dmc é muito incerto de si, ele não é um produto de ideias e influências, e sim uma junção de extremos opostos que operam ao mesmo tempo: o edgy e o humor tosco, a nobreza e a malandragem, armas longa distância e armas curta distância, o suspense atmosférico e a ação tiro porrada e bomba, a câmera fixa e as sessões de plataforma.

certeza que seria confuso um jogo com todas essas ideias juntas, mas ele funciona bem, graças ao espírito arcade que o jogo tem, que te provoca pra conseguir o melhor tempo, com os melhores combos, com as melhores pontuações, tudo pela satisfação de um S (Stylish!) no final da missão.

confesso que sofri bastante com a dificuldade dele, os orbes amarelos são muito punitivos e o combate tem vários detalhizinhos que da uma piorada com a câmera fixa.

um comentário fodase, a espada do nelo angelo é igual a drake sword do dark souls 1 e o final boss é digno de mario galaxy

apesar de odiar bastante pokemon, tenho que admitir que esses monstrinhos ai são acolhedores demais, nem sei apontar direito o porquê de serem assim, se são fofos ou oq, só sei que a despretensão desse jogo destaca os únicos pontos legais de pokemon pra mim: a música e o conforto.

a primeira impressão do público geral desse jogo é sempre bem dividida, alguns fazem cara feia, outros amam, e eu me encontrava naqueles que fazia careta, por quê? Porque desconfio das sequências dos jogos que não "precisam" de uma.

generalizar é perigoso, existe mil motivos pra algo ter uma sequência e outros mil pra aquilo ser bom, mas assim como o cinema, videogame é uma arte com base em dinheiro, pessoas trabalham na criação de jogos e pessoas precisam comer. Sobretudo então um jogo precisa vender, e é isso que dawn parece ser essencialmente, o primeiro castle do recente portátil da nintendo, que apela bastante pra um público infantil tornando acessível para crianças, ou seja, um lançamento seguro.

vendo isso ficava meio pa, ainda mais que a continuação em questão era de aria of sorrow, mas contradizendo tudo oq pensava, dawn é muito bom, as almas são mais aproveitáveis, há sistemas novos, é graficamente mais bonito e tudo que um castle bom tem, tem aqui também (menos o castelo, e aquela bosta de canetinha pra matar o boss).

embora eu tenha dito que jogos precisam vender, penso que isso não é inteiramente ruim, a arte é viva o suficiente pra se adequar ao mundo de indústrias, e nesse caso ainda a cabeça pensante era o Koji, diretor mais que competente pra criar algo bom.

dawn parece não ser digno de seu antecessor, porém é sim incrível, com algumas ressalvas sobre a dificuldade chata e enredo bunda, e o fator apelativo dele ingressou muita gente a castlevania.

de tempos em tempos meu vício em puzzles tipo tetris acorda, e a vítima da vez foi o mario, que é surpreendentemente chato e não muito interessante, não ao menos pra te divertir por mais de 5 minutos.

a surpresa negativa não foi atoa, fui garantido que ia gostar, é tetris do mario afinal, como não ser bom? E na verdade ele é sim legal, sua dificuldade tem mais camadas do que o simples empilhar de blocos do tetris, as músicas são empolgantes, e tem o mario, mas isso dura até a primeira fase, porque repete a mesma música (as únicas duas), a dificuldade aumenta e o mario é muito feio no nes, ou seja, o jogo não se garante na repetição do gênero.

dr. mario é injusto consigo, uma ideia ótima mal executada, não o suficiente pra ser podre, só nao se sustenta. A aventura de expurgar vírus coloridos e maléficos do corpo de algum paciente com suas pílulas também coloridas e maléficas não brilhou no NES, infelizmente

minha nota baixa não implica exatamente na qualidade do jogo, apenas na experiência confusa que tive com ele, pois ter jogado wario land 4 me fez acreditar que o experimentalismo da série existia desde sempre, porém, ao jogar o primeiro encontrei um mario, disfarçado de wario.

esse sentimento de "to jogando um jogo do mario com skin do wario" fez muito mais sentido quando eu LI o nome do jogo, é realmente mario, entretanto aos moldes do vilanistico wario que esta careca moicano. O que antes eu achava que era uma obra própria, agora encara-la dessa perspectiva dá algum mérito ao motoqueiro ganancioso. A exploração por entre as fases com upgrades que, diferente do seu rival que pula por um objetivo nobre, wario atropela paredes e bixos sem pensar uma única vez pra conseguir dinheiro.

ainda sim, seus cenários se repetem e cansam, seus desafios são simples e não vi grande valor em explorar as rotas alternativas. Um início que achei confuso, mas que felizmente teve sua liberdade criativa futuramente.

troquei um super nintendo e umas fita de 64 por esse jogo, lógico que não foi só por ele, a loja do camelô me deixou escolher vários jogos em troca do snes, e o uncharted 1 e 2 são os que mais tenho carinho.

até aquele momento da minha vida eu não tive muito contato com jogos de tiro, meu mundo era joga mario e esse uncharted transformou a cabeça do luquinhas criança, justamente por se tratar de uma gameplay que unia a base do gênero plataforma com tiro e correria, decisão que dialoga perfeitamente com a estrutura geral do game, escalar lugares que não deveriam ser escalados em uma corrida por tesouro é divertidíssimo na pele do drake.

uncharted em essência não é nada impressionante, seu enredo é uma narrativa que já era uma vaca magra no cinema e até mesmo na literatura (que apesar de não ser uma arte com contexto monetário como o cinema pra falar "vacas magras", já tinha sido saturada histórias de tesouro), drake não fez nada que o Jackie Chan ou Tom Cruise ja não tivessem feito, mas o formato videogame possibilitou que você fosse o Jackie Chan e o Tom Cruise em forma de Drake, um poço de carisma inserido numa história simples que não almeja ser grande, apenas bom.

sendo um pouco impessoal agora, infelizmente o jogo é datado, principalmente depois dos títulos posteriores, sua gameplay envelheceu mal (ou mau?), é repetitivo, meio difícil e com sessões que mudam o ritmo de jogo, mas ainda sim é ótimo, um começo sólido e veio a ser melhorado no futuro. E valeu a pena trocar o snes + fita de 64 por ele? eu nao sei, mas fiz valer pq platinei duas vezes e jogo até hoje

o quanto eu ja me diverti fazendo nada nesse jogo, competia com um amigo meu pra quem fizesse mais ponto naquele flappy bird dentro do jogo. Criança se diverte com pouco

"Século 21, progresso? Olha de novo irmão
Cê vai ver que os preto ainda tão na rua, no gueto e na prisão
Sem saber se são regra ou exceção
Todo mundo é igual, e ainda sim, nóis tá fora do padrão(...)"

a série gta é tematicamente uma grande sátira auto consciente da realidade, que traz pautas políticas, ou melhor, problemas sociais de grandes metrópoles como ideias centrais de suas histórias e narrativas, e dentre todos os títulos que joguei até o momento, gta san andreas é o que melhor faz isso.

não tão distante da realidade racista de sp, exposta na rima lá em cima do Emicida, gta sa traz em primeiro plano a violência na periferia de los santos, como ela persegue pessoas pretas em forma de crime, drogas e polícia. Embora o assunto seja sério, o jogo é o suco do humor ácido e piada tosca (que eu amo), tipo a missão que o cj sozinho invade a área 69 pra roubar um jetpack pra um lunático chamado A VERDADE que fuma maconha e dirige a van do scooby doo.

em questão de gameplay ele é incrível, eu mi divirto muito com tudo que o jogo oferece, desde as cidades, carros, armas, cheats, as missões, oq for.

concluindo, gta sa tem temas incríveis, personagens incríveis, história incrível, gameplay incrível, tudo é incrível e marcou o brasil. Você que por acaso leu isso, ouça "pra quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe" do Emicida, disco do verso que usei aqui, provavelmente o melhor disco de rap nacional.

legal porém nada demais, o estilo de arte tem um ar do mestre akira toriyama e por conta disso é bem divertido explodir monstrinhos fofos com os poderes do draculinha, ou alucardinho, não sei dizer quem é

bloodlines e super castle 4 são paralelos em ideias, reformar a gameplay para os consoles mais potentes que o nintendinho, porém, enquanto castle 4 é particularmente sem sal pra mim, bloodlines transborda personalidade. Ele repagina não apenas a gameplay em ritmo e level design, reformulam: subitens, inimigos, armas principais, personagens, mecânicas, gráficos (algo mais estilizado, lindão), além duma ambientação moderna sensacional.

um castle que não é nem subestimado, só não é conhecido mesmo, infelizmente um jogo incrível de bom foi esquecido por motivos que nao sei.

único ponto bom dele é os personagens e worldbulding da lore, mas tudo que ce precisa saber é que draven é de noxus e gira machados, o resto é filler

que surpresa boa que esse jogo é, depois da bomba atomica que foi o the adventure, qualquer coisa era lucro, e esse jogo é bonito, legal, divertido, FUNCIONAL, uma mina de ouro.

só nao é 4 estrelas pq é de gameboy, nao gosto desse gameboy