Ah... esse jogo. Como começar a falar dele?

Esse é o polêmico e exótico Zelda 2 de NES, aquele famoso Zelda de plataforma com alguns elementos de RPG. Pensa que esse jogo toma um rumo completamente diferente de qualquer Zelda lançado até hoje, realmente sendo uma experiência bastante esquisita e diferente. E se o seu antecessor é datado, esse talvez tenha sofrido as sanções do tempo pelo menos umas 3 vezes mais, sendo um game extremamente complicado de se zerar sem um guia ou ser ler o seu manual.
Mas o motivo de eu ter desgostado e muito desse título não foi somente sua fórmula diferente, na verdade isso não quer dizer muita coisa, visto que tem gente que curte o jogo por causa disso, eu só acho que ele teve algumas decisões bastante duvidosas e que ele é limitadíssimo.

Admito que vai ser um pouco difícil estabelecer uma ordem ou padrão pra abordar as decisões que esse jogo tomou que não me agradaram, então vamos começar do início. Ao ter o controle do personagem, o player se vê em um game do estilo plataforma, mas logo depois é apresentado a um mapa top view no estilo Final Fantasy com... random battles? Sim, esse jogo também é famoso pelas suas esquisitas e repetitivas random battles, que inicialmente podem até parecer inofensivas, mas mais pro meio do jogo percebe-se que elas estão lá somente pra encher linguiça, estender seu tempo de jogo e tirar sua vida e magia.
Outra coisa bastante repetitiva são alguns trechos aleatórios no mapa top view sem indicação alguma em que o jogo muda para o estilo de plataforma de novo. Isso na verdade é totalmente compreensível, visto que realmente dá uma sensação de progresso muito maior do que só um mapa top view, mas o problema é que elas no geral são muito parecidas e repetitivas, sendo uma ideia bacana que só foi mal executada mesmo.

Aqui as dungeons são palácios, e sinceramente isso foi uma ótima ideia pra época, até porque achei a curva de dificuldade deles bastante coesa. Mas é aquela coisa... ache tudo o que tem direito para buffar o link, se não passar de um palácio vira uma tarefa semi-impossível. Eles poderiam ter mecânicas próprias ao invés de parecerem os mesmos, só que com inimigos mais fortes, mas a real é que eu nem poderia cobrar tanto assim desse jogo, afinal, o primeiro Zelda não fez isso, e esse até tentou ser mais fora da curva, essa era uma ideia em ascenção, então apesar de ter dado uma datada cabulosa, reconheço seus méritos. Pra não mentir, o jogo até tenta fazer uma mecânica diferentona de ao invés de usar elevadores, cair de buracos para seguir no palácio, deu pra ver realmente que eles estavam flertando com novas ideias.
Mas apesar de depositarem bastante os esforços nisso, vamos convenhar: Os palácios desse jogo dataram bastante. Salas muito parecidas, salas inúteis sem nada, e claro, os malditos pisos falsos são coisas que fizeram esses palácios apanharem bastante das sanções do tempo, o pouco que se salva deles é a curva de dificuldade coesa, como disse lá atrás. A energia e a estrutura labiríntica podem agradar algumas pessoas também, mas para mim algumas sessões de labirinto só me fizeram enjoar mais de cada palácio.

A gameplay desse jogo infelizmente é bastante... triste, vamos colocar dessa forma, e não era para ser assim se aumentassem uns 3 pixels da espada do link, é serio. O combate desse game é bastante simples: ande, pule e bata, o que pra ser sincero é bastante funcional. Mas puta que pariu, que vontade de arremessar o controle na parede quando o link bate e não acerta, e um pequeno spoiler pra você que pretende jogar esse game: Isso é MUITO frequente. A espada desse puto é bizarramente curta, não posso sequer chamar isso de espada, tá mais pra uma adaga, um toco, sei lá, e isso na minha opinião cagou a gameplay de uma forma bem pesada.
Ah, e não posso deixar de citar os cagados pulos semi pixel perfect... Se você jogou você sabe do que eu estou falando, o lance é que há alguns pulos que parece que o link não consegue fazer, mas ele consegue, só que são extremamente difíceis de se acertar. Bom, pra ajudar temos uma magia de pulo nesse jogo, mas o MP é extremamente escasso, e confia em mim, você não vai querer jogá-lo fora em um pulo que é possível de se fazer normalmente.

Enfim, deu pra ver o que eu penso sobre esse jogo, e me perdoem fãs e defensores de Zelda 2, mas esse é o game mais fraco de Zelda que joguei até agora, e não vejo como algum outro da franquia consiga ser pior que esse, pelo menos na polidez. Sim, é um jogo que tem seus méritos, como uma trilha sonora bastante clássica e que deu origem a temas consagrados na franquia e uma história que era muito rica e complexa pra época, mas em termos de gameplay e experiência o jogo apanhou feito boneco de judas. Aos fãs da franquia, se forem jogar já preparem o detonado ou desbrave o manual do game, e pra galera que não liga tanto pra Zelda esse certamente não é uma boa porta de entrada ou um must to play, então se você não curte uns jogos mais barra pesada, talvez ele não seja para você.

Talvez o game do Kirby que mais desperdiçou todo o potencial que tinha

Squeak Squad tinha tudo, absolutamente tudo para ser um dos jogos mais legais do Kirby se todas as suas ideias fossem executadas corretamente, e eu juro que não estou exagerando, era pra esse game ser do caralho. Esse jogo introduziu cada ideia foda que olhando de fora parece até exagero o que eu estou dizendo, mas sério, nenhuma dessas ideias foi executada de forma decente.

A primeira mecânica que esse jogo introduz e que logo de cara você percebe o grande potencial que ela tem é o de carregar itens na tela de baixo do DS. Essa ideia é muito foda, mas no DS em específico funcionou de forma muitíssimo limitada por conta do tamanho mesmo, ao todo você pode carregar somente 5 coisas, e o que mais me irritou nessa mecânica é que os colecionáveis das fases (Geralmente 3 baús), PRECISAM ser carregados na sua tela de baixo, restando o espaço para carregar duas míseras coisas, o que sinceramente ajuda muito pouco e limita demais a ideia original.

Falando nos colecionáveis, que são baús, tiveram a brilhante ideia de dar um sentido na busca deles, visto que neles podem conter os chamados ''Scrolls'', que melhoram as habilidades do Kirby e expandem seu moveset, mas adivinha? Outra ideia mal executada. Temos um scroll para cada poder e a diferença que eles fazem é bem pequena, poderiam caprichar mais nessa expansão das habilidades e explorar muito mais o que cada uma de fato conseguiria fazer. E voltando aos baús, eles são só muito fáceis de se achar, deixando o 100% desse jogo algo que beira o ridículo de fácil.

O level design é simplório pra caramba, e tudo bem, esse é um jogo do Kirby, e todo mundo sabe que essa franquia nunca precisou de nada muito mirabolante para nos cativar, mas o lance é, esse level design é bizarramente genérico e nada criativo. As fases são fáceis, curtas e com colecionáveis mal escondidos.

A introdução dos Squeaks deve ter sido a melhor coisa desse game, visto que os achei vilões super carismáticos, mas a mecânica deles de aparecer no fim de toda fase para roubar o último baú foi ficando enjoativa, fora que derrotá-los nessas ocasiões é algo que beira o ridículo, diminuindo e muito a importância deles no jogo. Poderiam colocar essa mecânica em uma ocasião mais propícia, como por exemplo em toda fase que antecede o boss do mundo. Na minha opinião seria muito mais divertido e menos cansativo. Apesar dos pesares, os Squeaks são sim bons vilões, e o tema deles é bastante empolgante, a adição do Daroach no Star Allies foi de fato certeira.

Há ainda outra mecânica ''escondida'' nesse jogo que teria um belo potencial se o game desse mais atenção à ela, que seria a de mesclar habilidades, no maior estilo Kirby 64, mas não esperem muita coisa, as misturas são limitadíssimas, não te ajudam em quase nada e são muito pouco criativas, se quiser jogar um game onde essa mecânica dá certo, jogue o Kirby 64 ou o Kirby Star Allies.

Mas há sim pontos positivos nesse game, como a jogabilidade extremamente precisa e ''rápida'' pros padrões da série, o design de personagens, principalmente de bosses (Menos o último, que é horrível tanto em design, quanto em batalha), e também a própria roupagem do game.

Tá, eu posso estar sendo um pouco duro com esse jogo, mas o ponto é, ele prometia e muito. Eu só recomendo esse game para você, fã de Kirby que nunca o jogou, pois poder ver a quantidade de coisa entupida de potencial pode dar uma criatividade a mais para sonhar com um game do Kirby onde tudo isso seja aplicado de forma correta.

Divertidíssimo, uma ideia muito boa

Além da nintendo mostrar que ainda se lembra que F-Zero existe, a ideia em si foi excelente, pois é uma forma muito funcional de reviver as pistas clássicas de uma forma diferenciada.

Ter 99 corredores simultâneos deixa as corridas que já são agitadas por padrão, mais frenéticas e divertidas, tudo isso com uma repaginada legal nos controles.