"I wonder when Uncle Gael intends his return. I hope the new painting will be to him a gentle home. My thanks, Ashen One. I will assuredly finish the painting.Of a cold, dark, and very gentle place. One day, it will make someone a goodly home."

Ao mesmo tempo que eu jogava Dark Souls 3, eu estava lendo "A Metamorfose" de Franz Kafka, o que me levou a refletir que suas mensagens se equivaliam em certo ponto. Ambos se aproveitam da ideia de que nenhum ser ali é especial, no jogo somos apenas mais um, ressuscitado para fazer um trabalho como qualquer outro, que muitos fizeram e muitos farão pela eternidade. Se deixarmos o jogo, não há problemas, afinal, a vida segue, o fogo continua queimando, pois outro o apagará. Assim como, mesmo um provedor de família como Gregor Samsa, não é especial, no capitalismo ele continua um trabalhador como qualquer outro em qualquer esquina.
Mas o que acontece se decidirmos SER essa pessoa?
Bom, isso tudo depende da sua escolha. Você vai apenas fazer seu trabalho como qualquer um? Ir até a chama e conecta-la novamente, continuando a era do Fogo assim como milhares antes de você. Ou então você se aventurará por esse mundo destruído, por passagens secretas e chefes opcionais, afim de encontrar um novo motivo para aquilo tudo? Talvez trair seus princípios, forjar novos, roubar o fogo para si, ou então, ajudar um velho amigo a se sacrificar por um novo mundo, frio, escuro, e muito gentil...
No fim é você que decide o que essa história significa para você.

"Vocês sempre focam no segundo ato, e negligenciam o final."

O que infelizmente, e até de uma maneira metalinguística, acontece aqui também, um jogo tecnicamente primoroso, que consegue colocara mitologia nórdica em mídia de uma forma magistral, com um segundo ato de se invejar, porém que peca justamente em seu grande clímax: o Ragnarök.
Algo que infelizmente continua a acontecendo com grandes jogos, mesmo quase uma década após The Witcher 3, que para mim é um expoente desse fator. Jogos grandiosos até demais, que chegando perto de seu prazo, passam a ter um final completamente corrido, com uma guerra que dura pouco mais de 30 minutos, e deveria ser o ápice dessa mitologia.
No fim, o jogo ainda se mostra uma grande evolução dessa formula, apesar de suas Grandes Lutas não serem tão grandiosas quanto eram no primeiro, o jogo se mantém sólido, interessante, e abarrotado de conteúdo (por bem, ou por mal).

Ainda bem que eu não comprei esse jogo

"You're always late Kiryu-san"

Yakuza 4 se mostra como um dos pontos baixos da franquia, porém também um respiro, conhecer e jogar com os novos protagonistas era uma experiência necessária para a série, e nesse quesito esse jogo é fenomenal. Shun Akyiama e Masayushi Tanimura são carismáticos e mostrar partes de Kamurocho e do universo do jogo que Kiryu não consegue mostrar. Enquanto isso, Saejima retoma o papel de Kazuma e mostra a perspectiva de um Yakuza lendário como ele, porém que não é aquela figura estoica e calma, Taiga sente, chora, clama por ajuda, é um exemplo da honra que vem sendo perdida no submundo japonês.
O quarto jogo da franquia porém, não é perfeito, sua jogabilidade se mostra datada, e sua história abrange um escopo maior do que deveria. Esses detalhes porém não diminuem a grandiosidade do passo que a RGG Studios deu com essa expansão da série, um jogo extenso, porém lindo nos seus detalhes e personagens.

"Don't you see? Humans by nature are selfish liars. No matter how many claim loyalty to the cause, they'll all abandon ship sooner or later. Living through that reality made me wonder: Does friendship truly exist? Is loyalty just a unreachable ideal?"

Toda a jornada de Yakuza 3 é nada mais que uma resposta ao questionamento final de Mine, todos os momentos que Kiryu passa ao lado de suas crianças, ao lado de Rikiya, Nakahara e toda a família que ele forma em Onikawa, mesmo sendo um estranho por aquela terra. Kiryu sorri, mesmo após uma vida cercada de mortes e tragédias, pois seu objetivo vai além de ter fama ou sucesso. O protagonista sai do mesmo lugar que Mine, como um orfão, com uma figura paterna que um dia vem a falecer, porém, diferente do antagonista, Kazuma encontrou pessoas que o amavam e formou laços com elas, enquanto Yoshitaka confiava apenas no dinheiro e seus relacionamentos pautados por interesse. Sua frase final resume sua vida e talvez até represente os jogadores, que foram fisgados por essa saga e evoluíram observando esses personagens.
"Kiryu, eu queria poder ter te conhecido antes, realmente queria"
"Talvez em outra vida"

"Until they getting to know the real you, stereotipes don't mean much"

Yakuza Kiwami 2 divide opiniões, onde por um lado seus gráficos estonteantes e sua complexa e tocante história sobre família, laços, o submundo do crime e a honra de um guerreiro te levam a se emocionar e elevam o patamar do jogo como narrativa, sua jogabilidade travada, repetitiva e maçante vem como contraponto mostrar a evolução contrária da RGG com os jogos da franquia, com uma Dragon Engine ainda muito crua, dura e até amadora. No fim é uma experiência cansativa, que acaba por valer a pena em sua totalidade, com momentos marcantes como a relação de Kaoru com Kiryu, além de personagens cativantes como o conhecido Goro Majima e o dragão dourado que rouba a cena: Goda Ryuji.

Sony Pictures Entertainment Game
mais um exclusivo da Playstation que se mostra extremamente competente em ser um bom jogo, porém que ainda falta O MOLHO para ser 5 estrelas.
No mais é um upgrade enorme do primeiro game, em história, ambientação, conteúdo secundário e desenvolvimento de personagem.

"Don't you have something left to fight for? Don't you have someone precious to protect?"

Uma história de dois irmãos, aquele que foi predestinado a conquistar tudo, mas que no fim não queria nada, e aquele que foi destinado a viver em segundo, mas que no fim teve fome de tudo, o rei que não desejava o trono e o príncipe que faria de tudo para consegui-lo.
Ainda em 2023 a história em jogos esta em sua maturidade, imagine em 2005, onde essa mídia ainda engatinhava, porém mesmo com seus defeitos de época, Yakuza Kiwami, recriação do original de PS2, se mostra uma novela profunda, sentimental e sólida em seu objetivo. Levando a ambientação de Kamurocho e a jornada de Kiryu ao coração do jogador, que sente, vive e respira como um dragão, como Kazuma e como Nishikiyama.

"I'll let you in on a little something. The yakuza game, it's not like boxing. The man who gets beat down isn't the loser. The guy who can't tough it out to the end, he's the one who loses."

De volta aos anos 80, com cabarés, disputas imobiliárias e muito, MUITO dinheiro. Yakuza 0 conta o inicio da jornada de Kiryu, além de apresentar os jogadores a exclusiva origem de Goro Majima, que rouba os holofotes com suas piruetas, facas e depressão, se tornando um dos personagens mais bem escritos da mídia.

“Once you’re at rock bottom, the only way forward is up. But the bottom doesn’t have to be all dark and gloomy. If you can stand and look up, you’ll see the light of hope there.”

Yakuza: Like a Dragon é um grande alívio no mundo dos jogos, um jogo que não tem medo de parecer um jogo, que não tem medo de ser engraçado, tosco e não tem medo de usar seus clichês a favor da narrativa. Um jogo com personalidade que te carrega pela imaginação de seus personagens, principalmente a estrela principal, Ichiban Kasuga, o homem com o mais puro dos corações, uma criança crescida que vai fazer você acreditar em suas loucuras e sempre se levantar com seu alto astral. Kasuga tem o carisma do herói e é um diamante brilhante envolto em lama dentre os protagonistas, e toda a ambientação em torno do jogo te leva a pensar a mesma coisa. É nessa obra-prima que nao tem medo de se mostrar onde começa a jornada, não tão prestigiada ou elegante, da ascensão do Dragão do Fundo do Poço.

2015

Um jogo de WiiU
Joguei 3 vezes pela platina
Chato, repetitivo, mas o background é daora devo admitir

Um jogo com uma historia incrível, porém com uma jogabilidade e menus que envelheceram mal, com algumas mecanicas que não são nem cogitadas hoje em dia. De qualquer forma, é uma platina divertida.

Apesar de uma historia mais simples, apresenta uma gameplay aprimorada do primeiro jogo, porém é um conteúdo que deveria ser DLC, não faz sentido isso ser um jogo solo.

Muito divertido, simples e inofensivo, um jogo de teste para a experiência PS5 e é isso.

O queridinho do publico, o jogo mais amado de todos e com razão, apesar da idade envelheceu estupendamente bem e continua divertido e incrivel ate hoje