Carlos - 26y | PT-BR//ENG
Xbox: Hunyoshi
Steam: Hunyoshi
PSN: Hunyoshi
Só um cara que gasta o tempo livre jogando, assistindo animes, filmes, lendo mangás, basicamente tudo que um nerd gosta, pago de anti-social mas sou ótimo em me comunicar... fazer o que. Gosto muito de conversar sobre jogos, então tô sempre disposto a trocar uma ideia.
Eu gosto de praticamente todos os genêros de jogos, mas sempre estou atrás de um bom plot. Atualmente narrativa e história são pontos cruciais pra mim. Tenho um carinho especial por RPGs e fighting games e apenas marco em ''Played'' os jogos que zerei. Minhas notas não tem um padrão específico, então quase sempre vai ser com base em como foi minha experiência. Acho que é isso, valeu por clicar! =)
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Tekken 8 deu uma goleada no MK 1, e isso fora o baile. Apesar de pioneiro, uma coisa que sempre me incomodou nos Story Modes de MK é o fato de como o roteiro é limitado e prejudicado pelo fato de cada capítulo ser atribuído a um personagem e a um número X de lutas. Isso prejudica muita coisa e limita muito em como as resoluções são concebidas, e graças a isso já rolou muita porcaria. Tekken 7 fez um bom Story Mode cinematográfico sem essas amarras, mas Tekken 8 elevou isso a estratosfera, as lutas que rolam são de acordo com o que o roteiro exige pra seguir adiante com a história e ainda vai além, o storytelling também é presente nas lutas, seja pela gimmick, trilha sonora ou diálogos, a história também está sendo contada no gameplay e Tekken 8 faz isso de forma exemplar e empolgante, tendo custcenes de tirar o fôlego junto das transições incríveis de CGI pra gameplay.
Ryu, Sol Badguy, Kyo Kusanagi são alguns dos protagonistas de fighting games que tiveram seus arcos devidamente fechados, e o Jin era um dos que faltavam, sempre de escanteio e tomando overshadow do Kazuya, Heihachi, e em certo momento até do Lars. Com o palco sendo preparado há mais de 20 anos, o homem teve seu momento, com um crescimento e amadurecimento emocionantes que eu realmente não esperava ver. Cada callback e referência a coisas do passado são de tirar sorrisos do rosto, e seu último capítulo me tirou gritos de empolgação como se eu fosse uma criança jogando Tekken de novo, me fazendo lembrar de toda a trajetória que tive com essa franquia desde que era pirralho, seja de quando joguei Tekken 3 pela primeira vez e ficando encantado com tudo que o jogo oferecia, ou quando vi Tekken 5 aos meus 12 anos tendo aquelas CGs de outro mundo pra época, Tekken 8 me fez sentir algo com essa franquia de novo, nessa caso uma celebração de ver depois de tanto tempo esse arco encerrando, e de celebrar essa franquia que faz parte da minha vida desde sempre... cara como eu amo Tekken.
O gameplay é simplesmente perfeito. Tekken na minha opinião sempre foi inigualável como jogo de luta 3D. A adição da barra de heat caiu como uma luva, trazendo um novo dinamismo a um jogo que já era cadenciado, sendo bem equilibrado e sempre convidativo a novos jogadores. Os cenários são belíssimos e os sound effects são deliciosos de ouvir, cara, não tem o que dizer, é peak.
Hora de treinar muito e jogar ranked, já que Tekken voltou com tudo. Tekken 8 tem bastante conteúdo single-player, embora eu não seja fã do esquema "live service" pra um jogo de luta, e ainda menos do fato do jogo ter algumas skins clássicas pagas na loja in-game, mas hoje em dia as coisas são assim e não acaba manchando um jogo de primeira grandeza desses. Tekken 8 me fez sentir como um moleque que ama jogar videogames de novo, deixando a empolgação e emoção rolarem soltas, e esse é um lado meu que eu jamais quero perder.
Meu primeiro contato com a franquia foi o MK: Trilogy de PS1 seguido pelo incrível (pro meu eu de 7 anos) MK: Mythologies Sub-Zero, acredito que esse seja o motivo de eu ser tão fã do personagem, inclusive preciso pegar algum dia pra zerar essa pérola, já que eu só apanhavakk, então apesar do meu primeiro videogame ter sido o Mega Drive, eu não joguei nem vivenciei o auge desse jogo, já que nem era nascido ainda. A estética edgy e violenta é o que tornou a franquia famosa, e muito da memória afetiva vem da violência e do fato dele ser um sucesso nos arcades, seja jogando com os colegas ou só vendo o sangue jorrar na tela e ficando encantado. Muita gente tem a nostalgia e memória afetiva dos primeiros jogos da franquia baseados nisso, porque esse rapaz aqui no single-player... meu Jesus Cristo, é uma experiência pra dizer no mínimo.
O gameplay é extremamente datado e obviamente não flui bem, sendo bem travado, e hahaha é uma pena que o MK II tenha uma IA que prevê cada movimento seu. O bizarro é que as vezes ela simplesmente desliga, você acerta uns 3 golpes e acha que vai vencer o round e do nada ela vira, desviando e bloqueando de tudo com uma precisão e reflexos que só uma máquina poderia ter, mas assim que você aprende a lidar com ela na base da maldade... fica mais fácil. A luta com o Kintaro...ficou facil depois do cheese, Shao Kahn idem. Não é como se existissem combos e ainda contando com uma IA acertando e desviando de tudo com uma precisão pixel perfect, o que resta é abusar dela. Mesmo com esses contras, até que gostei mais do que esperava, as lutas do meio da torre pra frente viram literalmente um Dark Souls de luta, saber a hora de pular e acertar o chute forte com pulo e queijar a IA, ou congelar com o Sub-Zero quando ela não desviar de todos os seus projéteis. O bizarro é que mesmo no easy parece que a dificuldade é resetada passada algumas lutas, então no fim a dificuldade é redundante. Eu testei as versões de Mega Drive (a que zerei), SNES, Sega 32X e uma versão de PlayStation que só foi lançada no Japão da qual eu não sabia da existência, graficamente a de PS1 é melhor, mas tanto ela quanto a de SNES só oferecem 5 continues pro jogo todo, enquanto a do Mega é bem generosa com seus 30, e já que eu sou bem orgulhoso pra usar save states salvo casos extremos, zerei nela.
MK II é mais um fenômeno cultural do que um jogo bom em si, os cenários, personagens e trilha sonora são incríveis então vale a conferida, seja por curiosidade histórica ou pra zoar com os amigos.
O jogo tem um pace bem lento, as vezes lento até demais pro meu gosto, mas tudo é trabalhado muito bem, sem deixar nada a desejar ou deixar de contar algo de forma que tire o impacto que poderia ter. Os personagens são simplesmente maravilhosos, e o quanto eles crescem durante o jogo é algo lindo de se ver. Não tem um arco que fecha no meio, todos aprendem até o último ato. Os Social Links como sempre foram incríveis também, esse aspecto da franquia eu simplesmente adoro. Eu acho que a trama é mais carregada pelos temas e personagens que por reviravoltas mirabolantes, mas no fim acabei gostando bastante. O gameplay é simplesmente fantástico, ter jogado isso aqui no hard trouxe uma experiência de RPG de turno maravilhosa, cada chefe e mini-chefe trouxeram um desafio super bacana e apesar de não ter sido um grande fã do Tártaro em si, tudo que rolou durante o combate me agradou muito, então nem dei bola de estar subindo pelo mesmo ambiente repetitivo por horas com aquela música enjoativa.
A morte, ou a perda de um ente querido é assunto delicado, complicado, e dificilmente sabemos qual a resposta certa pra lidar com esse tema. Eu já passei por isso, e até hoje não sei bem a resposta, a dor nunca some, mas aprendemos a lidar com ela. Honrar a pessoa e tentar ser o melhor que posso é o suficiente? Um dia todos vamos morrer, isso é inevitável, então que devemos fazer? Qual nosso objetivo, nosso propósito? Sendo bem sincero eu ainda não sei qual é o meu, mas a vida é curta e preciosa, e ficar sozinho é a pior coisa que pode acontecer. A dor da perda é difícil, mas pior que isso é nunca ter sentido nada por alguém. A dor só prova que já sentimos uma felicidade que mostra o quão preciosa é nossa vida. O mérito de estar vivo é o bem mais valioso de todos, e devemos aproveitar a vida sem arrependimentos. Persona 3 é maravilhoso em seus temas e personagens, pegou forte no coração.
Uma história brilhante com personagens incríveis, que apesar do pacing bem lento, acertou muito em seus temas e tendo um desfecho de arrepiar. A perda é difícil, mas todos devemos tentar dar nosso melhor sempre, afinal mesmo não que tenha achado seu propósito na vida, tá tudo bem, pois o simples fato de estar vivo é o bem mais precioso de todos e cada vida importa.