137 reviews liked by ViniciusAssis29


DayZ

2013

DayZ possui características que chamam a atenção de quem curte ou tem interesse em um estilo de jogo mais focado em sobrevivência e PVP, porém os problemas de otimização atrelados a falta de um anti-cheat tornam toda a experiência decepcionante.



Sabemos que na atual geração qualidade e quantidade são valores inversamente proporcionais e se tornaram motivos de divulgação e de premiação, logo seguir o caminho de ambientes divididos e pequenos faz a discussão de valor, tempo e investimento voltar com força total.

Atrelado à isso temos a falência geracional ou como eu gosto de chamar, a mudança de popularidade nos jogos, que se baseia na discussão onde em cada década um novo gênero se torna popular e grande parte da indústria tenta seguir com o intuito de vender e lucrar, o que no início realmente acontece porém com o passar dos anos o mercado satura e um novo gênero se torna popular, impulsionando a migração e o ciclo vicioso, fazendo os jogos anteriores se tornarem chatos e "horríveis".

Você pode se perguntar o motivo das duas explicações iniciais, mas estamos falando de Dead Island, uma franquia que nasceu quando o gênero de zumbi ainda estava no topo e que ficou no limbo por praticamente 10 anos, de lá pra cá muita coisa mudou, o próprio gênero de sobrevivência com zumbis que antes era enfiado em tudo que era dlc só se manteve por anos através de Dayz (que nem sei se posso realmente colocar aqui), Project Zomboid e DL, então como Dead Island 2 que ao invés de seguir a tendência optou por ser o inverso e se tornou, na minha opinião, um dos melhores jogos de 2023?

Apesar de louco, a base inicial de toda a franquia era a gameplay e os personagens, porém pela repetição a empresa foi forçada a mudar para gameplay e ambiente, o que levou a boas, médias e péssimas decisões.

Isso significa que o enredo é ruim?

Sendo bem sincera, Dead Island 2 não tem nada de inovador ou surpreendente na arte de contar histórias, porém mesmo com personagens caricatos, quase tudo parece funcionar.

Por incrível que pareça, a única peça que não consegue se conectar é justamente o humano que conecta o jogo atual com o anterior e isso chega a ser triste de escrever, pois tínhamos em mãos a possibilidade de um enredo relativamente melhor do que o apresentado. Colocar uma das maiores referências da franquia para ser o personagem mais chato e contraditório do jogo pode ser considerado o grande crime dos desenvolvedores e ser obrigada a acompanhar o final corrido que possui relação só aumenta o meu ódio.

Falando no final, vamos ser verdadeiros e dizer que o jogo não possui um final, mas algo totalmente em aberto, quase como um prólogo para o verdadeiro início e até o momento eu gostei da forma como o jogador termina, porém não posso afirmar o mesmo para os outros personagens.

Os pontos positivos permitem o jogo ser divertido ou bom o suficiente?

Apesar do péssimo enredo, Dead Island 2 possui um dos melhores exemplos de como um mapa pequeno pode ser extremamente divertido e chamativo quando feito com cuidado e carinho. O fato de representarem lugares reais de maneira fiel e nada ser idêntico torna toda a sensação de exploração e até o ato de procurar missões secundárias e objetos colecionáveis divertido, intuitivo e agregador.

A gameplay e o sistema de desmembramento são o grande destaque, pois permitem uma combinação que não faz o jogador sentir que está no meio de uma ação repetitiva. A variedade dos tipos de zumbis também ajuda, porém a falta de variedade na hora de caracterizar os inimigos pode deixar alguns jogadores descontentes.

O sistema de habilidades sendo feito por cartas foi outra perfeição, pois as artes únicas e a própria diversidade em criação de builds permite que o jogo tenha um alto fator de rejogabilidade e ajuda no interesse de sair pelo mapa procurando tais itens ou missões.

Mesmo com o problema narrativo, Dead Island 2 consegue entregar o que deveríamos considerar o essencial, mas que raramente é apresentado nos dias atuais, ou seja, mesmo em uma problemática de uma década um simples jogo de zumbi fez mais do que muitos novos títulos e mostrou que existe genialidade em coisas mortas (ou quase isso).

Parece um pouco estranho ou até errado dizer isso, mas jogar Hell Let Loose me fez ter saudade da antiga geração do gênero de FPS.

A ideia de sair matando todos os inimigos e de ficar girando e pulando para fazer jogadas bonitas é divertido, porém não supera a qualidade de uma boa imersão. Jogar sem indicador de dano ou de um placar piscando na cara para avisar que você realmente matou o outro jogador torna cada momento delicado e decisivo.

Se comunicar com os jogadores do seu time é praticamente uma questão obrigatória, mas na maior parte do tempo não é necessário usar um microfone como muitos gostam de dizer e isso, na minha opinião, é um exemplo de como você pode tornar a comunidade um lugar melhor.

Diferente de outros jogos, grande parte das conversas no decorrer da partida são informações compartilhadas sobre situações ou jogadores que realmente querem fazer um 'RP', o que torna até a derrota algo comum e engraçado.

Infelizmente, Hell Let Loose é da Team17 e como sabemos ela é uma das várias empresas que decidiram alterar todos os preços dos jogos com base na nova tabela do steam, então no momento o jogo custa um absurdo, impossibilitando o crescimento da comunidade e a sobrevivência a longo prazo.


I always seemed to get lost in the sandbox aspect of the game and never got around to finishing the story, but today I finally finished the game in its entirety. This game is and always will be one of my favorites due to nostalgia but also for it being a product of its time. The physics and AI still rival and even outperform most games being released today. Now onto another GTA 5 playthrough :)

Um jogo de luta por turnos, tem algo mais nerd que isso?

Osu!

2007

Um jogo de ritmo simplesmente muito divertido.

Esse jogo mostra que a brotheragem sempre prevalece e que não é porque você é um pênis que a vida precisa ser um saco.

O melhor: A melhor combinação de Shooter, Puzzle e Slow Motion desde SUPERHOT
O pior: Alguns desafios extras são um tanto obtusos
Crossover que provavelmente não veremos: Esse jogo com Cult of the Lamb (2022), também publicado pela Devolver

Children of the Sun é um jogo de tiro e puzzle, sobre uma garota querendo vingança contra o líder de um culto. A primeira coisa que chama a atenção sobre o jogo é sua estética: os gráficos low-poly, as cores berrantes (que remetem a outros jogos publicados pela Devolver, como Hotline Miami), os sons distorcidos e muito sangue. Há algumas cutscenes feitas num estilo visual de HQ que dão mais contexto ao que está acontecendo, mesmo de modo geral a história sendo bem simples.

Mas o que ele tem de interessante mesmo é o seu gameplay: Munida de uma sniper com uma única bala, e um poder de telecinese, a Garota deve rodear o cenário de cada fase, marcando os inimigos visíveis, escolher o melhor ponto de início, e atirar. Se a bala acertar um alvo, a mesma pode ser guiada para um próximo. Se errar, é necessário reiniciar a fase. Então, o que pode parecer um Shooter em uma screenshot, na verdade se revela um jogo de puzzle tático, onde o objetivo é descobrir a maneira mais eficiente de guiar a bala pulando de inimigo para inimigo.

Progressivamente são adicionadas mais mecânicas que favorecem tanto o jogador (aumentar a potência do tiro, guiar a bala durante sua trajetória) quanto os inimigos (inimigos com armadura ou com escudos que desviam seu tiro), mas, com exceção talvez da última fase, ele nunca fica desnecessariamente complexo. Até porque é um jogo bem curto, então no momento em que parece que ele vai exigir demais, o jogo acaba. Infelizmente não há muito o que fazer após os créditos, a não ser tentar obter melhores pontuações em cada fase.

É um jogo com muito estilo, com uma mecânica bem interessante, e que pode ser finalizado em uma única sessão em meio a tantos jogos gigantescos. Talvez o preço atual não o favorece muito, pela duração do jogo, mas com um desconto ele é bem recomendável.