one night, hot springs é uma experiência doce e bem educativa. Essa Visual Novel conta uma história sobre as dificuldades de ser trans no Japão, exemplificadas pela ansiedade da Haru, a protagonista da história. A maneira que essa VN demonstra esses problemas com empatia é admirável, ainda mais que também conta como a realidade de ser trans no Japão é diferente do ocidente, algo que achei importante. Ainda é um tanto propenso a cair na armadilha de ser mais uma obra queer que educa a sua audiência de forma rogativa, mas não chegou a tirar o valor de como os problemas são retratados (eu joguei/li isso com 2 pessoas ao meu lado, e uma dessas pessoas era trans, e vi que ela ficou feliz com as representações). O melhor é que a leitura não é cansativa, tendo um bom ritmo e não se arrastando (dura quase meia hora), e obter os seus 7 finais não é complicado. Eu também gostei bastante da arte, com visuais bem fofos e charmosos. Pode ser que one night, hot springs não seja um dos retratos mais profundos desses problemas e seja algo mais educativo, mas isso não anula como mostra esses problemas com empatia e respeito, e apresentando personagens gostáveis e uma leitura agradável.

Prós: Problemas abordados com delicadeza; Conta o contexto de ser trans no Japão; Personagens gostáveis; Não arrasta; Arte fofa e agradável.
Contras: Não tão profundo quanto devia (não é necessário ele ser profundo, mas sabe né?); A versão brasileira tem alguns errinhos de tradução, mesmo que não atrapalhem tanto.

Mighty Switch Force é um ótimo Game. Seus gráficos 2D são charmosos, a trilha sonora é absurdamente fenomenal, contém Puzzles e fases bem divertidas e sua jogabilidade é muito precisa, apesar de simples. Pode ser que ele não tenha muito conteúdo, mas vale apena jogar, nem que seja por mera curiosidade e você pode achá-lo por preços baratos na E-Shop do 3DS, mas caso não tenha um 3DS, você pode jogá-lo na versão de PC ou na Mighty Switch Force! Collection, que está disponível para Nintendo Switch (um tanto quanto irônico, considerando que a palavra Switch está presente no nome do Game), PS4, Xbox One e PC.

Prós: Os gráficos 2D tem o seu charme; A trilha sonora é fenomenal; A jogabilidade é simples e precisa; O Level-Design e os Puzzles são bem feitos.
Contras: Fator Replay fraco.

PS: Essa review foi escrita antes da Nintendo não disponibilizar mais compras na E-Shop do 3DS, ou seja, em 2020, é por isso que o comentário sobre a E-Shop nela não envelheceu bem.

Might Switch Force 2 também é um bom jogo. Os pontos fortes do primeiro jogo também se aplicam na sequência, como os gráficos charmosos, trilha sonora fenomenal, jogabilidade precisa, Level-Design bem construído e Puzzles bem elaborados. Os pontos fracos do 2 são o fator Replay ser mais fraco que o do 1, e basicamente ser mais do mesmo. Se quiser um jogo rápido para passar o tempo, Mighty Switch Force 2 é uma opção válida e você pode encontrá-lo por preços relativamente baratos na E-Shop do 3DS ou até na Mighty Switch Force Collection no PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch (que irônico).

Prós: Os gráficos 2D continuam sendo charmosos; A trilha sonora é tão fenomenal quanto a do primeiro; A jogabilidade ainda é simples e precisa; O Level-Design e os Puzzles continuam sendo bem elaborados.
Contras: O fator Replay é mais fraco que o do primeiro; Mais do mesmo.

PS: Sim, essa review também foi escrita no mesmo ano que a do primeiro, e novamente, o comentário da E-Shop envelheceu mal.

Pump It Up Zero Portable é um port até que competente do Arcade pro PSP. Adoro a franquia Pump it Up e ter jogado games dela nos Arcades foi o que me fez despertar o meu gosto por jogos de ritmo. Os jogos que tiveram ports pra consoles são poucos, sendo estes apenas o Exceed e o Zero, e como nem sempre posso ir pro Shopping jogar no Arcade, jogar no conforto da minha casa parecia ser uma boa pedida. A jogabilidade já é o típico dessa série, com as notas aparecendo e você precisando apertá-las na hora e certa, e os comandos respondem bem aqui. Por mais que eu sinta falta do Dancepad, reclamar disso é injusto por ser um jogo de PSP e consegui me acostumar de boa. Mesmo não tendo muitos modos, Zero Portable traz formas de customizar as partidas que não possíveis nas versões de Arcade, como ter uma partida onde as notas ficam invisíveis, tem o dobro da velocidade e as posições invertidas, e até divertido testar essas customizações. As músicas também já são de praxe dessa série, com K-Pop, as músicas originais da Banya e músicas não coreanas, incluindo idiomas como inglês, francês, espanhol e até português. Eu gosto de suas músicas e me divirto ao ouvi-las, mesmo com algumas sendo um tanto qualquer coisa. De problemas a ressaltar, é que a seção de música Pop (não a de K-Pop, não confunda) é ridiculamente pequena e os preços dos itens da lojinha são altos demais pro pouco de pontos que você ganha nas partidas. Pump It Up Zero Portable pode não ser o mais polido e inovador jogo de ritmo, mas é aquele típico arroz com feijão do gênero que me satisfaz, e com a gratidão que tenho pela franquia, celebro a competência dessa versão portátil de bom grado.

Prós: Músicas boas; Controles responsivos e bem adaptados pro PSP; Jeitos diferentes de customizar as partidas; Bom desafio; As transições e a interface até que são legais.
Contras: Os videoclipes são 8 ou 80 (se bem que esse é um problema da franquia inteira); Seção de música Pop minúscula; Preços dos itens da loja são altíssimos.

Soul Eater - Battle Resonance é um jogo de luta de Anime onde as palavras chave são incompetência e economia de trocado. Mesmo tendo o charme da obra original, não é o suficiente para salvar o resto. O combate, apesar de que dá para se acostumar com ele, de boa, não o torna bom devido ao quão travado e limitado é o seu funcionamento. Além disso, as animações são péssimas, a trilha sonora tem discrepâncias em cada área e há pouco conteúdo para desfrutar, com a falta de um modo de treinamento sendo o pior pecado possível. Talvez até possa te divertir um pouco se for fã da franquia, mas mesmo assim, ele não oferece muito de substancial. Além disso, focar tanto em trazer referências para os fãs ao invés de oferecer uma gameplay competente é justamente o seu maior problema.

Prós: Até que tem um pouco do charme de Soul Eater; Não é injogável.
Contras: Animações duras e sem vida; Bagunça no áudio; Jogabilidade travada; Pouco conteúdo e ausência de modo de treinamento.

Caso queira a versão completa dessa review, aqui está o link: https://yansergamer94.blogspot.com/2022/10/survival-mode-especial-soul-eater.html

Project Kat é um jogo aceitável, mas não chega a ser grande coisa. Esse é mais um daqueles típicos jogos de terror de RPG Maker que tem aos montes, e não há tanto nesse jogo que se destaca dos demais. Ele me lembrou um pouco Escaped Chasm, no sentido de que ambos foram demos para projetos maiores, e que tem uma história vaga que não dei a mínima por ser mal desenvolvida (além de durar bem pouco). Apesar disso, teve algumas coisas legais nele. O visual é até charmoso e tem uma pixel art bem feita, e o estilo anime das personagens é até competente, mesmo não sendo muito inovador. O que mais chama atenção, é que mesmo com a curta duração, tem um sistema de rotas alternativas um tanto robusto, com cada uma se diferenciado substancialmente e sendo recompensadoras de encontrar (8 no total). Em relação ao terror, é bem qualquer coisa, com métodos meio genéricos, e mesmo se eu não tivesse a minha apatia por terror no geral, não me surpreenderia. Project Kat é um projeto interessante, demonstrando uma competência decente, e mesmo sendo um passatempo aceitável, não é nada além disso.

Prós: Visuais charmosos; A trilha sonora é decente; As rotas alternativas são um tanto robustas pra um jogo desse calibre.
Contras: História mal desenvolvida; Terror genérico.

Evergreen Blues é um jogo bem único, mesmo que não pareça ser grande coisa de início. Dos jogos do David Su que joguei, esse é o mais diferenciado entre eles, pois não é um Walking Sim musical. Eu não sei como descrever o gênero desse game, é quase parecido com um daqueles jogos de escolhas narrativas, só que não há finais que são influenciados por suas escolhas e tudo que você faz é escolher pra montar a letra da música. Talvez seja um simulador de composição musical, mas você não cria a música, só escolhe a letra dela. Independente de como se categoriza o gênero, os focos dele são a narrativa e a música. A sua narrativa é sobre a relação dos artistas com sua audiência, mas ela é contada de forma abstrata e minimalista, o que não irá agradar todo mundo. A sua mensagem já foi esclarecida pelo criador, mas isso não significa que não esteja aberta para interpretação. Mesmo com a mensagem esclarecida, o jogador interpretará de diversas formas, não só pelo que vê na narrativa, mas pela gameplay, pois escolher como será a letra é uma forma de dar sentido no que vê, podendo ser otimista e inspirador ou cínico e pessimista. A música também é muito boa, com uma cantora de bela voz e a instrumentação combinando com sua beleza. Evergreen Blues é uma experiência única, mas por ser um jogo cult diferenciado, sei que terá gente que não irá gostar dele e o tachará de pretensioso, mas quem estiver em sintonia com ele, encontrará uma experiência breve (dura 11 minutos), mas bem agradável.

Prós: Uma mensagem interessante sobre artistas e audiência; Sua gameplay está em sintonia com o fato de ser aberto para interpretações; Música bela; Agradável em sua brevidade.
Contras: Nada que tenha me incomodado substancialmente.

Shovel Knight é um Game espetacular. A Pixel Art dos gráficos é bem feita, a trilha sonora e jogabilidade são excelentes, a construção das fases é absurda de tão bem feita e a dificuldade é bem balanceada. Para qualquer um que tenha PC, Wii U, 3DS, PS3, PS4, PS Vita, Xbox One ou Switch, recomendo jogar. Perdoem-me se eu estiver puxando saco demais desse jogo, é normal ficar extremamente entusiasmado(a) quando gostamos de algo e daí as nossas atitudes acabam ficando tendenciosas.

Prós: A Pixel Art é bem feita; Trilha sonora 8-bits de alta qualidade; Jogabilidade excelente; Level-Design magnífico e cenários bem diversificados; As batalhas contra os chefes são empolgantes; O sistema de feitos acrescenta um pouco de fator replay; Até que os códigos são divertidos.
Contras: Eu não nego que ele tem os seus problemas, como a maioria dos itens não serem tão úteis quanto deviam (culpa da Phase Locket ser desbalanceada demais) e boa parte dos golpes e armaduras extras serem quase inúteis, mas o meu amor por esse jogo é tanto que esses problemas não importam pra mim.

Garden Song deixou um pouco a desejar, ainda mais se comparado com o outro jogo do David Su que joguei, o Metamorphosis of M Dolly. A sua direção de arte não só confunde a jogatina, mas é feia e com pouco charme. Esse ponto parece uma crítica inválida, por conta de como os Walking Sims funcionam, mas aqui, a interatividade não importa. Nos outros jogos do David Su, a jogabilidade mínima de um Walking Sim era complementada com uma música adaptativa que desenrolava ao chegar do ponto A ao B, e em Garden Song você pode ficar perambulando ou fazer absolutamente nada e vai dar tudo na mesma, e nem perambular é satisfatório, já que a movimentação é lenta demais. Já a música, é até legalzinha, mas devo reduzir uns pontinhos por não ser original do jogo e ser de terceiros, ainda mais porque Garden Song é o nome de uma música da cantora Phoebe Bridgers, e é essa mesma música que toca nesse jogo. Garden Song pode não ser uma baita atrocidade, mas deixa bastante a desejar comparado com os seus outros trabalhos.

Prós: A musica até que é legalzinha... ; Aprecio que a letra da música apareça em algumas partes do cenário (mesmo sendo fluente em inglês, ainda tenho mais facilidade pra ler do que escutar).
Contras: ... Apesar de ser meio decepcionante que não seja original; Direção de arte feia e confusa; Movimentação lenta; Não aplica tão bem a ideia de um Walking Sim musical.

And the Band Begins to Play é bem bonitinho. Talvez esteja mais pra uma história interativa do que um jogo, mas chamo de jogo só pra simplificar. Ele conta uma história simples, mas melancólica sobre viver em meio a pandemia. É super curta (termina em menos de 5 minutos) e não muito ambiciosa, mas é bem sincera na forma como é contada, e é surpreendentemente esperançosa pra esse tipo de história. Além do mais, é uma enorme referência de Beatles, tipo, o cenário é literalmente um submarino amarelo e a letra da música aparece nos diálogos. Algo que fiquei confuso, é a sua falta de áudio, porque não sei se foi preguiça ou uma decisão artística feita pra narrativa. Esta é uma experiência bem interessante e relacionável pro que se passa, e caso queira experimentar, você pode jogá-lo pelo navegador.

(desculpe, mas não irei colocar o meu negócio de Prós e Contras, não acho que serve bem pra esse jogo)

Tales of Eternia é um JRPG decente. O que ele peca na história e na trilha sonora, brilha no combate, que foi melhorado em relação aos anteriores, graças à movimentação mais natural e às estratégias aumentadas. Não recomendo para qualquer um, já que JRPG é um gênero de nicho e o jogo é meio datado, mas se você aprecia esse tipo de jogo e não se importa se estiver datado ou não, vá em frente.

Prós: O sistema de combate é bom; O sistema Craymel Cage é legal; Os mundos são relativamente interessantes (especialmente Celestia); Comparando com a versão de PS1, os Loadings são mais instantâneos e não precisa trocar de disco.
Contras: A história é fraca; A trilha sonora é sem graça; Os inimigos conseguem ser um saco de lidar nesse jogo.

Toy Story 3 é péssimo na sua versão de DS. Os gráficos são feios, a trilha sonora é uma bagunça na qualidade, a jogabilidade é lenta e travada, as fases e objetivos são um tédio total e os Minigames são insuportáveis. Eu posso dizer que ele é bem fiel ao filme, mas tacar um Script bom numa apresentação tão robótica o tira de sua alma. Esse é um dos Games mais tediosos que joguei na minha vida e até admito que pausei o jogo só pra fazer coisas bem melhores e aliviar o tédio frustrante que sentia (até com o Aquaman do Gamecube fiquei mais motivado em zerar). Este é um dos piores jogos que joguei na minha vida e é melhor assistir o filme, ou talvez jogar a versão para os consoles de mesa da época.

Prós: É fiel ao filme... ; Até que as músicas conseguem ser boas...
Contras: ...Mas não deixa de ser sem alma ; Os gráficos precisavam de mais polimento, além de serem feios; ... Mas não salvam a bagunça que é a trilha sonora; Controles Duros; Fases e Minigames tediosos; Má utilização de personagens.

Devil Survivor 2 não é ruim, mas comparando com 1° jogo, deixa um pouco a desejar. O maior problema dela é a sua história, por ela ser mais superficial e com menos alma do que o 1° (cuja história era excelente), além de ter personagens mais desinteressantes (só gostei de 2) e piadas sem graça. A sua direção de arte é inconsistente, tendo designs questionáveis, fontes feias e difíceis de ler, mas uma interface legal e com foco em belos tons de azul. Os maiores pontos fortes são as músicas boas e melhorias na gameplay que tornam ele mais gostoso de jogar. Eu também achei ele mais difícil do que o 1°, o que não é necessariamente melhor ou pior, isso só me incomodou pela tela de game over, que é desnecessariamente longa e impulável. Apesar das minhas ressalvas e reclamações, a minha experiência até que valeu um pouco a pena.

Prós: Boa trilha sonora, gameplay melhorada, boss fights melhores, e dificuldade desafiadora.
Contras: Enredo superficial, a direção de arte é uma bagunça e tela de Game Over impulável.

The Ballad of the Metamorphosis of M. Dolly foi um game interessante pra mim, já que eu nunca tinha jogado um Walking Sim antes e ter achado um que seja gratuito, curto (dura 2 minutos) e um jogo 3D que o meu PC aguente, foi legal. Além de um Walking Sim, ele também é um musical, significando que a jogabilidade é andar do ponto A ao B e a música se desenrola ao chegar nos pontos, e além dela ser boa, conta uma história levemente cômica e macabra, mesmo que não muito profunda. Os pontos fracos são; a direção de arte, mesmo sendo charmosa pode acabar confusa pra jogatina no início, e mesmo proposital, sua jogabilidade ser tão mínima significa que ele pode ser experienciado assistindo uma gameplay no Youtube sem consequência, mas jogá-lo também não detrai a experiência. Este jogo tão curto e experimental, pode ser não ser tão profundo, mas cumpre bem o que faz, e caso queira algo pra passar o tempo, é uma boa pedida.

Prós: A música é bem legal; A direção de arte tem o seu charme... ; Consegue ser cômico e macabro relativamente bem; A ideia de um Walking Sim musical é muito boa.
Contras: ...Mas pode ser meio confusa; Dá pra assistir gameplay no Youtube sem perder nada (mesmo que isso não seja necessariamente ruim).