aquele restaurante de estrada só que online

aquele arrombado de maiô vermelho dando de dois pé naquele zé, simplesmente meu primeiro contato com arte digital

nunca gostei muito de sonic, joguei alguns de wii quando criança e só o de lobisomem me marcou mesmo, fora isso eu cagava pra franquia por ser meio "igual", você corre bem rápido com o sonic, e às vezes outros sonics apareciam, um vermelho, outro laranja, enfim, nada me interessa muito.

esse jogo só foi cair na minha mão porque ele foi jogo de algum mês na plus durante 2020, sair de casa não era uma opção, então esse jogo calhou como um passatempo, e caiu bem, talvez ele seja objetivamente ruim (ele é meio odiado aparentemente), e de novo, eu não ligo muito pra sonic e minhas referências da franquia são aqueles sonic com espada do wii, logo esse jogo foi divertido na época. Provavelmente se jogar outra vez seja diferente, mas acho difícil, ps plus anual ta 300 reais.

a capa é TÃO Mike Mignola que me fez comprar unicamente por causa da arte. E realmente, o jogo me ganhou com seu visual preto-escuro com contornos bem marcados, mas foi decepcionante a perda de interesse enquanto jogava, não há nada que me motive a (re)fazer runs inteiras pra tentar conseguir algo novo. Há quem possa interessar, mas não me prende.

condenado a morrer milhares de vezes das piores formas possíveis e ainda carrega um sorriso no rosto... emocionante...

me sinto um chato em dizer que golden eye "envelheceu", primeiramente porque esse jogo é muito querido por todo mundo, e (pra mim) usar isso como argumento de crítica é um anacronismo muito forte, criticar algo falando que envelheceu é compará-lo com obras atuais, o que não faz sentido, qualquer fps dessa época vai ser velho e ruim se seu único referente do gênero for warzone (vale pra qualquer jogo e gênero). Porém eu amo ser hipócrita, então digo, 007 envelheceu bastante.

não estou dizendo que ele é ruim porque envelheceu, pelo contrário, ele é ótimo no que se propõe a fazer, tem IA manera, multiplayer e etc, o que faz dele velho é justamente ser uns dos primeiros fps pra console. Minha crítica é a dificuldade e o level design, não é nem o mapa que é ruim, é o que você faz nele que me incomoda, um desperdício as missões serem andar até o final do mapa, e a Natalya, a partir do momento que ela aparece a dificuldade do jogo cresce dum jeito horrível, caralho, quantas vezes eu já falhei missão porque a bonitona desfilava na frente do tiroteio e matavam ela.

ou seja, golden eye envelheceu pq é muito difícil desassociar as influências atuais (que foi meu caso, é minha primeira vez jogando), mas se jogar como uma criança de 97 que nunca viu nada assim antes, esse jogo vai ser do caralho, mesmo com seus problemas.

a mão do bond segurando a arma na capa faz parecer que a boca dele é gigante

Dante empalado um total de zero vezes. Ruim.

dmc é muito incerto de si, ele não é um produto de ideias e influências, e sim uma junção de extremos opostos que operam ao mesmo tempo: o edgy e o humor tosco, a nobreza e a malandragem, armas longa distância e armas curta distância, o suspense atmosférico e a ação tiro porrada e bomba, a câmera fixa e as sessões de plataforma.

certeza que seria confuso um jogo com todas essas ideias juntas, mas ele funciona bem, graças ao espírito arcade que o jogo tem, que te provoca pra conseguir o melhor tempo, com os melhores combos, com as melhores pontuações, tudo pela satisfação de um S (Stylish!) no final da missão.

confesso que sofri bastante com a dificuldade dele, os orbes amarelos são muito punitivos e o combate tem vários detalhizinhos que da uma piorada com a câmera fixa.

um comentário fodase, a espada do nelo angelo é igual a drake sword do dark souls 1 e o final boss é digno de mario galaxy

apesar de odiar bastante pokemon, tenho que admitir que esses monstrinhos ai são acolhedores demais, nem sei apontar direito o porquê de serem assim, se são fofos ou oq, só sei que a despretensão desse jogo destaca os únicos pontos legais de pokemon pra mim: a música e o conforto.

a primeira impressão do público geral desse jogo é sempre bem dividida, alguns fazem cara feia, outros amam, e eu me encontrava naqueles que fazia careta, por quê? Porque desconfio das sequências dos jogos que não "precisam" de uma.

generalizar é perigoso, existe mil motivos pra algo ter uma sequência e outros mil pra aquilo ser bom, mas assim como o cinema, videogame é uma arte com base em dinheiro, pessoas trabalham na criação de jogos e pessoas precisam comer. Sobretudo então um jogo precisa vender, e é isso que dawn parece ser essencialmente, o primeiro castle do recente portátil da nintendo, que apela bastante pra um público infantil tornando acessível para crianças, ou seja, um lançamento seguro.

vendo isso ficava meio pa, ainda mais que a continuação em questão era de aria of sorrow, mas contradizendo tudo oq pensava, dawn é muito bom, as almas são mais aproveitáveis, há sistemas novos, é graficamente mais bonito e tudo que um castle bom tem, tem aqui também (menos o castelo, e aquela bosta de canetinha pra matar o boss).

embora eu tenha dito que jogos precisam vender, penso que isso não é inteiramente ruim, a arte é viva o suficiente pra se adequar ao mundo de indústrias, e nesse caso ainda a cabeça pensante era o Koji, diretor mais que competente pra criar algo bom.

dawn parece não ser digno de seu antecessor, porém é sim incrível, com algumas ressalvas sobre a dificuldade chata e enredo bunda, e o fator apelativo dele ingressou muita gente a castlevania.

de tempos em tempos meu vício em puzzles tipo tetris acorda, e a vítima da vez foi o mario, que é surpreendentemente chato e não muito interessante, não ao menos pra te divertir por mais de 5 minutos.

a surpresa negativa não foi atoa, fui garantido que ia gostar, é tetris do mario afinal, como não ser bom? E na verdade ele é sim legal, sua dificuldade tem mais camadas do que o simples empilhar de blocos do tetris, as músicas são empolgantes, e tem o mario, mas isso dura até a primeira fase, porque repete a mesma música (as únicas duas), a dificuldade aumenta e o mario é muito feio no nes, ou seja, o jogo não se garante na repetição do gênero.

dr. mario é injusto consigo, uma ideia ótima mal executada, não o suficiente pra ser podre, só nao se sustenta. A aventura de expurgar vírus coloridos e maléficos do corpo de algum paciente com suas pílulas também coloridas e maléficas não brilhou no NES, infelizmente

minha nota baixa não implica exatamente na qualidade do jogo, apenas na experiência confusa que tive com ele, pois ter jogado wario land 4 me fez acreditar que o experimentalismo da série existia desde sempre, porém, ao jogar o primeiro encontrei um mario, disfarçado de wario.

esse sentimento de "to jogando um jogo do mario com skin do wario" fez muito mais sentido quando eu LI o nome do jogo, é realmente mario, entretanto aos moldes do vilanistico wario que esta careca moicano. O que antes eu achava que era uma obra própria, agora encara-la dessa perspectiva dá algum mérito ao motoqueiro ganancioso. A exploração por entre as fases com upgrades que, diferente do seu rival que pula por um objetivo nobre, wario atropela paredes e bixos sem pensar uma única vez pra conseguir dinheiro.

ainda sim, seus cenários se repetem e cansam, seus desafios são simples e não vi grande valor em explorar as rotas alternativas. Um início que achei confuso, mas que felizmente teve sua liberdade criativa futuramente.

troquei um super nintendo e umas fita de 64 por esse jogo, lógico que não foi só por ele, a loja do camelô me deixou escolher vários jogos em troca do snes, e o uncharted 1 e 2 são os que mais tenho carinho.

até aquele momento da minha vida eu não tive muito contato com jogos de tiro, meu mundo era joga mario e esse uncharted transformou a cabeça do luquinhas criança, justamente por se tratar de uma gameplay que unia a base do gênero plataforma com tiro e correria, decisão que dialoga perfeitamente com a estrutura geral do game, escalar lugares que não deveriam ser escalados em uma corrida por tesouro é divertidíssimo na pele do drake.

uncharted em essência não é nada impressionante, seu enredo é uma narrativa que já era uma vaca magra no cinema e até mesmo na literatura (que apesar de não ser uma arte com contexto monetário como o cinema pra falar "vacas magras", já tinha sido saturada histórias de tesouro), drake não fez nada que o Jackie Chan ou Tom Cruise ja não tivessem feito, mas o formato videogame possibilitou que você fosse o Jackie Chan e o Tom Cruise em forma de Drake, um poço de carisma inserido numa história simples que não almeja ser grande, apenas bom.

sendo um pouco impessoal agora, infelizmente o jogo é datado, principalmente depois dos títulos posteriores, sua gameplay envelheceu mal (ou mau?), é repetitivo, meio difícil e com sessões que mudam o ritmo de jogo, mas ainda sim é ótimo, um começo sólido e veio a ser melhorado no futuro. E valeu a pena trocar o snes + fita de 64 por ele? eu nao sei, mas fiz valer pq platinei duas vezes e jogo até hoje