se atêm aos mínimos detalhes, é entediante da melhor forma possível. poucos jogos me deixam num estado de transe tão facilmente. podia ter uma dirigibilidade melhor, mas obviamente não é o foco do jogo.

2016

o que é bom neste jogo é muito bom, e o que é ruim neste jogo é muito ruim, e eu não me refiro nem à jogabilidade; a meta-narrativa tem ideias muito originais e outras que parecem uma fanfic do wattpad.

sludge life e satantango têm um filho: muito foda o misto de desespero com conforto que essa cidade brutalista passa, junto com a forma com que esse jogo quer que você intencionalmente quebre-o.

tava com preconceito pelo nome tão genérico e por ser grátis, mas superou todas as expectativas. jogo lindinho com algumas mecânicas até inovadoras e uma progressão fluida de metroidvania (melhor que hollow knight?). só senti falta de uma lore com um enredo menos óbvio e um sistema de itens que funcionasse melhor.

o Simulador de Trabalho Precarizado™ é daqueles jogos que são divertidos por serem completamente quebrados. foi até bem engraçado jogar com amigos, mas sinto que se estivesse jogando sozinho, eventualmente atentaria contra mim mesmo no primeiro balde preso no chão.

aula de game design, tudo neste jogo serve pelo menos a umas 3 funções. quando você começa a acertar os combos, você se sente surfando no cs. infelizmente, já joguei 13 horinhas e não consigo sair do 4-3 por nada neste mundo (sou horrível).

2019

meio esquisito jogar doom em widescreen, mas essa versão da steam tá bem lindinha. apesar do level design mais pro final ficar insuportável, o jogo que inventou a roda consegue manter a roda interessante 30 anos depois.

um jogo sobre o sonho masculino de reviver o caçadores de lendas do renato garcia.

simples e limitado, mas toca num spot bem específico de maluquice. queria que fosse maior pra jogar com as outras almas condenadas.

estéticamente impressionante, sendo o primeiro da série a romper com a estética hominho gamer. me divertiu bastante apesar da gameplay ambiciosa com mapas grandes demais que diluem um pouco da ação. nem toquei na campanha (não quero sofrer com erros históricos americanoides).

uma das merdas mais intensas que já joguei, surreal em todos os sentidos. me trouxe até uma vontade estranha de chorar.

é lindo demais para a época em que foi lançado. a história e o design de mundo são simples, mas funcionam. a gameplay é doida com uma das melhores movimentações do gênero. infelizmente, essa jogabilidade incrível foi desperdiçada em um multiplayer meio paia.

talvez não tenha envelhecido tão bem, mas sua inovação para a época é indiscutível. a narrativa visual continua insana.

é um roguelike bem acessível, com uma mecânica de movimento/tiro bem satisfatória. a variedade de perks e armas deixa o jogo dinâmico, apesar dos inimigos meio monótonos (principalmente os bosses). tem bastante conteúdo pra um jogo em early access.

gosto da ideia de uma cidade cel shaded cinza ganhando cor, mas acho que a ambientação podia ser melhor. a movimentação é divertida demais, só que a tinta azul me deixou tonto. o jogo crashou na última fase e acabei não terminando :(