Uau, eu definitivamente não esperava que fosse virar meu Mega Man clássico favorito. E esperava menos ainda que fosse ser o SEIS, de todos os candidatos do Nintendinho.

Mas é, tenho um apego enorme por Mega Man 2, é um jogo da minha infância e eu consigo botar ele pra jogar do inicio ao fim qualquer dia que tu quiser. Mas, Mega Man 2 tem um problema: apesar das fases serem sim muito boas e os chefes icônicos, a fortaleza do Willy da uma caída na qualidade (e isso meio que é padrão pra Mega Man)

E pois bem, aqui estou dizendo que: Mega Man 6 tem a melhor soundtrack de MM do nintendinho (depois de Mega Man 2, claro), tem os melhores Robot Masters, tem a melhor iteração do Rush na franquia e tem a única fortaleza boa do Willy. É um jogo extremamente sólido e bem feito do inicio ao fim, realmente demonstra ser do final da geração do Nintendinho, os ambientes são lindos e o uso de cores agrada muito os olhos.

O jogo tem uma estrutura pseudo-proto-megaman x, onde algumas fases tem armaduras que mudam a gameplay, e por causa delas você consegue acessar segredos dentro dos níveis da maioria do robot masters (que são as letras do Beat). Obviamente você não pode revisitar fases, mas se você souber que a fase do fogo e a da floresta dão as armaduras do Rush, o resto do jogo tem um loop bem gostoso de explorar pegando os caminhos alternativos pros chefes. Eu não usei o Beat nenhuma vez, e mesmo assim fiquei feliz de ter feito 100%, porque me deu um senso de exploração divertido.

Também amo o conceito do jogo ser um torneio mundial de robôs, e cada um representar uma cultura diferente. É um detalhe que muda totalmente a caracterização dos chefes e tira eles de serem só "conceito aleatorio + man no fim do nome". No mais, é um jogo extremamente polido, com sistemas bem pensados. Demonstra mesmo a maturidade de um time que já tinha feito 5 jogos nessa estrutura, é a experiência mais cristalina e rebuscada de Mega Man no Nintendinho.

Eu não quero escrever muito sobre esse jogo porque quanto mais eu penso sobre ele, com mais raiva eu fico.

- Os gráficos per se da pra aturar, mas os modelos 3D são terríveis, é impossível você olhar esse jogo e o do SNES e sentir mais vontade de jogar esse puramente pela estética

- Eu amo overthinkar e cavar história de Mega Man, então tava ansioso pros diálogos, mas com exceção de uma fala do Spark Mandrill e uma do Storm Eagle, a caracterização de todo mundo é uma bosta e, sinceramente, adicionar conversa ruim no jogo só pra inflar ele e dizer que tem conteúdo novo é um dos, se não o maior deserviço desse jogo. Mega Man X é um jogo de beleza interior cristalina, você não enfia qualquer coisa dentro da perfeição esperando que fique automaticamente bom.

- O X desse jogo parece um balão, ele tem a jogabilidade mais solta e leve da franquia. Isso é bom? Óbvio que não, porque esse jogo não deixa ele leve pra fazer alguma coisa com isso, eles só minimizaram qualquer animação que buildava momentum no jogo original. Esse bicho é um ROBÔ, você precisa sentir a pegada dele, faz parte central da jogabilidade o X construir velocidade

- Embaralhar as peças da armadura não é uma ideia ruim, mas foi feito com o cu. Provavelmente o pensamento é "todo mundo começa o jogo pelo Chill Penguim, vamo tirar o dash de lá!". O problema é que colocaram o dash na fase do Flame Mamoth, isso significa 2 coisas:
1 que ainda vale a pena pra maioria das pessoas fazer o Chill Penguim primeiro pra congelar a fase do Flame Mamooth
2 que a porra da bota tá bem no início, então a pessoa pode entrar na fase, pegar a bota, se matar e voltar do inicio fazendo qualquer outra ordem.

- Continuando sobre a armadura mas dividindo o tópico: deixar o peitoral no Storm Eagle é uma decisão burra pra qualquer pessoa que jogou o X original pelo menos uma vez. Primeiro que o Storm Eagle junto do Chill Penguim é de longe o boss mais fazivel com o buster, então a maioria das pessoas começa ou por um ou por outro. Segundo que o peitoral... trivializa totalmente o jogo, e eles não quiseram mudar isso. Então se tu pegou o peitoral na segunda fase que tu foi, o resto do jogo vai ser a coisa mais sem sal e pointless do mundo. O peitoral ficar o Sting Chameleon era uma decisão de design inteligente porque:
1 ele é difícil pra caralho no buster então se tu explorar direito a fase dele tu encontra uma redução de dano que te ajuda bastante
2 que geralmente tu passa nele no late game, porque tu pelo menos enfrenta o Chill Penguim pra pegar o dash, o Storm Eagle pq ele é ridículo, o Flame Mamooth pq a fase congelou E tu pegou a arma do Storm Eagle, o Spark Mandrill pq tu tem a fraqueza do gelo, E SE TU FOR UM JOGADOR DECENTE tu ainda vai no Launch Octopus antes pra não fazer backtracking.

- Eles deixaram a sessão do carrinho do Armored Armadillo (que é uma das catarses do primeiro jogo) INSUPORTÁVEL, com o bônus da localização do hadouken ter ficado uma bosta de acessar

- Os remixes das músicas são terríveis e foram feitos pelo chat gpt

Bottomline: é um cocôzao, eu não sei porque você jogaria ele ao invés do clássico e quem diz que ele é objetivamente melhor que o OG não entende nada de videogame.

A premissa desse log é bizarra por si só: fiquei com saudade de re-jogar Mega Man X3. E eu sabia que existia um mod pra jogar o jogo com o Zero então eu fui testar, como alternativa de repetir a experiência sem tornar essa run num espelho da primeira vez que eu joguei. No fim das contas é o que eu esperava, o Zero não consegue usar os upgrades de armadura, e os chefes não são balanceados pra ele (no jogo original ele não podia lutar contra nenhum chefe, então obviamente são todos feitos com o X em mente).

Salvar o jogo no fim de cada missão igual os X de PS1 é com certeza uma adição bem vinda. O mod permite você trocar livremente entre o X e o Zero durante as fases, então na teoria existe uma dinâmica libertadora em como abordar as situações, mas a liberdade fica só no campo teórico, porque o Zero além de mais lento que o X, não consegue pegar colecionáveis que exigem as botas verticais -e como dito anteriormente- ele é muito pior que o azulão nos chefes.

É uma curiosidade interessante. Uma maneira refrescante de jogar X3, e se você acha muito fácil, por estar re-jogando a anos, essa é com certeza uma versão mais desafiadora. Não é exatamente o que eu procuro jogando os Mega Man X de Super Nintendo, libertador pra mim é jogar fazendo 100% num frenesi sem nem pausar o jogo.

Eu derrotei os 8 mavericks com o Zero e não planejo jogar mais. Até porque eu peguei todos os heart tanks com ele e é basicamente impossível passar a fortaleza do Sigma sem a golden armor, então mesmo se eu conseguisse ela pro X, ele ia estar com a barra de vida inicial.

A coisa positiva de ter jogado agora prestando mais atenção, é que eu consigo dizer com certeza que eu gosto mais de Mega Man X3 do que X2. Quer dizer, eu saí de X3 pela primeira vez achando de longe a pior seleção de bosses dos primeiros 4 jogos da série, e desgostei forte do castelo do sigma e do tamanho das fases normais. E mesmo assim… eu achei ele muito gostoso de jogar.

Passando pelo jogo uma segunda vez eu consigo entender bem mais as engrenagens que me fazem achar esse jogo muito bom. Pegando de comparação o irmão famoso, Mega Man X4, uma das coisas que eu mais gosto dele é o quão tudo parece IMPORTANTE. Suas ações têm peso, a história é causa e consequência das suas atrocidades, e acho que Mega Man X3 tem um pouco desse DNA. É o fechamento da era do Super Nintendo, já com o pézinho no PS1 (o jogo foi lançado simultaneamente nos dois consoles), e realmente parece que o time de desenvolvimento queria passar essa ideia.

O Zero é uma presença que te acompanha no jogo todo e, apesar de não ser nem de longe tão importante quanto nos jogos futuros, é um sentimento bem diferente de X1 onde ele é uma figura idealizada e do X2 onde ele é seu colega de trabalho zumbi. Em X3 você luta ao lado do Zero. Esse jogo tem um setting menos de repressão de "maus elementos" e mais de uma guerra, mesmo. Os X Hunters no jogo passado serviam só pra passar um mistério digno de novela das 6 e pra foder sua liberdade de escolher as fases. O Bit, Byte e Vile são vilões casca grossa MESMO e constroem bastante pra ideia do fechamento de ciclo (principalmente o Vile).

Mega Man X3 é de longe (pelo menos entre os 4 primeiros) o jogo com mais coletáveis da franquia X e, por mais que isso possa parecer um saco, eu não acho que você joga Mega Man X3 como passatempo. A dinâmica do jogo funciona pra mim justamente porque ele me pune se eu não tiver prestando 100% de atenção. Eu PRECISO pegar o Z-Saber e a Golden Armor, eu PRECISO derrotar os chefes secundários com suas fraquezas, eu PRECISO pegar todas as Rides. São obrigações, mas obrigações que dão sentido à jornada. É um trabalho, e o pagamento é justamente ficar mais forte e apto a passar pelo mundo.

O jogo termina com o narrador monologando melancolicamente sobre como o X não compreende e não gosta de repetir o ciclo de matança de mavericks, e sobre como isso tá diretamente relacionado à existência do Zero. O X -e o mundo- nunca vai ter paz enquanto ele não matar o Zero. É o jogo assumindo que, pra ele existir, deve-se aceitar brutalidade inevitável, e que jogar Mega Man X é se torturar pra SEMPRE, até porque, o Zero nunca vai morrer.

Óbvio que, esse monólogo, no contexto in universe do jogo (e não só comigo interpretando de forma meta e abstrata), também adiciona pra minha perspectiva de que é uma iteração que acima de tudo tenta ser grandiosa. Mega Man X3 precisa terminar imponente e com promessas pro futuro, afinal de contas, como X4 ia existir do jeito que é sem antes ter sido um sonho?

I'm thinkin' 'bout dyin' my hair red just to look like a pint of red
I like all of my cups so dirty, I been sippin' that Bloody Mary
I mix all of my problems and Prometh' until I roll on my death bed
I mix all of my problems and Prometh' until I roll on my death bed

se eu falasse o que eu penso desse jogo eu seria banido do backloggd

Actually very good, just not my cup of tea.

I love Outrun. In fact, not only do I love Outrun, I also love Outrun 2. And I've always felt that, despite sharing the same DNA, both games are masterpieces for completely different reasons.

Outrun (1986) is a vibe game. Despite the time limit, it's a game about materializing the feelings of driving a car like a toy on the most idealized tracks that a 10-year-old could think of. That's why, for me, the definitive version of this game is the Cannonball mod for the PC, which leaves it 60fps, widescreen and with the option to completely turn off the time limit.

Outrun 2 drinks entirely from the aesthetics of the first game, but the appeal is not specifically in getting from point A to point B, like the first game, but HOW you get from point A to point B, how you optimize your route the more you play. To fully enjoy Outrun 2 you need to become one with the drift mechanic and find loopholes to use it even when it doesn't seem possible, it's about exploring every millimeter of the track.

Easily one of my favorite franchises and, so far, the most consistent of them all. Two games: two perfect scores. However, recently the series flame rekindled in me and I went to replay the games, and browsing through backloggd, I discovered reading the vanilla Outrun 2 synopsis that, in fact, it is the FOURTH installment in the franchise. Doing some not-so-deep research, I discovered that the first Outrun sequel was actually TURBO OUTRUN, and that in 1992 another game in the series was released under the name OUTRUNNERS (I haven't played that one yet).

If Outrun is about feeling the car and driving without worriesl, and Outrun 2 is about the frenzy of drifting, this game is an interesting middle ground. Seems like way back in the day SEGA knew that the direction they wanted to go with Outrun was to greatly increase the action attributes of the original game, and that's what they did with Turbo.

Turbo Outrun is an extremely action packed game that is only concerned with delivering the most visceral feeling of extreme SPEED to whoever is playing. The game is uglier, the music doesn't even come close to that of its predecessor, but what the game wants is for you to change gears and release the turbo to forget about all this and not think about absolutely anything else. It works, especially at the beginning, but the biggest problem with this game is that it's an arcade game and it needs to take your cash. Obviously I don't have a problem with that playing on an emulator, but I say this because the game knows that you'll always want to be as fast as possible, and in the stages towards the end of the game, it just puts up some sharp curves and obstacles that are impossible to predict.

One thing I've always admired about Outrun 2 is how plasticized it is. Even though you're relatively fast, if you hit the edges of the track it bounces you off more than it flips you over. And this is actually a Turbo-Outrun-thing! Just like its 3D brother, it is a game that values ​​the feel of the car a lot, specially in speed, but contradicts itself a little when it makes you stop and crash several times to lose (on purpose). Turbo Outrun is far from perfect like Outrun 1 and 2, but it was great to play. These are good ideas, but they could only be implemented in their fullness when video games made the generational leap into three dimensions.

I need Niel to play this tho

Replaying after finishing Zweii 2x and Saga's first disc. Honestly, it grew a lot. Mainly because I managed to play a lot better than the first time, and the atmosphere really got to me more than the first time.

Sad that the first level is the best, but that makes it one of the best first levels in video games. I still think the difficulty curve is a bit fucked up, but it's a game designed to be played over and over again. Too bad that Zwei exists in this world, and I prefer to replay Zwei at any minute, hour or day.

"não queremos nada em comum com os economizadores de espírito"

Joguei bem no início desse ano, não loggei porque não terminei a "história", mas ela se baseia numas missõeszinhas sem graça então foda-se

Joguei horas e horas do modo sobrevivência, diversão garantida, uma das ideias mais únicas e um dos jogos mais inspirados que eu já joguei, pena que ta nesse console de bosta

2023

Children learn to live with their parents, parents learn with their children that life ends, perhaps sooner than it should.

- How long are you staying for?
- I don't know, amma. But this is nice.