8 reviews liked by Mazk_Coisa


Jogo curto com uma arte muito bela e uma trilha sonora agradável, exploração e progressão muito satisfatórios.

Muito bom para desestressar e relaxar um pouco, bem good vibes.

Antes desse jogo, como eu sempre fui meio isolado da bolha dos videogames pela falta de oportunidade, eu acreditava que narrativas em jogos nunca seriam tão importantes assim e que provavelmente elas nunca seriam tão bem escritas quanto nas outras mídias. Celeste é definitivamente o jogo da minha vida. Ele me colocou pra pensar em diversos aspectos relacionáveis a como reinventar um gênero, como inserir uma boa história através dos recursos de jogabilidade que você possui e como tornar dinâmica a experiência narrativa de aprendizado com os erros.

O jogo consegue caminhar contra a chatice e a mesmice que um jogo de plataforma pode acabar proporcionando em muitas pessoas, através de um sistema imediato de contagem de mortes e de reinício pós-morte, que garante ao jogador uma experiência de tentativa e erro constante em formato extremamente viciante e dependente de uma recompensa final, tornando a busca por ela mais ainda obrigatória.

Seus ensinamentos básicos sobre interação social e o lidar com o fato de estar virando um adulto, consegue divagar entre ansiedade, depressão, disforia de gênero, crise dos 20, aceitação, negação, culpa, luto, crise de identidade, complexo de superioridade, síndrome do pânico, fobia social, superação, e tudo que você puder correlacionar com esses assuntos através de pequenos diálogos entre os personagens que aparecem na história, principalmente aqueles que aparecem de relance como o dono do hotel no capítulo 3.

Os variados diálogos simples, ligados ao humor ácido do jogo que sempre aparece com a vovó, ou ao humor leve do Theo, conseguem encrementar ainda mais toda essa experiência através de situações que podem despertar memórias sobre todos esses problemas que eu citei anteriormente. Um jogo conseguir discutir tudo isso e ainda manter sua narrativa principal nos eixos, que é a questão da sexualidade e da disforia de gênero, é de um primor incrível, como se ele estivesse claramente dizendo ao jogador: "todos nós passamos por coisas que ninguém entende e que sempre parece ser um inferno de impossível, mas olha só, todas elas são relacionáveis e você vai conseguir vencer, só precisa acreditar em si mesmo e tentar".

Toda mecânica nova de cada capítulo em Celeste leva a uma ideia sobre o objetivo narrativo da obra e sobre o leque de interpretações que o jogo consegue abrir na narrativa... Tudo isso através de como a Madeline consegue evoluir com seus "power-ups" ou recursos de fase. Enfim, esse é Celeste. Se você ainda não jogou, jogue.

um game maravilhoso, pra mim um dos melhores do nintendo 64. A trilha sonora é maravilhosa (assim como toda trilha sonora composta pelo deus Koji Kondo), a jogabilidade é massa, a dificuldade é ótima, nem tão fácil e nem tão difícil, tem um gráfico interessante pra época, os mapas são bons, a própria temática é bem estilosa... Enfim, mesmo sendo um jogo relativamente simples, esses detalhes fazem bastante diferença. Recomendo bastante