Katamari parece uma ideia que só poderia ter surgido de um jogo indie mais recente, e em uma geração repleta de jogos genéricos, isso o coloca no pódio dos jogos mais únicos que existiram para o PlayStation 2.

A última fase me empolgou muito, tanto pela escala em que o jogo chega, quanto pela excelente trilha sonora tema do jogo.

Já pararam pra pensar que o protagonista é um homicida?

Existem jogos tão bons que, embora me deixem com uma tremenda vontade de escrever uma análise sobre eles, simplesmente não consigo pensar em nenhum detalhe que não seja óbvio demais. E esse é exatamente o caso desse jogo.

Sabe aqueles filmes que começam pelo final e você não entende a história até vê-la por completo? Return of the Obra Dinn é assim do início ao fim. Nele, você busca pelo desenrolar da história através dos destinos de cada personagem, a fim de descobrir o que aconteceu para que o navio Obra Dinn nunca chegasse ao seu destino.

The Warriors sempre foi um clássico que guardo com muito carinho, então decidi revisitar a obra em algum momento. Para isso, assisti ao filme de 1979 e devo dizer que gostei bastante, especialmente depois de zerar o game, que explora eventos anteriores ao filme, preenchendo lacunas e em seguida adapta aquilo que já se tinha. O que foi bastante prazeroso, pois queria ter visto mais das outras gangues e do Cleon no filme (Cleon é o negão da capa).

O game é divertido por possuir um combate que faz uma bela bagunça no cenário, principalmente quando um grande numero de aliados e inimigos estão na tela. Possui missões bem variadas e um humor bem no estilo da Rockstar.

Houve um momento em que me senti um pouco cansado durante uma missão de pixação de trens, pois os inimigos continuavam aparecendo enquanto eu tentava concluir as artes, o que levou mais tempo do que o normal e senti certa repetição no combate. No entanto, esse sentimento de repetição desapareceu quando retomei o jogo no dia seguinte.

As coisas que mais me chamaram atenção durante essa jornada foram a identidade visual de cada uma das gangues e a proposta do filme de transmitir a sensação de um pequeno grupo contra o mundo. Se tivesse tido uma sequencia, eu teria visto com um sorriso no rosto.

A capa desse jogo tem umas diferenças bem notáveis da obra em sí, como essa mocinha que nem se quer existe lá (talvez no livro ou talvez seja uma releitura de uma outra personagem).

Bendy, Sans e Caneco, os 3 ídolos do Enzo. Só falta jogar Cuphead para mim completar a Triforce.

O combate deste jogo é o ponto mais fraco dele, é literalmente só bater e o segundo golpe quase sempre atravessa os inimigos, fazendo você esperar 2 segundos para bater de novo. Tem um capítulo em que o jogo faz você lutar com uma horda de inimigos que ficam spawnando por um bom tempo, como se o combate fosse divertido.

Não curti muito os inimigos também. Se fossem todos como os cartazes de papel do Bendy, seria bem melhor e faria mais sentido o Pedrinho curtir os personagens desse jogo. O Bendy que corre atrás de você é muito feio, não no sentido de assustador, mas o design é ruim mesmo, não tem um pingo de carisma do Bendy das animações ou do papelão que te assusta toda hora no comecinho do jogo.

De longe, o personagem mais legal daqui é o Boris (e o outro pateta), incrível não ser ele a criatura endeusada pela internet. Eu realmente senti vontade de protegê-lo, talvez ele seja o único personagem que ficou bem no 3D do jogo.

Além disso, eu curti a história. Me pareceu muito um Bioshock nerfado algumas vezes, mas tinha detalhes bem bacanas, como o apego da dubladora da Alice pela personagem que mais tarde se desenrola naquilo tudo, que quem jogou o jogo sabe.

O cenário também é legal e às vezes dá uma surpreendida.

Concluindo, Bendy and the Ink Machine não é a melhor coisa do mundo, mas dá para jogar e se divertir eventualmente.




A gameplay desse jogo é medíocre, no sentido de mediana mesmo, não possui nada de especial e as vezes consegue ser até um pouco maçante.

Agora o carisma do nosso anti-herói, esse é pra poucos. Ele deixa o jogo extremamente maluco e engraçado, as piadas sim são um ponto especial nesse game.

Eu esperava mais das participações dos outros heróis. As interações entre Deadpool e Wolverine deixaram todos empolgados para o Deadpool 3, mas no jogo, Deadpool brinca um pouco com Wolverine no início e é só isso. Infelizmente, eles não lutam um contra o outro.

Apesar do bom humor, a gameplay não consegue acompanhar, mas não é um game longo.

This review contains spoilers

Nesse jogo, uma história sensível e pesada é contada através de uma gameplay cheia de metáforas sobre a personalidade e a mentalidade dos personagens. Fazendo isso de forma excelente e justificando a escolha do formato de game.

Alguns exemplos disso são as mortes das crianças, como a morte do bebê, que é entendida como um afogamento. No entanto, o jogo faz questão de mostrar isso da maneira mais criativa possível, a fim de explorar o traço da imaginação fértil das crianças.

Outro exemplo é a morte do rapaz que trabalha em uma fábrica cortando peixes. Enquanto jogamos, vivenciamos a vida dele na fábrica com uma mão e sua vida imaginária com a outra. Conforme o personagem se afasta da vida real e entra em sua imaginação, sua vida almejada começa a tomar forma no canto da tela até preenchê-la completamente. Ao mesmo tempo, o jogador se habitua a cortar cabeças de peixe e realiza as tarefas da fábrica automaticamente, enquanto sua atenção se volta para a aventura imaginária do personagem. Isso reflete a situação mental do rapaz, que perdeu o interesse em sua vida monótona e prefere viver em seu próprio mundo.

Embora seja uma história trágica, essa abordagem traz uma certa leveza para a narrativa, tornando mais fácil para o jogador e a personagem principal digerir e aceitar esses fatos tristes. O que não deixa de emocionar, pelo contrário, nos deixa mais próximos, permitindo que entendamos seus sentimentos.

Esse jogo é como quando uma pessoa especial pra você morre e você lembra de acontecimentos engraçados dessa pessoa que expressam a personalidade dela pra tentar remediar a dor da perda.

Lembro até hoje de um documentário chamado "Pixo", que mostrava o lado dos pixadores de São Paulo. Uma coisa que ficava bem evidente era o sentimento de revolta e rebeldia em muitos deles, ao mesmo tempo que pareciam encarar aquilo como um esporte que traria muita satisfação pessoal quando feito em lugares inusitados, como no topo de prédios e outdoors.

"Sludge Life" consegue passar perfeitamente essa vibe "foda-se" dos pixadores, com cenários e personagens que transmitem isso, mas com desenhos bonitos. Aqui você encontra cogumelos (que são uma clara alusão às drogas), cerveja, cigarros e gatos de dois furicos. Enfim, a arte diz muito sobre a realidade... De verdade, me surpreendeu saber que um dos desenvolvedores principais é brasileiro, o que explica muita coisa.

É um jogo que tem o tempo certo, me deixando ansioso pela continuação e esperando que ela explore ainda mais a ideia.

A partir daqui, darei minha breve OPINIÃO sobre a pixação. Caso queira, sinta-se livre para deixar seu coração e parar de ler.

A pixação tem seus aspectos bacanas e talvez realmente seja uma forma de arte (sou honesto e não sei definir arte), porém é embasada no crime. Eu queria que o Brasil fosse um país muito colorido, com lindas artes em grafite por todos os lados, só que a pixação é o oposto disso. Os próprios pixadores sabem disso e, em vez de se expressarem de forma legal, preferem denegrir propriedades privadas como uma forma de "protesto". Então, eles merecem sim serem discriminados, ou melhor, incriminados.

Sobre o documentário "Pixo" pra quem tem curiosidade, recomendo, da pra ver um monte de nóia falando bobagem: https://youtu.be/skGyFowTzew

Que tristeza! Um jogo tão bom, mas cheio de bugs que me frustraram. A gota d'água foi quando não consegui colocar itens dentro do porta-malas, e acabei perdendo todos os recursos que gastei neles no meio da estrada. Tentei sair do jogo sem salvar, mas infelizmente o jogo salvou mesmo assim e me enviou de volta ao hotel anterior com o carro todo fodido.

Apesar de alguns outros bugs menores, eu estava me divertindo bastante. A quantidade de interações com o carro torna o jogo muito interessante, como uma pérola que ainda pode ser lapidada.

Edit: Tentei reiniciar todo meu progresso depois, mas logo em seguida ocorreu outro bug fatal. Aparentemente, o jogo foi abandonado pelos desenvolvedores há anos.

Uma das melhores adaptações de filmes que eu já vi, conseguiram fazer um fps bastante imersivo que pareceu se preocupar em variar a gameplay, ao mesmo tempo que seguia todos os eventos do filme de forma bem cinematográfica.

Em um momento, fiquei preso em uma pedra que o Kong deveria ser capaz de levantar, mas isso não aconteceu, impedindo meu progresso. Depois de tentar várias soluções, incluindo pausar o jogo e voltar, consegui passar dessa parte com persistência e maracutaias.

Talvez falte um tiquinho a mais de ações pro jogador, mas ele me divertiu na maior parte do tempo.

Spoiler:
https://youtube.com/shorts/bQxotqUnmco?feature=share

Ultimamente, estive muito interessado em talassofobia, é só você perguntar pra qualquer perfil do discord que me conheça e eles provavelmente dirão: "ah não, de novo isso maluco!". Sendo assim, vou evitar esse termo por um tempo, para que ninguém coloque uma recompensa pela minha cabeça.

Arrisco dizer que Subnautica é atualmente a melhor experiência de jogo que retrata o fundo do mar, mesmo que não seja voltado para o realismo. A liberdade criativa do jogo permite a criação de uma fauna e flora espetaculares, com direito a criaturas gigantes pacificas e não pacificas.

Os veículos estabelecem uma conexão forte com o jogador que se desenvolve a cada novo upgrade, devido ao ecossistema perigoso e assustador do jogo. Eles possibilitam explorar ainda mais profundamente o oceano, oferecendo um certo nível de proteção. Sinceramente, eu amei cada um deles. Talvez veículos sejam exatamente o que estava faltando em Grounded, um outro jogo de sobrevivência.

A história é muito interessante e realmente instiga o jogador a querer avançar. No final, a conclusão é surpreendentemente fofa, algo que eu não esperava.

A única coisa que não gostei em Subnautica foram dois bugs. Um deles estava relacionado ao meu veículo chamado Traje P.R.A.W.N., que às vezes travava em lugares muito específicos (que não posso mencionar para evitar spoilers). O outro bug era mais grave (difícil de acontecer), pois fazia com que meus veículos fossem engolidos para o limbo, e se eu salvasse o jogo, eles eram perdidos, obrigando-me a construí-los novamente do zero. Talvez esses sejam bugs específicos da versão do jogo que eu joguei, que infelizmente era uma versão "caribenha", devido à minha situação financeira.

Até que seja lançado um jogo desse nível baseado na fauna e flora reais dos oceanos, Subnautica permanecerá entre os meus favoritos, pois proporciona uma experiência única que até o momento só ele foi capaz de oferecer.

De longe a coisa mais legal dessa DLC é sua temática e humor satírico. Eu amo essa estética retrofuturista cheia de led e trilha sonora dos anos 80, por isso acho que Blood Dragon deveria ter se desprendido de Far Cry e criado sua própria franquia com sua própria formula.

Justamente, o que leva a experiência da DLC pra trás, é o baixo investimento com as clássicas recicladas da formula Far Cry, poucas armas legais e pouca diversidade de gameplay.

2022

A nota desse aqui faz total sentido pra ele, visto que é um jogo bem mediano, porém com uma proposta interessante que dava pra fazer bem mais. Não chega nem ser uma experiência equiparável a Limbo, mas visto que o cenário de games sobre talassofobia não é tão grande, vale as 2 horinhas de jogo.

Praticamente Dead Island com parkour e uma história melhor, até porque é da mesma desenvolvedora. O combate e o sistema de crafting é quase idêntico, justamente o que eu já gostava de Dead Island. A única coisa que Dying Light não tem são veículos, que na real nem precisava, pois o parkour já cumpre bem esse papel, mas a DLC The Following parece acrescentar isso.

A história passa bastante aquele senso de urgência que obras de zumbi tendem a passar. Você esta infectado com o vírus, mas o jogo não usa isso pra te por um limite de tempo, como Dead Rising faz.

Além do parkour, o grande diferencial desse jogo, é que a noite o bicho pega! Principalmente se você jogar na dificuldade mais alta, por isso corra pela sua vida até um ponto seguro.

Apesar de ser um AAA, as missões secundarias também são interessantes, pois você conhece outros personagens e seus dramas. Se algum npc te pedir álcool, não hesite em entregar quantos ele precisar, você terá uma grande surpresa!


Lendário jogo de computador de escola

O jogo que foi mais longe com quebras da quarta parede (pelo menos dos que joguei e conheço).

Uma história BASTANTE envolvente e bota envolvente nisso. O jogo possui 3 finais, você tem praticamente uma situação parecida com o castelo invertido de Castlevania SOTN, que também não fica na cara, por isso é melhor avisar, mas da pra fazer esse final tranquilamente depois de zerar.

A gameplay é bem simples, um leva, combina e trás itens, porém você terá que fazer coisas fora do game pra avançar, muitas vezes procurando coisas pelos arquivos de seu computador.

OneShot é uma aventura de preocupação com os personagens, mas no geral é bem tranquilo.