This review contains spoilers

Para mim, é impossível fazer uma review sem dar o contexto por trás das minhas críticas, então gostaria de começar citando um fato que inegavelmente teve impacto em minha experiência com o jogo:
O meu hype era imensurável.

Há pouco mais de um ano, eu decidi me aventurar na série persona, comecei pelo 3 e quando zerei fui direto ao 4. O mesmo se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, logo, tendo em mente que ainda havia outra sequência, na qual eu não tinha a oportunidade de jogar (pois não tenho um ps4), já era impossível não criar expectativa.
No dia em que foi anunciado para o gamepass eu pulei de alegria, soava quase inacreditável. Era perfeito demais, finalmente teria a chance de aproveitar a tão aclamada sequência de um dos meus jogos favoritos.

Avançando um pouco no tempo, no dia do lançamento eu já havia baixado e já havia começado a jogar, e foi maravilhoso. Sentir o frescor dessa franquia novamente, e pressentir aquela grande jornada que eu sabia que me esperava, e que tinha certeza que seria ainda maior do que as outras, era como revisitar um velho amigo.

Deixando o drama de lado, vou falar objetivamente das minhas opiniões sobre o título em si, começando pelo ponto mais característico, os personagens:
Após ter jogado Persona 4, eu esperava algo à altura, pois estamos falando do jogo que simplesmente tem meu cast de personagens favorito. E é, sem muito o que dizer é decente. Quero dizer, é mais pra bom do que pra ruim, temos personagens muito carismáticos como o Yusuke, Makoto, Ann, Ryuji, mas eu sinto falta daquele trabalho impecável de escrita para nos fazer fielmente acreditar que o grupo principal se constitui de adolescentes idiotas que se amam e se valorizam mais do que tudo no mundo. Além disso, quase todos individualmente são bem rasos, os únicos que eu realmente considero nível Persona 4 são o Akechi e a Futaba. Pois no Persona 4 toda a ideia da trama favorecia aos personagens e ao desenvolvimento dos mesmos, fazendo cada um ser unico e bem escrito do seu próprio jeito. No entanto, estão longe de serem ruins, ainda têm a magia de um grupo de persona e rendem muitos momentos divertidos.

Mas de longe, esse não é o maior problema do jogo, a gameplay é o que mais me incomodou.
Comparando com os outros personas que eram jogos de PS2, óbviamente haveria uma evolução. E houve. A Daily Life está mais dinâmica, a HUD é perfeita, não só visualmente como é tudo bem intuitivo e funcional, porém os palácios, em sua maioria, são terríveis.
Em Persona 4, você tinha uma dungeon por arco, elas não eram das melhores, se me permite dizer. Algo bem arcaico e cru, vazias, e sem graça, a única coisa que me impede de as considerar ruins, é o fato de que são curtas o suficiente para não incomodar. Coisa que os palácios do 5 estão longe de ser. O que não seria um problema se não fosse tão ruim, os puzzles são péssimos, você dá muitas voltas que não servem para nada e no fim todas as dungeons tem quase que a mesma ideia de level design. Visualmente algumas são incríveis, outras genéricas, e os bosses também não se salvam, conto dois ou três bosses legitimamente divertidos ou desafiadores no jogo inteiro, e olha que joguei no Hard. Felizmente, o combate é muito bom, quando há bossbattles boas ou apenas combates comuns, há de se divertir bastante.

Também não sou o maior fã dos gráficos, de alguns arcos como o do Kaneshiro e o do Okumura, mas num geral, todo o resto é espetacular, eu não preciso comentar sobre a soundtrack, mas vou mesmo assim. Shoji Meguro brilha mais uma vez.
Last Surprise, Life will Change, Rivers on Desert, I Believe, Throw away your mask, Take Over, tantas e tantas músicas incríveis que chega até a ser difícil citar todas sem estrapolar. O trabalho aqui foi tão cuidadosamente projetado e composto que criou uma identidade nunca antes vista. É só ver a quantidade de vídeos que tem no youtube "tal música no estilo de persona 5", e realmente transmite uma sensação que o jogo transmitiria! É incrível, é sem igual, parece até uma sinfonia composta pelos deuses. Eu genuinamente não consigo nem imaginar o que será feito em Persona 6, pois se conseguirem superar esse jogo, acho que tocarão os céus.

A história tem momentos incríveis também, não sou muito fã de alguns momentos como já disse, mas os últimos arcos são muito bons, o Cassino é o melhor palácio, gosto muito do plot twist da traição, do Yaldabaoth, dos temas do Maruki e do Akechi mesmo como personagem.

Posso ser influenciado um pouco pelo gosto pessoal, mas eu realmente acredito que Persona 4 como um todo é bem mais bem escrito, por mais que sua gameplay seja inferior que Persona 5 num geral, o jogo não sabe usufruir muito da sua gameplay, o que me faz desgostar um pouco mais do mesmo. Contudo, Persona 5 ainda é uma entrada bem sólida e é capaz de divertir e entreter bastante, só esteja disposto a dedicar mais de cem horas do seu tempo e perder um pouco de paciência.









Terrível. Incontáveis ideias mal executadas na gameplay, deixando esse título entediante e sem charme algum.
Ao menos sua história presta. Presta bastante, diga-se de passagem, é mais um dos momentos altos de KH. O final do jogo é insano.

Todas as três rotas deste jogo se unem para nos entregar um dos títulos mais divertidos da saga inteira.

Óbviamente inferior em sua essência ao KH II por suas limitações técnicas, porém o mesmo ainda é um título em que vale apena se aventurar, ainda mais pela rota da Aqua e do Ventus. (Não sou muito fã da do Terra)

A narrativa desse jogo é esplêndida, simplesmente elevou KH para outro patamar. Por se passar no passado, o tanto de furos que eles conectam e fazem com que faça sentido é inacreditável.
A batalha final da campanha do Ventus ainda é uma das minhas favoritas da saga inteira.


atencioso;
agradável;
adorável;
amável;
afável;
amigo;
amoroso;
autêntico;
apaixonado;
animado;
alegre;
amigável;
amistoso;
afetivo; afetuoso;
acolhedor;
aprazível;
atraente;
atrativo;
audaz;
aventureiro;
arrojado;
auspicioso;
aplicado;
altruísta;
assertivo;
atento;
ágil; apto;
atilado;
astuto;
arguto;
ajuizado;
assombroso;
admirável;
airoso;
adônis;
afortunado;
acautelado;
angelical;
aberto;
acessível.

Um dos ápices da narrativa de KH, porém seu brilho é completamente arrancado pela disfuncional e tediosa gameplay de cartas. Uma verdadeira pena.

Um começo certamente imperfeito, porém com muito carisma e bons conceitos que viriam a guiar a história dali para frente.

Fórmula divertida, porém cansativa.

A ideia de fazer um tipo de doom misturado com uma mecânica interessante de rítimo é genial, e foi até que bem executada.
Tem muito mais potencial do que realmente foi mostrado, mas é decente.

A Soundtrack é absurda de boa e o Boss Final é muito bom, mas infelizmente o jogo tem uma repetitividade muito grande de inimigos, o que deixa meio sem graça até certo ponto, pois muitos dos inimigos que você encontra durante os vários infernos têm o mesmo design, até os bosses são iguais.

Se algum dia houver uma continuação, há chance de ser muito melhor do que este foi, porém o mesmo não é um título ruim, muito pelo contrário.

2022

Quando você olha para TUNIC a primeira vez, você não acha que ele será nada demais, afinal ele parece ser mais um zelda-like genérico e pouco inspirado, mas eu garanto para você que esse jogo faz umas coisas insanas que eu nunca vi na vida, facilmente um dos jogos mais inteligentes que eu já vi.
Admito que o jogo realmente começa como nada demais, até pareceu para mim que o jogo iria seguir sendo realmente um zelda-like genérico, mas conforme você vai avançando o jogo vai tomando um estilo próprio muito único e criativo, com uma direção artística de arrancar o fôlego, design de puzzles, bosses, dungeons simples, porém criativos até demais, e o final é onde o jogo explode de criatividade, o conceito dos fantasmas, o herdeiro, e boss final são incríveis.
Só o fato desse jogo ter uma LINGUAGEM PRÓPRIA já é fascinante, mas o que eles fizeram no puzzle do caminho dourado é sacanagem, nunca vi um puzzle que usasse tantos elementos que já estavam a sua disposição desde o começo da sua jornada, sem que você ao menos percebesse ou cogitasse que aquilo teria algum uso ou significado posteriormente. Meticulosamente bem arquitetado, brilhante.

2016

Atmosfera perfeita, trilha sonora inacreditável, gameplay divertida e funcional, mas entra num loop de repetição que cansa a longo prazo

Profundo, carismático e estiloso.
É um daqueles jogos que te entristece quando chega ao fim, pois você sabe que nunca mais vai passar pela mesma experiência.
É tão realista e íntimo de certa forma, mas é retratado de maneira tão caricata e descontraída, simplesmente genial!!!
Que os deuses agraciem a equipe desse jogo, pois tudo é absurdo. (Atenção para a OST, que parece um filho perdido de Katana Zero com lofi hip hop radio - beats to relax/study to, e surpeendentemente é uma das mais vibes que já vi na vida)
Super recomendado!!!

Uma experiência de terror psicológico com personagens muito boas e uma maneira inteligente de quebrar a quarta parede e imergir o jogador, sem igual.

historia genial mas gameplay pouco criativa

incrível, fez o xehanort deixar de ser apenas um vilão e virar um personagem muito bom, além amarrar algumas pontas soltas da história e responder algumas perguntas.