22 reviews liked by GabrielHyliano


São 10 anos de Destiny, e por mais de todas as problemáticas, esse é um jogo genuinamente importante para a minha formação como pessoa, entusiasta de jogos e game (não tanto) dev, e essa historia está chegando a fim.

É muito dificil logar uma coisa que vai levar talvez 1 anos para ser finalizado, mas o que temos aqui e agora, me mostra que existe um carinho dessas pessoas por esse jogo (mesmo que elas sejam submetidas a um crunch fudido) e eu recebo isso, com o mesmo carinho.

O momento no entanto não é de comemoração, talvez desde The Taken King eu não me sentia oprimido jogando Destiny, muito menos com receio de perder algum aliado, os ares de Final Shape são tão refrescantes quanto os de TTK, mudando o meta do jogo, a forma em que iremos nos comportar daqui em diante, onde o prismatico trás uma camada a mais para aquilo que já existia.

Pela primeira (segunda na real?) vez, Destiny quer realmente contar uma historia de forma tradicional e isso é digno de nota, é lindo ver como as criticas do primeiro destiny foram ouvidas e o que temos aqui é uma historia cheia de emoção. Emoção essa vinda do fim, dos personagens que aqui ganham uma nova face ou da eminencia da tragédia, mas para além disso, é muito empolgante participar disso tudo.


Já tá podendo chamar de masterpiece ou tá cedo?????

Uma melhora em praticamente TUDO do titulo anterior, a história, visual, músicas estão incríveis, talvez o jogo mais bonito que já joguei até o presente momento, mas o que brilhou mais pra mim foi o combate, que recebeu uma mudança mais intimista e direta, onde agora o foco é apenas em um inimigo por vez e que entregam batalhas intensas cheia de animações de cair o queixo.
E que final foi esse? Um dos finais mais bonitos que eu vi em um videogame. Jogaço.

O problema não é Dragon's Dogma, sou eu.

Foram quase 25 horas alternando entre "caraca, isso é bem divertido" com "POR QUE TODA MISSÃO É NA PUTA QUE PARIU?". Eu também demorei pra prestar atenção pra valer na trama por ter entrado com uma cabeça de "é só matar o dragão e já era, né??"

O combate é bem divertido, mas demorei pra trocar de vocação e tava sofrendo nas batalhas. A variedade de inimigos é bem baixa, mas alguns são muito legais. Toda a vibe do jogo é muito boa. Eu escolhi o outro final (se é que me entende) porque não queria ficar grindando pra upar meu boneco e seus companheiros.

Além disso, tive que socar de mods, principalmente visuais, pra ter uma boa experiência.

O jogo não é ruim, looooooonge disso, na verdade. Mas eu entrei nele sem estar na vibe e comprometi a minha experiência. Há chances de eu voltar outro dia, mas não acontecerá tão cedo.

"Ué, a maioria das coisas que você falou foram negativas e mesmo assim deu 3.5 estrelas"
Sim, pois eu entendo todas as qualidades do game e quando me diverti, me diverti pra valer.

Fecho o texto como comecei: O problema não é Dragon's Dogma, sou eu.

Pikuniku soma elementos que muito me agradam: humor, direção de arte carismática e comentário social por baixo dos panos.

A temática anticapitalista com a breve nuance do fantasma do socialismo é uma camada que fica pouco sutil no texto e no desenvolvimento dos personagens de Pikuniku.

O vilão é o capitalista malvadão que usa o dinheiro para comprar recursos (produzido pelos trabalhadores) que ele usa para construir robôs (mão de obra barata) que lhe servem como empregados diretos em seus planos maquiavélicos de destruição do mundo o substituindo por novos espécimes e robôs, sob sua gerência e controle.

É uma ambição de brincar de deus que mistura com o humor simples e pastelão do jogo, marcado pelas piadas e pelo movimento dos personagens, desengonçado e cômico.

O próprio personagem do jogador tem um caminhado engraçado e ações que utilizam a física dos objetos de cena para criar plataformas e interagir com quebra-cabeças, algo que costuma divertir por si só pela forma inesperada que se comportam ou mesmo pela dificuldade de dominá-la.

Seja pela comédia emergente, ou por seus diálogos divertidos, a leveza é a palavra do dia, e mantém o comentário social satírico longe de um didatismo que possa torná-lo doutrinário. Pra todos os efeitos, sua crítica social é anti-capitalista, mas não necessariamente socialista, o que deixa tudo mais a cargo de nuances e interpretativas.

A direção por sua vez, entrega cores vibrantes e contrastantes em um estilo de colorização mais chapado (flat) e blocado (color blocking) criando uma atmosfera lúdica e infantiloide. Isso o torna um jogo acessível e palatável pra todas as idades, servindo uma personalidade vivaz e alegre, casando bem com o humor e a trilha sonora igualmente pitoresca e simplória.

O tempo necessário pra terminar também é um gostinho extra pra uma rápida sessão. Por suas mecânicas simples, ele não chega a se tornar cansativo ou necessitar de mais complexidade pra se manter entretendo justamente pela sua curta duração. Eu amo isso? Demais.

Esse jogo é não ironicamente (sério mesmo) uma obra de arte. Ele se despe de qualquer pretensão comercial pra trabalhar de forma esteticamente agressiva uma paródia do livro Ready Player One e alcança toda a indústria criativa que recorre a referências para não enriquecer, mas para conferir conteúdo às obras.

Um conteúdo raso, excludente e que se regozija em se sentir superior por ter a referência, e assim acima da "plebe", "filtrando" os incultos. Esse é um sumário do que se tornou a Cultura Pop/Nerd/Geek. De subcultura marginalizada, a pretensiosa e arrogante, algo que conhecemos bem quando lembramos que educação deficiente faz oprimidos quererem se tornar opressores.

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

Apesar de interessante, um debate sobre a paródia ser um espantalho em cima de um absurdo cabe, mas como ponto de partida, não como conclusão.

Afinal, refletir sobre o uso indiscriminado desse tipo de fanservice levanta a questão de em que momento ele é válido e em que momento ele atrapalha e cria ruído, impedindo pessoas sem aquela referência de valorizar mais a obra. Há talvez uma hipérbole nessa obra, uma vez que a sátira exagera demais no que pretende correndo o risco de não surtir efeito crítico por extrapolar em demasia.

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

Eu mesmo, pra ilustrar, não li o livro Ready Player One, assisti apenas o filme, e não achei que ele fez o que o jogo critica, ao menos de forma a prejudicar sua fruição como filme com proposta imaginativa e divertida. Mas claro, eu preciso ler o livro pra que eu possa ter uma plena compreensão de quão mais pertinente seja a crítica, por exemplo, já que ela mira neste e não naquele.

A salada de referências a obras da cultura pop encontra um nível de saturação tão absurda que é impossível encontrar algo que você não conheça, a menos que você jogue o jogo daqui 200 anos ou tenha crescido em ambiente ultrar-religioso que te manteve longe das "coisas do mundo".

Por isso mesmo, no fim, eu compreendi a crítica, valorizo como obra de arte, mas a experiência em si foi menor do que eu gostaria. Ao menos eu tive um momento impactante, já que um outro apelo do jogo é a nostalgia.

Em algum momento ela vai bater, especialmente se você for millenial. E aí talvez você tenha seu momento....

OKKUSENMAN OKKUSENMAN

(que final foi esse, quem é Dr. Who?)
(PS: eu já ouvi falar mas não conheço)
(PS2: excelente console)

The tears of the dragon and its significance to the fragmented and familiar world of Hyrule is one of the most beautiful stories Tears of the Kingdom could tell...

Still, the gamified and survivalist mechanics with a touch of ancestral alien technology repeat more intensely in the sequel, to the point where not even one of the most legendary tales of the franchise can impact a... Naked Link.

Yes, a Naked Link.

A Link who learned to communicate with his world through wild and compulsive interaction with it. Objectifying everything he encounters, because everything needs a purpose for him. Even his interactions with female characters with romantic undertones come across as a violation of boundaries.

A hero with the courage to violate what he loves if the end justifies the means? I really can't understand this Link. Maybe a mix of Conan the Barbarian with a Twink but without even the strength or desire to dominate others? A link to the past? I don't really know but I congratulate him for having the courage to spend hours and hours playing pretend as an engineering student.

Um mundo atípico em um romance igualmente atípico para um jogo completamente atípico. Original, marcante, envolvente e muito sensível. Desde sua mecânica de turnos em tempo real até sua trama e personagens envolventes, Super Giant e Amir nos entregam mais um contexto apocalíptico. Novamente vemos nossa realidade ser tomada por um tipo de praga, mas diferente de Bastion, esta é uma história de Romance.

E que belo romance. Aqui já vemos a sutileza com que a Super Giant desenvolve seus personagens, um carisma que cresce à medida que você joga e, ao final das 4 horinhas, nos apegamos muito a uma cantora sem voz e seu cavaleiro sem corpo.

O mais incrível neste jogo é sua metalinguagem sutil, que me fez sentir parte da aventura. Ver a realidade do jogo se deteriorando é entender que no fim de tudo, talvez não haja escapatória da realidade que eles estão vivendo. A luta então é encontrar essa alternativa, essa solução, mas o jogo e os personagens entendendo sua realidade, tomam suas decisões finais, o que é um belo desfecho romântico para um casal lindo. Me fez nunca mais querer abrir esse jogo, não quero que passem por tudo de novo.

Transistor é paixão em um mundo apocalíptico, traduzindo-se em um combate envolvente e um mundo incrível, visto por pequenas janelas que nos fazem pensar "o que há além?" Felizmente, o pouco que eu vi do além foi uma imagem final que me deixou, para além da curiosidade, lágrimas nos olhos.

Excelente.

"Como seria se A Short Hike fosse inspirado em Zelda?"

O texto é simples e dá pra se perder com facilidade, mas Lil Gator Game é uma ótima experiência.

Excluindo o bug na fase de perseguição que não me permitia avançar de fase e todos os leaderboards sendo apagados quando o jogo foi lançado, Children of the Sun é um puzzle extremamente inteligente, criativo e divertido. A sua curva de dificuldade é muito equilibrada, diferentes mecânicas vão sendo introduzidas progressivamente e o seu enredo é bem pesado, mas só serve como justificativa para suas atitudes. Além disso, a direção de arte é maravilhosa, tanto durante a gameplay quanto nas cutscenes. Grande jogo!