9 reviews liked by RosieMyMelody


esse jogo é tão estressante e divertido quanto cuidar de uma criança

e o Mario é uma criança sendo filmada enquanto brinca e se exibe com suas acrobacias

as fases tem literal o mesmo layout de parquinhos de rua, com desafios diversos mas nenhum ponto de progressão muito específico pra seguir

e os mundos serem fictícios dentro do próprio jogo é a materialização da imaginação fértil que o mario tem

eu não acredito nesse jogo, mas eu me encantei com suas brincadeiras.

Wario Land 4 é a melhor aventura de Wario até o momento -- é a primeira trama da série em que as coisas acontecem a partir das ações de Wario e é engraçado pensar nisso porque é também a jornada mais "simples" -- Wario invade um templo, pega os tesouros, tudo desmorona, ele foge, fim.

em todo jogo da série até agora o Wario sai ganhando no final com uma conclusão positiva mas de alguma forma nem todas as suas jornadas se contextualizavam em circunstâncias positivas. no primeiro jogo ele passa por diversos desafios até conseguir sua primeira riqueza (o castelo), no segundo ele passa o jogo inteiro indo atrás do que já era dele, no terceiro todo o game design é moldado ao redor da justificativa de que ele não tem os poderes no mundo da caixa de música e precisa recuperá-los

e aí no 4, ele tem tudo, e o jogo só existe porque ele tava afim de dar um rolê de carro. as animações idle do Wario é literalmente ele fazendo algum exercício físico. as músicas são todas animadas e memoráveis, as fases são extremamente criativas e sei lá, parece que tá tudo de acordo com os movimentos do Wario -- não no mesmo ritmo, mas sim na mesma melodia.

é o primeiro jogo da série que não tenta ser completamente diferente do anterior (o 1 sendo um platformer padrão, o 2 mudando a forma em que os desafios são compostos, o 3 mudando toda a estrutura pra transformar num metroidvania) e aí o 4 chega e muda as coisas com base numa introspecção de "o que deu certo e o que deu errado até agora na franquia" -- voltaram com os pontos de vida do Wario mas mantiveram os inimigos de transformação, voltaram com a importância do dinheiro, voltaram com o timer mas implementaram ele como padrão de todo final de fase (pra forçar o backtracking e liberar trechos novos de exploração) e mudaram a estrutura de progressão do jogo -- agora são 4 mundos, 4 fases cada um, e a ordem é completamente livre (mesmo que exista certa escala de dificuldade)

o jogo trouxe de volta muitas ideias da franquia enquanto abandonou outras, mas o que mais me cativou foi o quão bem misturaram e masterizaram o conceito de 'exploração espacial' com a progressão restrita (mesmo que pouco burocrática) de collectathon do jogo -- eu me senti desafiado em bons momentos num jogo em que o apelo pra mim era sair andando e interagindo com coisas. enquanto no 2 eu tive que me adaptar com os controles novos junto com o Wario que tinha acabado de acordar, e no 3 eu precisava me acomodar à limitações com a progressão metroidvania dele (baseada na necessidade de poderes pra poder desbloquear diferentes caminhos e fases), o 4 já me deixa TUDO disposto -- e eu penso no Wario como esse veículo, essa figura controlável que me dá todas as habilidades pra explorar os ambientes e interagir com eles, e coloco tudo isso na idealização que eu tenho do level design de Wario Land 4 como o mais inventivo da série: todos os mundos tem temáticas bem definidas com mecânicas super diferentes e criativas umas das outras, e pra mim, esse artifício só tá ali pra reforçar o quão Capaz o Wario é de superar aqueles desafios enquanto se diverte e se sente bem consigo mesmo.

Wario Land 4 é um jogo que move corpos de uma forma diferente que reitera seu funcionamento como um jogo novo da franquia -- e mesmo assim, conseguiu ser o mais único até agora.

Tempo é dinheiro, e você tá em dívida com o Wario.

esse é o jogo mais Pós Wario possível e acho incrível como ele consegue traduzir todos os signos da franquia pra terceira dimensão e como isso reflete na caracterização de Wario – afinal, esse jogo se passa depois da série já ter definido sua própria identidade com duas iterações no plano 2D; Wario já tá rico o suficiente, seu status quo é uma mina de ouro, e ele não precisa mais ir atrás de tesouros e apesar dele estar Tão Feliz quanto no 4, a problemática de sua aventura agora é outra:

assim como no 2, o jogo começa com o Wario descansando em seu castelo até que alguma merda acontece mas diferente do 2 (em que ele é roubado), no World ele tá literalmente pagando pelos seus pecados: uma jóia causava corrupção e destruição, tendo que ser selada por spritelings…até que muitos anos depois, ela foi roubada por Wario – despertada, ela transforma o castelo de Wario em ruínas divididas em mundos estranhos, com o objetivo de tomar para si e criar seu próprio castelo (literal o objetivo do Wario em Super Mario Land 2)

e aí, toda a aventura do Wario consiste nele explorando os restos abstraídos de seu lar enquanto salva os spritelings e conserta a merda que ele mesmo causou, pra no final ser tratado como um herói (dependendo do final, que considera quantos spritelings você salvou)

não existe nada mais Wario que isso e esse jogo ser essa anomalia que abusa da profundidade do eixo Z enquanto progride por telas lateralmente me encanta muito – inimigos que respawnam infinitamente, moedas sendo redundantes porque TUDO te dá MUITO dinheiro explodindo a economia do Mundo De Wario, fases com padrões super óbvios mas que ainda sim cativam porque todas as mecânicas, gimmicks e desafios do jogo são iradas – e até mesmo os chefes são divertidos nesse jogo.

mesmo que em circunstâncias ruins, o Wario transforma sua própria jornada numa acid trip e ter que reaprender a controlá-lo por estar transicionando pra terceira dimensão do GameCube foi uma experiência muito mágica pra mim – mesmo que eu sinta falta da cabeçada e da corrida do WL4, esse é o único jogo em que o Wario consegue dar Izuna Drop nos inimigos.

acho que grande parte do apelo de platformers pra mim, considerando meu amor por super mario galaxy, tá na ideia de jogá-los como se eu estivesse passeando entre pequenos espaços e a representação deles como obstáculos, então muito da graça dos jogos do gênero pra mim se relaciona com a ideia de explorar o movimento e as sensações que ele causa através do espaço ao invés de explorá-lo como um dispositivo mecânico útil pra resolver desafios

o que me encantou em super mario land 2 foi a forma em que ele pega signos de seu antecessor (mexendo em algumas minúncias de mario bros pra transpor a energia da série pro gameboy) e abre as fases e seus objetivos para estimular as sensações espaciais que a experiência quer causar. seus estágios de temáticas variadas oferecem gimmicks diferentes pra influenciar na forma em que a gente controla o Mario, não necessariamente para diversificar os desafios mas sim mudar a forma em que o passeio é conduzido. e o fato de que o platforming foca muito mais na fricção das fases do que na rigidez do desafio (com a possibilidade de voltar entre telas, com o número reduzido de obstáculos e desafios por metro quadrado, com o spam de power ups que o jogo te oferece sem a necessidade de cogumelos, etc) me deixou muito mais livre de sair por aí andando, escalando, nadando e voando durante o jogo. dito isso, queria entender porque o jogo constrói tão bem essa disposição de travessia pro jogador pra no fim, na última fase, transformar tudo em "mario clássico"...

tirando isso aí, ótimo jogo. agora, tô muito interessado pra ver o que o Wario tem pra me oferecer nos próximos jogos...

Influenced by many works of art like Studio Ghibli’s Castle in the Sky, Robert Louis Stevenson’s “Treasure Island” as well as Daniel Defoe’s “Robinson Crusoe,” Skies of Arcadia embodies a sense of adventure unlike any other. There is a great sense of freedom in this game. At a time where JRPGs were defined by convoluted lore, characters/themes dealing with moral ambiguity, and dark, harrowing settings, Arcadia would go back to the old JRPG roots and make its own mark on the genre. It doesn’t have heavy interpersonal drama or delve deep into the character’s psyche, but the simple joy of adventure. The game's sky-bound world serves as a backdrop for one's dreams and its enchanting soundtrack enhances the experience. Sometimes a game doesn’t need to be the most complex work ever created. Skies of Arcadia is a celebration for fans that adore JRPGs. There's a delight in playing this magical game yet if you delve deeper you'll find underlying complexity.

Granted, the game isn’t flawless; its random encounter rate in both the Dreamcast and Gamecube version is very high, and the combat is very slow, with lengthy animations. But, what the game sets out to do, its missteps are easily forgiven.

A game that brings out the inner child in me is truly priceless to me. I felt a tinge of sadness when the adventure in this game came to an end. The journey I experienced will always hold a place in my memories. Basically, this is a game that I'll definitely share with my children.

this game is super cool. it's a high-grade experiment that barely cares about the (already not that established) Mario tropes in exchange for nonsense tiny playgrounds that have more ideas than they have "levels" inside them. i think that's cool. it barely feels like you're playing a videogame sometimes. the floating pieces of land that you walk on are there almost entirely to take advantage of a piece of Mario's movement options, so they actually feel like those 2D Mario levels where every single thing is there in the name of the core game. but i unfortunately kinda hate that part.

i've never been a fan of nintendo's utilitarian approach to design. it just means that areas must be in some way useful more than they are actual places. in 64 this means that you're forced to care about Mario's (conceptually cool) moveset at every opportunity. i can't even enjoy my abstract nothinglands in peace without having to engage with some random setpiece to get a star.

it's the structure as well… yuno.. i'm not one to usually care about intricate challenges when a game cares about it more than anything. even considering how loose some star objectives are, they're still filled with specific little challenges that completely ruin any sense of hanging out i could've had. yeah, i also really dislike the way almost all stars kick you out of the levels. they sometimes linearly change the level to different versions of themselves that make other stars possible and some others impossible, but sometimes that just makes the levels way too bite-sized to make an impact. like, i have to get at least 70 stars in this thing, so i have no time to keep playing around because that shit takes time to do. i get a similar feeling when i'm done with 4 worlds in 2D Mario games and i know that i still gotta make my way through another 4 worlds. i'm already dreading to do the rest before i'm even there.

when you get used to a level's flow in Mario 64, it gets a little better - but then you gotta consciously go through that all over again and see some new tiny setpieces in another level. and it's gonna really suck when you realize that you can only get all the red coins (of which you already spent some time looking for) when the level changes to another star and a path to that last one opens up.

but it's such a magical game with magical lands… these understated little boxes of characters and structures made tangible only by Mario's presence are a thing to behold. the level Tall, Tall Mountain, for example, is just this huge chunk of a mountain that you gotta climb multiple times to get different stars in different situations. it feels monumental because it's one of the few levels that takes the game's trend toward up/downhill climbing to the foreground of the play. in this level specifically, stopping to smell the roses feels positively uncanny because, since everything is there for a mechanical purpose, it loses itself in the absence of interaction. that's kinda awesome but it makes my head hurt a little.

it irks me because i genuinely enjoy the landscapes in here. they're the extreme version of the visually agnostic Mario levels that feel completely alien because of how random and generic their assets are. by setting the levels up as these random paintings that you stumble onto and not holding on to even some basic staples like the turtle guys and pipes, they made something that feels really uncanny.

i don't really get how people frame some games like Majora's Mask as being "mysterious" when they feature some really charming and normal-ass writing, full-on cutscenes, and NPCs with schedules walking around the world. it feels way more deliberate than the surprising nothings that Mario 64 gives players. there's a vague sense that Bowser took over Peach's Castle but absolutely nothing that contextualizes the bonkers structure. for me that's what makes it interesting! it just really loses me when those cool aspects are stuck with nintendo's approach to games.

Mario 64 is stuck in an impossible equation in my head bc it's at once the coolest game by nintendo that i've touched because it's made by them and also a game that i dislike playing because it still tries to follow their design pillars so much. goddamnit now i wanna play more nintendo games to satisfy my curiosity. please help me

O melhor Fallout e um dos melhores RPGs que eu já joguei.

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