E não é que o jogo é bom mesmo?

Admito que por trás da minha curiosidade em testar o Resident Evil original, estava aquela dúvida se era aqueles jogos que "envelheceram mal", e essa foi minha maior surpresa e qualidade do jogo: é uma experiência sólida que logo em um primeiro jogo de uma grande franquia, foi capaz de definir muito das convenções de design de Survival Horror de maneira competente ao se inspirar em Alone in the Dark e Sweet Home, o próprio termo do subgênero originou se nas telas de Save de Resident Evil 1.

O level design da mansão é de imensa criatividade, e a maneira como os zumbis são posicionados e os devidos itens de solução de quebra-cabeças conversam muito bem com a dinâmica de gameplay que você irá ter por toda essa aventura. O combate é muito mais um complemento ao loop de exploração do que fato um ponto que se prevalece no cerne de Resident Evil. Especialmente na campanha de Chris, é importante que você economize o máximo de munição e apenas as despeje se a longo prazo, esse inimigo a menos vai valer o custo dessas balas para um caminho muito mais otimizado para as várias vezes que possivelmente você irá voltar a alguma área. O gerenciamento de recursos é um fator crucial para o avanço na Mansão, sendo essencial que você pense em quais itens deixará ou levará enquanto você estiver na safe zone administrando seu pequeno inventário.

Apesar da excelência, eu sinto que alguns momentos da campanha do Chris a dificuldade é elevada artificialmente, especialmente entrando na segunda metade. Os Hunters substituindo os zumbis na mesma quantidade por toda mansão é um tiro no pé do esforço do jogador que despejou munição para que tenha o caminho liberado nas próximas vezes que revisitasse uma área, tornando essa nova preocupação estressante. O inventário do Chris, por algum motivo, tem dois espaços a menos que da Jill, e isso muda totalmente a dinâmica dessa administração de recursos, mas ao menos para mim, eu não senti que foi uma boa ideia. Por muitas vezes eu senti que eu precisava voltar para alguma safe zone umas 5 vezes porque meu inventário acabava sempre lotado e eu precisava pegar algum item-chave ou que estou lotando de tanta erva. Não é necessariamente um problema, mas é bem notório em como toda a campanha de Chris a exploração chega a ser bem burocrática, o que torna o jogo até mais linear do que deveria em certos pontos, mas eu vejo como um charme que realmente acrescenta na dificuldade se equiparado a Jill.

Falando nela, a campanha da policial é realmente mais fácil e com menos dos problemas dos que citei na campanha do Chris, até por que, você pode facilmente pegar a Shotgun nos primeiros 5 minutos de jogo junto com a bazuca. A gameplay dela é certamente mais divertida, especialmente devido ao fato de como o Barry é um personagem carismático ativo em muitos momentos e escolhas que você realiza em sua gameplay, que altera efetivamente no final, por exemplo.

Falando em história, ela é bem mais divertida e bem narrada do que esperava. A campanha do Chris sofre um pouco com a ausência de um elenco presente para engajar na história, coisa que é corrigido na campanha da Jill, mas é um mérito de ambos que a breguice de seus diálogos e cutscenes são extremamente charmosas e divertidas de se assistir, com direito a uma dublagem duvidosa que acrescenta e muito a experiência. Surpreendentemente, Resident Evil 1 possa ser o jogo com o melhor uso de Textlog que eu já vi no gênero. São de fato textlogs com sua própria função na narrativa, em uma quantidade ideal e que acrescenta muito quanto ao Status quo de toda essa trama de conspirações e segredos obscuros da Umbrella Corporation.

Ainda devo jogar o remake logo, logo, mas mesmo que este seja melhor em todos os aspectos, o original para mim será sempre um título impressionante para o que conseguiu fazer em sua época e como foi uma ótima base que moldou todo um legado duradouro de não somente uma franquia, mas de um gênero inteiro.

Esse jogo é uma piada de mal gosto.

Bem viciante e carismático. Ótimo passatempo

Samurai Jack BTT é um jogo que aproveita do saudosismo da grandiosa série animada para ser um compilado de episódios marcantes ao mesmo tempo que narra acontecimentos alternativos no final da season 5.

É um jogo com uma gameplay muito sólida, densa e divertida, e é bem legal ver a série adaptada em gráficos 3D competentes, mas que infelizmente não é suficiente para sustentar a repetição de muitos encontros e o ritmo gorduroso das fases, além de que esse fanservice é legal, mas que poderia ser algo muito além de ser somente nostalgia (Todo mundo sabe q isso é dinheiro fácil mas originalidade é sempre bom).

Com sua gameplay poderia ser um jogo excelente se aproveitasse da lacuna entre os 50 anos da season 4 e 5 para contar uma história envolvente no patamar da série, além de que o budget precisasse ser maior, já que paixão em criar jogos não basta para ter recurso para polir o jogo, mas que ainda serve bem para um fã da animação como eu.

Esse jogo é monótono, agoniante e desesperador, e isso é genial!

Eis o grande jogo clássico da série clássica da franquia clássica Ben 10.

É a primeira vez que eu zero depois de uns 10 anos que não toco nesse jogo? De qualquer forma, eu não lembrava de muita coisa além de seu início e o final, então tinha bastante boas memórias de certas coisas.

E a maior parte se cumpriu quando rejoguei. A gameplay é simples, mas bastante responsiva e satisfatória, as fases tem uma dinâmica legal, o jogo é lindíssimo e é sempre bom estar na pele e situação de um personagem de uma série que tanto amo. Eu só não lembrava do jogo ser tão repetitivo.

Ele é estranhamente longo. Tem 24 fases e deve durar umas 4 horas, sendo levados no total uns 3 dias para zerar com meu amigo Duds (Joguei em coop, vale ressaltar), e pode parecer uma reclamação boba, mas, de verdade, só jogando para entender o quanto começa a cansar rápido esse loop de bater, bater, e resolver umas plataformas. É um jogo competente em tudo em sua maior parte do tempo, mas não ousado ou muito complexo para fazer com que essas 4h tenham momentos muito marcantes ou onde eu aprendi as mecânicas do jogo ou seu conteúdo variou consideravelmente.

Nem quero entrar muito no fato que só há 5 aliens, o que, sim, é uma reclamação válida, mas o jogo faz um bom uso de cada um deles aqui. Não acho que pela sua dinâmica compense ter uns 10 aliens sem que um ou outro fique muito de fora ou seja inutilizado, mas certamente um Diamante ou Lobisben fazem falta.

Não foi uma experiência que me arrependi de jogar, de forma alguma. Protector of Earth é nitidamente feito com muito carinho e paixão pela obra original. Só de cada fase ter um polaroid próprio da família Tennyson momentos após a missão da vez me traz uma imensa felicidade em existir uma adaptação com esse esmero. Já estava na hora de eu relembrar esses velhos momentos do meu eu criança jogando no PS2 e se divertindo com esse tipo de pérola. É bom poder revisitar o meu passado com outros olhos, ainda que preserve essas lembranças com carinho.

Isso é tipo a historia do pintinho que não tinha cu.

Uma pequena experiência que sintentiza muito bem os problemas contemporâneos de nossos ambientes de trabalho que prevalecem em um sistema capitalista altamente predatório.

Tópicos críticos como a gamificação do trabalho como forma de prender os funcionários a exercer uma função repetitiva e sentirem recompensados por isso, mas ainda assim receber tão pouco a ponto de ter que deixarem cortar a eletricidade de sua casa para conseguir pagar as dívidas (ironicamente, você trabalha no setor de reabastecimento de energia desse mundo), enquanto trabalha em um ambiente amendrontador, constantemente sendo fiscalizado se você está exercendo seu trabalho com perfeição, enquanto os outros que trabalham com você desabam ao desespero acompanhado de gritos horrendos que você não pode fazer nada, a não ser a continuar a trabalhar.

Dito isso, eu nunca tive a carteira assinada e sequer moro sozinho, mas eu tenho medo do dia que essa experiência distópica e aterrorizante passe de ser apenas um jogo.

This game is so fucking boring. The level system doesnt make any sense, just for a dumb aesthetic which probably ruined the combo variety. THIS GAME IS JUST MASH THE SAME ATTACK UNTIL BEAT THE GAME. The bosses are kinda good, but everthing else are very awful. Sad that I didnt like this game.

Alien Hominid Invasion é certamente uma volta às origens do estúdio e um ode a história de mentes criativas responsáveis por jogos extraordinários a quase 20 anos. Mesmo que não tenha nostalgia pelo primeiro lá de 2000, ter jogado essa sequência e ainda sentir familiaridade é certamente um feito a se aplaudir. Ocorre que, apesar dos pontos altíssimos do jogo, os elementos de roguelike meio deslocados me cansaram, a falta de novidade e surpresas tornaram as runs tão repetitivas que parte da magia do jogo se perdeu, como se já tivesse visto tudo, e, mesmo após zerar, não houve aquela coceirinha de querer jogar mais, sendo até então o título menos marcante da Behemoth para mim.

Confira a review completa em: https://www.gamedesignhub.com.br/post/alien-hominid-invasion-an%C3%A1lise

Resident Evil, só que tiraram o Sam Raimi e trocaram pelo Michael Bay.

Ao contrário do que muita gente da fanbase de Resident Evil diz, a franquia segue um viés mais reativo desde o segundo título da série. Claro, o gerenciamento de recursos, a atmosfera macabra, zumbis resistentes que podem te pegar desprevinido a qualquer momento ainda são presentes no RE2, mas com certeza, sendo mais ação que o jogo original.

Resident Evil 2 tem diversos momentos em que é necessário despejar munição em inimigos de cenário que o level design os coloca propositalmente para te deixar sem saída, assim como boss fights obrigatórias. A variedade de armas é maior, assim como há aumento na quantidade de inimigos e maneiras de lidar com eles. Raccon City virou de cabeça para baixo e aquele ambiente de caos traduz perfeitamente o nível da aventura que você terá.

Inclusive, os personagens da vez, Leon e Claire, são uma ótima adição a série. Não são os policiais de alta patente das S.T.A.R.S lidando com um perigo, são pessoas comuns lidando com uma ameaça a qual não estavam preparados, o que incrementa ainda mais para o horror da coisa. A história no geral acaba sendo bem legal. Não acho tão interessante acompanhar os mistérios dela como no RE1, mas certamente é uma boa expansão do universo acompanhado de personagens carismáticos.

O jogo em geral é bem mais difícil que RE1 com ambos os personagens. Quer dizer, pelo menos em sua primeira metade. No Resident Evil 1, se havia 3 zumbis numa mesma sala era muito. No 2, não é tão incomum de se encontrar 6 zumbis no mesmo cômodo, alguns colados na porta de onde você entrou já para ir te morder. A delegacia de RE2 também sofre de eventos constantes. Zumbis podem adentrar pelas janelas se não forem devidamente protegidas, assim, deixando seu progresso durante o jogo mais lento. Os quebra-cabeças são um pouquinho mais complexos (apesar de ter um que resolvi duas vezes seguidas e sinceramente eu sequer li o que era pra fazer), e o reposicionamento dos inimigos é algo comum, especialmente dos Lickers, que dá para dizer que são os Hunters da vez, só que melhor posicionados e não tão inconvenientes assim, pois dá para passar deles com uma certa tranquilidade por se orientarem só pelos sons. Cada personagem tem sua facilidades em atravessar o mapa, encontro com inimigos ou como realizar os quebra cabeças, não sendo aquela dificuldade artificial pra nenhum dos lados. A segunda metade indo para reta final, no entanto, é bem de boa, já que a esse ponto o jogo só te dá um caminhão de munição que você não terá mais tanta necessidade de guardar, além de que é mais fácil de driblar alguns inimigos do que na delegacia.

E não menos importante, a ambientação e atmosfera do RE2 é bem legal. A trilha continua sendo um ponto chave para a criação da tensão tanto no 1 quanto no 2, assim como o jogo de câmera e a gameplay travada típica de um survival horror mais clássico. Mas eu vou dizer que... a delegacia é legal... e só? Francamente, eu tenho alguns problemas com a largura do mapa desse jogo, apesar dos Backtracking bem encaixados, eu me pergunto se o jogo precisava de tanta sala onde você absolutamente só anda pra frente ou desvia dos bichos, até quando você já tá se despedindo da delegacia e indo para segunda metade, que costuma sempre ser mais linear, é comum que você ainda tenha que andar em corredores e isso acaba sendo meio chatão. Mas, o que realmente não me deixa tão encantado com RE2 é a atmosfera da delegacia. Não é um lugar que me transmite o tom intimidador e fantasmagórico que a mansão do RE1 traz. A graça do mistério na história do RE1 não se trata somente da situação, mas sobre como aquela mansão é um elemento a ser investigado. Seus enigmas, criaturas, salas escondidas e a estética gótica é como se revirássemos uma presença fora de seu tempo, claramente inspirado na mais direta fonte da literatura de terror clássica. A mansão é o maior charme de RE1 e mesmo se trocassem zumbis por vampiros ou qualquer coisa do tipo, o jogo ainda teria uma atmosfera singular que transcende gerações de jogos. Isso, infelizmente, eu não sinto com RE2, e talvez seja por isso que eu levei mais tempo para zerar que o RE1, já que eu realmente não me engajei tanto quanto o original.

Ainda um ótimo jogo e uma sequência digna de seu antecessor, mas quanto mais jogava Resident Evil 2, mais saudades eu sentia daquele embarque ao terror na mansão, e depois que zerei, eu só abri RE1 de novo para reviver aquele mundo.

The best castlevania, the best metroidvania and one the best games ever made. I love this game and I am totally devoted to him.

O melhor castlevania, o melhor metroidvania e um dos melhores jogos já feitos. Eu amo esse jogo e eu sou totalmente devoto a ele.