é assustador ninguém comentar o quão nojenta é a escrita disso, desenvolveram uma ideia claramente bem pensada e autêntica, e a melhor forma que acharam pra dar vida a isso foi por assédio de menor de idade? Comentários sobre o corpo alheio, toque sem consentimento, invasão de privacidade e a pior forma de trazer (ou melhor, não trazer) o discurso de identidade de gênero, qual o ponto de apresentar um tópico complexo quando você claramente não tem a intenção de articular sobre?

Forçadamente tiraram uma pessoa não cis do armário pra usar de experimento em umas das partes mais artificiais e descaracterizadas da história, em um ponto que a NEUROCIENTISTA de 17 anos que acontece de saber um pouco de física quântica por acaso, recomenda voltar no tempo pra nascer de novo, mas como? Uma vez ela leu que se grávida come verdura gera menina, se come carne, menino(?????).

reconheço que a ideia de viagem no tempo e mistérios em torno da narrativas são genuinamente boas, afinal nao tem porquê jogar algo que to odiando, mas a escrita é tão problemática que nao da pra ignorar, só tive forças pra terminar porque em certo capítulo o jogo deixa de ser doente, ainda assim não vale a pena

mario, a tempos, deixou de ser uma figura equivalente à jogos da nintendo pra ser um personagem popular no mundo todo (literalmente), tantas séries, produtos, desenhos, propagandas em seu nome que torna impossível alguém que não o conheça, e essa popularidade torna esse jogo, em específico, tão honesto e especial.

na quantidade imensa de jogo que esse cara tem, se sobressai a imagem do "mario" como herói capaz de tudo (até de jogar tênis), e justamente isso, pelo menos pra mim, implica como o mario é uma representação perfeita da infância, aquele que, ingênuo porém bom, carrega consigo o entusiasmo e energia de uma criança. Dentre todos os jogos dele, o qual melhor resgata a pureza da infância é mario rpg, jogo que por natureza envolve incorporar um personagem e não seria exagero meu compará-lo a uma brincadeira de quintal, você e seus primos, talvez irmão caso tenha, fingindo ser seus personagens preferidos pra derrotar um vilão maior da história completamente nova que vocês criaram.

é fantástico o quão singelo esse jogo é em simplesmente ser, o conjunto de tudo dele remete os tempos simples de antes, e pra alguém como eu que cresceu com mario, jogar isso enche o coração de nostalgia. Sendo mais objetivo sobre o jogo, tive alguns problemas na dificuldade dos boss, sofri demais, mas acho que foi só skill issue mesmo porque sou horrível em gerenciar rpg de turno. No mais, jogão mais que especial.

um castle de nintendinho com as sprites de rondo, e não é nem piada, alguém dentro da konami achou que seria uma ótima ideia enfiar o controle do snes no rabo e programar o jogo com apenas dois botões, mesmo estando em 95 com um controle foda de 6 (SEIS) botões e o melhor classicvania da franquia de base.

é difícil conceber a ideia de dracula x, um "porte" de rondo — jogo desenvolvido pra um console muito poderoso até pra época — pra super nintendo, uma compressão de cd pra fita, ou seja, não daria pra portar o jogo, apenas refaze-lo. Essa adaptação não é primordialmente um problema, visto que o mérito de rondo ser tão foda não é mérito só da tecnologia e sim do bom desenvolvimento, então, dracula x não precisaria portar rondo, apenas tomar de referência o bom level design e ser fiel ao original, mas algo aconteceu e o controle entrou no cu de alguém e não saiu mais, encheram de escadas com dificuldade artificial e um dracula bosta cheio de buraco na sala vai se fude que ridiculo.

é complicado porque é a mesma capa, mas não associe dracula x a rondo, até porque ele falha em adaptá-lo e falha e ser um jogo de super nintendo, tudo a respeito dele funcionaria no nes, mas como disse antes, era 95 e um controle (foda) de 6 botões.

a capa é TÃO Mike Mignola que me fez comprar unicamente por causa da arte. E realmente, o jogo me ganhou com seu visual preto-escuro com contornos bem marcados, mas foi decepcionante a perda de interesse enquanto jogava, não há nada que me motive a (re)fazer runs inteiras pra tentar conseguir algo novo. Há quem possa interessar, mas não me prende.

não apenas um ótimo começo de uma série com potencial extenso, como também uma boa porta de entrada em visual novel no geral. Desde que joguei persona, meu olho cresceu pro gênero de png sob caixas de texto, tudo que encontrei porém foi sexo, e mesmo que alguém diga que isso é um recurso de blablabla narrativa, ainda é estranho pra caralho consumir algo exclusivamente sobre, principalmente quando a maioria se tratam de adolescentes de colegial.

a decpeção foi grande até descobrir que ace attorney era uma visual novel, o mesmo que conhecia por ser o jogo de advogado engraçadinho. Joguei então, despretensiosamente, pra experimentar o formato e sai surpreso com seus personagens, nunca esperaria que existisse uma relação mais que superficial entre eles, em que cada caso desenvolvesse uma história com mistérios "impossíveis", surpresa positiva além de não subestimar a inteligência de quem joga. Você não é um terceiro lendo o que ta rolando, você faz parte da investigação e nas sessões de corte quem tem que descascar o abacaxi é voce pra convencer o BURRO do meritíssimo de que o suspeito é inocente.

único problema dele é particular, o último caso é grande demais, exaustivo, mas por se tratar de ser um caso bônus, passo pano, e nem é como se fosse ruim, só desnecessariamente grande.

agora que terminei a trilogia do ds, da pra dizer facilmente que essa é a geração de castle mais criativa desde symphony, nem é querendo desmerecer o gba, é só que o ds da muito mais liberdade pra fazer coisas diferentes pra franquia, e disso nasce propostas bem únicas, sendo o portrait interessante por si só na exploração dentro dos universos que existem nas pinturas, dinâmica de dupla etc. Mas na prática é meio bunda as coisas, upgrades mal distribuídos, combate decepcionante (principalmente as magias), uns comandos muito fodase e reta final do jogo é só um replay das pinturas versão piorada.

Apesar disso eu gostei do jogo na verdade, a história é boa e me diverti explorando as pinturas, pessoalmente acho elas uma ideia muito boa e a caracterização delas é muito bem feita, então pra mim ja ta feito, até porque seus pontos negativos são mais coisas decepcionantes e mal utilizadas do que defeitos que te prejudicam, pra mim que nao liga muito ja ta bao demais.

quando descrevo um jogo, normalmente fujo de fazer comparações por achar injusto condensar tudo que algo é na sombra de outra coisa parecida, só que às vezes não da. Esse carinha é WarioWare com uma dose a mais de nonsense e um elemento X de estranheza desconfortável, combinação que resulta em minigames creepy nível: "massageie minhas costas"; "não olhe para mim enquanto faço meu ritual ocultista".

ainda sim é divertido, não são todos os minigames assim, eles aparecem eventualmente pra te deixar confuso (confusão acentuada se jogar com dublagem português de Portugal), mas no geral usa bem as funções fodase do psvita e assim como WarioWare, você desliga o cérebro e se diverte.

"Século 21, progresso? Olha de novo irmão
Cê vai ver que os preto ainda tão na rua, no gueto e na prisão
Sem saber se são regra ou exceção
Todo mundo é igual, e ainda sim, nóis tá fora do padrão(...)"

a série gta é tematicamente uma grande sátira auto consciente da realidade, que traz pautas políticas, ou melhor, problemas sociais de grandes metrópoles como ideias centrais de suas histórias e narrativas, e dentre todos os títulos que joguei até o momento, gta san andreas é o que melhor faz isso.

não tão distante da realidade racista de sp, exposta na rima lá em cima do Emicida, gta sa traz em primeiro plano a violência na periferia de los santos, como ela persegue pessoas pretas em forma de crime, drogas e polícia. Embora o assunto seja sério, o jogo é o suco do humor ácido e piada tosca (que eu amo), tipo a missão que o cj sozinho invade a área 69 pra roubar um jetpack pra um lunático chamado A VERDADE que fuma maconha e dirige a van do scooby doo.

em questão de gameplay ele é incrível, eu mi divirto muito com tudo que o jogo oferece, desde as cidades, carros, armas, cheats, as missões, oq for.

concluindo, gta sa tem temas incríveis, personagens incríveis, história incrível, gameplay incrível, tudo é incrível e marcou o brasil. Você que por acaso leu isso, ouça "pra quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe" do Emicida, disco do verso que usei aqui, provavelmente o melhor disco de rap nacional.

aquele restaurante de estrada só que online

me sinto um chato em dizer que golden eye "envelheceu", primeiramente porque esse jogo é muito querido por todo mundo, e (pra mim) usar isso como argumento de crítica é um anacronismo muito forte, criticar algo falando que envelheceu é compará-lo com obras atuais, o que não faz sentido, qualquer fps dessa época vai ser velho e ruim se seu único referente do gênero for warzone (vale pra qualquer jogo e gênero). Porém eu amo ser hipócrita, então digo, 007 envelheceu bastante.

não estou dizendo que ele é ruim porque envelheceu, pelo contrário, ele é ótimo no que se propõe a fazer, tem IA manera, multiplayer e etc, o que faz dele velho é justamente ser uns dos primeiros fps pra console. Minha crítica é a dificuldade e o level design, não é nem o mapa que é ruim, é o que você faz nele que me incomoda, um desperdício as missões serem andar até o final do mapa, e a Natalya, a partir do momento que ela aparece a dificuldade do jogo cresce dum jeito horrível, caralho, quantas vezes eu já falhei missão porque a bonitona desfilava na frente do tiroteio e matavam ela.

ou seja, golden eye envelheceu pq é muito difícil desassociar as influências atuais (que foi meu caso, é minha primeira vez jogando), mas se jogar como uma criança de 97 que nunca viu nada assim antes, esse jogo vai ser do caralho, mesmo com seus problemas.

a mão do bond segurando a arma na capa faz parecer que a boca dele é gigante

um dos castlevania mais diferentes da série, inovou com protagonista feminina, sistema novo de glifos, e ousou não ser ambientado o tempo todo no castelo do dracula, tendo várias fases retornáveis. O jogo ainda tem uma direção de arte lindissima, que somado ao tópico anterior tira a mesmice do castelo do cramunhão.

os únicos fracos desse jogo é a dificuldade, que não é muito justa quando se joga com glifos de ataque físico, a aproximação dos inimigos é MUITO chata e parece até que foi pensado pra jogar com magia de distância. Por fim a adição das quest, que apesar de ter gostado, caem na repetição de "vá em tal lugar e pegue tal coisa pra mim". Porém isso nao estraga o jogo nem um pouco masterpiece slk

dmc é muito incerto de si, ele não é um produto de ideias e influências, e sim uma junção de extremos opostos que operam ao mesmo tempo: o edgy e o humor tosco, a nobreza e a malandragem, armas longa distância e armas curta distância, o suspense atmosférico e a ação tiro porrada e bomba, a câmera fixa e as sessões de plataforma.

certeza que seria confuso um jogo com todas essas ideias juntas, mas ele funciona bem, graças ao espírito arcade que o jogo tem, que te provoca pra conseguir o melhor tempo, com os melhores combos, com as melhores pontuações, tudo pela satisfação de um S (Stylish!) no final da missão.

confesso que sofri bastante com a dificuldade dele, os orbes amarelos são muito punitivos e o combate tem vários detalhizinhos que da uma piorada com a câmera fixa.

um comentário fodase, a espada do nelo angelo é igual a drake sword do dark souls 1 e o final boss é digno de mario galaxy

a primeira impressão do público geral desse jogo é sempre bem dividida, alguns fazem cara feia, outros amam, e eu me encontrava naqueles que fazia careta, por quê? Porque desconfio das sequências dos jogos que não "precisam" de uma.

generalizar é perigoso, existe mil motivos pra algo ter uma sequência e outros mil pra aquilo ser bom, mas assim como o cinema, videogame é uma arte com base em dinheiro, pessoas trabalham na criação de jogos e pessoas precisam comer. Sobretudo então um jogo precisa vender, e é isso que dawn parece ser essencialmente, o primeiro castle do recente portátil da nintendo, que apela bastante pra um público infantil tornando acessível para crianças, ou seja, um lançamento seguro.

vendo isso ficava meio pa, ainda mais que a continuação em questão era de aria of sorrow, mas contradizendo tudo oq pensava, dawn é muito bom, as almas são mais aproveitáveis, há sistemas novos, é graficamente mais bonito e tudo que um castle bom tem, tem aqui também (menos o castelo, e aquela bosta de canetinha pra matar o boss).

embora eu tenha dito que jogos precisam vender, penso que isso não é inteiramente ruim, a arte é viva o suficiente pra se adequar ao mundo de indústrias, e nesse caso ainda a cabeça pensante era o Koji, diretor mais que competente pra criar algo bom.

dawn parece não ser digno de seu antecessor, porém é sim incrível, com algumas ressalvas sobre a dificuldade chata e enredo bunda, e o fator apelativo dele ingressou muita gente a castlevania.

hamster em processo de alfabetização