Certamente um jogo de poker para o Fairchild.

Certamente um jogo de boliche para o Fairchild.

Certamente um jogo de baseball para o Fairchild.

Certamente um jogo de gamão para o Fairchild.

Isso é certamente um clone de Space Invaders para o Fairchild Channel F.

Isso é certamente um jogo de drag racing para o Fairchild.

Isso é certamente um game de desviar coisas do Fairchild Channel F.

Certamente um jogo de forca para o Fairchild Channel F

Certamente um jogo de "Adivinhe o Número" para o Fairchild Channel F.

Certamente um jogo de battleship para o Fairchild Channel F.

É certamente um clone de Breakout para o Fairchild. Bem, pelo menos tem um modo multiplayer interessante.

Recentemente comprei um Miyoo Mini+, e ele roda nativamente jogos do Pico-8. Dei uma zeradinha em Celeste para testar. Bem, legal – tanto o jogo quanto o aparelho.

Para a minha surpresa, New Super Luigi U é um game essencialmente novo, não um mero remix de New Super Mario Bros. U como eu temia. Os assets e os temas dos mundos são os mesmos, mas os níveis são completamente originais - e, criticamente, bem melhores do que na campanha original de Bros. U.

O ritmo é mais frenético, com um limite de 100 segundos para concluir cada fase (apesar de que os segundos de Luigi são maiores que os de Mario; ainda assim, é um tempo mais curto). Com isso, os níveis são bem mais direto ao ponto. O padrão de lentamente introduzir uma nova mecânica ou gimmick e reiterá-la repetidamente é quebrado, com novas ideias sendo usadas de forma rápida e o desafio às vezes te pegando de surpresa, sem preocupações em te dar tempo para se acostumar. Some a isso os controles contraditoriamente ao mesmo tempo mais imprecisos e perdoáveis do Luigi (ele parece que tem sabão nos pés, mas pula mais alto e pode até flutuar um pouco), e temos o platformer mais intenso que qualquer um da série New Super Mario Bros - e, ouso dizer, o melhor!

... O que nos dá uma idea do beco sem saída que essa série se encontrava. Se esse era o melhor e mais criativo que Mario 2D conseguia ser desde o SNES, o negócio tava tenso mesmo. Ser perfeitamente competente e razoavelmente divertido é pouco demais para os padrões de Mario.

É preciso fazer muitas concessões à Mega Man X6 para se gostar dele, mas há o que se gostar. Jogá-lo com o X padrão é um inferno; se a Falcon Armor, então, é sofrimento puro. No modo Xtreme, nem se fala...

Para aproveitar seu tempo com X6, duas condições têm que ser verdadeiras. Primeira, jogue no modo easy ou normal. Nem passe perto do modo Xtreme. O maior desafio dele não é não se estressar com o fato dele ser completamente desequilibrado.

Segunda, desbloqueie o Zero ou pegue a Blade Armor o mais rápido possível. Isso porque mesmo no modo normal parece que o jogo foi super mal projetado pro X — ou, pior, projetado só para te estressar. Por outro lado, Zero e X com a Blade Armor parecem cair como uma luva no jogo, me fazendo crer que os níveis foram projetados com esses dois em mente.

Seguindo essas condições, X6 se torna um jogo... Ok. Boa música, uns platformers bacanas, alguns chefes interessantes lá pro final. Como um todo é marginalmente melhor que X5.

Bem, avante com X7. Ele não pode ser tão ruim quanto dizem... Certo?

Quanto mais jogo esse game mais percebo que fui estupidamente injusto com ele no passado. Mas, pra ser justo, eu era uma criança/adolescente estupidamente injusta. É Zelda, perfeitamente traduzido para a telinha, com uma história inesperadamente melancólica, dungeons divertidíssimas e uma ambientação fenomenal.