“O tempo não espera ninguém. Somos todos iguais em seu fluxo, cada vida rumo a um fim.”


Tenho sentimentos mistos com Persona 3: Reload. Ele não tem metade do charme, dinamismo, conteúdo e variedade de P5R. Comparação talvez injusta visto se tratar de um remake onde o original foi lançado há quase 20 anos, mas difícil não fazer quando compartilham uma proposta idêntica na mecânica de gameplay. Senti jogar a mesma coisa, só que uma versão inferior.

Os personagens são apresentados de forma bem mais carismática no título de 2019, cada um com seu próprio arco de apresentação para depois ser inserido no grupo, aqui tudo parece apressado. Me conectar com o S.E.E.S. não foi tão fácil como os Phantom Thieves.

Cotidiano Escolar e os Social Links são pouco interessantes no começo, a maioria dos personagens que interagimos até metade do jogo são secundários e não participam do enredo principal. Muitas vezes parece aquele episódio filler de um anime que você gosta, mas pula sem medo de ser feliz. O mapa tem uma fração do tamanho, obviamente leva bem menos tempo visitar e conhecer tudo disponível, o calendário não é denso.

O Tártaro também não fica isento, tem boa variedade de inimigos, mas não tem jeito, conteúdo procedural sempre fica repetitivo e enjoativo. A opção de analisar fraqueza dos inimigos piora tudo, achei muito OP. Maioria das minhas idas eu passava uns 12, 15 andares de uma só vez e estava bem pra continuar, mas retornava pro entediante cotidiano porque não aguentava mais. Sei que poderia aumentar a dificuldade, mas não sou nenhum veterano da franquia, este é meu segundo, não achei que seria necessário.

Acho que faltou algo semelhante aos Palácios do 5. Eles dão aquele frescor pra dinâmica do joguinho sempre se manter fluída, divertida e empolgante. São neles o maior desenvolvimento de enredo e dos personagens, tanto heróis quanto os vilões... dando contexto pro Cotidiano Escolar se manter interessante e principalmente os Social Links, que são na maioria dos protagonistas. Sem eles, tudo aqui parece meio repetitivo e desconexo, a história se desenvolve muito pouco durante uns 2/3 do game. Você só pega algumas informações jogadas aqui e ali, como “faltam 8 boss pra você derrotar”.

Felizmente ele dá um estalo que melhora consideravelmente depois disso. A história passa a ser melhor explorada, os personagens ganham mais destaque, seu tom mais sério vem à tona e tudo fica mais emocionante. Seu final é lindo e daqueles que pausa nosso estado de espírito por um momento... A gente sempre pensa na Morte como algo distante, mas vez ou outra somos lembrados de forma cruel (ou não) que ela sempre nos rodeia. A vida, ela é única, finita e nosso futuro incerto. Senso de propósito nos molda para acreditar que fazemos valer tal dádiva. Alguns mais perdidos que outros, mas todos destinados ao mesmo fim imutável e irrefreável. Eu só levo conselhos de quem entende mais para saber aproveitá-la, pois é curta e daqui 100 anos todo mundo hoje vivo terá dado espaço pra outra geração ter sua oportunidade.

O destino de P3R é excelente, mas toda a viagem em si não se nivela. Um bom jogo, mas uma fraca continuação do 5, superior em praticamente todos os aspectos. Não me surpreende, o parâmetro era bem alto... consumo pouquíssimo produto asiático (Death Note conta?), e mesmo assim Persona 5: Royal é o game mais carismático que já joguei. Um 10/10 único e redondinho.

" They say the wonder is... not that the field of stars is so vast, but that we have measured it. "


Cara, que jornada incrível eu tive com Starfield. Fui de estreante noob em jogos da Bethesda para o pirata espacial mais pika da galáxia, e a distância entre esses dois pontos foi uma das melhores experiências que tive num game.

Como já mencionado, é um review de alguém que nunca experimentou os joguinhos do tio Todd Howard antes, mas por ser apaixonado por Astronomia, senti que tinha chegado a hora (Day One no Game Pass contribuiu pra isso).

Tudo é muito detalhista, verossímil e imersivo. Dizem que as primeiras 10h são monótonas, mas eu estava fascinado demais pra perceber. Contemplar Saturno e os anéis da superfície de suas luas chega a ser filosófico. Cada lua e planeta tem iluminação, temperatura e gravidade conforme distância da estrela que este orbita, e caso esteja dentro da ‘zona habitável’, fauna e flora. Os que não possui atmosfera trazendo paz e tranquilidade, enquanto os mais extremos são caóticos e barulhentos. A cereja do bolo é a trilha sonora, uma vibe aconchegante por estar nos confins de um lugar inóspito, estático e silencioso, e às vezes mais tensa, por desbravar o desconhecido.

Os gráficos são lindos (um dos mais bonitos que já joguei) e tá rolando uma injustiça nesse aspecto. O que mascara isso e realmente é verdade são as expressões faciais. No geral funciona, mas é o personagem fazer algo mais expressivo como um sorriso que sou levado direto ao Vale da Estranheza.

Alguns arquivos trazem ótimos easter eggs, como a localização da Apollo 11. Coisas simples, mas que deixam qualquer discípulo de Serjão Foguetes meio boiolinha, foram muito perfeccionistas. Só o conceito de conhecer nosso Sistema Solar já achava sensacional, visitar Alpha Centauri então... O fascínio talvez por ser o mais próximo do que ainda podemos fazer, porque apesar de ser o maior objetivo da humanidade, nenhum de nós hoje estará vivo para testemunhar caso venha acontecer.

Tudo isso faz Starfield ter um charme único. Cada local remoto foi satisfatório conhecer, dezenas de fotos e muita coisa descoberta e recurso craftado. Não foge muito disso, então quem espera encontrar algo próximo ao que Ridley Scott dirige pode se decepcionar. Vai muito mais para um lado de simulação e nosso futuro como civilização ao invés do fantasioso de Elder Scrolls. Se não curtir o tema e o conceito, pode se entediar.

Quanto à narrativa, o começo é meio arrastado, mas engrena bem. Pensava que a desenvolvedora focava muito mais no universo em si de seus jogos do que propriamente enredo e personagens... errei feio, até as missões secundárias são boas (algumas até mesmo superior às primárias). Essas deveriam apenas existir pra esticar conteúdo, não conhece o protocolo Bethesda? Claro, existem as mais simples como cobrar grana de alguém, mas nessa altura do campeonato, já estava imerso demais pra não curtir.

Jogabilidade terrestre não é um ponto alto. Pessoal falando da engine ser ultrapassada, não concordo nos gráficos, mas concordo no gameplay. Nosso personagem é muito travadão, 3ª pessoa se usa apenas na exploração, em batalha é passar raiva. A burrice dos inimigos também não colabora, muitas vezes saem de um cover pra correr em zigue-zague ou metem o louco e vão atrás de você igual suicida, sem falar dos que ficam parado e só aceitam morrer, esses você meio que entediado só gasta o pente. Não chega a ser horrível, mas é sim ultrapassada. O que eleva a qualidade é o dinamismo do pew-pew. Gravidade diferentes, muita variedade de armas, temos jetpack, poderes... No fim, o saldo é positivo e diverte.

Nas batalhas espaciais é sólida e diverte tanto 1ª como 3ª pessoa. Fluída e simples sem ser demais. Temos level points para distribuir pela nave (nos escudos, armas, motor, etc), que podem ser alterados em combate conforme a necessidade. Os inimigos são espertos e até rola umas dogfights maneiras, se der mole ou pegar inimigos de level mais alto, você já era. Não tenho reclamações, só queria missões mais complexas. Não é o foco.

É pouco intuitivo, fiz meu dever de casa e consumi bastante conteúdo da galera no Early Access pra curva de aprendizado ser íngreme. Guias para a criação de entrepostos ou a personalização de naves ajudaram, mas só descobri que minha nave tinha inventário após 5h jogando, o cofre da Guarida ter espaço INFINITO pros itens só depois de umas 10 HORAS (pain). Outra vez esqueci que item consertava minha nave em combate e quem vendia, como nossa bússola foi feita com a bunda do Todd, precisamos nos guiar por placas pelo próprio cenário ou decorar mesmo. Essa brincadeira me custou quase 2 HORAS pra resolver algo simples. Moral da história: você que é lerdo, vai se ferrar um pouco.

Tive MUITOS bugs na minha experiência, teve:
• Os que só atrapalham a imersão e acaba em risada, como meus companions sem traje espacial na superfície de Vênus (clima tava fresco, pô) ou inimigo descer escada e continuar nivelado com o andar de cima...
• Os irritantes, como o ponto de objetivos da missão sumir e me deixar perdido.
• E os PERIGOSOS, que interferem no save: Checkpoint na ação de morte, NPC não abrir porta quando deve, item desaparecido... TODA HORA voltei save porque algo bugou no processo. São 3 saves automáticos, mas caso o bug esteja numa janela maior que uns 10min, VOCÊ SE FODEU! Numa missão principal, precisei pousar em Nova Atlântida, bugou não permitindo, todos os saves automáticos aconteceram após a janela desse bug. Eu tinha um save próprio, mas perderia 8 HORAS DE GAMEPLAY! Eu SUEI FRIO até perceber que numa das secundárias era conversar com um personagem que já estava no planeta, ativei ela e graças ao nosso bom Jesus Cristo deu certo. Sério, sempre tenha save próprio de nível em nível, me agradeça depois. De longe o problema mais grave no momento.

Passei pano nos 30 frames. 60FPS eu exijo de um Dead Space ou The Callisto Protocol, onde todo o universo são corredores escuros e estreitos, não a Via Láctea. Joguei no Series S com boa fluidez, mas sempre caía bastante na entrada de cidades mais populosas, também virou regra crashar pelo menos uma vez por dia. Mas ei, vamos culpar o console de novo, por que não?

Parece que não souberam usar o poder dos SSDs. Loadings, loadings e mais loadings... Eu realmente apreciava pegar minha nave, ir ao espaço, e visitar outro planeta manualmente. Mas essa brincadeira dá 5, 6 telas pretas. São rápidos, mas incomodam e te desconectam daquele universo. Faltou criatividade em tentar coisa melhor, Dead Space usa nos elevadores e mantém a imersão. O jeito é realmente usar fast travel, uma pena porque perde muito de seu charme.

No geral, Starfield é GRANDIOSO e um EXCELENTE RPG, digo até PIONEIRO no ponto de vista astronômico, mas ele é muito mais que isso. Só jogava ele, e quando não estava, ia atrás de conteúdo na internet para aprender coisas junto da comunidade.
NÃO é uma obra-prima, possui MUITOS DEFEITOS já mencionados, e por ser meio megalomaníaco, coisas pessoais também vão incomodar. É detalhista demais em alguns aspectos que não tinha tanta necessidade. Vi gente que não gostou por ser confuso, da exploração, do excesso de itens, do sistema de peso, ser vendedor de quinquilharia nas horas vagas, e os que odiaram tudo acima. Me lembra Death Stranding nesses aspectos. A diferença que Starfield é bom Uns vão amar, outros odiar.

Testou e não curtiu?! Eu levo sua crítica em consideração. Pessoal do flame tacando hate sem experimentar (zoando rosto de NPC pano de fundo que literalmente ninguém se importa) ou jornalista que se diz sério dando nota 4/10 com 5h jogadas, esses eu sugiro que façam como eu... ignora e testa você mesmo.

Também teve a expectativa exagerada da galera que esperava encontrar uma Los Santos da vida em cada cidade colonizada e a Ripley de protagonista destroçando Aliens nos planetas inabitados, tudo isso viajando sem loadings pelo espaço com o Darth Vader e 30 naves imperiais na sua cola... Nope, essa tecnologia ainda não existe amiguinhos, fui realista com o que podem nos entregar e não me decepcionei.

Sinto que vai envelhecer muito bem, o potencial é enorme. Mods e expansões chegando, o céu é o limite (para Starfield, isso não é verdade, hehe). Poeira, fanatismo e hype diminuindo, pessoal vai aprender a lapidar esse diamante... eu ainda estou aprendendo, 100h de jogo e estou apenas começando.
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Edit: Platinado 💯🏆
230h pra upar lvl 100 sem rushar.

2018

Fazer 100% nesse jogo beira o masoquismo.

Sinceramente não entendi o hate. Eu curti os gráficos estilizados e os efeitos ingame dos veículos. Sei que é opinião, mas é o primeiro NFS em muito tempo que mostra personalidade e que pelo menos estão tentando.

A história realmente é bobinha, chega a ser engraçado como TODO diálogo é genérico e passa aquela vibe “how do you do, fellas?”, mas qual jogo da franquia foi diferente? Ninguém joga NFS pelo enredo. Não incomoda, não é importante.

Como o jogo funciona? Você tem um calendário semanal para correr, e precisa juntar grana para a Eliminatória no sábado. Toda corrida, ganhamos nível de procurado que vai de 0 a 5 e se mantém até finalizar o dia. Não podemos repetir as corridas, e caso seja preso no processo, perde tudo conquistado neste dia.

Como todo caixista, estou acostumado com Forza Horizon, mas cansado de como funciona. Ganhando 4, 5 carrões numa bandeja de prata sem nenhum esforço e atraindo “fãs” casuais alucinados com os gráficos, que depois de 2 corridas já abandonam o game, mas contam como estatística pra poder dizer que atingiu 20 milhões de players. Migrar pra Unbound teve esse lado bom, nada é fácil e a sensação de mérito próprio está sempre presente. Risco e recompensa, baby.

O “lado ruim” de migrar foi a qualidade técnica, senti que está uns 2 degrauzinhos abaixo, isso me incomodou no começo, achei a jogabilidade dura demais e quase dropei, mas tudo é questão de costume e não é tão ruim quanto me parecia, pouco tempo e já estava sentindo prazer nas curvas. O sistema de nitro é o melhor que já vi num jogo. Temos um turbo azul (adquire correndo na contramão) e um superturbo amarelo (saltos, drifts e pegando vácuo), e é necessário saber onde usar e como administrar porque a IA aqui é selva, vi gente dizendo ser quebrada quando senti que os adversários simplesmente utilizam os mesmos privilégios de nitro que a gente.

O jogo possui alguns defeitinhos chatos, mas nada me incomodou tanto quanto O NÍVEL 5 DE PROCURADO.

Honestamente não me lembro de odiar tanto algo num jogo. Tentaram fazer algo parecido com GTA, com helicópteros e umas 8 viaturas na sua bunda, mas aqui não tem o Trevor com uma RPG pra mandar tudo pra pqp. Está sendo seguido? Corra aleatoriamente pelo mapa por uns 10min ou se esconda no matinho pois todos os objetivos ficam bloqueados. O real problema é que mesmo após as perseguições pararem, o alerta continua até o final do dia. Teve vez que após todo esse processo, estava quase chegando num objetivo e SHAZAM CARAI, um policial à paisana me avistou (sim, nem sempre mostram a polícia no mini-mapa). Dei pause, inspirei... expirei... e repeti todo o protocolo ao invés de tacar meu controle na parede. Não é satisfatório, desafiador, ou divertido, é apenas CHATO e IRRITANTE, pois toma tempo que você podia estar correndo de verdade. Estendeu meu gameplay de 2 a 3x mais do que deveria pra completar a campanha.

Customização, músicas, design, dificuldade, as mecânicas... Need for Speed: Unbound se sai bem nas suas ideias. A polícia me deixou maluco, mas no geral o joguinho realmente me agradou, sendo o primeiro desde os clássicos de PS2.
Acho que vale a pena dar uma chance já que está free no EA Play. Quase comprei antes de entrar no Vault por 100 janjas, e mesmo assim não tenho a sensação que me arrependeria.

RPG com jogo de navinha, que daora. 😄
Final A: Acabou? 🤨
Final E: ...

Não lembro de um jogo trazer tantos temas, abordando de forma tão poética e filosófica, com uma trilha sonora tão linda e magistral, quanto Nier: Automata.

Propósito, humanidade, identidade, sexualidade, consciência, emoções, família... Filosofia existencial é a assinatura de um enredo profundo, tocante e melancólico. Outros players podem literalmente sacrificar seu save por você, pra te ajudar a conquistar algo no final, que outro game tem esse tipo de interação?

A gente precisa de mais mentes criativas como as de Yoko Taro criando esses conceitos.

Esse era obrigatório no lançamento, o original é sem dúvidas o jogo singleplayer mais importante da minha vida. Voltar a jogar depois de tantas vezes, mas agora um remake, é bem surreal.
Felizmente a CAPCOM aprendeu com as críticas do antecessor e nos entregou um jogo bem divertido e redondinho.

O gameplay tá super fluído e viciante, estava com pé atrás com relação ao parry, mas é bem útil e satisfatório usá-lo ingame. O counter de faca (já estabelecido antes) não tinha no jogo de 2005, mas caiu como uma luva. No mais, é o bom e velho headshot+kick que amamos.

Gráficos seguem o padrão da engine, nada revolucionário, mas bem bonito. Deixaram a paleta de cores e os cenários (falo mais sobre) bem parecidos com os de seu pai, o que contribui bastante com o feeling nostálgico que ele traz. Ainda não tenho certeza se gosto do novo visual da Ana Maria Braga do Salazar, mas todo o restante dos personagens ficou ótimo.
Meu saudosismo pode estar falando mais alto, mas senti que a trilha sonora ficou a desejar. Com exceção do familiar menu de save, pouca coisa é marcante.

Bora falar dos CENÁRIOS?
Você começa sem fazer ideia de onde está, e conforme progride, as semelhanças começam a aparecer, virar a esquina e perceber uma ambientação vindo direto do original me abriu um sorrisinho infantil durante todo meu gameplay. Além do puro suco nostálgico, adicionaram mais conteúdo, novidades como os favores ao Mercante (missões secundárias simples), e outras já conhecidas como os puzzles e tesouros, aprimorados e com mais variedade, tudo muito bem espalhado por todo o mapa.

VILAREJO: O mais fiel e carismático. Do momento que iniciamos nossa jornada e seguimos até o lago, as coisas estão bem 1:1. A partir daí, topamos com alguns caminhos pra explorar e matar a saudade que sentíamos desse mundão tão ameaçador ao nosso protagonista, mas super simpático pro player. Acho que foi o mais divertido e o que mais passei tempo brincando.

CASTELO: O mais belo e charmoso. Passei bastante tempo apenas apreciando seu design. Cada quadro, armadura, escultura, jardins e ambientação... Muito carinho em cada cômodo, impecável. Achava algumas partes meio extensas e cansativas demais no original, resolveram meu problema.

ILHA: Se antes era o patinho feio, aqui continua. Não me entendam mal, eles melhoraram bastante coisa e eu vi o esforço. Gostei que deixaram as coisas mais enxutas, mas se comparar com os outros que trazem coisas marcantes pros veteranos, a ilha continua bem whatever.

Obviamente muita coisa no storytelling mudou, colocaram coisas aqui, retiraram coisas ali. A ótima apresentação dos Novistadores no esgoto foi retirada (😭) e deram cabo de um boss. Tirando isso, não se compara, no geral ficou bem melhor. Mais profundidade e contexto em diálogos/files e um tom mais sério ao invés daquele pastelão onde o foco nunca foi sua história.

E os PERSONAGENS? Hmmm... aqui minha opinião diverge um pouco com o restante do material entregue.
Luis e Ashley, desconsiderem esse assunto meus amores, vocês estão ótimos. O restante... vamos por partes:

ASHLEY: Não sou o maior hater, mas é fato, era apenas uma princesa indefesa de personalidade oca cuja únicas palavras conhecidas era LEON e HELP. A construíram melhor dessa vez, tem bons diálogos onde entendemos seu medo e sua vontade em superá-lo pra deixar de ser um estorvo e se tornar mais útil e prestativa. Ela consegue? O que importa é a intenção kkk (ela consegue diversas vezes, sim).

LUIS: Já era bom personagem, e deram mais espaço a ele. Seus diálogos bobos continuam divertidos e tem mais camadas e carisma. No final de tudo fica explícito, só estamos vivos graças a ele.

SALAZAR: Pouco aproveitado e diálogos rasos, além de mudarem sua personalidade. Eu particularmente amava odiar aquela "criança" mimada e suas cômicas interações de conflito e deboche com Leon, esse não tem uma cena memorável sequer, está ali porque tem que estar. A bossfight ficou melhor, pelo menos.

KRAUSER: Real não curti ele não. Trazia antes dublagem bem característica e reconhecível, diálogos interessantes, e sua apresentação com Leon dispensa comentários. Esse novo tem voz bem canastrona, comentários boring e discussões que não agregam em nada.

MIOJÃO: Nessa altura do campeonato, todo mundo deve saber que ele não cala a boca por 20 segundos. Sinceramente? Eu não me importo, desde que sejam diálogos novos. Na vila e o castelo estava tranquilo, chega na ilha e eu já entendi porque arsenal rima com carnaval, não precisa repetir 50x meu consagrado.

LEON: Era um super-humano sarcástico, divertido e bem-humorado do começo ao fim. Cheio de piadinhas e frases de efeito cafonas que provavelmente praticou no espelho antes de ir resgatar a Ashley (todo o charme e carisma de RE4 era do homem).
Agora temos um ser-humano mais realista, ainda possui traços de humor, porém é meio depressivo e está de saco cheio dos Los Iluminados, se encontrando várias vezes em seu limite. Continua como o melhor personagem, mas dessa vez divide melhor com os demais (principalmente a Ashley), mérito deles.
Vou ser saudosista e dizer que ainda prefiro a versão:

- I've sent my right hand to dispose of you!
- Your right hand comes off?

Mas se o antigo é o melhor protagonista da franquia, o novo é facilmente o segundo.
OBS: Descobrimos que é monogâmico, vencemos demais. 🔥😎🙏

Sem necessidade em citar o restante pois cumprem o esperado. Não se destacam, não comprometem.

Não acho que supera o revolucionário Resident Evil 4 (2005), nem precisava. Mas as falhas que encontrei são mais questão de opinião e costume ao se adaptar com o novo, não da qualidade em si. De qualquer forma, fazem pouco barulho com o jogo maravilhoso que nos entregaram. Tudo o que não podia faltar, trouxeram de volta, e muito mais. Joguei do começo ao fim com sorriso de orelha a orelha e um quentinho no coração. Um excelente título pra quem não jogou o lá de trás, mas uma experiência única pros fãs.

3ª run completa, bora pra próxima...
Só pistola e faca ou sem usar ervas verdes? Será que consigo ambas ao mesmo tempo?

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Edit: Platinado 💯🏆

Não tem muito o que falar: They nailed it

Basicamente, aprimoraram da melhor forma possível tudo que precisava atualizar (gráficos, gameplay, ambientação, sound design), minha USG Ishimura tá impecável. Também trouxeram mais conteúdo pra fugir de uma reprodução 1:1 (armas, inimigos, side quests, lore, etc), tudo bem-vindo. Isaac agora fala, particularmente nunca gostei de protagonistas mudinhos e sem personalidade. Do começo ao fim é notável o carinho e respeito no desenvolvimento pra manter a essência.

A única mudança considerável no gameplay foi com os necromorfos. Se antes com 1 tiro já dava pra amputá-los, agora é necessário 2 ou 3 no mesmo lugar pois antes de fraturar seus ossos tem a camada de pele e carne. Além de mais realista, também ficou mais satisfatório, gore, difícil e desafiador, sendo a precisão fundamental. O melhor upgrade na minha opinião, CUT OFF THEIR LIMBS!

Remake completo e redondinho, mas tiro meio estrela pela otimização:

Sim, sou frescoboy e não acho legal um jogo de 2023 sendo lançado em 30FPS. Não vou entrar no polêmico tópico do que o Series S tanka ou não, mas depois de todos meus elogios, DSR continua sendo o que foi seu original, um game onde 90% são corredores escuros e estreitos. Não é apenas ele com problemas de performance, no PC uma GeForce RTX 4090 não tanka o joguinho em 4K/60FPS. PS5 e Series X a EA meteu o louco, simplesmente MENTIU e não entregou metade da performance prometida.

Merece todo hype que ganhou. Hi-Fi Rush mistura de forma sólida um divertido hack-n-slash e algo tão unânime como a música que realmente me deixou curioso como ninguém pensou antes como receita óbvia pro sucesso, quem não joga com o headset no talo é maluco. 🎧😎🎸

Confesso que demorei um pouco pra pegar o jeito de alguns combos (os de bloqueio contra os mini boss), mas depois que se mergulha totalmente na vibe do “batidão” e as notas S começam a aparecer, se torna um dos games mais satisfatórios e divertidos que existe.
Também gostei bastante da dublagem, direção de arte, e dos personagens. A história não é nada demais, mas está totalmente alinhada com a proposta do joguinho.

Uma grata surpresa, 2023 abriu com chave de ouro pra mim.

É estranho, The Callisto Protocol não parece feito pelo criador de Dead Space, parece feito pelo filho tentando impressioná-lo.
Sim, ele nos deixa apreensivo, dá alguns sustos, MAS ELE NÃO DÁ MEDO.

Jogando 2h você prevê o final. Não tem plot twist, aquele momento empolgante, não tem nada. Os personagens são um desperdício de bons atores, especialmente Sam Witwer.

Quanto ao gameplay, o polêmico sistema de combate é quebrado e simplório demais. Funciona bem contra no máximo 2 inimigos, mais que isso a câmera se embanana com os inimigos nas costas, você vai morrer algumas vezes e sentir que a culpa não foi sua, felizmente o jogo facilita e sempre coloca armadilhas nos ambientes com vários inimigos, passar raiva depende da sua percepção ao redor.
Outra coisa irritante é a mecânica das animações (trocar de arma, pegar itens do chão, healing).
Parece frescura, mas atrapalham MUITO em situações específicas de combate, toda a jogabilidade em si é detalhista mas MUITO LENTA! RE5 ensinou que esse tipo de coisa não é nada funcional, SEMPRE o simples é melhor.

Pensei ser o diferentão que ia amar, parecia criado pra mim. Só queria um game simples com aquela vibe dark onde nos encontramos presos no inferno e é impossível escapar, mas descobrimos uma nave lá na pqp, e então temos aquele fio de esperança em meio ao caos... Nope
É um castelo de cartas. Diverte, mas quanto mais jogamos, mais problemático fica (edição deluxe deve ser o flop do ano).

Sou rigoroso com JRPG pois raramente jogo, mas este aqui é uma obra-prima. Nunca entendi por que tanto se falava de P5 e agora entendo, se passei 1min entediado ou indiferente nas minhas 100h de jogo, foi muito.

O gameplay de combate é um absurdo de viciante, a sensação é que inventaram o Videogame II. Narrativa é lenta, mas no bom sentido, não tem pressa em contar sua história e principalmente apresentar seus personagens que são carismáticos e bem construídos (Futaba já mora no meu ❤️), junte sua OST super cativante e temos um game com uma vibe sempre empolgante, onde você joga o dia todo e mal vê o tempo passar. De longe o melhor que joguei em 2022.


ALGUMAS OBSERVAÇÕES DEPOIS DE FINALIZAR

• Platinado 💯🏆
• As músicas disso aqui simplesmente formam o Exodia, extremamente cativantes.
YOU'LL NEVER SEE IT COOMIIIIIING 🖤❤️
• Epílogo (Royal Palace) agrega muito.
• SHOWTIME ATTACKS são muito bons, um melhor que o outro.
BY THE MYRIAD TRUTHS!
• Impressão minha ou o boss do Palácio Espacial é muito mais DIFÍCIL e APELÃO que qualquer outro?
• New Game Plus poderia ser melhor hein?!
• Enfrentei uma Shadow com o formato de pênis, juro que não estou louco (Mara).
• NÃO TOQUE NOS POWER RANGERS DA FUTABA, INARI!!! 😡😡😡

Isso aqui ter feito sucesso é a nossa falha como sociedade moderna.
Todo mundo joga coisa ruim, mas real foi a primeira e única vez que tive uma experiência tão ruim, mas tipo ruim mesmo. Traçou um novo parâmetro de ruindade pra mim e qualquer outra porcaria que já joguei vira GOTY ao lado.

Além de ser naturalmente tosco em qualquer PC top, o port para Xbox One ficou injogável.
Você chega ao solo, as casas não tem texturas e objetos são invisíveis (precisaríamos voltar ao PS1 pra ver algo semelhante). Começamos a caçar armas/munição e a tortura começa, além de bater em portas invisíveis que ainda não receberam textura, o jogo é todo lagado, você dá 3 passos e volta 2. Não está impressionado? Prosseguimos...
Quando as texturas começam a surgir, você pensa que os 15FPS também vão normalizar e era apenas temporário devido ao loading do mapa... NÃO! É ASSIM ATÉ O ÚLTIMO SEGUNDO DESSA CRIAÇÃO DE SATANÁS KKKK. Suportável? Calma, tem mais...

Ok, você encontrou armamento bélico (apanhando de todos os obstáculos listados acima), vai pro X1 com outro pobre coitado que passou pelas mesmas adversidades e então você descobre que o gameplay tem um delay fudid* de alto! Eu juro, a NASA controla seu robozinho de Marte com menos imput lag (o áudio das armas também é atrasado, não fizeram o básico num shooter-game).
Junte tudo isso num battle royale e o que acontece? Acontece de X1 de cegos serem menos sofríveis e vergonhosos, é maluco pinando 30 balas de automática na sua frente e dozeiros demorando 2 minutos pra se matarem devido ao lag. Vence quem campera mais, já que você leva tiro e só escuta de onde vem o projétil quando já morreu.

Sem dúvidas uma obra-prima do mundo invertido. Jamais desejo o mal pro outro, mas é muito injusto alguém ter ganhado tanto dinheiro com o meu sofrimento (saudades 80 conto). Felizmente não demorou pra chegar Fortnite e colocar a aguinha preta que sai do lixo no limbo que ele sempre mereceu. PS: Eu não gosto de Fortnite.

Poderia ficar o dia todo falando mal, mas um vídeo vale mais que mil palavras...

Penso se realmente gosto da franquia ou apenas amo o primeiro Life is Strange, mas é fato que nenhum outro conseguiu explorar tão bem os poderes da protagonista como o primeiro.

Viagens no tempo, teoria do caos e efeito borboleta são temas muito mais interessantes do que analisar humor de personagens genéricos.

2020

Esse jogo tinha tudo pra ser ruim, seu sistema de combate é meio confuso e pode até ser considerado irritante, mas a vibe do jogo e a química dos protagonistas é surreal de boa, difícil explicar.
Os gráficos são simples e bonitos, os diálogos muito bons e a trilha sonora maravilhosa.
É repetitivo, mas quando começa a se tornar enjoativo, a história se encerra.

A campanha é boa, mas já tava de saco cheio, a engine já tinha saturado (uns 10 anos na mesmice).

Multiplayer também tinha tudo pra enjoar rápido, mas fui surpreendido pela qualidade dos mapas e das armas (futurista, mas sem ser demais). Modo zombies em co-op também me agradou.

Parabéns Treyarch, não achei que conseguiriam.

NUNCA PERGUNTE AO FÃ DE DMC O QUE ACONTECEU EM 2013

Pra quem não é (eu), o jogo é muito divertido. Levou hate por se tratar de um Dante totalmente diferente, mas um jogo bom com personagem descaracterizado continua sendo bom.
Conseguindo colocar na cabeça que se trata de um universo paralelo, se consegue aproveitar muito do que o game tem a oferecer.