ele, com todas as missões, personagens, armas, cenários etc.

Quando saiu o Borderlands 3 eu sentia que tinha que comprar, não existia a opção de não jogar. Mas a verdade é que não consegui passar dos primeiros minutos até perceber que não era para mim. E isso não é culpa do jogo, mas é minha culpa. Borderlands não é mais uma série que me move, que me surpreende e me motiva. O que eu sinto agora é mais uma nostalgia e um saudosismo, mais do que qualquer coisa.

Isso não que dizer que eu passei a odiar o jogo mas, assim como aquele(a) amigo(a), talvez seja a hora de seguirmos cada um pelo seu caminho e guardarmos conosco somente as boas lembranças do tempo que passamos juntos.

Nunca é um bom sinal quando eu me percebo jogando Minecraft novamente. Minecraft volta para a minha vida somente quando tem algo de muito errado com ela. Isso porque não é um jogo, para mim, sobre liberdade, criatividade e aventura, mas sim um jogo sobre organização, compulsão e controle.

Não é a toa ele ter sido um dos jogos mais jogados quando eu estava recém formado, desempregado, sem perspectiva de arranjar qualquer emprego. Minha vida estava um caos e tudo o que eu queria era ter certeza sobre alguma coisa, eu queria me sentir no controle do meu destino.

No jogo, eu passava horas colecionando e categorizando blocos, automatizando drops, acumulando recursos, construindo edifícios, tentando juntar as migalhas de qualquer sensação de agência e controle para me sentir vivo.

Não jogo mais Minecraft hoje, mas ele sempre volta em algum momento. Ele fica na espreita, como um urubu olhando o animal moribundo esperando para tirar uma lasca de carniça. O que me resta é esperar que, cada vez mais cedo, eu consiga entender o que realmente significa em cada momento aquela vontade de começar um mundo novo e criar o primeiro workbench.

Quando eu era criança eu tinha certeza de que viveria da minha escrita. Eu vivia escrevendo, no computador, em blogs, em caderninhos que eu levava debaixo do braço. Era um conforto saber naquela época que eu tinha descoberto algo que eu fazia bem, que era especial em mim. Eu sentia que sabia quem eu era por isso e era bom.

Crescer, conhecer outras pessoas, entrar na faculdade foi perceber que o mundo era muito maior do que eu estava acostumado, e nesse novo mundo, eu não era assim tão bom com a escrita. Muita gente escreve, muita gente se acha especial, muita gente é boa nisso e aquela sensação de que eu tinha um dom se estilhaçou em inúmeros pedaços.

A verdade é que nada do que eu tinha feito até então significava alguma coisa. Os textos, as postagens, os elogios de professores(as) e amigos. Esse é o mundo dos adultos e você não ganha um passe livre por achar que tinha um talento quando criança.

Essa sensação é muito parecida com o que eu senti jogando Yooka-Laylee. Você fez algo muito legal no passado, recebeu muitos elogios, pessoas falavam para você que você tinha um dom para a coisa. Mas você não recebe um passe livre por isso. Existem um monte de outros jogos que fazem tudo o que você quer fazer e fazem melhor ainda.

Eu queria gostar desse jogo, queria ver nele algo especial, dizer que apesar dos defeitos é um grande feito de desenvolvedores com um notável talento. Assim como eu gostaria que eu fosse redescoberto, que as pessoas voltassem a me fazer acreditar que tinha algo de especial acontecendo comigo. Mas, assim como eu, Yooka-Laylee é somente uma sombra do seu passado, cheio de comemorações e promessas de sucesso e, infelizmente, eu não vou insistir para saber o final dessa história.