Bio
Um cara que curte jogar uns negocinhos por aí e falar o que pensa.

Critérios para notas --

Tópicos essenciais: História/Narrativa, Gameplay e Mecânicas

Tópicos importantes: Personagens, Lore/Universo, Arte geral e Trilha Sonora

Tópicos que agregam ao jogo: Performance e Originalidade

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Como as notas são dadas:

20/10: O Jogo da Minha Vida

10+: Jogo perfeito

10: Jogo praticamente perfeito, fantástico

9,9 - 9: Jogo muito bom, com defeitos mínimos

8,9 - 8: Jogo muito bom, com alguns defeitos

7,9 - 7: Jogo bom, com defeitos

6,9 - 6: Jogo ok, com defeitos

5,9 - 5: Jogo médio, com vários defeitos

Daí pra baixo é ruim para péssimo
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Final Fantasy VII Rebirth é um dos melhores jogos que eu já joguei na vida e se tornou um dos meus favoritos da franquia. Uma obra-prima, pode entregar o GOTY de 2024. É um jogo que faz valer o preço do PS5.

Demorei um pouco para escrever essa análise porque eu estava processando ainda o quão maravilhoso foi esse jogo. Depois de jogar uma segunda vez no modo hard e captar vários detalhes e nuances que acabei não percebendo na primeira run, tenho a certeza de que FFVII Rebirth é o melhor jogo da geração atual de consoles.

Rebirth é simplesmente uma evolução absurda em praticamente todos os aspectos do Remake. História, gameplay, mecânicas, personagens, mundo, exploração, conteúdo secundário, etc. Se você, assim como eu, amou o Remake, pode ter certeza que o Rebirth vai ser um dos seus jogos favoritos da vida.

Vamos por partes. Começando pela história. Finalmente, no Rebirth, chegamos à parte de mundo aberto como o original. A história do Rebirth vai desde Kalm (passando pelo flashback de Nibelheim) até AQUELE MOMENTO no final do disco 2. E o trabalho que a Square fez na narrativa do Rebirth foi tão fantástica que, para mim, ficou melhor até que o FFVII original.

O grupo segue sua jornada para derrotar Sephiroth, seguindo os homens encapuzados que, de alguma forma, estão diretamente relacionados com o vilão. E então, assim como no original, percorremos diversas regiões ao redor do globo para encontrar respostas e descobrir o que de fato Sephiroth quer e como derrotá-lo. E a história nessas várias regiões está muito mais detalhada e expandida, muito mais interessante do que no original. Destaque para as regiões de Gongaga e Corel, por exemplo, que trazem muito mais conteúdo em termos de narrativa, aprofundando ainda mais a história dos personagens como Tifa, Barret e Aerith.

Eu já amava o Barret desde o original. E depois do Rebirth eu amo ainda mais. O arco dele em Corel, a explosão do reator, a tragédia com seu amigo Dyne e a verdade sobre Marlene, toda essa parte da história foi expandida e se tornou muito interessante, especialmente a forma como a Square contou a história, a cronologia dos fatos.

Destaque também para Tifa, uma das minhas personagens favoritas de FFVII, que já tinha um papel essencial, mas que foi ainda mais expandido em Rebirth. O arco em Gongaga tem um papel muito importante nesse sentido, fazendo Tifa se envolver diretamente com temas como o planeta e a fonte vital.

Destaco também o Cloud, que teve um desenvolvimento absurdo como protagonista ao longo do jogo. Na minha opinião, mesmo após terminar o original, achei o Cloud um protagonista legal, mas nada muito além disso. O Rebirth fez ele crescer muito no meu conceito, passando de um cara frio e sem emoções para um cara que se importa, que faz acontecer de fato. E Rebirth começa a abordar a temática da loucura de Cloud, como pudemos ver no original. E essa loucura tem papel importantíssimo no terço final do jogo, e creio que terá ainda mais no próximo game da trilogia.

Agora, preciso falar da parte mais importante da história de Rebirth, que envolve diretamente Aerith, Sephiroth e AQUELE MOMENTO marcante. A Square fez algumas mudanças bem significativas em relação a esse assunto, mas no geral, se manteve bem fiel ao original, felizmente (ou infelizmente ;-;).

A personagem da Aerith é a melhor e a mais importante em Rebirth. Toda a história que envolve diretamente ela, os murmúrios, o planeta, a fonte vital, a matéria branca e a escura, e os planos de Sephiroth, são fantásticos. O jogo vai jogando no ar alguns detalhes, algumas nuances que o jogador vai pegando aos poucos, e que no terço final de Rebirth se transforma em um caminho da narrativa/história que nunca imaginaríamos, nunca antes visto no original. Não quero dar spoilers pois pegar esses detalhes e finalmente entender o que está acontecendo no final do jogo são parte essencial para mim de quem está jogando o Rebirth. E isso tudo afeta diretamente os planos e as motivações do Sephiroth, e a verdadeira intenção por trás da famosa Reunion, a reunião que ele tanto almeja. E, claro, envolve diretamente Aerith e também Zack, que pudemos ver no final do Remake.

E o final, meus amigos, vai dividir opiniões. Quando eu finalmente entendi o que tinha acontecido, depois de alguns momentos de reflexão, eu pessoalmente achei genial. Até chorei, principalmente com a última cutscene. Esse final gera mais dúvidas do que respostas, mas eu acho muito interessante, principalmente levando em conta o que foi apresentado no último terço do jogo, e abre margem para muitas coisas bem interessantes no terceiro jogo da trilogia, que podem inclusive mudar drasticamente o rumo das coisas e a história de FFVII como a conhecemos.

A narrativa também consegue destacar e dar a importância devida para personagens opcionais e secundários do jogo original, como Yuffie e Vincent. Ao invés de ser algo opcional para o jogador recrutá-los, no Rebirth, eles não só são recrutados automaticamente como têm papeis super interessantes e importantes na narrativa. Destaque para a Yuffie, que está muito mais interessante em Rebirth, e terminou como uma das minhas personagens favoritas do jogo.

Sobre gameplay, se o Remake já tinha um dos meus combates favoritos da vida, mesclando ação em tempo real com comandos de turno, Rebirth eleva tudo isso a um nível absurdo de qualidade. A base é a mesma, mas com diversas melhorias e novos golpes, limites, e as ações de sinergia, que envolvem dois personagens utilizando golpes em conjunto. Uma verdadeira delícia de se jogar e visualmente muito bonito de se ver. É fantástico dar um golpe por exemplo com o Cloud dando um corte mortal e a Tifa dando um soco que manda os inimigos pelos ares, ou o Barret arremessando o Red XIII e depois finalizando com uma explosão absurda. O combate é certamente um dos melhores que eu já vi.

O mundo de Rebirth é o sonho que todo amante de Final Fantasy VII gostaria de ver um dia. Se no Remake, andamos apenas por Midgar, em Rebirth, passamos por Kalm, Minas de Mithril, Junon e Baixa Junon, Costa Del Sol, Corel, Gold Saucer, Gongaga, Cosmo Canyon, Nibelheim, Templo dos Cetras e a Capital Esquecida. Todas essas regiões que eram pixeladas no original são agora reais, podemos andar por elas, que foram muito expandidas e trazem conteúdo muito interessante tanto para a narrativa principal como em missões secundárias e minigames. Falando em conteúdo secundário, a quantidade de coisas para se fazer em Rebirth é absurda. Sidequests, informes de região e de combate do Chadley, minigames (especialmente no Gold Saucer), descobertas, caças a inimigos diferenciados, caças ao tesouro com Chocobos... É um prato cheio para aquele jogador que quer passar das 150 horas de jogo.

E cada região é ENORME e tem muitas coisas para se fazer. Sem brincadeira, quando joguei pela primeira vez, com a intenção de fazer tudo o que estava disponível naquela região antes de continuar a história, eu passava uma média de 10 horas em cada região para conseguir fazer todo o conteúdo adicional que o jogo tem a oferecer. E fique tranquilo, diferentemente do Final Fantasy XVI, o conteúdo adicional, as sidequests, os minigames, os informes do Chadley, todos eles são interessantes e desafiadores, alguns até MUITO desafiadores e difíceis.

A exploração é de fato recompensadora em Rebirth. Conforme você vai andando palas várias e gigantescas regiões do jogo, você vai adquirindo ingredientes, recursos para fabricar itens que serão úteis para a gameplay, desde consumíveis de cura até mesmo acessórios que aumentam a defesa e têm propriedades únicas. Além disso, as armas do jogo de todos os personagens podem ser obtidas gratuitamente com a exploração, espalhadas pelo mundo, em baús específicos.

Os personagens em Rebirth são para mim um dos pontos mais fortes do jogo. Todos eles, sem exceção foram tão bem trabalhados e desenvolvidos que tornam esse pedaço da história muito mais legal e interessante que o original. O sistema de afeto com os personagens é interessante também, incentivando o jogador a sempre conversar com os membros da party, conforme a história vai se desenrolando, para saber o que estão pensando sobre o que acabou de acontecer ou sobre o que ainda vai acontecer.

Outro detalhe, na gameplay/combate, TODOS os personagens são únicos e interessantes de se usar, todos têm seus pontos fortes e fracos, mas no geral, eu me sentia extremamente satisfeito em usar todos e aprender a jogar com todos os personagens. Trabalho incrível de balanceamento da Square. Destaque para os personagens novos como Red e Cait que são fantásticos de se jogar, cada um com suas particularidades.

Destaque também para o desenvolvimento da relação amorosa entre Cloud e Tifa, que para mim, é o cânone de Final Fantasy VII (a Aerith é e sempre será do Zack, na minha opinião). Entre alguns desentendimentos, brigas, abraços, conversas íntimas e quase beijos, a relações dos dois amigos de infância foi MUITO bem construída e desenvolvida ao longo da história de Rebirth. Inclusive, a cena do encontro no Gold Saucer é sensacional, para mim a melhor possível entre os encontros possível, e só reforça que o amor entre Cloud e Tifa é de fato canônico. Sem spoilers, mas essa cena traz algo que os jogadores do FFVII original esperavam há anos!

Dito isso, TODOS os personagens principais do jogo ganham o merecido de destaque e são muito interessantes e carismáticos. De fato um dos pontos mais fortes de Rebirth são seus incríveis personagens.

Cloud, por exemplo, se tornou um baita protagonista, complexo, com várias camadas. Deixou de ser aquele emo frio que não se importa com nada e é agora um personagem humano, que se importa, que tem emoções e é bem complexo, especialmente com a questão da dupla personalidade, da loucura, com Sephiroth tentando manipulá-lo a todo o momento, e o envenenamento por mako que vai aos poucos o consumindo. Ele se relaciona e se importa de fato com os membros da party, trata eles como amigos, como família.

Tifa: uma das minhas personagens favoritas, ganhou ainda mais destaque em Rebirth, com um arco inteiro focado nela, em suas memórias e lembranças da infância, sua relação com o Cloud, e também interage com temáticas como o planeta, as armas e a fonte vital.

Aerith: para mim, a melhor personagem de Rebirth, tem uma importância gigantesca e extramemnte complexa, deixando no ar certos comentários, nuances, detalhes, que fazer o jogador pensar se ela até já sabe o que vai acontecer no futuro próximo e em um não tão distante. A relação dela com os cetras, principalmente nos últimos capítulos do jogo, é muito bem explorada, e mostra que ela é talvez uma das personagens mais importantes e poderosas desse universo.

Barret: Um personagem sensacional, um dos meus favoritos, que ganhou merecidamente ainda mais destaque em Rebirth, graças ao fantástico arco de Corel, Dyne, etc. Um verdadeiro "paizão" do grupo, que se importa e quer acabar com qualquer ameaça ao planeta.

Red XIII: Talvez meu personagem favorito de Final Fantasy VII, teve finalmente a história explicada e expandida, principalmente no arco de Cosmo Canyon. O Red me surpreendeu bastante principalmente no terço final do jogo, é um personagem sensacional, muito forte e com uma história emocionante. Destaque para o dublador Max Mittelman que inclusive foi o responsável por me fazer gostar ainda mais do Red graças a um certo acontecimento/mudanças no próprio arco do Cosmo Canyon.

Yuffie: Que fantástica personagem, gosto muito mais dela hoje após o Remake-Rebirth. Passou de uma personagem secundária para uma personagem essencial para a história, especialmente na participação de Wutai na narrativa. Muito divertida e carismática, rouba a cena em diversos momentos. E uma das melhores personagens para se ter na party, extremamente versátil.

Cait Sith: que trabalho FABULOSO a Square fez com o Cait. Eu simplesmente odiava ele no original, não só por causa dos acontecimentos da história, mas porque eu simplesmente achava ele chato. No Rebirth, ele está sensacional, continua com uma pegada mais para o humor, mas é muito melhor trabalhado, com certa complexidade e nuances, e a importância de ele na história aumentou bastante também.

Sephiroth: o cara é considerado um dos melhores vilões da história dos games, não é à toa. Tem MUITO mais participação e rouba a cena sempre que aparece. Mostra o poder absurdo que ele tem e prova porque ele é o ser mais poderoso do universo inteiro. As aparições dele ao longo da história são super interessantes e importantes pra história, principalmente quando ele tenta manipular o Cloud, induzindo ele a fazer coisas ruins. E as motivações dele mudam um pouco em Rebirth em comparação ao original, mas na minha opinião, são mudanças interessantes. Eu acredito que, se agora, consideramos o Sephiroth como um dos melhores vilões dos games, depois do terceiro jogo da franquia Remake, teremos a CERTEZA de que o cara é simplesmente o GOTY dos vilões de jogos.

Vincent e Cid: mesmo não sendo jogáveis, a forma que foram introduzidos e como se envolveram na história foi muito interessante. Ansioso para o que a Square vai fazer no próximo jogo para expandir a história deles e, principalmente, na gameplay deles.

Por fim, a trilha sonora, que dispensa comentários. São as músicas tema das regiões modernizadas e remasterizadas para os dias de hoje, além de rearranjos e trilhas originais. Resultado: uma das melhores trilhas sonoras da franquia e do ano. O tema de Gongaga é simplesmente FENOMENAL.

O único defeito de Rebirth para são são os gráficos. Não é que o jogo seja feio, pelo contrário, é bem bonito, mas eu sinceramente esperava pelo considerando outros jogos lançados anos atrás que entregaram gráficos bem mais polidos. Considero, por exemplo, os gráficos do Remake mais bonitos, mesmo com aqueles problemas graves de renderização, que inclusive, continuam no Rebirth, e parece até que estão mais frequentes. Joguei no modo performance, e os gráficos sinceramente não estavam lá essas coisas, mas nada tão grave ao ponto de tirar minha imersão, me tirar do jogo. É apenas um ponto a se destacar, mas que, na minha opinião dá para se relevar, considerando os outros 99% de acertos gigantescos que Rebirth traz.

Conclusão: Final Fantasy VII Rebirth é uma obra-prima. Um dos melhores jogos já feitos, até agora o melhor jogo da atual geração de consoles na minha opinião. Um jogo que vale cada centavo. Um pacote completo de uma história fantástica, interessante do começo ao fim, super complexa e com momentos marcantes; personagens carismáticos e cativantes que só crescem no decorrer da narrativa; uma gameplay e um combate viciantes e fantásticos que unem muita ação e porradaria em tempo real com comandos de turno; mundo aberto impressionante com regiões gigantescas e lindas de se explorar; uma exploração recompensadora; uma trilha sonora magistral; e MUUUUUITO conteúdo adicional, capaz de te prender por mais de 150 horas de gameplay.

Uma verdadeira obra-prima que não se vê todo dia.

Nota: 12/10

Persona 3 Reload é FENOMENAL, um dos melhores jogos de 2024. Se tornou meu 2º persona favorito da franquia, atrás apenas do Persona 5 Royal.

Persona 3 Reload merece todos os méritos de levar para gerações atuais uma história fantástica, com personagens interessantíssimos, e mensagens lindas sobre a vida (e a morte). Foi meu primeiro contato com o Persona 3, não joguei as versões FES, Portable, etc, mas pelas gameplays, dava para ver que era um jogo com mecânicas e jogabilidade no geral bem datadas, apesar da história fantástica.

A versão Reload leva esse jogo fantástico para as novas gerações de consoles, com aprimoramentos gráficos e de gameplay que melhoram MUITO a vida útil do jogo, além do fator replay.

A história desse jogo me surpreendeu muito, e se tornou uma das minhas favoritas da franquia, superando a do Persona 4 e batendo de frente com a do Persona 5, minha favorita. Toda a história por trás das sombras e da Hora Sombria, o papel dos personagens (especialmente do protagonista) no que está acontecendo, os (enormes) plot twists, tudo isso contribui para uma narrativa muito bem escrita e interessante. E o final desse jogo, meus amigos, um dos melhores e mais emocionantes que já vi.

Gosto de pensar que todo jogo de Persona tem uma grande temática por trás. Persona 5, para mim, é sobre Sociedade. Persona 4, sobre a busca pela verdade.

Já o Persona 3, fala sobre morte. Fala sobre o sentido da vida, sobre a importância de viver e ter um propósito, e de cultivar as relações mais importantes para você, quem amamos. Não é à toa que o jogo tem uma pegada mais "dark" do que outros Personas, com vários acontecimentos chocantes e de partir o coração, mas a mensagem final do jogo, é magnífica. Assim como nos outros jogos, eu chorei com Persona 3 Reload, mas parece que neste jogo específico, os momentos emocionantes me impactaram um pouco mais.

Sobre os personagens, assim como em outros jogos da franquia Persona, são muito interessantes no geral. Claro que, novamente, assim como os jogos anteriores, não são todos os que vão roubar nossos corações (Rei Gourmet, por exemplo, terrível), mas os creio que a maioria são interessantes.

P3 Reload tem talvez o MELHOR social link que já vi na franquia: Akinari, que fica disponível perto da metade do jogo, aos domingos, na região do Santuário. Eu recomendo fortemente que vocês façam o Social Link dele, pois é não só um dos melhores do jogo, mas talvez de toda a franquia. Um dos momentos que mais chorei jogando o game foi com ele.

Os personagens principais da party são fantásticos em Persona 3 Reload, profundos, com várias camadas, e desenvolvimento.

Destaque para Aigis, minha personagem favorita do jogo todo, que cresce cada vez mais no último terço do jogo; Yukari, que tem uma importância gigantesca na história e evolui muito ao longo do game; Junpei, que tem a melhor evolução do jogo inteiro, a ponto de eu começar odiando e terminar amando; e Koromaru, talvez o melhor "membro pet" de toda a franquia.

Preciso falar também sobre o protagonista, popularmente conhecido como Makoto Yuki. Admito que, até quase metade do jogo, achava ele bem sem graça, inferior a outros bem mais carismáticos, como Joker de P5 e Yu de P4. Mas depois que é revelada a história de Makoto, e a importância dele para o que estava acontecendo na trama, ele cresceu muito para mim, e não parou de crescer até o final, se tornando meu segundo personagem favorito do jogo, atrás apenas de Aigis. Sem entrar em maiores detalhes, mas o arco final do jogo mostra que Makoto é um grande personagem, um grande protagonsta, um grande amigo.

A gameplay e o combate de P3 Reload estão fantásticos. A Atlus pegou diversos elementos do combate de Persona 5, que eu amo, e colocou no Reload, e o resultado é um combate muito mais fluído do que a versão original, muito mais satisfatório e com mais possibilidades. Destaque para as trocas de personagens e os golpes especiais com Teurgia, extremamente satisfatórios e lindos de se ver. Dá vontade de usar todos os membros da party, e é difícil depois de um tempo montar seu time titular, pois gostei muito de usar todos eles, cada um com suas particularidades e vantagens.

O Tártaro está muito melhor, mais interessante, com novos elementos de combate e exploração que incentivam o jogador a de fato querer explorá-lo. O Tártaro não está cansativo e monótono como era no Persona 3 original. Obviamente, não tem a mesma originalidade e exclusividade como os palácios de Persona 5, mas está muito mais divertido e interessante.

O jogo traz algumas mudanças em social links que conseguem valorizar mais muitos personagens, como os membros masculinos da party, com novos eventos e encontros disponíveis que aprofundam suas histórias.

Por fim, a música, que dispensa comentários. Fantástica, incrível, viciante, fenomenal, no melhor padrão Persona. O jogo traz arranjos remasterizados e modernizados de clássicos do Persona 3 original, além de novas músicas exclusivas da versão Reload, que são tão incríveis quanto. Com certeza afirmo que já é uma das melhores trilhas sonoras do ano.

Conclusão: Persona 3 Reload é um jogo fantástico, essencial não só para fãs da franquia, mas também uma ótima porta de entrada para quem nunca jogou outro jogo de Persona antes. Um jogo que passa lições importantíssimas sobre a vida e as relações com quem amamos. Uma história muito boa, com vários plot twists, personagens fantásticos, um combate maravilhoso, uma trilha sonora digna de Grammy. Conteúdo refeito e melhorado em relação ao original, e novas adições muito legais. Um dos melhores jogos do ano, e um jogo que passa a ocupar um lugar especial no meu coração.

Nota: 10/10

Uma verdadeira aula de como fazer um Remake. Final Fantasy VII Remake é um jogo fantástico.

Para quem jogou o VII original, esse Remake era algo muito esperado. Mas quando a Square Enix anunciou que esse jogo seria o primeiro de uma trilogia e que abordaria apenas a parte de Midgard do jogo, eu sinceramente fiquei preocupado. Que sorte que queimei minha língua.

Para mim, um remake bom deve não só respeitar o conteúdo original e trazê-lo para novas gerações de consoles, mas também adicionar pequenos conteúdos que agreguem à história/universo daquele determinado jogo. E Final Fantasy VII Remake faz isso com maestria.

A Square Enix conseguiu pegar as primeiras duas horas do jogo original e transformá-las em um jogo incrível de cerca de 20 a 30 horas no Remake. E isso apenas com a parte de MIdgard do jogo, com as horas iniciais do original. Mal posso esperar para ver os próximos títulos da trilogia, que em teoria trarão o "mundo aberto" do original e o jogo se expandirá significativamente. Se eles manterem o padrão de qualidade do primeiro jogo, com certeza vai ser fantástico.

Com algumas mudanças, a história do Remake é muito legal, e inclusive levanta diversas teorias da conspiração em relação aos próximos jogos da trilogia, principalmente sobre alguns acontecimentos importantíssimos do original (sim, estou falando DAQUELE momento).

A história foi expandida com novos personagens interessantes, mais missões e sidequests, e muito mais conteúdo para o jogador.

O combate desse jogo é um dos mais legais que já vi, pois consegue unir uma ação em tempo real com ações por turno. É possível, ao mesmo tempo, bater nos inimigos com os botões do controle, e também escolher golpes/ações especiais. Além disso, é incrível fazer combos com os diferentes personagens que controlamos ao longo do jogo.

O sistema de upgrade de armas é muito legal, e valoriza as particularidades e os golpes especiais de cada personagem.

Por exemplo, Cloud tem o modo Justiceiro que torna ele mais lento, mais dá muito mais dano, então dá para você aumentar o dano no modo Justiceiro. Tifa tem uma habilidade que permite ela realizar vários combos rápidos em sequência, e dá para aumentar o dano dessas habilidades. O combate é complexo no bom sentido, e extremamente satisfatório.

A trilha sonora é praticamente a mesma do original. Foi adaptada para parecer mais moderna, mas continua sendo uma obra-prima. Não é à toa que venceu o prêmio de melhor trilha de 2020.

Mas acredito que o mais mágico mesmo é ver aqueles personagens icônicos, que antes eram meio quadrados e não muito realistas, agora ultrarealistas, com gráficos ultraperfeccionistas. Os gráficos desse jogo são lindos, em alguns momentos parece até um filme com gente de verdade.

Final Fantasy VII Remake é um jogo fantástico e uma verdadeira aula de como fazer um remake, com uma história fantástica, com algumas mudanças, mas ainda sim ótima, personagens icônicos que se tornam ainda mais carismáticos, uma gameplay e um combate sensacionais e muito conteúdo para o jogador. E o melhor, abre margem para muitas surpresas positivas nos próximos jogos da trilogia. Estou extremamente ansioso para o Final Fantasy VII Rebirth.

Nota: 10/10