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This review contains spoilers

Além de spoilers e paralelos interpretativos, esse texto contém a minha especulação não profissional do fenômeno que foi essa obra e posteriormente, em textos futuros, vou trazer o meu veredito do porquê da sua decadência no franqueado. Silent Hill 1 é uma experiência peculiar que fundamenta toda uma tradição de videogames futuros por bons e maus motivos, e por aqui fica a minha recomendação

Silent Hill é tão influente e tão ornado de influências que ele ironicamente foi um pouco deixado de lado, mais se fala da sua sequência subversiva. Muita gente diz que o apogeu do horror nos videogames ficou em Silent Hill 2 e há uns anos atrás nós quase tivemos o retorno do rei com Silent Hills, mas esse foi interrompido e nunca mais tivemos nada igualmente competente com esse nível de produção.

Eu acho que ninguém dentro do time KCET podia prever o quão incisivos eles seriam na criação de um mundo tão polissêmico que, no contexto americano, é especialmente perturbador. Um culto gnóstico envolvido em infanticídio e sequestro de menores... Não é tão fantástico assim. Infelizmente a década de 80 teve diversas alegações de ritos ocultistas, satânicos ou o que seja onde coisas aconteciam com as crianças que nem quem jogou Silent Hill teria estômago pra imaginar. Se for pra citar um caso semelhante da vida real a gente tem o próprio Jim Jones, ele de fato tentou levar uma cidade inteira ao "paraíso", através de métodos bem menos que santos, sendo bem eufemista.

Independente da veracidade, esse estigma do Pânico Satânico tá muito presente na temática do jogo, dizer que o "culto do capiroto" é um mero tapa buraco pra explicar os tropos Lynchianos é muito demeritante. Se fosse pra escolher um ponto onde o primeiro jogo se sobressai é a contextualização, o horror dele é mais de um coletivo que os seus sucessores.

A maior qualidade de Silent Hill pra mim é como ele é, infelizmente, crível, ele tem uma cadeia de inspirações tão ampla que ele acaba trazendo elementos que vão além do mundo artístico, casos reais que ele traz de maneira alegórica. Dá pra identificar com facilidade as inspirações desse primeiro título mas ele ainda tem alguns signos pouco pronunciados.
Tudo em Silent Hill rege um mundo infantil agora distorcido, seja por uma aproximação desmedida da realidade adulta ou por uma preocupação gnosticista imposta. A menina precisa dar a luz a Deus semeado da própria dor, e foi sim, conta a vontade dela.

Independente da interpretação do mecanismo que a pessoa tiver, Silent Hill ainda é muito sobre trauma e o trauma infantil predominantemente, e infelizmente o sucesso prova que existe valor de mercado nesses temas, mas aqui foi feito com muito cuidado e não se perdeu no terceiro jogo quando chegou a hora de ir a fundo na questão da gravidez, precoce e indesejada da menina.

Eu não sei o quão novidade isso era na época mas SH tem simbologia a rodo, é um dos mais debatidos em semântica e Lore e até hoje tem um desentendimento, muito por causa do material derivado. É um esboço então é um pouco deselegante, mas tem uma beleza que cativa demais a imaginação. Em toda a sua perfeita imperfeição, o primeiro jogo e a sua criação retorna às minhas obsessões diárias

fofo, gostosinho, curtinho good vibes