Coffee Talk apesar de ser um jogo bem curtinho, é uma experiência que com certeza vai ficar marcada em você. O jogo é simples e seu único objetivo é contar uma boa história, ele é um daqueles jogos para se jogar no final de um dia estressante, ou em um final de semana, e sinceramente esse é o charme dele para mim.

Sendo uma visual-novel, o ponto de destaque em Coffee Talk é sem dúvidas sua história. Ela é contada através da conversa que temos com os diversos personagens que encontramos durante o jogo, e cada um deles tem seus problemas e complicações diferentes, e apesar de não ser a mais complexa que já vi em um jogo, ela é bastante interessante de se acompanhar, e me deixou com um gostinho de quero mais após sua conclusão. Felizmente, as pontos soltas que o jogo deixa durante sua narrativa são explicadas e resolvidas durante sua sequência, que é uma continuação direta desse.

Coffee Talk não é um jogo que apresenta mecânicas complexas ou desafios complicados (pelo menos não na sua campanha principal), e a ambientação suave e relaxante do jogo ajuda bastante a ser uma experiência bem tranquila e divertida de se acompanhar. As músicas do jogo também influenciam bastante nesse aspecto, elas são do gênero Lo-Fi e com certeza combinam demais com esse jogo.

O jogo me custou apenas 5 horas para completá-lo 100%, e com certeza foi um joguinho que eu queria que durasse mais, tanto por seus personagens interessantes e únicos, tanto pela sua gameplay simples e divertida.

2018

GRIS é sem dúvida nenhuma um dos jogos mais lindos já criados. É impossível não elogiar pelo menos a direção de arte desse jogo, que é, sinceramente, uma das coisas mais belas que já em toda minha vida, isso incluindo vídeo games ou não. Dito isso, por mais que eu adore esse jogo, a minha relação com ele é, infelizmente, de amor e ódio.

Há muito para se amar em GRIS.

É um daqueles jogos que terá um impacto maior ou menor dependendo de quando você jogar, mas apesar disso eu acho que é muito clara a mensagem que o jogo busca passar, e você com certeza vai querer dar pelo menos um abraço naquele familiar querido seu, ou alguém que você verdadeiramente ame e se importe com o bem estar. A história de GRIS é pesada e mesmo relembrar dela dói, assim como a perda de alguém que a gente ama, ou a dor de um luto. Não quero dar muitos spoilers, eu acho que todo mundo deveria ter sua experiência com esse jogo.

A forma que o jogo encontra para se expressar é umas das mais incríveis que já vi em uma obra. Fazendo isso através de sua direção de arte composta por desenhos em aquarela, todas as cores em GRIS possuem um significado, e são cuidadosamente escolhidas durantes os momentos do jogo, onde encontramos nossa personagem em uma luta interna com as 5 fases do luto. Os principais momentos da campanha do jogo são lindíssimos e influenciam muito para causar aquele impacto que ele causa no final do jogo, principalmente aos vermos a personagem que controlamos ficar cada vez mais forte mentalmente.

Outro ponto fantástico desse jogo é sua trilha sonora. É uma das mais lindas e impactantes que já ouvi em um jogo, e com certeza vai ficar marcada em mim por bastante tempo, principalmente a de momentos cruciais para o desenvolvimento da história.

...Mas também há o que se odiar.

GRIS é um jogo fenomenal em quase todos os seus aspectos. Mas o principal deles, que é fundamental em um jogo, acaba ofuscando toda a beleza de seus outros pontos. A gameplay de GRIS é, em 90% do jogo, extremamente entediante. Isso me fez sentir um ódio do mesmo durante minha primeira vez jogando, o que me fez criticar bastante esse jogo. Porém, após alguns anos depois de jogar, eu acredito que mesmo a lentidão de GRIS pode ser relativa. Seria como explorar um museu de arte esperando encontrar a adrenalina que temos em uma montanha russa.

A lentidão de GRIS me lembra mais uma vez da dor de um luto. É um processo horrível, mas que se manuseado com cautela, pode sim ser superado.

GRIS é um jogo que mesmo com seus defeitos vale a pena ser vivenciado e jogado por todos, se você vier pro jogo com a mente aberta, com certeza vai ter uma das experiências mais fodas e marcantes de sua vida.

No geral, My Big Sister é uma boa experiência. Apesar de seus gráficos serem extremamente simples, a história contada no jogo é bastante interessante e conseguiu me prender até o final do jogo, me incentivado também a fazer os diversos finais que o jogo possui.

A gameplay do jogo é aquela padrão entre os RPG-Maker, e sinceramente não tenho nada a reclamar dela. As músicas por outro lado, não me marcaram tanto, eu quase não consigo me lembrar de nenhuma delas na real. Outro ponto interessante para se destacar é a direção de arte do jogo, ela tem um estilo bem bonito na minha opinião e consegue adicionar um charme a mais na história do jogo, que é o ponto principal do mesmo.

Vale ressaltar que essa análise é com base na versão original do jogo. A versão remasterizada possui gráficos muito mais avançados, e deve ser uma experiência de jogo melhor no geral também.

Eu tenho um código moral dentro de mim de sempre pelo menos apoiar jogos brasileiros, mas esse aqui conseguiu ser uma exceção.

Eu não me sinto bem em recomendar à desagradável experiência que foi jogar isso para ninguém. É um jogo que eu realmente considero a mente por trás praticamente doentia.

Enfim, não jogue isso.

Little Nightmares 2 é, na minha opinião, a sequência mais perfeita que já tive o prazer de jogar. É impressionante o fato que esse jogo conseguiu pegar tudo que seu antecessor tinha de bom, e simplesmente deixar tudo na medida certa para ser um dos melhores jogos já feitos.

Esse jogo possui inúmeros pontos que valem a pena serem destacados. A sua gameplay, que segue os moldes do primeiro jogo, é ainda mais magnífica e assustadora, o que combinado dos gráficos e design dos monstros que foram extremamente melhorados, cria uma experiência agoniante e marcante. Teve momentos no jogo que realmente me deixaram apreensivo e desconfortável, principalmente na reta final da campanha do game.

Sem dúvida nenhuma o que mais ajudou a amar esse jogo foi sua atmosfera e ambientação do mundo que conhecemos no jogo. Essas áreas que exploramos são macabras, e variam de uma floresta infestada de armadilhas com um caçador sanguinário, até um hospital lotado com manequins que ficam perseguindo o jogador o tempo inteiro. Essa ambientação é extremamente reforçada durante as batalhas de chefes do jogo, que são muito bem construídas e conseguem gerar a quantidade de tensão certa no jogador. Uma dessas batalhas me deixou realmente muito desconfortável, de tão bizarra e perturbadora que ela é.

Outro ponto fortíssimo desse jogo são suas músicas. Elas são incríveis e andam lado a lado com a ambientação para criar um verdadeira experiência de terror. Destaque para a música tema do jogo, que é linda e sempre me deixa arrepiado quando escuto.

Little Nightmares 2 não é por muito pouco o meu jogo favorito. A experiência que tive com esse jogo foi tão boa, que realmente não sei se outro jogo pode proporcionar algo igual. Algo que influenciou muito nisso foi a história do jogo, que apesar de não ser muito detalhada, é perfeitamente possível de ser compreendida, e apresenta um dos desfechos mais incríveis que já vi em um jogo.

Se ainda resta dúvidas, eu realmente recomendo fortemente esse jogo, é uma experiência que vai te marcar pra sempre. E espero muito que o Little Nightmares 3 siga a tradição, e seja um jogo que supere todos os limites da franquia.

Celeste é uma obra-prima do mundo dos jogos. Ele aborda e explora temas relevantes para a sociedade de uma forma magnífica e muito bem construída.

Durante a campanha do jogo, nós acompanhamos a jornada de nossa personagem, chamada de Madeline, em busca de realizar seu objetivo: escalar a montanha Celeste. Apesar da dificuldade do jogo ser sim muito elevada em alguns pontos, ele a todo momento nos incentiva a seguir em frente e a não desistir, assim como Madeline faz com seus problemas, que são explorados durante a jogatina. Próxima da enfim conclusão de sua história, Celeste busca ensinar ao jogador a importância do amor próprio, de conhecer e respeitar seu limites pessoais e de aprender a amar a pessoa incrível que cada um de nós é.

O processo de se terminar Celeste, assim como escalar uma montanha, não é fácil. Mas eu te garanto que com o esforço e dedicação necessários, é uma experiência que com certeza valerá a pena. E caso você queira apenas aproveitar a história, tá tudo bem também. O jogo oferece um modo de ajuda que contém diversas opções para facilitar a jogatina, incluindo ficar imortal.

Celeste apresenta diversos pontos positivos além de sua história, seja nas suas lindíssimas e emocionantes músicas, a sua direção de arte, que é simples, mas consegue encantar nossos olhos, e na sua viciante gameplay, oferecendo controles precisos, que deixa o jogador com vontade de continuar superando os desafios propostos pelo jogo.

Celeste é sem dúvidas uma das melhores que tive com vídeo games. É um jogo que constantemente volto para vivenciar novamente. Se você está com dúvidas se vale a pena ou não começar, eu posso confirmar que será uma jornada inesquecível, e que merece muito ser conhecida.


Darkwood é, para mim, a definição da expressão ''jogo de terror''. Tudo nesse jogo é feito com todos os mínimos detalhes para deixar o jogador imerso naquele mundo.

O jogo é extremamente desafiador mesmo na sua dificuldade mais baixa, a atmosfera do jogo é brutal e pode te deixar realmente desconfortável em vários momentos da jogatina, a sua história é bizarra e exige esforço por parte do jogador para ser entendida, a direção de arte é grotescamente linda e pode te incomodar bastante... Isso tudo soa como uma experiência péssima né? É exatamente isso que Darkwood quer. O jogador fica por conta própria no universo desse jogo.

Durante suas 20-30 horas de jogatina você terá que sobreviver por vários dias até que você enfim termine o jogo. A gameplay do jogo consiste no ciclo do dia e noite. Durante o dia, você terá que gerenciar com cautela o pouco tempo que você tem disponível entre explorar o mundo do jogo (que é bem grande), afim de conseguir recursos que te manterão vivo, concluir diversas missões secundárias presentes durante a campanha, conhecer e interagir com vários personagens que podem ou não te ajudar durante sua sobrevivência, e principalmente para estudar e decorar o mapa do seu jogo, que é diferente toda vez que você joga. Durante a noite, você luta para defender seu abrigo enquanto reza pela chegada do amanhecer.

Darkwood realiza com maestria todos os aspectos que um jogo de terror precisa ter, eu recomendo que você deixe de lado tudo que sabe sobre jogos de terror e survival horrors no geral, esse jogo está à um nível acima de tudo isso.

Aka Manto é uma excelente experiência de terror na minha opinião, ele executa muito bem o mínimo que um jogo desse gênero deve ter. Mesmo após diversas horas de jogatina, o jogo ainda continuava a me dar sustos fortes. Dito isso, se você busca se divertir jogando, é melhor procurar outro jogo.

Aka Manto é um jogo que não ajuda o jogador em momento nenhum. Nem mesmo uma opção para salvar seu progresso ele oferece. Isso, combinado com a inteligência duvidosa de seu assassino, além de problemas sérios de otimização, tornou o processo de terminar esse jogo extremamente frustrante pra mim.

Infelizmente, o jogo apresenta defeitos que impedem ele de alcançar seu verdadeiro potencial.

OneShot foi um dos jogos que mais me surpreendeu quando eu joguei inicialmente, eu sinceramente não dava nada pro joguinho e acabou se tornando um dos meus jogos favoritos.

Apesar de sua jogabilidade simples, OneShot consegue impressionar o jogador através de seus puzzles únicos e muito bem construídos, além disso, o jogo trabalha muito bem o ritmo em que a história do mesmo é contada, é um daqueles jogos que você pode aproveitar durante um final de semana.

Um dos pontos mais forte de OneShot sem dúvida nenhuma é seu protagonista, que facilmente conquista o coração do jogador através dos eventos da história. Você com certeza vai ficar com uma lembrança positiva de Niko em sua memória após terminar a história.

A edição World Machine Edition é obrigatória para qualquer fã desse universo. Sendo a versão definitiva do jogo, ela oferece wallpapers lindíssimos, uma biografia para os personagens do jogo, um player de música e algumas melhorias na gameplay do jogo.

É difícil descrever a paixão que sinto por esse jogo. Seu universo, personagens, músicas... Tudo ficará marcado em mim por bastante tempo.

Chicory: A Colorful Tale é um jogo único e especial. O que de início aparenta ser apenas um jogo infantil, consegue surpreender ao apresentar temas complexos e muito relevantes para a sociedade atual.

Antes de começar a jogar Chicory eu estava com um receio enorme de me sentir desconfortável jogando, devido ao seu foco na arte e em desenhar. Porém, depois de avançar um pouco na história percebi que o jogo jamais vai te julgar por ter feito algo ''feio'' ou ''bonito'', ele na verdade te incentiva a pelo menos tentar produzir algo, e mesmo essas partes de desenho não são obrigatórias, já que podem ser completadas com uma simples linha no papel.

A forma que Chicory nos faz acompanhar e explorar temas como burnout, insegurança e ansiedade, e a busca por pertencer durante a sua história é sem dúvidas uma das partes que mais admiro nesse jogo, e ele faz isso com muito maturidade e cautela. Isso ajudou a tornar esse game um dos mais importantes pra mim atualmente.

Tudo nesse jogo é feito com muito amor, as músicas são excelentes e acrescentam bastante na experiência - destaque para Song of The Wielders, que me emocionou bastante na primeira vez que joguei. Além disso, o fato do jogo te dar liberdade para se expressar da forma que quiser durante várias missões principais e secundárias da história é algo que admiro muito.

Esse jogo me ajudou a superar um momento péssimo de minha vida, e eu garanto que ele com certeza merece uma chance sua.

A definição desse jogo seria desperdício de oportunidade.

A ideia do jogo é muito interessante, daria facilmente um jogo impecável de terror, mas é mau trabalhada e explorada por seus desenvolvedores.

Se restava um pouco de felicidade em mim, acabou depois de eu jogar isso.

2021

Ann foi um jogo que eu comecei a jogar sem expectativa nenhuma, simplesmente vi ele na minha biblioteca e resolvi jogar. Acabou sendo uma experiência muito interessante, o jogo apesar de ser simples consegue entregar uma boa história, e com uma temática e personagens bem memoráveis. Recomendo, o jogo é gratuito na Steam, mas não oferece uma tradução para o PT-BR, sendo esse o meu único ponto negativo para este jogo.

Rage in Peace é, sem dúvidas nenhuma, o jogo da minha vida. Conheço essa obra prima há 4 anos, e até hoje nenhum jogo me marcou igual esse aqui (ou sequer chegou perto).

Apesar desse jogo para mim ser perfeito, vale ressaltar os dois únicos pontos negativos dele, sendo eles a falta de tradução PT-BR e a dificuldade do jogo, que é estupidamente alta, porém, o jogo oferece um modo de jogo mais facilitado, com checkpoints adicionais e menos armadilhas.

Dito isso, os pontos positivos do jogo me fazem esquecer completamente dos negativos, de tão forte que eles são. A começar pelos personagens, são simples, mas conseguem dar um charme bônus ao jogo, assim como sua direção de arte, que é linda de se admirar, além de ser muito bem feita. A trilha sonora é a melhor que já escutei em um game - destaque para as músicas In Hope i Die e Sinking Boat - além de serem muito marcantes, combinam perfeitamente com o clima do jogo. Por fim, temos a história de Rage in Peace, que é com certeza o ponto mais forte do jogo. O jogo dá destaque logo no começo sobre suas propostas: Vida, morte e amor, e ao decorrer da narrativa vemos o quão bem são trabalhados esses temas, e isso causa um impacto direto no jogador.

Eu era um criança no meu primeiro contato com Rage in Peace, obviamente eu não tinha cabeça pra entender alguns dos temas que o jogo aborda, mas mesmo naquela época eu já havia percebido o quanto esse jogo especial. Hoje em dia, estou quase me tornando adulto, e ainda choro igual aquela criança de 5 anos atrás toda vez que re-jogo a história, ou até mesmo escutando algumas das músicas em momentos ruins da vida.

Se você leu até aqui, por favor, considere dar uma chance para esse jogo. Me faria muito feliz. <3

Um excelente jogo. A história é até que boa, mas o principal elemento do jogo, que seria seu mundo aberto, é o que realmente se destaca. Felizmente, para a experiência de um jogador mais casual, isso é um enorme ponto positivo.