De todos os 5 jogos do Homem-Aranha que vieram até esse, é de longe o menos pior, ainda assim tá bem longe de ser bom, é só um joguinho de plataforma genérico qualquer.

É um jogo cheio de probleminhas, por exemplo, eu acho que é péssima a forma como o Homem-Aranha recebe dano no jogo, já que é meio que "progressivo" o dano que vem, não é imediato, e isso gera umas situações bem chatas, nesse mesmo ponto de como você toma dano, e apesar de ter tempo de invencibilidade eu sinto que ele é mal feito, dá pra se meter em umas posições que você quase toma 100/0 facilmente, e geralmente essas posições raramente soam como culpa sua, é mais de mal posicionamento do jogo em si, na fase final, por exemplo, tem lugares onde soa impossível não tomar dano de alguma forma porque é coisa demais na sua tela, e posicionadas de uma forma horrenda, torna muito frustrante, e pra um jogo que eu senti ser bastante punitivo, e não de uma forma agradável, é algo bem ruim.

Eu também não gosto de como a teia funciona no jogo, ela é limitada, cada vez que você usa você gasta, e o problema nisso é que muitas vezes você é forçada a usar pra se movimentar pela fase; e como o recurso é limitado e difícil de pegar já que você só consegue droppando de inimigos e não são todos os inimigos que droppam, pode muito bem acontecer uma situação onde você não consegue seguir em frente simplesmente por não ter mais fluído de teia e zero formas de conseguir, não chegou a rolar comigo, deve ser mais comum de acontecer na fase 5 que te obriga a gastar muita teia pra se movimentar entre os prédios, e nessa fase não tem forma ALGUMA de conseguir mais, você simplesmente pode travar no jogo por conta do sistema dele; e só não é muito divertido ser o Homem Aranha e não poder fazer o que o ele mais faz. Eu acho que talvez seja porque pensaram que o ataque com a teia seria muito forte pra lidar com alguns bosses, mas além de pensar que isso não importa, eu ainda que o jogo não perderia sua dificuldade por isso, você ainda precisa desviar dos ataques dos bosses, e isso já é um desafio, além de que as teias dão menos dano que os seus socos neles, já estava balanceado o suficiente sem ter que limitar seus recursos, foi uma péssima decisão.

E a jogabilidade em geral, mesmo tirando esse parte da teia já não é mil maravilhas, ela funciona, mas é meio travadona, as vezes lenta, mas pelo menos dá pra usar de boa, não existem muitos problemas pra bater nos inimigos, você consegue controlar o pulo do boneco até que bem, por mais que a física dele seja um pouco estranha de início, você se acostuma, de qualquer forma não é uma jogabilidade muito agradável, ela só não é tão problemática na maior parte dela, digo na maior parte porque pra iniciar o web swing ou dar um pulo mais alto é bem ruim, meio confuso, você tem que andar pra um lado e segurar o botão de pulo, o problema é que as vezes não funciona, e eu não fui capaz de compreender o motivo, não é como se eu estivesse errando o movimento, eu tava fazendo a exata mesma coisa do que de todas as vezes que funcionaram, só que dessa vez o jogo parecia decidir que não ia funcionar, em muitas vezes essa aleatoriedade em funcionar ou não funcionar do movimento pode irritar bastante, é dano que você não devia tomar e toma por não ter subido pulado direito (Na boss-fight do Rhino isso incomodou bastante), lugar que você vai morrer por ter que usar esse tipo de pulo e ele só decidir não ir, eu morri umas vezes nas fases 2 e 5 por conta disso.

E eu já não gosto muito do level design do jogo, algumas fases são simplesmente sobrecarregadas de elementos, a fase 4 por exemplo, tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, inimigo vindo de cima, inimigo vindo de baixo, coisa que cai do céu, inimigo atirando em você, é um inferno, tem vez que você bate no inimigo que vem do bueiro e dá uma quicadinha que te leva a tomar dano de um dos inimigos que vem voando; muitos pulos tem como obstáculo um inimigo atirando pra você ter que desviar das balas, mas as vezes também tem inimigo vindo por cima e você se mete numa situação em que você toma dano de qualquer forma, indiferente da decisão que tome, e é uma situação bem incontrolável, os inimigos só foram mal-posicionados mesmo. E não é só aqui, na fase 5 tem tanta coisa que te leva pra morte direta vindo ao mesmo tempo, e as vezes vindo do nada como os inimigos que te batem saindo da janela na parte horizontal da fase e que são extremamente chatos de matar, parece depender de sorte se você vai conseguir hitar eles antes de você tomar algum dano, enquanto você tá na parte vertical que é subindo o prédio eu também acho que tem umas partes horríveis onde o jogo simplesmente joga tanto elemento na tela que fica impossível, é inimigo voador demais indo e voltando de ambas as direções, os caras que ficam na janela te batendo, é bem merda; e a fase final ela é simplesmente o ápice do design mal feito, tem 3 tipos de obstáculos na fase, os crocodilos que vem e vão aleatoriamente, uns inimigos que ficam atirando em você na diagonal em cima dos canos e que caem quando você passa por baixo, umas bolas que saem das paredes e também dão dano, tem uma situação onde existe um lugar pra sair bola da parede que tá a 1 centimetro de distância de um inimigo te atirando e que vai cair em você assim que você chegar do lado, não dá pra desviar pra trás (o que só funciona as vezes inclusive) porque tem uma bola pra te dar dano do lado, ir por baixo pra ter mais tempo é impossível, já que a velocidade é reduzida na água do esgoto, e também tem os crocodilos, então ou você toma dano da bola ou você toma dano dele caindo, ou do crocodilo, ou do tiro que ele tá dando, e muitas vezes de tudo, e essa não é a única situação assim na última fase, ela toda pode terminar soando bem, bem injusta.

A única coisa que eu tenho pra falar que eu achei legal mesmo são as boss-fights, elas capturam bem o vilão que você tá lutando contra, e por mais que sejam simples e até repetitivas as vezes, ainda são a melhor coisa que tem no jogo.

Sabe, o jogo não é a pior coisa do mundo, e diferente dos outros 4 que vieram antes desse, ele não chega a ser ofensivo ou me causar sequelas psicológicas, como The Amazing Spider-Man and Captain America in Doctor's Doom Revenge fez. The Amazing Spider Man é só um jogo de plataforma genérico e cheio de problemas, que ao menos não são tão gritantes, existem alguns minúsculos acertos, mas nada que seja suficiente pra fazer com que eu acho o jogo ao menos medíocre, ainda foi uma experiência ruim jogar isso aqui.

Questprobe é uma franquia de jogos de aventura por texto, ou seja, joguinhos onde você tem um cenário e manda o personagem realizar alguma ação, você pode mandar o Homem Aranha pegar algo falando "Take X" e por aí vai. Dessa época, acho que é o primeiro jogo desse estilo que eu joguei, e eu não poderia sair com mais preconceito sobre um gênero do que eu sai depois de jogar isso.

O jogo é simples, até difícil de falar sobre, você tem várias salinhas, alguns personagens e você tem que coletar umas gemas que tão espalhadas pelo mapa do jogo, parece simples, mas tá longe de ser. O jogo é estúpido, você tem que adivinhar o que fazer no chute muitas vezes, tem ZERO indicativo de que você pode fazer certas coisas que são mandatórias pra continuar no jogo, numa sala que tem o Homem-Areia, por exemplo, você precisa ADIVINHAR com base em NADA que você pode digitar "Go Ceiling" e então conseguir pegar a pedra sem que o Homem-Areia te veja, é estúpido, o jogo nunca induz de forma alguma o que seu personagem é capaz de fazer, você vai chutando até conseguir. Tem uma parte em um elevador que você tem que adivinhar uma sequência exata de ações baseadas em nada para chegar em uma sala específica, e o mesmo vale pra vários outros momentos do jogo. Pra não falar que é sempre assim, existem poucos momentos onde você pode usar de lógica pra chegar em uma conclusão razoável que não soa como algo que só poderia vir de um Walkthrough, como a parte onde você tem que diminuir o termostato pra congelar o Hydroman e pegar o aquário, depois esquentar de novo pra poder pegar a gema, tirando o fato do Homem-Aranha não poder molhar a mão e você ter que digitar "Empty Aquarium" antes dele pegar, pelo menos é um puzzle que funciona.

Problema é que além da chatice e do tédio que dá jogar esse jogo, esses puzzle que chegam a funcionar são mínimos, Questprobe Spider-Man é do tipo de jogo que não dá pra completar sem um guia do seu lado, ele me fez me sentir estúpida das piores formas possíveis e em nenhuma delas eu sentia que é culpa minha, eu só pensava "Como eu devia ter assumido isso?", é uma péssima sensação.Eu odiei esse jogo, é mais um da sequência de fraquíssimos jogos do Homem-Aranha que eu tenho enfrentado.

Eu não sou a maior fã de beat'em up's, sinto que é muito difícil fazer um jogo desse gênero que me agrade, tanto que não consigo pensar em mais de cinco que eu pare pra pensar e fale "Nossa, como esse jogo é bom", sinto que é muito fácil cair na repetitividade quando se cria algo assim, fazendo com que o ciclo da gameplay se torne tedioso por você estar fazendo a mesma coisa o tempo todo. Infelizmente esse jogo não foge disso, na verdade é ainda pior do que o que eu esperava.

Não são poucas fases, e pra um jogo do estilo elas são relativamente longas. Ao longo das fases você apenas passa por várias telas enfrentando os mesmos poucos inimigos com corzinhas diferentes de novo e de novo e de novo, e o pior é que sua única opção é usar o exato mesmo combo o tempo todo, existe zero variação sobre o que você pode fazer no jogo, e os inimigos (que aparentam ser só uma reskin de cada um) também não ajudam nisso, já que as ações e a forma como você tem que lidar com eles é estritamente igual o tempo todo. O mais curioso é que vendo a existência de 4 bonecos eu pensei que talvez eles apostassem a variação em cima disso, fazendo personagens que você sente serem diferentes jogando, mas não, todos eles fazem a exata mesma coisa que o Homem-Aranha, não existe nada que os torne minimamente únicos, e o pior é que eles são tão diferentes em poderes, o Namor não tem nada a ver com a Gata Negra, mas conseguiram fazer ele realizar o mesmo Web-Swing, o mesmo combo, os mesmos movimentos, tendo os mesmos status e tendo zero coisas que me lembrem de que eu não estou jogando com um Homem-Aranha diferente.

E esse problema de repetição não se salva nem nas boss-fights do jogo, poucas delas soam realmente diferentes uma da outra, a maioria deles funciona de forma muito parecida, eu sequer sei dizer qual a diferença entre lutar contra o Venom ou contra o Lagarto nesse jogo, por exemplo. Mas não são todos que são assim, tem alguns pouquíssimos que demonstram um mínimo de originalidade enquanto na jogabilidade beat'em up do jogo, tipo o Duende Verde que atira bombinha enquanto fica no planador, mas mesmo essas batalhas que conseguem trazer um pouquinho de divertimento pro jogo se perdem ao serem repetidas até mesmo 3 vezes na mesma fase, isso quando elas não aparecem em fases diferentes também, acaba que mesmo essas lutas que se sobressaem na primeira tentativa elas rapidamente se tornam assim como quase todo o resto do jogo, chatas e repetitivas.

Pra não dizer que eu desgostei de tudo, eu gosto da parte do jogo onde a câmera da um zoom-out e você passa a jogar meio que um "run n' gun", é a única parte a fase conseguia ser decente porque ali de fato existem novos elementos no jogo, eles tentam fazer um pouco mais de plataforma, que apesar de não ser a melhor ao diferenciava um pouco do resto do jogo, foi uma boa ideia. Ah, e esses trechos também tem boss-fights MUITO melhores, apesar de serem fáceis demais por conta do dano ABSURDO que você dá enquanto tá nesse modo, o que torna todas as batalhas muito rápidas, elas ao menos tentam algo de novo, tem batalha onde você precisa ficar variando de plataforma, outra onde você precisa desviar de projéteis que atiram em você e por aí vai; claro, não são muito criativas, nem nada que eu pense "wow que divertido", mas ainda são muito bem vindas pra quebrar um pouco do tédio que você sente por toda a jogatina.

Mas esses momentos tão longe de suficientes pra tornar o jogo menos chato, eu passei 1 hora jogando e pareceu ser ainda mais do que isso por conta do quão repetitivo tudo era, todas as fases me deram um sentimento de que eu já tinha as jogado antes, porque eu de fato tinha. São muitos problemas, a variação zero em movimentos ou ações que você pode tomar, os personagens que são puramente re-skins do Homem-Aranha e também os inimigos que não são muito criativos, mas sinto que se ao menos as fases fossem um pouco mais curtas e as boss-fights fossem repetidas menos vezes, ele poderia de ser um jogo ruinzinho pra se tornar algo decente, mas infelizmente como um jogo de Arcade eles tinham que dar algum jeito de te fazer ficar o máximo de tempo possível jogando.

Deve ser um desafio pra LJN lançar um bom jogo, porque não é possível errarem em absolutamente todas as tentativas que eles tiveram, e foram OITO, uma pior que a outra. Essa não foi a pior tentativa da empresa, mas foi mais um jogo terrível lançado por eles, e honestamente, não difere muito do que se tem a reclamar das outras.

O jogo é cheio de decisões que variam de estúpidas a extremamente aleatórias, mesmo na escolha das fases isso acontece, por algum motivo escolheram uma fase aquática pra Tempestade, uma fase de circo pro Wolverine, uma fase de caverna pro Ciclope, parece que pensaram nos cenários mais genéricos possíveis e jogaram os personagens lá, aproveitando zero da singularidade de cada um deles. Não dá pra não sentir desperdício vendo aonde botaram cada personagem, a menos pior delas é a do Homem-Aranha que se passa num lugar de construção, usando bastante do web swing, e a do Gambit que tem várias coisas que relembram jogos de tabuleiro. Mas mesmo sendo escolhas que ao menos fazem sentido com o personagem, aproveitando da temática ou habilidades de cada um deles, elas ainda passam longe de serem boas fases, e em geral o problema de todas elas é o mesmo, péssimas decisões de design combinados a uma dificuldade injusta e uma jogabilidade que, apesar de não tão ruim quanto a de outros jogos, mal consegue passar de decente.

E as péssimas decisões do jogo se mostram desde a fase introdutória, aonde por algum motivo decidiram que você não pode seguir seu ritmo, mas sim deve seguir o caminho do jogo e pegar as bombas apenas quanto elas estão piscando, eu sentia que se não fosse essa enrolação mal feita, a fase teria terminado muito, mas muito antes mesmo, porque eu passei por cada bomba ao menos 2 vezes enquanto tinha que seguir a ordem certinha delas, deixou uma sensação horrível de que o jogo tentando só fazer coisas aleatórias pra demorar o máximo possível.

Nas fases da Tempestade se tem que ficar explorando um cenário sem graça e um tanto confuso, e o jogo te faz ficar indo e voltando pra quebrar uma máquina que você só consegue chegar depois de destruir outra mais a frente, e então você repete isso muitas e muitas vezes. O problema disso não é nem a ideia, só a forma como é executado, a fase já é extremamente tediosa por si só e ter que ficar indo e voltando tantas e tantas vezes torna a tarefa ainda pior. Também soa extremamente injusto quando você encontra alguns inimigos, principalmente um que é uma espécie de polvo atirando você, como não existe tempo de invencibilidade dá pra ser metralhada por ele e morrer em 1 segundo, e eu não consegui achar, de nenhum jeito, uma posição aonde eu não tomasse pelo menos um pouco de dano, ao menos você pode se curar conseguindo ar pra respirar, mas nossa, não compensa nem um pouco o quão frustrante tudo isso pode chegar a ser, eu achei essa de longe a pior fase do jogo, tudo que eu posso aderir de ruim para algo está presente aqui.

As outras fases também são péssimas, a do Ciclopes tem muitos e muitos saltos de fé ao longo da fase, muitas vezes se acaba morrendo por chutar errado aonde se deve pula, já que não tem base alguma; e o boss das fases dele também é péssimo, demora milênios pra morrer, a luta é longa demais e ainda se repete 3 vezes, enfrentar o sentinela era um castigo. A do Wolverine tem outros problemas, eu odiei a ideia dela de ser meio labiríntica, precisando que eu quebre algumas paredes para progredir, (e nossa como é chato raspar parede) e apesar de não ter pulos de fé, tem decisões igualmente estúpidas. Existem algumas bombas no cenário, e elas são TÃO mal posicionadas, existem 2 que são impossíveis de desviar, são legítimas situações onde o jogo te força a tomar dano mesmo que você não tenha feito nada de errado, e isso pode facilmente gerar uma situação aonde você fica 100% morta por algo que pode ser de forma alguma culpa sua, (aconteceu comigo inclusive) parece que as bombas não foram posicionadas pra ser um desafio e gerar alguma forma de dificuldade, te mas sim pra te frustrar e fazer você tomar um game-over, só pra estender artificialmente a duração do jogo. O pior é que a segunda fase dele conseguiu ser ainda pior, é uma longa boss-fight contra o Juggernaut, que parece ter HP infinito, já que mesmo acertando TODOS os obstáculos nele e batendo sempre que possível, aparentemente fazendo tudo de certo (o jogo demonstrou que ele tomou dano todas as vezes, inclusive) eu ainda chegava ao final da fase e morria por aparentemente não ter sido suficiente, e pra chegar no final já é um castigo, já que são cinco minutos fazendo literalmente a mesma coisa repetidas vezes, cheguei a me irritar ao ponto de fechar o jogo.

As 2 menos piores são a do Homem-Aranha e a do Gambit, a do Homem-Aranha ainda consegue ser pior porque a mecânica de web-swing nesse bem ruinzinha, não gostei de não poder usar enquanto pulava, você tem que se preparar em uma plataforma e usar na outra pra dar uma balançada telegrafada que você sequer controla ela, é algo que imagino que não vai incomodar algumas pessoas, mas pra mim foi algo bem chatinho de lidar. Em geral eu não tenho muito mais a reclamar da fase dele, ela não é boa, mas ao menos também não é ruim.
Agora a fase do Gambit eu até que gostei, existe uma mecânica que limita suas cartas, como se você realmente tivesse um baralho, e apesar de eu imaginar que ela pode soar desnecessária por conta do jogo te dar recurso ilimitado pra algumas pessoas, eu gostei disso, são obstáculos e inimigos demais pra eu me preocupar, acabaria sendo irritante ter mais algo pra fazer, então pra mim essa mecânica existir só pra melhor representar o personagem é ótimo, principalmente pela extrema dificuldade em representar minimamente os outros. E eu também gostei da temática das fases, (mesmo com o cenário morto dela, ainda conseguiu ser melhor que o resto) os inimigos que são pões ou outras peças de xadrez, o boss final da primeira fase está numa carta de baralho, apesar de poder ser melhor, ao menos aqui eles conseguiram fazer algo que lembre o personagem com o tema. Infelizmente ainda tem alguns problemas, existem uns quadradinhos que você tem que ir quebrando, eles são difíceis demais pra se acertar múltiplas vezes em uma fase que exige certa velocidade, também acho a distribuição de dano ruim, e a boss da segunda fase tem uma hitbox que mais parece uma piada de mal gosto de tão minúscula que é. Mas apesar desses problemas, a fase ainda é minimamente agradável.

Sabe, eu realmente acho interessante a ideia de fazer com que cada fase seja diferente, tendo até formas diferentes de se jogar, tentando um mínimo explorar os poderes de cada personagem, mas o jogo não executa nenhuma dessas ideias bem, além dos temas estúpidos que já não ajudam na singularidade, a forma que tiveram de explorar os poderes também não foi nada boa, (O Wolverine cava parede, cara) a única coisa que essa tentativa de ser diferente gera é que as fases tenham problemas únicos a cada uma delas. E pra contribuir nisso, o jogo ainda ousa não ter continues, fazendo com que sempre você tenha que jogar as terríveis fases do jogo novamente, e acredite, esse jogo é tão injusto e tem a dificuldade tão mal feita que você vai chegar nesse game over algumas vezes.

Mas quem dera fosse só essa parte sendo horrível no jogo. Eu também acho tudo aqui tão feinho, de uma forma que até chega a incomodar; os cenários não tem inspiração nenhuma, a escolha das cores pras coisas é péssima, os elementos na tela não combinam em nada entre sim, me dá uma sensação de que o jogo não tem a vida alguma, e terem fases onde o cenário é só um fundo preto sem absolutamente nada também não ajuda nem um pouco a passar essa sensação de vazio que eu tive enquanto jogava isso. O jogo era visualmente monótono, e isso não ajudava nada com a chatice do jogo; mas não é só isso que eu acho feio, os sprites do jogo também são bem ruins, são minúsculos e nada detalhados, também tem cores mortas que não combinam em nada com o tema do jogo pra mim poderia ser bem mais colorido. Mas o pior mesmo são as animações, os personagens andam de uma forma tão ridícula, é extremamente duros, e tão travados, os pulos também são péssimos, nada do visual desse jogo consegue funcionar um mínimo.

Eu realmente queria jogar um jogo bom do Homem-Aranha, mas até agora o máximo que fizeram foi variar sobre o quão ruim cada um dos jogos é. Não tem nada que se salve um mínimo além da fase do Gambit no jogo, é problemático em tudo, e eu sequer falei da parte sonora do jogo que eu também achei bem ruinzinha. É mais um jogo que eu recomendo que todos passem longe, porque passar por essa tortura eu não desejo nem pro meu pior inimigo.

Essa é uma review de cada um dos jogos, não dele como uma coletânea

Another Code: Two Memories

Admito que eu nunca tinha sequer ouvido falar de Another Code; agora, vendo os dois originais, eles realmente não conseguem me despertar tanto interesse. As histórias de ambos parecem ser interessantes, mas, em contrapartida, cada um tem um estilo de gameplay que não me soa muito convidativo ou agradável. É algo que só não conseguiu me atrair muito. Então, fiquei feliz ao ver que o remake me oferece justamente o que eu quero: uma forma de experienciar essa história sem passar pela barreira que é a gameplay dos originais pra mim. Então, fiquei bem animada pra jogá-lo.

Eu amo jogos de puzzle, mas ao mesmo tempo, tenho uma relação meio complicada com eles. Quando são bem feitos, eu adoro tudo; amo a forma como me desafiam, e a sensação de resolver algo complexo é incrível pra mim. Trilhar meu caminho até a solução de algo também é muito divertido. Mas, quando é algo mal feito, eu acho insuportável. Odeio quando sinto que algumas soluções são absurdas ou que o caminho até elas me soa idiota ou injusto. É como se estivessem caminhando em uma corda bamba, e por isso, sempre que começo um jogo, me pergunto pra qual lado ele vai pender.

Fico feliz que em Two Memories, minha sensação é muito mais de algo positivo. Sinto que existem alguns puzzles meio idiotas aqui e ali, mas a grande maioria deles foi divertida. Apesar de sentir que a maioria deles é bem simples, não costumando ter soluções muito complexas ou exigir uma lógica mais trabalhada pra que se chegue até uma resposta, eles funcionam muito bem como estão. São fáceis, mas não chegam a ser estupidamente fáceis a ponto de eu sentir que o jogo está me fazendo de idiota. Então, terminando sendo apenas algo agradável. Como o foco do jogo é ser uma jornada de mistério focada na história que quer contar, ele ser assim não me incomoda. Acho um desafio decente que ainda conseguiu me divertir.

Infelizmente, achei toda a exploração que o jogo me força a fazer muito, mas muito chata. Existem alguns puzzles que exigem que eu fique indo de quarto em quarto em busca de objetos específicos que geralmente sequer carregam um sentido pra estar lá. É como se só calhassem de estar. Entendo o jogo querer me fazer explorar o mapa em busca de respostas, mas a busca não consegue me divertir, porque ela não parece ter muito sentido. É só sair andando por aí até acontecer de entrar na porta certa. Então, terminou sendo um pouco cansativo. O jogo tem uma opção de guia que te diz pra onde se deve ir, e desde que eu ativei ela, minha experiência se tornou bem mais divertida.

Uma coisa que intensifica um pouco isso é que Two Memories é um jogo muito linear. Se fosse só a história, eu não teria problema algum. Tanto que gostei dela assim. O que incomoda é que essa linearidade caminha pra fora dela e acaba impactando tudo no jogo, principalmente os puzzles. Aqui, tudo tem um único caminho que se deve seguir perfeitamente pra que a próxima coisa possa acontecer. Lembro de pelo menos duas vezes que eu já sabia a resposta de algo, mas não podia só resolver o puzzle e continuar porque ainda não tinha clicado no objeto X que vai fazer a personagem ter alguma observação e então eu finalmente poder resolver o que já tinha resolvido. Pra mim, isso terminou sendo muito prejudicial ao jogo. Os momentos em que eu ficava uns minutos presa, mesmo já tendo entendido o que precisava, como no puzzle das moedas que eu fiquei minutos até ver que precisava clicar num símbolo antes, foram muito, mas muito chatos. Entendo que isso acontece porque às vezes a interação com esse objeto desencadeia alguma memória, mas se fosse assim, eles pelo menos poderiam ser algo destacado. Porque ficar chutando aonde se deve apertar termina só sendo algo entediante e exaustivo. Sinto que isso poderia ser feito de forma melhor, porque do jeito que acabou, terminou impactando negativamente a minha experiência com o jogo.

De forma alguma, isso torna a experiência como um todo negativa. Tanto porque isso não acontece tantas vezes quanto porque a parte que tem mais foco e que também é a que eu mais gostei no jogo é a sua história. O jogo trabalha ela com duas tramas diferentes que tentam se entrelaçar. O drama familiar da Ashley indo encontrar o pai que ela pensava estar morto a 11 anos numa ilha, e também o mistério por trás da vida e o passado do D, um fantasma que ela encontra enquanto anda pela ilha.

A trama que o jogo mais foca é a parte familiar da Ashley. Afinal, o jogo começa disso. Mas, infelizmente, é ela que acaba não funcionando tão bem comigo, e acho que é por algo muito específico meu. Eu sempre fui meio teimosa e tive dificuldade em entender porque eu tenho que amar algum parente incondicionalmente. Eu sempre tive na minha cabeça que não faz sentido; eu não faço. E se me tratam mal, eu não amo. E se não me respeitam, eu não respeito.

Então, quando vejo que o que tenta ser o ponto principal desse núcleo é justamente um amor e curiosidade incondicional com o pai dela, isso acaba não me tocando muito. Como a Ashley não tem uma backstory muito relevante com a qual eu possa me envolver e entender porque ela se sente dessa forma, acaba soando meio vazio. Sinto que o caminho mais justo pra Ashley não é só pensar no amor dela pelo pai, mas sim questionar tudo isso. E ela, por vezes, faz isso, principalmente no primeiro capítulo do jogo. É natural querer entender porque alguém te abandonou. O problema é que isso acontece por um momento bem curto e que rapidamente dá lugar pro amor incondicional dela.

Eu me incomodo com as muitas cenas em que o pai dela manda algo, e simplesmente porque ela ama ele, ela faz. Sinto que o jogo tem noção de que essa relação não pode se sustentar dessa forma. Então, ele tenta trabalhar com algumas coisas, principalmente com o D, que nesses momentos serve como o personagem que é capaz de julgar ou estranhar a relação dos dois. E às vezes, com a Ashley, que às vezes demonstra uma rápida insatisfação ou indaga tudo que está acontecendo. Uma pena que isso é tão curto e quase nunca sai da boca dos personagens. Então, é algo que acontece, mas leva basicamente a lugar nenhum. Isso não significa que eu odeie essa trama como um todo. Mesmo com o mistério dela sendo excessivamente óbvio e esse problema em me relacionar com esse tipo de história que eu tenho, eu ainda acho que ele tem um desenvolvimento bem legal. A Ashley vai pra um caminho que eu acho muito bom. Que acho que, combina bastante com a personagem, e também é um desenvolvimento bem bonitinho em geral, mas isso só acontece a partir do capítulo 4 e 5, então demora um tantinho.

Mas, pra mim, onde o jogo realmente brilha é quando ele chega na história do D. Acho ela bem mais interessante que a parte familiar da Ashley. Desde o começo do jogo, foi aqui que ele me engajou de verdade. Desde o início, o jogo trabalha muito bem ela, principalmente se tratando do mistério da vida dele. Ele já começa colocando uma pulguinha na minha orelha contando que naquela ilha morava uma única família onde todos acabaram morrendo por uma doença, um atrás do outro. E a partir disso, eu fiquei interessada pra ver o que aconteceu. Quero entender tudo isso. Como acabou, o que levou a isso, o que acabou com a família? Pra mim, todos esses foram questionamentos interessantes. E quanto mais os fragmentos desse mistério eram revelados, mais interessada eu ficava, e ao final, fico feliz que as respostas finais pra tudo isso também sejam muito boas. Essa parte da história se conclui de uma forma incrível. Mas deixo claro que muito da história dele não é tratado de forma direta, principalmente as partes um pouquinho mais pesadas de se falar. Ainda é um jogo infanto-juvenil. Na maior parte do tempo, elas ficam pra serem entendidas nos puzzles, em uma pintura ou em alguma carta. Nesse jogo, isso pode vir a incomodar um pouquinho, porque aqui essas não são formas de se contar algo a mais, de se adicionar detalhes ou algo do tipo. E pra mim, o que o jogo conta através de tudo isso é justamente o que torna a história incrível.

Eu ainda tenho um pequeno problema com essa parte, que é a forma como ela soa desconexa de tudo o que acontece no jogo. Saber o passado do D não adiciona mais à história, e a influência da família Edward também é inexistente. Penso que o que deveria ligar a jornada de ambos é a forma que elas se completam, e isso sim funciona muito bem. Estaria ótimo se fosse assim, mas o jogo tenta o tempo todo empurrar que existe uma conexão maior entre o que aconteceu no passado e o que acontece agora. Ele promete e promete que em algum momento tudo vai se ligar, mas quando ele finalmente revela qual a grande conexão, ela termina soando insuficiente e irrelevante. É um problema pequeno, mas me incomoda um tanto.

Mas outra coisa que gosto muito nesse jogo é a relação da Ashley com o D. Sinto que os personagens se completam e funcionam muito bem juntos. Eles têm uma relação bonitinha e que é muito bem construída ao longo do tempo. O D ajuda a Ashley a entender mais sobre ela mesma, seja com suas falas ou com o passado dele que às vezes faz com que ela note como o mundo dela é pequeno. Ao mesmo tempo, a Ashley é o que ajuda o D a encontrar sua felicidade em meio a tudo isso, e também a entender o que é a felicidade dele. Ambos se completam. Os diálogos entre os dois são bonitinhos e divertidos, como duas crianças com problemas parecidos, mas um sendo o contrário do outro. Eles dois são os únicos que podem se entender, e o jogo trabalha em cima disso, construindo o que pra mim foi uma jornada que fala muito sobre o que é amar e ser amado pra cada um deles. E ao final da jornada dos dois, eu até cheguei a chorar um pouquinho, foi algo bem tocante.

Ainda tenho curiosidade pra ver como deve ser a sua sequência. Acho que o arco desse jogo se fecha muito bem. Mas independentemente de como for, vou continuar guardando esse primeiro com carinho. Pra mim Two Memories foi uma grata surpresa que, apesar de ter seus problemas, eu não esperava me agradar assim. Sinto que foi uma ótima história de mistério que traz consigo um significado muito bonitinho por trás.

Another Code R: Journey Into Lost Memories

Quando terminei o primeiro jogo, Two Memories, tive curiosidade para ver o que fariam com a sequência. O primeiro jogo fecha muito bem sua jornada para mim, apesar de deixar espaço para expansão. Não senti tanta necessidade de explorar essas coisas em uma sequência. Mas quando comecei o jogo, esse sentimento acabou sumindo um pouco. A sequência toma como premissa explorar o passado da Sayoko, mãe da protagonista, e também a empresa em que ela e o pai trabalhavam. Definitivamente, não era algo que eu sentia necessidade de ver ao terminar o primeiro jogo, mas quando a ideia me foi apresentada no segundo jogo, despertou certo interesse.

Eu sinto que um dos grandes acertos do primeiro jogo foi usar um elenco de poucos personagens. São 2 personagens principais e 2 secundários. Para um jogo curto, com apenas 6 horas de duração, achei uma quantidade ótima. Ela foi suficiente para que todos pudessem terminar minimamente interessantes e desenvolvidos. Journey Into Lost Memories aposta no contrário do primeiro, trazendo consigo um elenco muito maior. A ideia da dupla de protagonistas continua, mas a quantidade de personagens secundários foi demais para mim e demais para o jogo conseguir lidar também.

É algo natural que existam mais personagens nessa trama, afinal, ela tem um escopo bem maior do que a primeira, tanto no lugar onde se passa, uma espécie de condomínio, quanto na proposta de explorar a empresa onde os dois trabalhavam. Seria até estranho essa história não contar com alguns personagens a mais. O problema com eles é que eles não são personagens que vão falar uma coisinha ou outra, interagir com os personagens e a história e pronto. Praticamente todos os personagens são relevantes para o jogo e têm um pequeno arco pessoal. E isso não funciona aqui. Apesar do escopo da história ser maior, o tempo de duração dela ainda é o mesmo. Ele simplesmente não tem tempo para trabalhar todos eles como deseja, e como consequência, acaba que todos os personagens que ele tenta fazer com que eu me importe soam rasos, quando não incompletos.

E isso claramente impacta os dois personagens remanescentes do primeiro jogo. Não consigo sentir eles se desenvolvendo ao longo desse segundo jogo. Para mim, foi como se eles tivessem terminado o primeiro jogo no Ponto A e terminaram o segundo nesse mesmo lugar. Não digo que o jogo não tenta isso. Ele tenta, principalmente com a Ashley. Ela é um personagem que inicialmente parece ter crescido com o tempo passado desde o primeiro jogo. Agora é uma adolescente, com outras preocupações, novos problemas com o pai, uma banda, e etc. Mas como mais uma consequência de querer demais para o tempo de menos, termina que nada disso é desenvolvido.

Eles tentam dar momentos para falar disso tudo, mas infelizmente não conseguem. A parte da banda da Ashley, por exemplo, é absolutamente irrelevante na trama, e não teria problema caso isso fosse um novo traço de personalidade dela. Mas isso é algo que o jogo quer trazer como algo importante, e eu só não consigo sentir isso. Normalmente, quando esse tema é trazido à tona, são apenas citações curtas que nunca mudam o andamento do jogo ou da conversa. Até mesmo no momento onde isso mais deveria impactar, que é no pai da Ashley sequer saber sobre isso e o sonho dela de se tornar musicista, termina sendo irrelevante, porque dura apenas 2 falas, e acaba.

E quando cai sobre o problema da ausência do pai e a relação difícil que ela tem tido com ele, isso piora ainda mais. A ideia do jogo é que eles vão se entendendo ao longo da trama, o jogo grita que a solução para isso é que eles se conhecerem mais, e essa jornada pode, e quer, servir também para isso. Mas essa é mais uma das coisas que o jogo tenta e não faz. Não só a interação dos dois acaba sendo pequena, nos poucos momentos em que ela acontece, costumam não trazer isso como tema ou ter um diálogo bom o suficiente para me dar a sensação de que de alguma forma esses personagens progrediram, e a cena que mais poderia ter feito isso, que é eles conversando sobre a Sayoko, é simplesmente cortada.

E essa questão dos personagens acaba influenciando também na história e na narrativa do jogo. Como ele quer dar um arco para todos eles (às vezes mais de um), a história termina contando muitas histórias ao mesmo tempo. São as inseguranças da Elizabeth com a banda, os problemas dela com o pai, as memórias da Ashley sobre 13 anos atrás, a busca do Matthew pelo pai e também a relação conturbada com o tio dele, o passado da Sayoko, o mistério do que aconteceu 5 anos, a investigação que acontece durante o jogo, são coisas demais, e eu sequer citei tudo.

Isso acaba atrapalhando muito o ritmo do jogo. É visível que os núcleos principais dele são as questões do Matthew, o mistério da Sayoko e a investigação. E o jogo sempre está tentando colocar elas em movimento. O problema é que sempre que alguma dessas coisas começa a se mover de fato, o jogo parece adicionar um arco filler no meio. O drama da Elizabeth com a banda não adiciona nada à história, por exemplo. Ela não muda o rumo de nada, não adiciona mais aos personagens e não desenvolve nenhum deles tirando a própria, que é uma personagem que quase nunca é usada na trama. E isso num momento horrível, que era uma das partes onde o jogo estava chegando num momento que parecia muito relevante a trama principal. O pior é que essa não foi a única vez onde isso acontece. Existem tantos momentos onde a história para por algo assim.

Outro problema que tentar fazer tanta coisa causa é que quando o jogo vai finalmente caminhando para concluir cada história, elas soam sem peso, como muitos núcleos foram desenvolvidos ao mesmo tempo, nenhum teve tempo para preparar tão bem o terreno. Mas o principal problema que isso causa é que quando o chega a esse ponto, ele não tem tempo para concluir cada uma delas, então todas terminam sendo rápidas demais.

A mais chamativa é durante o sexto capítulo, onde a história do Matthew, o segundo personagem mais importante da trama, começa a caminhar para seu final. Os mistérios começam a serem resolvidos, e o personagem parece estar indo para conclusão do seu arco. Só que como eu disse acima, tudo isso é rápido demais. As coisas que deveriam impactar o personagem, como a resposta para o que aconteceu 5 anos atrás, não impactam. O jogo quer que elas sejam relevantes, mas nesse caso, por exemplo, o Matthew sente o choque do que aconteceu, e poucas falas depois ele já resolveu isso e agora está resolvendo o outro ponto central da trama dele, o sumiço do pai. Sumiço que, inclusive, é a parte mais patética desse jogo. As falas sobre o que aconteceu duram poucos segundos, mas elas apresentam um problema, problema que foi magicamente resolvido em menos de 30 segundos.

Acho absurdo que o mesmo capítulo onde o personagem começa a ter suas respostas e caminhar para a finalização de seu arco seja o mesmo da sua última aparição. Jogando o jogo, o arco dele soa, inclusive, inacabado, e ele só ameniza um pouco isso, nos CRÉDITOS do jogo. E esse não é o único caso de arco incompleto. A Elizabeth, apesar de ter resolvido sua insegurança, não resolveu a briga com os outros integrantes, e apesar de ser óbvio que eles iriam se resolver, uma cena de ao menos eles juntos faria bem, e isso acontece, nos créditos. Também existem coisas que simplesmente não foram finalizadas ponto, o problema da Elizabeth com o pai é apresentado e depois nunca mais falado, o mesmo vale pro tio do Matthew.

O sétimo capítulo do jogo, onde ele se caminha para o clímax, também sofre muito por esse ritmo acelerado do jogo. Ele me joga tantas coisas novas uma atrás da outra, sem me dar um segundo para que eu me absorva a revelação anterior, que quando eu terminei ele, senti que foi exaustivo.

E por conta desse ritmo, tudo que acontecia também não tinha impacto ou relevância alguma, nem pra mim, e nem para os personagens da trama, nenhum de nós tinha espaço para sentir o que acontecia, porque no momento em que acontecia, tinha que vir junto uma solução rápida e que consequentemente vai tirar todo o peso da cena, para que eles pudessem ir logo para o próximo acontecimento relevante. Tudo no capítulo 7 soa apenas como um obstáculo a ser superado para trama se mover. O jogo se perde tanto a uma enrolação excessiva no início e no meio, que quando quando na reta final tem que apressar tudo para chegar no final da história o mais rápido possível.

Pra não dizer que eu desgostei de tudo da história, eu até gostei do capítulo 8. Ele começa muito bem. Nesse capítulo eles tratam uma das minhas maiores questões com o projeto ANOTHER, que é uma máquina capaz de reescrever, deletar, adicionar ou subscrever memórias, e eles finalmente começam a desenvolver o fato de que a mera existência desse dispositivo é um problema. Mesmo que de forma curta e um tanto rasa, existe uma leve discussão sobre como as memórias de uma pessoa serem justamente o que tornam uma pessoa naquela pessoa, e que alterá-las ou apagá-las pode ser o mesmo que matá-la. Eles também começam a discutir como o projeto é antiético, o que eu senti falta no primeiro jogo, e ter aqui me agrada muito. Também achei um discurso de uma personagem para Ashley muito bonitinho, e o que parecia ter sido, pra mim, a conclusão do vilão final, também funcionou muito bem.

Infelizmente, mesmo esse capítulo, que é de longe o melhor do jogo, ainda sofre com vários problemas. Não gosto tanto de algumas coisas que fazem com a história depois dos primeiros 20 minutos. Senti alguma insatisfação com a resposta final ao mistério principal do momento, e o método usado pelo antagonista me pareceu absurdo demais até mesmo para esse universo. Ainda assim, acho o discurso final dele ótimo. A forma como ele fala e as motivações dele são ótimas. O drama final do personagem terminou me tocando um pouco.

Algo relevante pra comentar desse jogo é que ele foca muito mais em cenas da história que o anterior, que já passava bem mais tempo em cenas e diálogos do que em gameplay. No primeiro, eram poucos puzzles, mas nesse, eles praticamente não existem. E nos raros momentos onde se tem um puzzle aqui, eu não consigo gostar deles tanto quanto eu gostava dos do primeiro jogo. Sinto que lá existia um esforço muito grande para que eles de alguma forma interagissem com a história que está sendo contada. Muitas vezes a forma deles, ou o caminho para a solução deles, adicionavam tanto à trama quanto à progressão da história em si.

Isso não acontece na sequência. A maioria, se não todos os puzzles daqui me soam como somente obstáculos. Eu paro, resolvo eles e progrido no jogo até encontrar meu próximo obstáculo e repetir o processo.

Também acho eles muito mais simples que os do primeiro jogo, ao ponto onde existe um que é literalmente “Use o objeto certo aqui”, e simplesmente não existe dificuldade em fazer isso. Usar a chave de fenda certa num parafuso não é desafiador. Pra mim esse foi o mais baixo do jogo, mas mesmo o alto dele ainda não é tão legal assim. Não que os puzzles do primeiro jogo fossem geniais, mas eles conseguiam me divertir, principalmente por costumarem ter uma ideia legal por trás. Como no segundo jogo não existe nada disso, eu achei os puzzles uma das piores partes dele. E como um comentário mais curto, a linearidade do jogo piora, ao ponto em que se tem que mexer em 3 lugares específicos numa ordem específica sem indicação nenhuma dentro de uma sala, só olhar aleatoriamente.

Fico triste que em geral, minha experiência com Jorney Into Lost Memories tem como principal sentimento decepção. Eu não sabia tanto o que esperar da sequência ao terminar o primeiro jogo, mas definitivamente não esperava que fossem me entregar um downgrade tão grande. De forma alguma acho a experiência ruim como um todo. Eu gosto de alguns personagens, em especial o Ryan e o Matthew, acho que o jogo teve algumas boas ideias, apesar de que a maioria delas não foi bem utilizada e por aí vai. Me chateia de verdade que minha despedida com Another Code, que eu terminei criando certo carinho seja dessa forma. É um jogo que poderia ser bem mais.



COMENTÁRIO EXTRA COM SPOILERS ABAIXO.






O Ryan sempre some do nada durante o jogo, e os outros personagens não interagem muito com ele. Isso naturalmente coloca uma pulguinha atrás da orelha. Isso fica até o 8 capítulo do jogo. Ele revela o plano dele, que é reviver a Sayoko pelas memórias dela, implantando-as na Ashley, o que implica em matá-la. E quando isso não funciona e ele parece entender que a Sayoko está morta, ele simplesmente some. Quando vi, eu achei incrível. É uma regra que os fantasmas some após resolverem as pendências que têm em terra, e eu pensei que com que ele fosse assim, ele entendeu e aceitou que a Sayoko está morta, e isso o fez poder seguir em frente. E eu pensei que tinha sido esse o caso.

Bom, não foi. Segundos depois é relevado que ele é um ser autoconsciente dentro do ANOTHER que se formou dentro do líquido de memória usando as memórias do Ryan, o filho morto do presidente. Eu acho essa ideia bem estúpida, mas o que fizeram com ela foi até que interessante pra mim.

Acho muito legal a forma dele falar do Ryan original no discurso, que é se referindo a ele na como outra pessoa, corrobora a ideia do jogo que é de que as memórias são o que tornam as pessoas essas pessoas. Ele sabe que ele existe porque o Ryan existe, mas o Ryan está morto. Ele NÃO É aquela pessoa, é um ser diferente, e tudo sobre ele é diferente. Também acho interessante que quando o tanque quebrou e ele se misturou com a água do lago, ele meio que notou que a existência dele é um erro. Não que ele seja um problema, mas a pura existência dele naquele mundo não deveria acontecer, e isso é algo trágico. Ele sabe que não deveria estar ali, mesmo assim ele quer provar que ele existe. A ideia de morrer ainda é dolorosa, ela ainda dá medo, e ainda é algo que ele quer evitar. Ele é um ser que está vivo, morrer só por existir não é algo justo. E pra mim, o personagem morrer após uma promessa de que a Ashley nunca esqueceria dele, fazendo com que ele continue vivo dentro dela, é o final perfeito pra ele. Foi o ponto alto do jogo, de muito longe.

Mais um jogo ao qual eu mal consigo ter o que dizer, tenta algumas coisas e falha em todas elas, assim como a grande maioria dos outros jogos do personagem até então.

Aqui os maiores problemas estão na movimentação, aonde se tem que lidar não apenas com um Homem-Aranha extremamente lento e tão pesado que parece ter 2 toneladas em cada bolso, mas também com as mecânicas absolutamente disfuncionais do jogo, principalmente a de mudar os planos do cenário, aqui você pode ir pro lado da frente ou pro lado de trás em alguns lugares, e tem que usar isso pra progredir no jogo, mas toda vez que se tenta mudar de lado demora no mínimo umas 10 tentativas apertando os mesmos botões até o personagem aceitar o que ele deve fazer, e pra algo que você tem que fazer o tempo todo isso é um inferno, principalmente quando tem inimigos por perto e você depende da sorte pra conseguir fazer algo sobre. Curiosamente, caminhar pelas paredes funciona tão bem quanto, ou seja, muitas vezes se pula na parede e o boneco só resolve não grudar lá, em outras ele vai ser capaz, isso na mesma parede, e é óbvio que o Web-Swing também seria um problema, não só chatíssimo de usar por conta da dureza do boneco, mas também tem um timing péssimo, se você errar por um pouquinho pode ver sua teia atravessando o objeto porque sim. Progredir pelo jogo soa como um castigo por conta do quão é horrível é tudo isso.

Mas não é só a movimentação que torna a progressão chata, as fases do jogo são um show de horrores a parte, algumas ousam ser relativamente labirínticas, e ter que ficar procurando o caminho certo a se seguir num jogo tão ruim tá longe de fazer bem pra experiência. Eu fiquei minutos e minutos presa na fase do circo pra encontrar o caminho correto, me meti numa luta contra o lagarto que acabou não dando em nada, me meti numa luta contra o Rhino que demorou eternidades porque ele não me dava indicio algum de estar tomando dano, então fiquei me perguntando o que eu deveria estar fazendo. Outras fases são mais lineares, e apesar de menos piores por não te fazerem ter que andar pra lá e pra cá, ainda acho ruins por conta de como eles usam da movimentação do boneco, e isso encaixa principalmente pra segunda e quinta fase que são uma subida infernal.

A única coisa que eu sou capaz de elogiar das fases é o Doutor Octopus que é chefe da primeira, gosto de como a solução pra derrotar ele não simplesmente dar porrada, tem que fazer ele passar pelo meio da fase pra um raio cair nele e daí ele tomar dano, acho uma pena que os outros chefes não são assim, sendo só uns bichos que você vai chegar perto, bater e bater até que eles sejam derrotados.

E nossa, eu não posso evitar de achar esse sprite do Homem-Aranha horrível, o jogo acerta bastante na coloração, funciona bem com a proposta das fases as cores mais vibrantes e sempre com paletas claras, o jogo é até bonito em cenário e tal, eu acho bem legal visualmente as fases no circo e a do prédio/museu de arte, uma pena que são só as cores bem feitas. O Miranha é pequeno bombado e durão, meio bobo até, não consigo evitar de rir olhando pra ele, até as animações são meio galhofa, e você ser capaz de contar os frames de animação delas na mão (O Web-Swing não passa de 4 frames nem fudendo) não ajuda nem um pouco no quão ridícula elas são.

Uma pena que tudo menos o visual dos cenários do jogo seja horrível, mas aqui eles conseguiram ao menos uma coisa, diferente dos outros da franquia que acertavam em basicamente nada e só competiam pra ver quem errava mais feio. Definitivamente não é tão ruim quanto os outros jogos da LJN até então, mas ainda passa longe de ser minimamente agradável, mais um jogo que eu não consigo recomendar a ninguém.

É definitivamente melhor que os jogos de Game Boy, (Não que seja um desafio) mas segue sendo horrível, horrível ao ponto onde eu sinto impossível encontrar uma qualidade.

Mais uma vez a jogabilidade do Aranha é péssima, difícil de se controlar e irritante de mexer, você sequer pode mudar a direção do seu pulo enquanto está no ar, e pra pior, enquanto pula não pode atacar os inimigos, o que atrapalha bastante o jogo em vários momentos, principalmente na luta contra o Electro, que vira um jogo de paciência, já que você não pode ser ofensiva contra ele, só esperar para que ele venha pra perto e você tenha a sorte de acerta-lo, (Já que a hitbox do jogo é horrível) repetindo o processando 8 vezes até que ele seja derrotado. Outros bosses também são horríveis, Mysterio é luta chata e longa até demais, Abutre é irritante, Octopus por algum motivo se repete 3 vezes, Duende Macabro é um saco de acertar por conta dos controles do jogo, causando situações muito frustrantes.

Level design também é horrível, na segunda fase existem 2 lugares onde você fica lockada e tem que reiniciar o jogo por ter caído lá enquanto procura o caminho certo para o final da fase, (Que divertido, não?) na sexta fase os inimigos são tão mal posicionados que dá desgosto, causando um monte de dano injusto, na terceira fase existem trechos onde você tem que usar a teia, e como ela é horrível de usar, menos pior que nos jogos de GameBoy, mas ainda é um saco, as vezes você vê ela tocando algo e não pegando por algum motivo incompreensível, mas ao menos é menos pior.
Também acho a dificuldade do jogo grande demais, da pior forma possível; sequer se curar entre as fases você pode, se você passa com 1 de HP da 1 fase, vai pra segunda curando só 1 barrinha e não a vida inteira, difícil saber pra que isso é feito, talvez pra tornar o jogo um pouco mais longo usando das suas mortes. Mas mesmo caso você pudesse se curar eu ainda acharia o jogo extremamente frustrante porque 90% das suas mortes são causadas por problemas de posicionamento e jogabilidade, é um jogo aonde se dá vontade de pular completamente a fase desviando todos os inimigos e só indo pra sala do boss o mais rápido possível.

Em geral é isso, mais um jogo ruim do Homem Aranha, mais um em que parece que o jogo está jogando contra o jogador da forma mais esdrúxula possível, mais um aonde a hitbox é horrível, mais um onde você mal consegue controlar o personagem. Esse ao menos tem uma qualidade, as telas que vem antes de cada fase são bem feitas, mas de resto nada, ao menos não é tão ruim quanto outros que já joguei.

Carrega a maior parte dos problemas do segundo jogo, mas de alguma forma consegue piorar alguns deles. É um jogo surpreendente, quando você pensa que não podia cavar mais fundo, eles dão um jeito de chegar lá.

Ainda tão curto quanto a última entrada da série, esse apostou novamente em ser algo diferente novamente, aqui cada fase tem um objetivo a ser cumprido para que você possa progredir para a próxima fase, e é um jogo de adivinhação tão ruim se não pior que o The Amazing Spider 2. A primeira fase por exemplo você tem simplesmente que adivinhar que você tem que aguardar os inimigos para eles mostrarem o que eles tão segurando, e daí você tem que matar o suficiente pra progredir, eu demorei 10 minutos na primeira fase por isso, e só descobri o que tinha que fazer por causa de um detonado, afinal, como eu vou adivinhar que eu tenho que ficar derrotando uma porrada de inimigo que não me mostra indício algum de progresso e que se você bater antes de mostrarem a arma são considerados civis? E tem fase pior que essa nesse sentido, o jogo traça os objetivos de uma forma tão estúpida, tão aleatória.

Mas nem só isso, o level design também é péssimo, a segunda fase é uma tortura porque pular já é um desafio visto que esse jogo compartilha, se não piora, os problemas de jogabilidade do anterior que já eram gritantes, parece que tem que ser pixel perfect pra você acertar sua teia, e quando você finalmente consegue, tem que esperar um tempo torcendo pro inimigo não atirar um tiro indefensável em você te fazendo perder todo seu progresso até então repetindo o castigo que foi chegar até ali por muitas e muitas vezes.

Escrever isso foi chato para mim, eu senti que estava me repetindo o tempo inteiro, mas como eu não faria, o jogo carrega todos os problemas do antecessor ainda conseguindo piorar em alguns pontos, a jogabilidade é pior e a movimentação conseguiu ser mais estúpida ainda, (tipo, porque pra dar um chute no ar você tem que segurar o botão de pulo?) a hitbox ainda mais estranha, os objetivos ainda mais aleatórios, e mais uma vez é um jogo que eu sinto ser incapaz de se progredir se não acompanhada de um guia.
É mais um jogo que compete para ser um dos piores que eu já joguei, surpreendente da forma mais negativa possível.

Eu geralmente dou 1-2 horas de chance pra um jogo me fazer decidir se eu vou com ele até o final ou não, geralmente mesmo que eu não goste desse início de jogo, por vezes eu resolvo jogar mais por ver esperança de melhora, ou alguma recomendação e as vezes uma vontade estranha de ir até o final pra poder opinar sobre o jogo inteiro. Mas honestamente, depois de 2 horas disso aqui, eu não vejo nenhum motivo pra continuar, o jogo é uma completa bagunça, é difícil até mesmo de definir o que ele é ou o que ele quer ser, já que ele parece querer ser um ARPG e um jogo de sobrevivência junto com alguns outros pontos quebrados de outros gêneros, isso não é um problema por si só, o que torna isso um problema é que o jogo falha em todos eles. E eu também não consigo enxergar melhora porque o sistema e a principal mecânica do jogo te obriga um ciclo que é extremamente tedioso e isso estraga tudo que o jogo possa tentar fazer.

O início do jogo já desperta um desinteresse tão grande, você é jogada no mundo e o protagonista tem um monologo onde ele literalmente fala como ele é uma pessoa fria e que só liga pros seus objetivos, e conforme você joga um pouquinho e começa a ter as primeiras interações dele com outros personagens isso só se intensifica, você nota que ele só vai ser mais um daqueles personagens que tem uma total falta de expressividade, zero traços de personalidade e junto com isso uma apatia incomum sobre tudo que não é seu próprio objetivo, e cara, como isso irrita, tipo, eu não entendo, se no final meu personagem vai ser só uma casca vazia com zero personalidade, zero carisma, zero expressividade e zero motivo pra isso, qual o ponto dele ser algo construído e que tentam dar foco no jogo, ver ele falando com o Verten ou com o doutor lá só é desgosto, parece que eles tão tendo um monologo porque no final tudo que meu personagem vai responder é simplesmente um "Não me chame de amigo, eu só quero fazer meu trabalho." ou um "Eu nasci assim e eu preciso comer, não preciso de você" só me traz profundo desgosto e falta de vontade em acompanhar a jornada do jogo já que aparentemente ele é um dos focos na progressão do jogo.

Mas bom, no final é um jogo, a opção de ignorar totalmente a história dele, skippar todos os diálogos e as cutscenes eu tenho, mas mesmo se eu fizesse isso tudo continuaria horrível, já que o maior problema aqui de longe é a barra de estamina que serve para limitar as suas ações dentro de combate, seja bater, rolar ou se defender, e isso ser divertido num jogo quando bem implementado, mas o problema disso nesse jogo são dois, o primeiro deles é que ele é um jogo onde você enfrenta um grupo de vários inimigos de uma vez só e eles precisam de MUITOS hits (no inicio do jogo chegam a ser mais de 8) para morrer e isso quando junto com o segundo problema desse sistema, torna o funcionamento do jogo tenebroso. Inclusive, explicando esse segundo problema, a questão é que a forma como a barra de energia funciona não é o normal, de ser algo que vai se restaurando com o tempo pra você poder realizar mais ações, ela se gasta permanentemente até ela acabar e você morrer por isso, se as coisas gastassem pouca energia e você tivesse que lidar com isso como um recurso até que poderia ser interessante, mas o problema é que não é assim, tudo no jogo gasta MUITA energia, ao ponto em que no simples ato de andar da sua casa até a cidade onde você vai pegar as quests, sua energia já caiu pela metade. E aí fazendo a missão e ao terminar sua energia já foi embora por inteiro, e isso te obriga a voltar pra sua casa e dormir pra recuperar a energia; isso causa um ciclo de gameplay horrível e muito irritante, já que você sempre ter que ficar indo do ponto A ao ponto B e depois voltando, e como esses dois pontos são bem longe um do outro a tarefa de fazer isso se torna exaustiva e chata ao extremo.

Mas aí sei lá, você pode lendo isso pode pensar algo do tipo: "Ah, mas você disse que é só dormir que você regenera tudo, então não deve ser tão ruim assim". E é, eu adoraria que não fosse tão ruim assim, o que me impede é o fato de que pra você se regenerar completamente você precisa ter seus status de fome e sede 100% saciados, e caso não estejam você vai se recuperar apenas a metade ou até mesmo 1/4 do que recuperaria. Só que, pô, é só manter a fome e a sede cheias então, mas aí o problema é que qualquer forma de pegar recurso, seja ele comida ou água ou até mesmo coisas aleatórias do chão TAMBÉM GASTA ENERGIA e na exata mesma quantidade que as ações de combate gastam. Então junta aquele problema que eu falei de tudo gastar energia demais ao fato do jogo praticamente te obrigar a cuidar de uma horda pra poder lidar com a sua fome de uma forma minimamente consistente, e cuidar dessa horta regando ela (que é algo diário) já consome 1/3 da energia que você vai ter pro dia, e aí junta isso ao fato de você ter que ir buscar água, o que também gasta energia e só imagina o quão problemático deve ser. Isso é honestamente a coisa que mais me tirou do jogo, tinha momento em que meu dia completo só podia ser cuidar da horta e dormir porque eu não teria energia o bastante pra nada além disso, é patético, chega a ser risível de tão ruim que é.

Mas quem me dera eu só tivesse que lidar com isso, eu tenho que lidar com os terríveis diálogos do jogo que tiram completamente a sua imersão por serem absolutamente ilógicos, como no início do jogo em que no lugar de ter uma tela de tutorial você tem um personagem aparentemente importante pro desenvolver da história que te conta sobre como funciona os menus e o sistema de energia do jogo, e ele fala isso como se ele soubesse de como é a sua visão como jogador, tipo, ele literalmente fala "Sabe aquela barra azul no canto superior da sua tela? Então, isso é sua energia", e ler isso vindo de um personagem e não de uma tela de tutorial qualquer é algo que faz total zero sentido, tipo, eu não sei explicar direito, mas é algo que quando eu li eu sai completamente do jogo, eu perdi total a imersão que o jogo tentava me fazer ter; e olha, não é como se esse jogo fosse interessante o suficiente pra conseguir, mas isso piorou minha relação com ele consideravelmente.

Tipo, eu sinto que mesmo se depois o jogo me apresente a coisa mais genial do mundo, tudo que eu passaria pra chegar lá tendo que lidar com um protagonista que tem absolutamente zero traços de personalidade e parece ser só uma casca vazia que me irrita profundamente; com um combate extremamente irritante do jogo que eu honestamente sequer tenho vontade de falar sobre porque o que eu iria falar além de "Parece que eu só tenho que ficar apertando o botão de ataque repetidas vezes pra ver a mesma animação de golpe"; com uma bagunça de gêneros e mecânicas de gameplay que tem zero sinergia uma com a outra; com um mundo que tem zero identidade própria tanto em inimigos quando no visual (e o jogo tenta muito ter isso); com um bando de diálogos sem graça e que só servem pra tirar todo o meu interesse, imersão ou capacidade de me importar com qualquer personagem do jogo e PRINCIPALMENTE com um sistema de estamina horrível e que é repetitivo a exaustão. Mesmo se o jogo se tornasse a coisa mais genial do mundo nas suas últimas duas ou três horas, ainda não valeria a pena por tudo que eu teria que passar até lá. Deadcraft é facilmente um dos piores lançamentos do ano até então (31/05), competindo seriamente pra ser o pior pela quantidade absurda de problemas e absoluta falta de qualidades que esse jogo tem (Sério, eu acho que eu não consigo apontar sequer uma coisa que tenha sido decente pra mim aqui). Honestamente ele só não conseguiu ser o pior porque entre os 53 jogos que eu joguei e foram lançados em 2022 até então Mineirinho 2 tá no meio.

Difícil ter algo pra dizer sobre, é um jogo simples e curto, você zera em 20 minutos sabendo o que fazer e tendo sorte, e falando em sorte, boa sorte pra descobrir o que você tem que fazer aqui, é mais um jogo onde se você não joga com um guia do seu lado você não consegue progredir.

Mesmo sendo tão curto, eu digo com facilidade que foram um dos piores 20 minutos que eu já tive com jogos, não o pior, mas tá dentre os outros. São tantas coisas ruins no jogo, é desgostoso controlar o boneco, o pulo é incontrolável e disfuncional, quando ele tá no ar parece impossível controlar pra onde ele vai, e a inércia do pulo é nula, um desafio entender como funciona, de verdade; mas não é o bastante pro jogo, bater nele também é sofrível, foi surpreendente como um jogo conseguiu ter uma hitbox tão horrenda, é impossível saber quando você atinge o inimigo ou não, as vezes o soco ou o chute simplesmente passa por dentro do inimigo e ele não toma dano, mas não é só a hitbox dos inimigos que é horrível, a colisão do jogo é péssima, principalmente a da teia que é horrível, a sensação que deu enquanto eu jogava é que eu precisava acertar um pixel perfect pra ser capaz de usar ela, muitas vezes eu acertava o que queria e o jogo simplesmente falava um grande "Não" pra mim, me rendendo diversas e diversas tentativas até conseguir finalmente acertar meu objetivo. Eu falo facilmente que essa é uma das piores jogabilidades que eu já tive o desprazer de experienciar,

Mas não é o bastante apenas ter uma péssima jogabilidade, o jogo tenta ser uma espécie de metroidvania onde você tem que buscar itens e tomar ações específicas pelo mapa para progredir no jogo, o problema é que não dá pra ter ideia NENHUMA do que você deve fazer. Na primeira parte do jogo, por exemplo, você tem que acertar uma teia no planador do Duende Macabro (boa sorte com a hitbox horrível do jogo) para então tirar ele de lá, pegar um item numa casa e então poder atravessar uma parede alta demais pra antes. É impossível adivinhar que você pode e deve fazer isso com ele, porque não parece de forma alguma que você é capaz de fazê-lo pelo que o jogo te diz anteriormente, já que se você testar a chance de você ser incapaz é muito alta, e é impossível usar a teia em outros inimigos, outra coisa dificilima de entender é o mapa do jogo, se você vai pra segunda área sem pegar todos os itens da primeira você sente que precisa reiniciar o jogo, já que é aparentemente impossível voltar atrás. Era uma ideia que eu já achava ruim, e ela foi tão, mas tão mal executada, jogando parece apenas algo aleatório que eles pensaram que ia ser legal, não dá pra passar pelo jogo sem que você tenha um detonado ao lado.

E o pior é que, de novo, um jogo de Homem-Aranha que eu tenho ZERO qualidades pra apontar, é simplesmente mais um jogo horrível, carregado de péssimas ideias que são porcamente executadas, mesmo extremamente curto ainda assim é uma experiência extremamente frustrante, não recomendo esse jogo a ninguém, e espero nunca mais ter que tocar nisso de novo.

E mais uma vez, fizeram um péssimo jogo do Homem-Aranha, wow, que surpresa! E o pior é que é um daqueles que eu não consigo elogiar sequer um aspecto do jogo, não existe nada que beire o medíocre, ou que beire o somente ruim, e não desastroso.

Me sinto repetitiva enquanto digo isso, mas, nossa, mais um jogo que se controlar muito mal, o pulo do personagem tem zero inércia, as vezes eu queria dar um pulo simples, curto, mas além de quase sempre longo por alguma obrigação estranha do jogo (Que ainda ousa exigir precisão de movimentos em vários momentos) que faz parecer legitimamente impossível pular por menos que 1km, é muito difícil coordenar o boneco no ar e ter alguma ideia de aonde você vai cair. Mas andar também é ruim, o boneco começa correndo desde o primeiro segundo, e parece que ele não responde bem a comandos como pare ou pule enquanto corre, ele tem uma lagada antes de realizar essa ação, e essa velocidade automaticamente desenfreada pra um jogo que a cada 2 segundos quer jogar um obstáculo em sua frente, seja um inimigo ou algo do cenário, não combina muito, parece que eles não souberam pensar na movimentação do personagem pra se sujeitar a proposta, e pra piorar eles ainda botaram o Homem-Aranha pra sempre que tomar dano dar uma cambalhota pra trás, o que frequentemente te faz tomar dano NOVAMENTE ao levantar por não ter como controlar sua posição, que divertido. Ao menos mesmo com o limitador de teia e o péssimo momentum que tem ao usa-la, com a desacelerada e queda brusca do aranha no final da balançada que é o mais importante pra se continuar usando o web-swing, tornando a movimentação com ele igualmente ruim a do resto, ela ao menos pode ser usada pra ir seguindo durante a fase ignorando absolutamente todos os inimigos até chegar no boss, o que eu recomendo de se fazer, porque jogar esse jogo pelo caminho normal é torturante.

Único problema disso é chegar nas boss-fights sem teia alguma, já que elas parecem obrigatórias, afinal, nenhum padrão de chefe é compreensível, eles não tem um momento onde bater neles parece seguro, então se tem que usar de alguma estratégia contra eles, geralmente bater duas vezes e jogar uma teia é suficiente pra manter se fazer um stunlock infinito até derrotar o inimigo, é o que eu fiz na grande maioria dos chefões, com exceção do primeiro que parece não funcionar. Eu nem me sinto mal macetando as lutas do jogo, ele é todo quebrado por si só e nenhuma boss-fight é criativa o suficiente pra fazer valer a pena passar por elas, todas soam completamente iguais, mudando detalhes como tamanho do sprite e range de acerto, mais nada, eu sequer sei dizer o que o chefe da 3 fase faz de diferente do da segunda, eles só vão andar reto e me bater igual todos os outros, então porque eu deveria me importar e tentar passar normalmente?

Ah, e só por não deixar passar. Como esse jogo soa avulso, tipo, eu não sei muito da Hydra nos quadrinhos, e nunca vi ela enfrentando o Homem-Aranha, nem sou muito ligada ao Capitão América que é onde mais aparecem, mas o que o Miranha tá fazendo enfrentando um chefe que mais parece o Chtulu só que roxo? Ou um Electro alien de baixo orçamento com uma péssima escolha de cores em roxo e azul, um peixe robô que fica em terra e aliens azuis durante a fase. Além de que, meu deus, o que aconteceu naquele mundo? Parece uma distopia, tem fábrica destruída, prédio em chamas o tempo todo, a fase 3 o cenário todo é pegando fogo, parece que o mundo já acabou, e o jogo não se importa de forma alguma em me explicar como. E nossa, o jogo também é muito, mas muito feio, não apenas os inimigos tem péssimos sprites como os efeitos também são péssimos, a explosão do jogo realmente parece aquelas que você vê em um meme de Movie-Maker de 2003, chega até a ser galhofa, e esse estilo de gráfico a lá Mortal Kombat eu já acho bem feinho por padrão. A parte sonora do jogo também parece uma piada, a escolha dos efeitos para cada movimento são péssimas, o som que os inimigos fazem quando recebem um soco é irritante e a longo prazo ouvir isso tanto quase me levou a loucura, além de serem absurdamente altos comparados ao resto, cheguei a tomar um susto da primeira vez que ouvi; trilha sonora também é péssima, parece um grande chiado composto de barulhos aleatórios que estavam disponíveis na placa de som, a primeira fase chega a doer meus ouvidos de tão aguda que é, vontade era colocar o jogo no mudo.

O jogo falha em absolutamente tudo que tenta, e ainda ousa ser injusto em diversos momentos, principalmente na 3 fase que é lotada de lugares aonde você não consegue não tomar dano por conta da movimentação porca do jogo junta a um péssimo posicionamento dos elementos na tela. E a fase final ainda tem uma corrida final para se fugir do lugar em um tempo extremamente limitado que definitivamente não soa suficiente para passar normalmente, se você não tiver teia o suficiente diga adeus a suas chances, eu legitimamente acho que é impossível se passar com pouca, já que mesmo com ela ainda é extremamente difícil, também por conta de um monte de inimigo posicionados pra te fazer tomar um hit imprevisível que vai atrasar sua corrida. E pra piorar, caso você falhe nela ainda tem que voltar do início da fase, e até matar o boss mais chato do jogo novamente, como é divertido.

Eu espero que eu nunca mais chegue próxima a esse jogo depois desse dia, foi uma péssima experiência a qual eu não consigo tirar nada de positivo, o máximo que me rendeu foi algumas risadas em call sobre o quão patético o jogo era. Sinto que se eu pensasse na antítese de diversão, eu chegaria aqui.

Eu entrei esperando bem pouco, já que Maximum Carnage não tinha me divertido e as minhas experiências com a franquia não era das melhores. Mas até que me surpreendeu, apesar de ainda carregar muitos problemas do antecessor, Separation Anxiety melhora muitas coisas que foram apresentadas no primeiro jogo.

O jogo tem apenas uma novidade em gameplay, o combo é o mesmo, os comandos os mesmos e os especiais também, mas aqui dá pra jogar de duas pessoas e escolher seu personagem desde o início, sem toda aquela firula desnecessária pra estender tempo de jogo que era ter dois caminhos semi idêntico, o que pra mim é muito bem vindo.

E outra coisa que ajuda a não ficar com aquele sentimento de que você estava se repetindo o tempo todo durante o jogo é que agora as fases são mais curtas, e pra mim isso foi extremamente benéfico, o jogo não tem muito conteúdo pra te prender por horas e horas, eu enjoaria facilmente (assim como enjoei do primeiro) se as fases fossem longas e monótonas, e parece que tinham noção disso, agora buscando uma aproximação com mais fases diferentes e que são mais diretas, sem tudo aquilo de voltar pra trás e tal. Também prefiro as fases porque elas tentam variar um pouquinho, não existe mais aquilo de ter que passar pela mesma fase duas vezes, ou repetir o cenário, agora tem uma na cidade, uma na ponte, uma no esgoto e por aí vai, algumas também tentar trazer algo diferente pra gameplay, apesar de serem bem lineares, em algumas você tem que ficar entrando em uns caminhos pra ir progredindo, não são labirintos, você só entra no caminho e segue normal, mas me dá uma sensação como se o personagem estivesse passando por aquele local, acho um detalhe bacana ele por exemplo ter que andar entre os canos dos esgotos, não só ser uma linha reta pura, e dá uma diferenciadinha bacana, mesmo que boba.

Também prefiro o estilo do gráfico dessa, apesar de ser pior no Venom, eu acho melhor em todos os outros personagens, saí um pouco daquele estilo de montanha de músculos em tudo e fica um pouquinho mais simples, apesar de que até um pouco quadradão, mas funcionou bem, gosto dos sprites dos inimigos, dos sprites dos personagens e até dos cenários. As cores são vivas e bem bonitas, gosto do jogo visualmente.
E sobre os inimigos, não é só os sprites que eu acho melhores, aqui eles não são civis comum, durante a fase você enfrenta cientistas ou subalternos da Future Foundation, (que é meio que a vilã do jogo) e chefões, diferente do primeiro jogo, são todos de fato inimigos do Venom, provavelmente você não deve conhecer nenhum, já que as HQ's do Venom são bem menos conhecidas que as do Teioso, mas só de ver que você não tá batendo em civil aleatório com guarda chuva, e sim em pessoas com super-equipamentos ou outros simbiontes já é bem legal, e apesar de ainda se terem alguns chefes repetidos aqui e ali, sinto que funciona melhor, existe uma maior distanciação entre as fases em que eles se repetem, além de acontecer bem menos, então apesar de poder incomodar um pouquinho, não chega a prejudicar em nada.

Também sinto que o jogo é mais justo em geral, não só nas boss-fights que agora não são apenas sobre terem muitos inimigos pra se lutar, mas no máximo uns 2, 3 quando muitos, mas nas fases, o jogo é melhor de se controlar e os hits dos inimigos parecem melhores, não existe mais aquele problema das máquinas poderem te dar 100/0 sem que sequer se possa reagir. Também existem mais vidas disponíveis, vira e mexe droppa ou você acha uma, parece que é mais normal de aparecer HP, e agora tem um sistema de password pra você ao menos voltar perto de onde você morreu, tudo isso é bem vindo, e o jogo ainda é bem dificilzinho, só é uma dificuldade bem feita agora.

A coisa que eu mais tenho a reclamar é que o combate pode acabar enjoando, apesar de melhor de usar, o combo base ainda é o mesmo o tempo todo, e os "especiais" também, e ainda segue a questão de você não pode usar os especiais junto aos combos, então acaba que eles ficam até meio inúteis, e existe um problema com o grab do jogo, é só chegar perto e apertar o botão de bater, e isso gera umas situações aonde você pega um cara que não queria ter pego, te deixando vulnerável pra ser acertada pelos outros, o que é bem irritante. Infelizmente esse problema não me fez gostar tanto do jogo, por mais que ele seja amenizado por conta da curta duração da fase, ainda é bem presente.

Também sinto falta da história contada replicando os quadros da HQ, a estética era muito bacana, e ver isso ser substituído por um fundo preto com texto é no mínimo melancólico, se perdeu uma característica memorável do primeiro jogo. E apesar de eu preferir o estilo desse jogo pra maioria dos personagens, especificamente o Venom eu não gostei tanto, ele ficou meio básico demais, e quando eu comparo ao sprite grande, cheio de músculos e até meio agressivo do jogo passado, eu não posso deixar de sentir falta. E eu ainda sinto que o jogo acabou desperdiçando um pouco do potencial que tinha, mas essas são as únicas coisas que eu achei piores mesmo, a forma de contar a história e o sprite do Venom, de resto, tudo foi melhorado, e acabou que até formaram uma boa experiência, apesar de ter enjoado um pouquinho em alguns trechos, eu me realmente me diverti jogando.

Eu não aguento ir até o final desse jogo, é surpreendente como isso aqui é capaz de não acertar em absolutamente nada, tudo aqui é horrível.

É difícil até ter algo pra falar, é um completo desastre. A movimentação do Homem-Aranha é horrível, é dura, pular na diagonal é terrível, usar as teias é um pesadelo, controlar esse boneco é um tortura das mais pesadas possíveis, é até difícil de se mover de tão duro que é, e não é só duro por ser mal animado, é duro também porque é extremamente lento, você anda devagar, o pulo parece que o Miranha tá com 90 toneladas em cada bolso, é tão horrível.

E que cenário é esse? Não parece algo que vem do universo do Homem-Aranha, mas pior, que inimigos são esses? Um rato gigante? Uma múmia? Um cachorro? O que é pra ter de Homem Aranha aqui? Só o Mysterio no final e mesmo a forma de derrotar ele é abrindo uma plataforma e deixando ele cair na eletricidade. Parece que não era pra Homem Aranha estar aqui, o jogo parece uma re-skin mal feita onde nem se importaram o suficiente pra mudar outra skin além do Homem Aranha.

É um jogo de puzzle lento, mal feito, tematicamente mal projetado, tudo que eu posso pensar de defeito eu encontro aqui, nem poder derrotar inimigos eu posso, eu tenho que desviar deles, mesmo eles sendo mais rápidos que eu e a movimentação do jogo sendo extremamente porca. Deus, que jogo horrível, não tenho mais nada a falar, não tem qualidades, tudo é péssimo, então, por favor, só passem longe disso.

Eu nunca vou conseguir descrever o quão ruim isso é, acho que é facilmente uma das piores experiências que eu já tive com videogame e ponto. O jogo é uma boss rush estupidamente difícil que sequer permite que você se cure entre as fases que são um número até que considerável, e nem é como se essa dificuldade viesse por conta dos inimigos serem bem montados ou serem bem balanceados, seria impossível ser por isso, afinal, eles são a coisa mais estúpida possível e mal dá pra compreender como eles funcionam, você só aceita mesmo e tenta adivinhar, a dificuldade extrema vem mais pelo quão infuncional ele é, o jogo é simplesmente quebrado, o combate só não funciona os comandos são estranhos o boneco é duro, sua movimentação é dura, até mesmo o ato de andar requer um esforço pra caralho, os ataques não funcionam as vezes eles pegam e as vezes não pegam (vale tanto pra jogadora como pro inimigo), você não tem como se defender de nada só tentar desviar aleatoriamente ou tankar um projétil com o escudo do capitão america (Tá de Miranha? FODA-SE então, boa sorte contra projéteis) que também é algo que só parece funcionar as vezes, quando o jogo tá de bom humor, mas isso nem é o pior, o jogo tem um input lag de LEGITIMAMENTE 2 SEGUNDOS AS VEZES, as vezes o ataque não sai mesmo você spammando o botão, você pode tentar de tudo mas as vezes só não funciona, você legitimamente sente que o jogo está contra você o tempo todo, e ele tá contra você por simplesmente funcionar mal, mas não é pouco mal, até a keybinding desse jogo é horrorosa. E, tipo, não fosse o bastante os sons do jogo são sofríveis, e o jogo além de ser feio ainda ousa ser estupidamente lento, eu sentia que estavam mentindo pra mim dizendo que era 50FPS, (Versão Europeia) mas não passava de no máximo 10; os loadings do jogo são uma piada de mal gosto, teve vez que eu cheguei a esperar DOIS MINUTOS pra poder passar pra próxima fase do jogo, ou pra recomeçar.

Esse jogo é patético, horrível, tenebroso, atroz, horripilante, sofrível e honestamente me faltam adjetivos para descrever o quão ruim isso é, sinto como se todas as catástrofes da história da humanidade se juntassem e quisessem ensinar como foi a experiência de cada uma delas, só que agora todas de uma vez e em uma única obra, eu honestamente sinto que isso é a pior coisa que eu já joguei.

Dos remaster é de longe o mais buggado e cheio de problemas de performance, droppei por isso e pq tava me dando gatilho