mario, há tempos, deixou de ser uma figura equivalente à jogos da nintendo pra ser um personagem popular no mundo todo (literalmente), tantas séries, produtos, desenhos, propagandas em seu nome que torna impossível alguém que não o conheça, e essa popularidade torna esse jogo, em específico, tão honesto e especial.

na quantidade imensa de jogo que esse cara tem, se sobressai a imagem do "mario" como herói capaz de tudo (até de jogar tênis), e justamente isso, pelo menos pra mim, implica como o mario é uma representação perfeita da infância, aquele que, ingênuo porém bom, carrega consigo o entusiasmo e energia de uma criança. Dentre todos os jogos dele, o qual melhor resgata a pureza da infância é mario rpg, jogo que por natureza envolve incorporar um personagem e não seria exagero meu compará-lo a uma brincadeira de quintal, você e seus primos, talvez irmão caso tenha, fingindo ser seus personagens preferidos pra derrotar um vilão maior da história completamente nova que vocês criaram.

é fantástico o quão singelo esse jogo é em simplesmente ser, o conjunto de tudo dele remete os tempos simples de antes, e pra alguém como eu que cresceu com mario, jogar isso enche o coração de nostalgia. Sendo mais objetivo sobre o jogo, tive alguns problemas na dificuldade dos boss, sofri demais, mas acho que foi só skill issue mesmo porque sou horrível em gerenciar rpg de turno. No mais, jogão mais que especial.

quando descrevo um jogo, normalmente fujo de fazer comparações por achar injusto condensar tudo que algo é na sombra de outra coisa parecida, só que às vezes não da. Esse carinha é WarioWare com uma dose a mais de nonsense e um elemento X de estranheza desconfortável, combinação que resulta em minigames creepy nível: "massageie minhas costas"; "não olhe para mim enquanto faço meu ritual ocultista".

ainda sim é divertido, não são todos os minigames assim, eles aparecem eventualmente pra te deixar confuso (confusão acentuada se jogar com dublagem português de Portugal), mas no geral usa bem as funções fodase do psvita e assim como WarioWare, você desliga o cérebro e se diverte.

não apenas um ótimo começo de uma série com potencial extenso, como também uma boa porta de entrada em visual novel no geral. Desde que joguei persona, meu olho cresceu pro gênero de png sob caixas de texto, tudo que encontrei porém foi sexo, e mesmo que alguém diga que isso é um recurso de blablabla narrativa, ainda é estranho pra caralho consumir algo exclusivamente sobre, principalmente quando a maioria se tratam de adolescentes de colegial.

a decpeção foi grande até descobrir que ace attorney era uma visual novel, o mesmo que conhecia por ser o jogo de advogado engraçadinho. Joguei então, despretensiosamente, pra experimentar o formato e sai surpreso com seus personagens, nunca esperaria que existisse uma relação mais que superficial entre eles, em que cada caso desenvolvesse uma história com mistérios "impossíveis", surpresa positiva além de não subestimar a inteligência de quem joga. Você não é um terceiro lendo o que ta rolando, você faz parte da investigação e nas sessões de corte quem tem que descascar o abacaxi é voce pra convencer o BURRO do meritíssimo de que o suspeito é inocente.

único problema dele é particular, o último caso é grande demais, exaustivo, mas por se tratar de ser um caso bônus, passo pano, e nem é como se fosse ruim, só desnecessariamente grande.

Dante empalado um total de zero vezes. Ruim.

a capa é TÃO Mike Mignola que me fez comprar unicamente por causa da arte. E realmente, o jogo me ganhou com seu visual preto-escuro com contornos bem marcados, mas foi decepcionante a perda de interesse enquanto jogava, não há nada que me motive a (re)fazer runs inteiras pra tentar conseguir algo novo. Há quem possa interessar, mas não me prende.

sinta-se à vontade pra andar de skate e quebrar todos os ossos do corpo

fraco de gameplay mas tem temas e assuntos bem interessantes sobre luto/família

de tempos em tempos meu vício em puzzles tipo tetris acorda, e a vítima da vez foi o mario, que é surpreendentemente chato e não muito interessante, não ao menos pra te divertir por mais de 5 minutos.

a surpresa negativa não foi atoa, fui garantido que ia gostar, é tetris do mario afinal, como não ser bom? E na verdade ele é sim legal, sua dificuldade tem mais camadas do que o simples empilhar de blocos do tetris, as músicas são empolgantes, e tem o mario, mas isso dura até a primeira fase, porque repete a mesma música (as únicas duas), a dificuldade aumenta e o mario é muito feio no nes, ou seja, o jogo não se garante na repetição do gênero.

dr. mario é injusto consigo, uma ideia ótima mal executada, não o suficiente pra ser podre, só nao se sustenta. A aventura de expurgar vírus coloridos e maléficos do corpo de algum paciente com suas pílulas também coloridas e maléficas não brilhou no NES, infelizmente

"Século 21, progresso? Olha de novo irmão
Cê vai ver que os preto ainda tão na rua, no gueto e na prisão
Sem saber se são regra ou exceção
Todo mundo é igual, e ainda sim, nóis tá fora do padrão(...)"

a série gta é tematicamente uma grande sátira auto consciente da realidade, que traz pautas políticas, ou melhor, problemas sociais de grandes metrópoles como ideias centrais de suas histórias e narrativas, e dentre todos os títulos que joguei até o momento, gta san andreas é o que melhor faz isso.

não tão distante da realidade racista de sp, exposta na rima lá em cima do Emicida, gta sa traz em primeiro plano a violência na periferia de los santos, como ela persegue pessoas pretas em forma de crime, drogas e polícia. Embora o assunto seja sério, o jogo é o suco do humor ácido e piada tosca (que eu amo), tipo a missão que o cj sozinho invade a área 69 pra roubar um jetpack pra um lunático chamado A VERDADE que fuma maconha e dirige a van do scooby doo.

em questão de gameplay ele é incrível, eu mi divirto muito com tudo que o jogo oferece, desde as cidades, carros, armas, cheats, as missões, oq for.

concluindo, gta sa tem temas incríveis, personagens incríveis, história incrível, gameplay incrível, tudo é incrível e marcou o brasil. Você que por acaso leu isso, ouça "pra quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe" do Emicida, disco do verso que usei aqui, provavelmente o melhor disco de rap nacional.

hamster em processo de alfabetização

um dos castlevania mais diferentes da série, inovou com protagonista feminina, sistema novo de glifos, e ousou não ser ambientado o tempo todo no castelo do dracula, tendo várias fases retornáveis. O jogo ainda tem uma direção de arte lindissima, que somado ao tópico anterior tira a mesmice do castelo do cramunhão.

os únicos fracos desse jogo é a dificuldade, que não é muito justa quando se joga com glifos de ataque físico, a aproximação dos inimigos é MUITO chata e parece até que foi pensado pra jogar com magia de distância. Por fim a adição das quest, que apesar de ter gostado, caem na repetição de "vá em tal lugar e pegue tal coisa pra mim". Porém isso nao estraga o jogo nem um pouco masterpiece slk

me sinto um chato em dizer que golden eye "envelheceu", primeiramente porque esse jogo é muito querido por todo mundo, e (pra mim) usar isso como argumento de crítica é um anacronismo muito forte, criticar algo falando que envelheceu é compará-lo com obras atuais, o que não faz sentido, qualquer fps dessa época vai ser velho e ruim se seu único referente do gênero for warzone (vale pra qualquer jogo e gênero). Porém eu amo ser hipócrita, então digo, 007 envelheceu bastante.

não estou dizendo que ele é ruim porque envelheceu, pelo contrário, ele é ótimo no que se propõe a fazer, tem IA manera, multiplayer e etc, o que faz dele velho é justamente ser uns dos primeiros fps pra console. Minha crítica é a dificuldade e o level design, não é nem o mapa que é ruim, é o que você faz nele que me incomoda, um desperdício as missões serem andar até o final do mapa, e a Natalya, a partir do momento que ela aparece a dificuldade do jogo cresce dum jeito horrível, caralho, quantas vezes eu já falhei missão porque a bonitona desfilava na frente do tiroteio e matavam ela.

ou seja, golden eye envelheceu pq é muito difícil desassociar as influências atuais (que foi meu caso, é minha primeira vez jogando), mas se jogar como uma criança de 97 que nunca viu nada assim antes, esse jogo vai ser do caralho, mesmo com seus problemas.

a mão do bond segurando a arma na capa faz parecer que a boca dele é gigante

um jogo que exala personalidade, desde a direção de arte, músicas, vozes, personagens e temas. No início é confuso, fiquei preso no tutorial sem entender muito oq fazer, até a primeira fase apresentar bem a ideia central do jogo: grafitar locais públicos e fugir da polícia de patins. Assunto esse polêmico, uma expressão da arte contracultura que desafia autoridades e a própria arte, que nesse caso fica mais preocupado com a diversão, então o assunto aqui é sair voando do jeito mais legal pela cidade com um som bem funky.

seus controles são bem controversos pq são duros e difíceis, tem poucas manobras e etc mas com o tempo vc acostuma e passa a gostar, recomendo muito