14 Reviews liked by SatiroJoJofag


Quando penso no quão única a mídia de jogos pode ser, penso em Devil Survivor.

Eu literalmente gosto de tudo nesse jogo. Claro, existem coisas que poderiam ser melhoradas e mais dinâmicas, mas mesmo essas coisas não são ruins. Pelo contrário, eu diria, pois até esses pequenos aspectos me encheram de alegria enquanto jogava.

Devil Survivor: Overclocked é um RPG tático (TRPG) lançado para o Nintendo 3DS, sendo um relançamento do Devil Survivor original de Nintendo DS. Em DeSu1, seguimos um protagonista silencioso de cabelos azuis acompanhado de seus dois melhores amigo; Atsuro Kihara, um jovem hacker intuitivo e bastante sagaz, e Yuzu Tanikawa, uma colegial um tanto quanto medrosa e ansiosa. Esses três foram convidados para um encontro entre amigos pelo primo do protagonista, Naoya, que acaba não aparecendo, mas entrega dispositivos estranhos chamados de COMPs ao trio principal. Um pouco depois, um lockdown é iniciado no lugar onde eles haviam sido chamados, o Yamanote Circle, fazendo-os ficarem presos lá. Com a descoberta que esses aparatos misteriosos chamados COMPs tem o poder de invocar demonios, a história começa.

A premissa narrativa é básica, mas a situação em si e como ela se desenvolve é brilhantemente executada. A franquia Shin Megami Tensei é conhecida por brincar com reflexões sociais e temas pessoais, e em DeSu eles acertam mais uma vez. A extrema situação que o trio de protagonistas (e também o resto dos personagens trancados ali) faz com que o jogo lhe ofereça problemas diferentes com soluções diferentes, muitas vezes havendo mais de uma. Isso me faz retornar para o que eu disse no início desse texto de recomendação, sobre o única a mídia é, provado pela forma que Devil Survivor insere o jogador nos paradigmas causados nesse lockdown. Diversos personagens tomam atitudes diferentes e têm visões diferentes sobre a situação, e cabe ao jogador decidir como reagir quanto a isso. Devil Survivor conta com um sistema de tempo, onde cada ação tomada pelo protagonista toma cerca de 30 minutos do tempo de um dia. Isso dá ao player a liberdade de decidir quais assuntos são importantes de devem receber atenção, e quais não. Não só isso, mas a vida de personagens, a posição deles e seus conflitos pessoais dependem do player para serem salvos, tomados e realizados. Você, como jogador, tem impacto direto em todos os personagens e suas trajetórias, trazendo não apenas um fator replay absurdo como também muita imersão.

Além desse sistema que torna o jogo muito interessante por si só, há também a ótima execução dos alinhamentos. Se eu reclamo de Shin Megami Tensei IV por deixar os alinhamentos (Sendo eles Ordem, Neutro e Caos, para os desacostumados com a franquia) simplórios e barbáricos demais, aqui acontece o oposto. Mesmo o alinhamento Ordeiro, conhecido por ser pouco desenvolvido nos jogos, se torna muito interessante aqui, trazendo reflexões sobre a natureza do rancor, dos humanos e da redenção. Todos os finais possuem linhas de pensamento relativamente sensatas e coesas.

Meu último elogio para a história (que poderiam ser muito mais, porém quero evitar spoilers) é o quão espertas são as referências mitológicas aqui. Megami Tensei tende a acertar em questão de simbolismo, seja religioso ou lendário, mas as metáforas de Overclocked me pegaram de surpresa. O twist no fim do dia 6 realmente adicionou muito para a história.

Mas claro, Megaten não se faz pela história. Como é a gameplay?

Fantástica. Eu não sou acostumado com TRPGs, mas esse jogo foi divertido do início ao fim. Ele realmente te faz pensar em como derrotar os inimigos mais poderosos, requirindo muita estratégia e cuidado. As lutas contra os Bels são testes maravilhosos da sagacidade do player, e nunca são frustrantes. Devil Survivor é difícil mas não injusto, com preparo e pensamento, se derruba qualquer adversário. Coisas como cercar meu protagonista na luta contra Beldr para poder cura-lo, ou usar a habilidade flight nos demonios para enfrentar Belberith são truques de designs muito gostosos de se aprender. O jogo também se certifica de deixar o jogador em posição de sempre pensar no seu próximo movimento, afinal, a mecânica de roubar as habilidades dos inimigos existe justamente para que não tenha forma do player se aproveitar de grind, e a falta de itens solidifica isso. Todas essas decisões muito felizes se tratando da experiência que ele quer passar.

E cara... A OST É MAGNÍFICA!

Me surpreendi de ser um dos primeiros trabalhos do Takami Asano, o cara nasceu para isso! A trilha sonora de Devil Survivor utiliza principalmente de guitarras, com músicas como Battle Beat tendo até quatro, todas em timbres diferentes. A sensação que essas músicas passam é surreal. O tom ameaçador e apressado das músicas te faz vibar ao mesmo tempo que lhe deixa ansioso. Quando tocou Deep Night pela primeira vez foi um dos melhores momentos "Oh, shit!" que já tive com um jogo. As melodias brincam entre si, dando um sentimento de sujeira quando querem, o que combina com a degradação psicológica das pessoas durante os eventos do jogo.

Concluindo, esse jogo é fenomenal em todos os aspectos, e olha que me abstive de falar de como o jogo executa seus conceitos e dos seus personagens devido a spoilers. Isso é um texto de recomendação, afinal de contas, e minha recomendação é: jogue esse jogo!

Tunic

2022

Being a kid was pretty rad, huh?

This game portrays the feeling of navigating a new world with the language barrier inherent to being a child.

It almost perfectly replicated the feeling I had of playing Ocarina of Time for the first time before I knew how to read, forcing me to use other clues, means of progression, and sometimes just fucking around until something works.

But with Tunic, this is by design.

This was a fantastic game, but what really pushed it into masterpiece territory was the final puzzle, which really brings the game's intentions full circle and is one of the most impressive and creative puzzles I have ever seen in a game.

It's a magical little experience, the likes of which I have never encountered in my adult life. If you’re looking for a game that can recapture that feeling of childlike wonder, this is your jam.

This review contains spoilers

(9.5) Como essa dlc é divida em basicamente três segmentos, acho nada mais justo que dividir os comentários por tópicos

Sobre a primeira parte q é a campanha. Vou admitir q tenho uma crítica ou outra. Como 70%/80% dela ser repetida do endgame do jogo base e a principal: Expõem plot points q dava pra entender de boa no jogo base pela narrativa e escrita incrivel do Nomura, mas q por algum caralho de motivo o pessoal n conseguiu entender então essa dlc mastigou tudo isso, como por exemplo a Aqua tendo ptsd no tornado de heartless. Real acho q as pessoas dão uma má fama pra KH de ser confuso e q n é vdd, e subestimam muito o estilo autoral do Nomura (e engraçado q recentemente por causa do Rebirth q é até cômico pq diferente do Remake nesse ele n teve tanto envolvimento, o próprio disse q os tais do ""nomurismo"" q o pessoal remete a ele, n tem nada haver com oq ele escreveu). Mas tbh? Essa parte da dlc ainda é do caralho msm com isso tudo! As interações dos personagens são espetaculares (seja diálogos ou em golpes combinados dentro do combate), tu poder jogar com outros personagens (principalmente a Kairi) é muito foda, a boss fight q botaram do Terra foi foda tbm, Scala ad Caelum tem um level design do chrl e principalmente alguns dos melhores momentos da franquia, em especial a luta dos Keyblade Wielders contra as Replicas. Essa boss fight foi O highlight da dlc pra mim, e um dos melhores momentos do jogo inteiro q só tem momento peak e da mídia num geral, e só me faz relembrar do pq esse ser meu jogo favorito (sem contar VN, pq aí seria Higurashi Kai mas anyway). E pra finalizar, FINALMENTE a Kairi teve o destaque q ela merecia como personagem próprio e n só atrelada ao Sora... e pena q no MoM vacilaram dnv.

Mas de qualquer forma, essa parte da campanha eu já tinha jogado anteriormente quando lançou o port de pc do jogo, oq é novidade pra mim é as próximas duas. E já vou ter q começar falando q as Datas Battles são simplesmente algumas das melhores boss fights q já vi na mídia, em especial do Xehanort (minha favorita), Xion, Xemnas e Terra. São um teste pra ver se vc realmente aprendeu e masterizou todas as mecânicas do jogo e se é digno de passar delas, e essas lutas foi pura catarse. Em especial como falei do Xehanort q é a minha favorita, já q o final boss do KHIII é a minha boss fight favorita de qualquer jogo, enfrentar ele numa versão ainda mais imponente (e com uma música mlhr, mas detalhes) foi uma das melhores partes da dlc tbm

E falando em testar pra ver q vc dominou as mecânicas... vamo falar da última parte da dlc, o Secret Episode que contém o superboss do jogo, Yozora. Esse aqui é realmente O TESTE, e mecanicamente é a boss fight mais bem elaborada da franquia, é o boss mais difícil q já enfrentei num jogo mas em nenhum momento senti q ele foi barato (diferente do Lingering Will q é um hot take mas a luta em si n curto mt não), é realmente um duelo de igual pra igual com uma besta... mas a sensação de derrotar ele foi algo simplesmente inigualável. E sinto q com o contexto q os próximos jogos deve dar pra esse momento, ela deve melhorar ainda mais no meu conceito.

E se tu quiser, da uma olhada na minha footage derrotando ele (percebe q n jogo bem mas foda-se, é a primeira vez derrotando ele): https://youtu.be/F2aE67S6rBs?si=0TRYow8TWY76tFg9

Mas é isso, tbh msm se n existisse a DLC eu ficaria já muito satisfeito só com o jogo base pq oq mais me importo com os jogos na franquia é a narrativa, mas essa dlc só melhora e expõe ainda mais o quão kino e especial essa obra é pra mim. LETSFUCKING GO KHIV E QUE TENHA TRAILER COM DATA ESSE ANO PUTA QUE PARIU

This review contains spoilers

So you're telling me that there's a version of the main character who plays superficially similar, but has to rely on building charge levels (up to level 3) or can build smaller chunks of charge quicker by doing a pose after specific attacks. And this character was apparently dead, but is back due to nebulously explained time travel/alternate dimension shenanigans.

They turned Zack Fair into Holy Order Sol.

Eu posso ter problemas com o combate e com o gameplay em geral (q já derivam bastante da Dragon Engine, por mais q os últimos títulos estão tentando melhorar isso o mlhr possível e mostrando o potencial máximo q esse belo mas falho sistema pode trazer), mas esse jogo..... puta merda. É uma puta homenagem ao legado do Kiryu como personagem e ícone q transcende a mídia para aqueles q tem, tiveram e terão a oportunidade de experienciar a sua jornada, e ainda junto com 8, dar um final digno pra ele diferente do 6. Eu comecei a jogar essa franquia pelo Kiwami 1 por causa de uma garota IRL, q na época eu queria namorar e hj é uma das minhas melhores amigas e uma das pessoas mais especiais na minha vida e q eu amo pra caralho. E desde daquele jogo, bastante coisa aconteceu na minha vida (de bom e ruim), e sinto q estar ao lado do Kiryu e de outros personagens dessa franquia me ajudaram a sentir um pouco menos sozinho já q eles são igualmente falhos, humanos e tem suas frustrações, mas q também riem, tem seus sonhos, ideais e q tem motivos pra continuar lutando, e o Kiryu é talvez a personificação disso tudo. É meu protagonista favorito da mídia (em disputa com os dois de Higurashi e o Sora de Kingdom Hearts), e esse jogo só prova isso. Dps de anos tendo jogado varios desses jogos longos e com conteúdo pra caralho (e eu nem joguei tudo da franquia), jogar o capítulo final e sentir satisfação é um puta sentimento recompensador q poucas vezes já senti com arte, btw citando arte esse jogo só prova também em como ela é a paixão da minha vida.

AGORA BORA JOGAR MEU NOVO JOGO FAVORITO CONHECIDO COMO LIKE A DRAGON 8!

May your heart be your guiding key.

É o Kingdom Hearts da franquia, não vou elaborar.

(7.5) Vocês já tiveram muito ansioso pra algo, e msm q tenham gostado muito da experiência, ficaram decepcionados msm assim por ser problemático ou/e pelo seu potencial perdido? Essa é a minha relação com Yakuza 6 (ou Like A Dragon 6).

Eu tenho muita coisa pra falar do jogo, mas como tô com sono e com febre irei só falar algo:

Yakuza 5 é um final pro Kiryu Saga MUITO melhor que o 6, e espero q o Gaiden e o 8 fazem justiça ao meu homem. Mas ainda sim, gostei muito, PRINCIPALMENTE tudo oq envolve o Someya e a relação dele com o Kiryu

Yakuza 0 é uma obra prima, eu sei que vocês ja devem estar cansados dessa palavra e do quanto ela foi perdendo o significado ao longo do tempo, mas é a unica que eu consigo achar pra definir esse jogo.

Com uma narrativa extremamente cativante, um elenco espetacular e tudo isso se sustentando em seus aspectos técnicos de gameplay, trilha sonora e visuais no geral, eu não consigo achar algo nesse jogo que me desagradou.

Não vou falar muito mais, pois acredito que seja melhor jogar Yakuza 0 sem saber o que vai te atingir, mas é uma experiência sem igual, que eu com certeza recomendo demais

(8.5) Jogo com estrutura interessante mas q não se mantém e acaba ficando um pouco irritante, e tem alguma das piores Boss fights q eu já vi, n só em KH mas em jogos num geral.

Porém tem uma das melhores narrativas da série (pra alguns a melhor por mais q eu acho a do III, II, DDD E BBS melhores), um protagonista incrível e relações de personagens sensacionais, um combate bem competente, lindo até demais para o DS e consegue te imergir mt bem na vida do Roxas, assim intensificando e botando ainda mais peso aos momentos emocionais. E claro, a reta final que é simplesmente incríveis e um dos highlights da franquia que só tem Highlights atrás de Highlights.

(E NAO JOGUE ESSE JOGO ANTES DO II FILHO DA PUTA)

This is kind of a weird one for me.

I think it's safe to say that all the games in this collection are still really good and imo hold up pretty well, and overall some of the finest 3D platformers you can get both on the Switch and in general.

But when rating this as a collection? That's where it gets iffy. This collection doesn't necessarily "ruin" the experience of these games - the games still play perfectly fine and being on the Switch you can also play them portably which I believe is a plus. But it really feels like Nintendo did the bare minimum with this collection. I wouldn't say they had to go as far as to completely remake these games, but for $60, you're essentially getting barebones ports of these old games with very little in the way of improved visuals (Super Mario 64 doesn't even have widescreen for whatever reason), and a pretty bland presentation where the collection doesn't have anything more than a simple menu, the games and the soundtracks.

Considering Mario is Nintendo's mascot, I would've expected them to do so much more with this collection, especially at a $60 price tag, but this collection just feels like the bare minimum. Compare it to, say, the Crash and Spyro remake trilogies - where all three games are completely overhauled visually with improvements to the controls and mechanics, both for $40, or the Kirby's Dream Collection in 2012 which not only had the games, but history of the franchise, box art to look at, challenge stages, and episodes of the Kirby anime series. For such a classic franchise and mascot, and especially for the price you're paying, this collection could've easily been so much more.

This was absolutely amazing; one of the best games of all time. The incredible story that plays out was outstanding and this was my first real experience of a highly immersive story. I've completed this multiple times and the foreshadowing makes the experience even better. The twist played out amazingly and was completely unexpected in my first playthrough. The absurdity of the occupants of this truly beautiful dystopia help develop this world into the ultimate story-driven experience. (Played on Xbox One)

Jogo "platinado" — todos jiggys, jinjos e etc coletados. Melhor que o antecessor, sem dúvidas. Eu diria que, apesar de ser um ótimo collectathon, é um platformer apenas ok. Explico-me: explorar as fases em busca de itens é legal e os colecionáveis estão bem distribuídos, além da quantidade deles ser na medida. Movimentar-se pelas fases, entretanto, não é lá essas coisas. Banjo é lento e com um moveset focado na resolução de problemas específicos em vez de aumentar seu leque de acrobacias. Se contrastado com um Mario da vida, a diferença é gritante. Enquanto em Mario a movimentação (platforming) é um fim em si mesmo, com level design incentivando o jogador a demonstrar sua destreza, em BT (e BK) a movimentação é uma ferramenta para coletar itens. Não há nada de errado nessa abordagem e entendo perfeitamente quem gosta dela, mas eu prefiro muito mais a de Mario 64 — um platformer com vários itens para coletar, em vez de uma aventura em busca de itens mediada através de fases de plataforma 3D.

Gris

2018

Gris is a beautiful work of art. A cute little puzzle platformer, its real triumph is showing how a game with no dialogue can be moving and communicate a message through visuals and gameplay. Its take on depression, and recovery, through visual and gameplay cues is a unique, yet sadly familiar journey through the psyche that I don't think any game will ever do as effectively. A triumph on every level.