Uma refeição gourmet para qualquer um que aprecia uma boa mesa de D&D, seja para aqueles que adoram o caos ou para aqueles que sentem o mais puro tesão em uma narrativa imersiva.
Sinto que poderia jogar e rejogar centenas de vezes, ainda assim eu teria experiências distintas em cada aventura pós new game.
Merecido GOTY, para muitos é o jogo que reviveu a paixão por bons jogos. O que atualmente é raro.
Baldur's Gate 3 veio para revolucionar não apenas uma geração de jogos, mas de jogadores.

Volta e meia surgem ondas de jogos de terror cooperativos, muitos são esquecidos, tantos se encaixam no conceito de "copia, mas não faz igual".
Acontece que Lethal Company fez diferente, isso é único.
Embora parece um jogo mecanicamente simples, o único dev conseguiu tornar extremamente divertido, o que é essencial.
Não apenas senti medo em muitos momentos, mas também ri bastante com as imbecilidades possíveis de serem feitas.

Apenas o masterpiece da From Software. Ainda lembro de toda a ansiedade e expectativa que cultivei por tempos até o lançamento desse jogo, lembro de todas as emoções que senti explorando por horas um mundo que não estava ali apenas para existir, mas para me convidar e conhecer seus inúmeros detalhes, por mais que venha o sofrimento, consigo sentir toda a essência e identidade construída pela From em todos os detalhes presentes em Elden Ring.

As vezes estar perdido é essencial. As vezes não encontrar o caminho está tudo bem. Estranho é sempre saber para onde está indo, por onde se está indo.
Hollow Knight é um metroidvania único, especial e que guardo profundamente no meu coração.
Sempre há para alguém aquele comfy game, no meu caso, é esse joguinhozinho. Muitas vezes me encontro baixando o jogo apenas para vagar pelo mapa sem um único propósito, pensando em algo que vai além do mundo imposto pelo jogo, mas sim pensando sobre eu mesmo.

Eventualmente sempre surgirá jogos que moldarão a cabeça de muitas pessoas, seja algo bom ou ruim.
No caso, Undertale me preenche com inúmeras emoções que lembro até os dias de hoje.
Normalmente, jogos sempre deixam claro quem a narrativa quer que viva ou morra, mas em Undertale isso se torna uma opção exclusivamente sua. Você, como jogador, é livre para amar e, caso aconteça, odiar um personagem e, por consequência de tais emoções, dar uma conclusão a vida dessa criatura.
Eu amo saber que posso amar e defender os personagens que me interessaram. Amo saber que posso compreender e perdoar os erros de alguém por um bem maior.
Se há amor em videogames, seria Undertale um dos maiores exemplos para isso.

Mais que apenas um jogo, a Rockstar conseguiu criar uma obra-prima que cativa e emociona qualquer um.
Acompanhar o Arthur é poder testemunhar uma vida sofrida, mas não de inocência, é ter consciência de que, queiramos ou não, ele é um fora-da-lei, o que em outro mundo seria reconhecido como um vilão.
E é sabendo disso que reconheço a importância e o peso de buscar se redimir, não com a intenção de ser perdoado, mas de se perdoar, de ser apenas a melhor versão de si mesmo.
É sobre ter medo de perder as coisas que ama por culpa de si mesmo, sobre ter medo de continuar acorrentado a certas ideias, mas acima disso, é sobre reconhecer a si mesmo.

Há ansiedade e exctativa na chegada ao topo, ou seja, na conclusão de um objetivo, mas também é sobre saber que para toda escalada há, posteriormente, uma descida.
Celeste é sobre dar o melhor de si, reconhecendo seus limites e imperfeições. Te fazendo entender cada sentimento da forma mais desafiadora possível.

Não acho que eu tenha testemunhando uma franquia reviver de forma tão única e impactante como foi God of War.

Embora tenha lançado de forma questionável, eu amei jogar até o fim.
Eu amei e odiei estar na pele do V que, constantemente, era atordoado pelas ideias megalomaníacas e anárquicas do Johnny.

Chorei, ri e chorei.

Nier é sobre se revoltar até mesmo contra Deus. É sobre perceber que o mundo é lindo. É sobre abraçar o peso desse mesmo mundo em seus ombros para defender o futuro que quer.
Mas também é sobre perceber que todas as coisas precisam ter um fim. Por mais trágico e cômico que viver possa ser, afinal, viver é um estado constante de envergonhamento.

2020

Sempre haverá um dia a mais para poder acertar as contas, talvez os mesmos não estejam esperando por isso, mas haverá alguém para te escutar.
Omori é sobre se esconder do mundo e lidar com a realidade terrível criada por sua própria cabeça. É sobre lidar com culpa e aceitação, sobre esconder um segredo e arcar com as consequências.

O que porras é Yakuza?

Ainda não sei, mas to muito afim de descobrir.
Tudo nesse jogo é uma surpresa, de repente há uma quest sobre um homem de cueca, do nada se torna um jogo sobre gerenciar cabaret e, sem aviso algum, o jogo desenvolve a narrativa mais dramática que poderia existir.
É uma experiência única e necessária.

Tudo tem seu tempo e está tudo bem não estar em todo lugar ao mesmo tempo.