Surto coletivo que a dlc do Sam é melhor que essa

Logando especificamente o Born From a Wish (zerei pela 1x)

Na teoria é inofensivo, mas eu aprecio a ambiguidade imaculada de toda interpretação do jogo base. Essa dlc é equivalente a um vídeo do pipocando explicando silent hill

1 Coríntios 10:13
"Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar".

Imagens tão efêmeras que nascem pra representar o aperto do botão e se auto-destroem toda vez que um pensamento acaba. O bushido é só mais uma forma de enxergar o videogame.

Como diria meu (segundo) jogo favorito: "everyone would play out the ideal "story" that they had come up with".

voltando pros videogames em grande estilo

eu vou zerar os ng+ pra ter uma opinião mais concreta, mas é provavelmente o jogo da série com a melhor jogabilidade e o entendimento completo de como usar gimmicks nas fases.

also, não pensei que fosse possível (porque eu amo o anime noventista do X4), mas tem minha história favorita dos 8 jogos.

Obviamente é ruim e não vale seu tempo, todo mundo sabe disso

MAS, visionários na ride armor aranha e no character swap instantaneo (o Zero com várias armas tb eh mto bom)

Mega Man X6 representa a imagética do apocalipse de forma plena. É um jogo repleto dos obstáculos mais velhos de Mega Man: buracos e espinhos. A construção das fases dialoga meticulosamente com os temas do jogo, o nosso salvador está morto e os reploids que sobraram estão se matando de pouco em pouco; a sociedade foi danificada de forma irreparável, o arrebatamento aconteceu, os poucos sortudos subiram e só sobra repetir o ciclo da luta entre o bem e o mal.

Me parece extremamente apropriado que as fases do Mega Man X que "não precisava existir" -considerando que X5 era pra ser o final definitivo-, sejam todas abstrações de conceitos bem definidos. Florestas, museus, lixões, laboratórios; conforme os robôs ficaram mais humanos, mais a verossimilhança com o nosso mundo foi se reduzindo ao ponto de retornar à ludicidade dos Mega Man de Nintendinho.

MMX é uma série que gosta muito de brincar com a dualidade do personagem do Zero; ele frequentemente tem sua moralidade questionada, é uma existência que vive na contradição de ser o grande herói mesmo sendo um assassino. São jogos que falam muito sobre a visão distorcida que se pode ter de um herói quando esse é inserido no contexto da guerra. MMX4 dá consciência pro Zero e transforma ele num herói trágico com algum tipo de remorso, mas incapacidade de impedir o ciclo por causa do senso de dever, e MMX5 joga os pecados do mundo nas costas dele pra fabricar a existência de um sacrifício messiânico.

MMX6 inverte os papeis de suas figuras centrais. Como o Niel disse na review dele (vou deixar linkado nos comentários) "nesse jogo você precisa reviver o diabo pra te ajudar num apocalipse ludológico". É cômico que o Zero seja realmente o diabo desse mundo, no sentido mais literal possível de ser quem vem pra roubar, matar, e destruir. No X3 foi apontado que enquanto o Zero estivesse vivo, não haveria paz. Em X6, ele morto, continua -mesmo que indiretamente- causando caos. Gate, por outro lado, é um cientista; um cientista que criou diversos robôs e nenhum deles conseguiu sobreviver no status quo que o Zero lutou a vida toda pra proteger.

Em resumo: sua missão é assumir o papel do diabo pra ceifar a vida dos servos revividos do "criador", deus de uma nova era. Andar no laboratório cibernético do Gates enquanto passa por incontáveis estátuas de anjos e demônios te faz pensar que realmente é um jogo sobre forças contraditórias numa batalha eterna lutando pra decifrar o sentido "correto" da vida como robô. O Sigma (e por consequência o Gates) acredita que os reploids precisam aceitar os sentimentos perversos da humanidade, é o caminho da evolução. X luta uma guerra infindável pra descobrir como batalhar contra as piores partes da consciência, e vê a paz como motivador principal.

Não sou eu quem vai querer julgar as morais de X6 (apesar de ter feito isso com o X5 por particularmente odiar o jeito com o qual eles lidam com a política do mundo naquele jogo), mas talvez o Sigma ser "poeticamente fácil" -citando de novo o Niel- nos diga alguma coisa sobre quem o mundo dos deuses escolhe vomitar ao invés de engolir.

E-Eu prometo que vai ser o último log desse jogo aqui esse ano... sério

Mas é, eu lembrei que tinha sido lançado pro Saturn e fui lá jogar. A maior diferença é que todos os áudios são piores, mas o game feel também é um pouco mais leve (porque os efeitos não são tão pesados quanto os do PSX), lembra os jogos de Super Nintendo.

Also, criei um substack e to escrevendo sobre esse jogo, então se você quiser se inscrever pra receber notificação quando sair o texto, tá aí: https://memoriasexpressas.substack.com/?utm_source=substack&utm_medium=web&utm_campaign=substack_profile

black zero just cause I can

Terminei pela Legacy Collection em japonês! Adiciona muito na vibe geral de anime noventista.

Terminei pela Legacy Collection, tentar jogar os 4 primeiros por lá.

X-PLOSIVE GAMEPLAY.
X-TREME GRAPHICS.
MEGA MAN X4!

Vibrant Animation • Relentless Enemies

mega man tem muito jogo injogavel