Rance não para de me surpreender e não foi diferente com Sengoku Rance, é impressionante a quantidade de conteúdo nesse jogo e como a franquia sempre se reinventa em gameplay/mecânicas.

A ideia de um JRPG tático com elementos de Management Game já foi executada em Kichikuou Rance, porém, com muito problemas de balanceamento, o que prejudica muito a sua progressão, Sengoku Rance tem um sistema de administrar territórios muito mais coeso e objetivo, além de recompensador, a party também é mais densa, cada classe tem skills particulares que têm utilidades para batalhas específicas, uma profundidade impressionante, eu realmente tive que montar estratégias para diversas batalhas e pensar quando usar X personagem, além de ter mais liberdade para explorar o potencial disso, já que diferente de Kichikuou, eu consigo manter meus membros de party, mesmo eles morrendo em batalha, claro, existe a possibilidade de perdê-los para sempre, mas não é instantâneo. O problema de balanceamento de Kichikuou que citei anteriormente também tem aqui, só que em menor escala, sendo apenas no End Game, onde fica insustentável de tão quebrado, é irritante demais o quanto as batalhas são mais longas e desproporcionalmente mais difíceis, mesmo você com um level alto e com muitas tropas, insuportável. Outro aspecto negativo, é o sistema de rotas, que pouco adicionam ao jogo, apesar do mar de conteúdo, não existe nenhum empenho em fazer essas rotas valerem por si só, além de poucos momentos legais, boa parte é só chato e cansativo, com um conteúdo repetitivo e você tendo que tomar ações já feitas anteriormente para poder progredir, além de plots que não valem tanto a pena, mas isso eu vou deixar para comentar quando for falar do enredo no geral. Já o conteúdo ero me divide um pouco, tem H-Scenes boas que tão crescimento na relação do Rance com as personagens, mas, estamos falando do protagonista mais doente já criado, então a quantidade de conteúdo cursed, vazio, fetichista, problemático e nojento é imensa, não da pra defender.

Comentando sobre a produção, visualmente é um jogo lindo, adoro o Character Design, é identidade pura, além de uma evolução impressionante, os CGs são maravilhosos, a HUD me agrada bastante também, é intuitivo e você não se perde para fazer suas ações, já a OST, é do CARALHO, fantástica, tem muitas tracks memoráveis.

Agora, a narrativa desse jogo, é simplesmente primorosa, JAPAN é gigantesca e Sengoku Rance aborda isso de forma excelente, a politicagem que envolve o país, os conflitos de cada estado, os males da guerra, a falta de liderança, preconceito, o valor da perda, o peso do amor, cada líder tem seus ideais e crenças, toda temática tem seu impacto, tudo te envolve muito fácil, é uma jornada excelente do começo ao fim, que elenco fantástico, a quantidade de personagens bons me surpreende, mas, claro, tem alguns problemas, como os character clear serem beeeem fracos e não darem substância alguma aos personagens, além de em certos casos, serem sub-plots já abordados em Rance VI que não progridem em nada o arco das personagens, uma pena que existem ainda piores, como character clear que existem só para alguma H-Scene de péssimo gosto que resume a personagem a nada além de um fetiche. Como citei em alguns blocos acima, o sistema de rotas é raso para um jogo tão denso, a True Route conta uma excelente história, já as rotas alternativas, são chatas em mecânica, porém, entregam quase nada em narrativa também, a rota da Ran é completamente skippavel, é terrível, não entrega nada além do Rance sendo um doente e conteúdo erótico merda, a rota da Yamamoto é um INFERNO de repetitiva e vazia, só vale pelo epílogo e a progressão da personagem, que é pouca durante a rota, já a rota da Kenshin é a menos pior, um pacing ok e da profundidade para a personagem e sua relação com o Rance, é o único IF que vale a pena na minha opinião.

Apesar de problemas e incomodos, Sengoku Rance me fascinou, foi um jogo que tirou semanas da minha vida, seja me divertindo ou querendo me jogar de uma ponte, mas, no fim, valeu a pena demais.

Expansão divertida, que muda um pouco dos fundamentos do gameplay, com a adição dos poderes novos, porém, o combate continua cansando rápido e as skills pouco ajudam na sua variação, já que a maioria não servem tanto para isso, apenas aumentam o moveset em pequenos níveis. Já o mundo aberto, é bem ambientado, fora isso, está repleto de missões secundárias que pouco adicionam a expansão, boa parte são bem genéricas e básicas, os coletáveis enriquecem mais a lore que as missões secundárias. Não vale a pena fazê-las a não ser por XP e pontos de ação para dar upgrades nos equipamentos do Miles.

É um jogo muito belo graficamente, a ambientação de Harlem pega bastante, além da progressão do tempo naquele mundo ser interessantíssima, até o fim da expansão a neve vai se intensificando até a troca de estação. Cutscenes bem coreografadas com um toque cinemático funcional, principalmente na missão inicial, que é muito divertida de se jogar e acompanhar o mission design juntamente as cenas montadas.

O enredo do jogo é bem previsível e sem muitas surpresas, o drama per se não é o problema e sim o quanto o jogo espera que você se importe com uma trama onde seus personagens pouco tem foco, as coisas acontecem muito rápido e fica difícil de digerir e comprar a narrativa.

Miles Morales é uma expansão divertida para quem gostou do jogo base, mas não vale o preço que é vendida, além do conteúdo ser pouquíssimo para justificar tal preço.

Apesar de ser um bom port, ainda limita tudo que Tekken 6 tem a ofececer, mas enxergo boa parte das qualidades contidas no jogo, me impressiona como todos os personagens tem estilos próprios, nenhum deles se repetem (fora Kuma e Mokujin), cada um com seu próprio tipo de gameplay e adequação, se adaptar a cada personagem é muito divertido.

O enredo é aquela salada de frutas de um jogo de luta padrão, porém, inferior a Tekken 5, Azazel jamais será Jinpachi, apesar de um boss difícil, não é muito atrativo para mim.

Não tem muito o que avaliar em gráfico pois é uma versão inferior ao produto final, ta ok para um jogo de PSP, eu acho kkkk, até melhoraram um pouco graficamente quando portaram pro PS4, ainda sim, longe do que realmente representa todo potencial do jogo, já a OST é excelente como sempre.

Um bom e cadenciado jogo de luta, com um equilibrio considerável de cada personagem.

Gostei das mudanças em relação ao Rush, como o Jetpack e o power-up de força, o problema são sessões que são impossíveis de se avançar sem eles, o que é chato, fora isso, é o Mega Man de sempre, só que um pouco melhor que o 5 em level design.

Mega Man chegou no seu pico em seu terceiro jogo, sinceramente, não tem muito pra onde ir com a limitação do NES e o quinto jogo da franquia é a prova viva disso, infelizmente, é mais do mesmo, agora, com bosses fraquíssimos e power-ups ridículos, sim, estou falando de vocês, Stone Man, Star Man e Charge Man.

Não deixa de ser divertido, porém, já está defasado.

Watch Dogs Legion é tudo de problemático com Triple AAA atualmente, em especial, a falência criativa da Ubisoft, é impressionante como destruíram a própria franquia aos poucos, é um jogo sem alma, uma involução de tudo que foi feito anteriormente, uma vergonha completa.

Seu gameplay é patético, gunplay ridículo, repetitivo pra cacete, você faz a mesma coisa por horas, o sistema de hacking é INFERIOR aos anteriores, com menos recursos e limitação de gadgets, onde só se pode usar 1 por personagem, mission design horroroso, use a aranha em todas as missões e acabou, sem falar na IA TERRÍVEL, inimigos burros pra cacete, e, de novo, a locomoção é uma porcaria, dirigir nesse jogo é muito ruim, o mundo aberto é completamente vazio, não tem absolutamente nada pra se fazer, só missão genérica que não agregam em nada.

Que jogo feio, meu deus, os gráficos são bem básicos e sem capricho, parece que tudo foi feito as coxas, o design dos personagens é a coisa mais genérica de todas, tirando Londres no geral, que realmente tem uma boa ambientação, nada é destacável em produção, OST inexistente e até as rádios que se ouve dentro dos veículos não tem variação alguma e se repete infinitamente, cutscenes nojentas, com uma direção quase que amadora.

O Enredo é um grande nada, uma abordagem porca sobre anarquismo, ainda pior que a de Watch Dogs 2, não existem personagens, nada tem vida, impacto ou importância, essa ideia de poder recrutar NPCs torna tudo uma merda, não da pra se importar com ninguém, ainda mais quando você ajuda a porra de um velhinho e ele se junta a Deadsec pra matar pessoas, porque isso tem muita lógica, são bonecos sem nenhuma profundidade te dando informações sobre corporações malvadonas muito mal exploradas com conflitos nulos.

Esse é um dos piores jogos que já joguei na minha vida, e digo isso tendo jogado Knack, obrigado Ubisoft, destruiu todo o potencial da sua franquia.

Seria até injusto se eu comparar com o Remake, porque é uma melhora gigantesca em todos os sentidos, mas RE 1 original sem dúvidas tem seu mérito por atmosfera e sound design, além da mecânica de recursos escassos ser bem pensada, melhora o sentimento de suspense e claustrofobia que me causa, uma pena que o gameplay é bem arcaico e truncado, pouca responsividade e dificulta demais a sua progressão.

Um dos Remakes mais bem polidos que já joguei, impressionante o cuidado que tiveram com cada detalhe da cidade e utilizaram todos os recursos possíveis para dar vida a essa experiência cinemática que Mafia I queria construir, mas não tinha tantos recursos técnicos para isso na época que foi lançado. Uma cidade viva e cheia de detalhes, que conta sua própria história em cada esquina, cutscenes maravilhosas e bem dirigidas, expressões faciais detalhadas e graficamente absurdo. A OST é excelente, porém tem pouca variação, em muitas missões, você acaba ouvindo a mesma trilha de novo, isso me incomodou um pouco, fora isso, Mafia: Definitive Edition é um primor técnico e demonstra muito carinho em toda sua concepção.

Seu gameplay tem uma melhora absurda, justamente o maior problema do jogo clássico, tudo era difícil de se fazer, o gunplay era truncado, dirigir um parto e até o ato de andar não respondia muito bem, só que o mais incrível, é o remake ainda ter uma fidelidade imensa na forma em que Tommy se move, lembrando bastante o primeiro jogo, aqui, claro, de forma mais natural e com fluidez, um gunplay satisfatória para cacete e dirigir não é mais insuportável, por mais que ainda não sei la essas coisas. O mundo aberto continua sem absolutamente nada para fazer, apesar de ter uma ambientação fantástica, não tem quase nenhuma atividade para fazer ou amplitude, falta profundidade em diversos aspectos, esse é um aspecto não fizeram muita coisa para melhorar em relação ao original.

Falando do enredo, tem um roteiro ótimo, personagens carismáticos e uma estrutura narrativa que conta sua história de forma brilhante, um mission design que capta perfeitamente a temática do jogo, claro, tem inspiração altíssima em Poderoso Chefão, porém, não é um demérito, um Crime Drama maravilhoso com um final sensacional. Falando de algumas adições nesse remake, certamente tem a construção de seus personagens, que têm uma caracterização mais detalhada, tornando o elenco muito melhor.

Ansioso para ver o que a franquia tem para oferecer daqui para frente.

KNACK 2 BABY!

De volta a esse pesadelo, finalmente para acabar com meu sofrimento. Knack II mantém o legado da franquia em ser um jogo horroroso, extremamente repetitivo, cheio de puzzles idiotas com sessões de plataformas que dariam inveja a Shigeru Miyamoto, porém, tenho que pontuar algumas evoluções mínimas, a responsividade nos controles está melhor e o gameplay flui melhor por conta disso, além de pelo menos colocaram um sistema de skills que da uma preogressão para o Knack, por mais que a árvore de skills não tenha inspiração alguma. Ao menos tentaram melhor algumas mecânicas, não que tenha tornado o jogo brilhante, mas ta jogável na medida do possível. Nem preciso falar da variação nula de inimigos, de novo, a maioria são repetidos e só mudam as skins dependendo da fase, e o combate... aaaaaaaah o combate... se prepare para apertar o mesmo botão por aproximadamente 10 horas e meia, até ficar maluco.

O que falar dos gráficos? É a mesma merda, boa parte dos cenários são reciclados de novo e de novo, da forma mais descarada possível, tem uma evolução gráfica em relação ao primeiro, mas é, tipo, de -1 para 0. As cutscenes continuam aquela maravilha, me dando uma vergonha alheia absurda.

Já o Enredo é só um pretexto para você bater em robôs e goblins, não tem absolutamente nada de interessante acontecendo, a não ser a tentativa de fazer você se importar muito com o que está jogando, nem preciso falar que falha nisso né?

Graças a Deus nunca mais terei que jogar Knack de novo, assim espero. Me livrei de um fardo.

Melhorou consideravelmente se comparado ao primeiro capítulo. Puzzles mais criativos, comandos que respondem melhor e mais longo. Gostei bastante da progressão em relação a lore também, além dos mini games terem seu charme.

Uma boa demonstração de um projeto promissor. Esse primeiro capítulo entrega uma lore interessante, puzzles engajantes e uma boa atmosfera de terror, principalmente por conta do Sound Design.

Pensei que seria só mais um jogo sem conteúdo que viralizou por conta de Youtubers e Streamers, mas fiquei satisfeito, é realmente decente.

Um gameplay bem criativo, mecânica divertida, estética em design bela e interessante, gostaria que fosse mais longo, pois tem ótimas ideias.

Sem dúvidas o trabalho mais consistente do Nasu, um trabalho de produção primoroso da Type-Moon, apesar de alguns sprites e design zoados, tem muita qualidade em seu visual.

A VN clássica da Type-Moon, infelizmente, não explorou seus temas bem, graças a problemática presente em toda a mídia, o erotismo exacerbado e fetichista, além de um roteiro perdido que é muito redundante, um problema na escrita do Nasu desde sempre. Em TsukiRe, finalmente tudo que queria ser dito foi executado, existencialismo, fragilidade humana, vida e morte, temas que são vomitados na versão clássica, sem muito peso entre as rotas por um balanceamento péssimo entre romance e drama, florescem nesse Remake, com excelentes monólogos e um romance muito bem feito, as rotas de Ciel e Arcuied têm singularidades e conflitos diferentes, a fluídez do texto também é algo destacável, um roteiro do Nasu sem redundância absurda ou exposição exagerada é raridade, diria que é o ápice dele em roteiro e pacing. Infelizmente, alguns aspectos continuam ruins, como o aspecto Edgy que não funciona e só deixa tudo bobo, personagens fraquíssimos com motivações rasas e a velha pretensiosidade do Nasu, a True Route da Ciel é simplesmente too much, meu deus, ele tentou demais tornar tudo tão grandioso que perde muito do impacto que deveria ter, já o Denpa é mediano para bom, as vezes acerta bastante no aspecto psicológico, porém, perde a mão em algumas cenas.

Em produção, como dito anteriormente, acho TsukiRe um primor técnico, excelente transições de cena na coreografia das lutas, bom build de atmosfera, um design agradável, OST memorável, claro, ainda tem alguns probleminhas, como a saturação alta no background em algumas cenas, char design medíocre de alguns personagens e até alguns CGs bem feios, mas nada que afete tanto a qualidade da produção no geral.

TsukiRe foi uma experiência agradável, que me incomoda em certos momentos com um alívio cômico bobão, cenas edgy demais e tentar escalar demais a temática a um nível transcendental, mas me impressionou porque mostrou uma melhora considerável nos roteiros do Nasu, alguém que considero um dos piores em estruturação textual e abordagem temática dentro da mídia, isso já é uma vitória.

Incrível como destruíram a franquia, tiraram tudo que dava originalidade a Watch Dogs em questão de estética e atmosfera nessa sequência, não tem mais o clima denso, o mundo sombrio e problemático que a tecnologia destruiu aos poucos, tirando a liberdade das pessoas, agora, tudo é colorido, com aquele ar de jovem anarquista e revolucionário, nem seria um problema, se pelo menos tivesse um enredo interessante e bons personagens, mas isso quase não importa, tudo é tão bobo e infantil que tira o peso de qualquer consequência na narrativa, não existe nenhum personagem minimamente decente, realmente uma pena.

O Gameplay melhorou em alguns aspectos, Stealth mais prazeroso, gunplay divertido e mecânicas refinadas em relação ao hacking, só que de novo, o mundo aberto não existe, é um vazio imenso, a maioria das atividades pouco servem, dão contexto a lore da forma mais rasa possível ou servem pra te dar skills novas, impressionante como a Ubi não sabe fazer mundo aberto.

Os gráficos são lindos, porém, sabe aquela sensação de vazio que você sente quando se trata de estética? é exatamente o que me causa em Watch Dogs 2, não existe nada destacável, algo que te surpreende, eu sinto que a franquia virou um clone de GTA ao invés de focar na suas originalidades, como o primeiro tentou, por conta da reação negativa do público, arriscaram algo novo, mudaram a identidade da franquia, e, sinceramente, não funcionou.

Estou muito decepcionado com essa sequência, quase tudo que me agradou não existe mais, agora tenho medo do que o Legion vai me oferecer.

Modern Warfare me impressionou muito em sua campanha por conta de como se cria empatia pelos seus personagens graças as suas personalidades, mesmo não sabendo quase nada deles, mas o ato de estar com seus companheiros, ouvi-los o tempo todo tempo e passar por momentos assustadores onde suas vidas podem acabar a qualquer momento, te faz criar simpatia por eles e torna a experiência ainda mais cativante, Modern Warfare é eficaz em transmitir o sentimento de estar em uma guerra, assim como seus antecessores, isso cria uma atmosfera excelente, conta uma boa história, muitas vezes, sem usar uma linha de diálogo. Maravilhoso.

Já o gameplay, não fica muito atrás, gunplay ótimo, divertido demais de se jogar, principalmente pelo Mission Design excelente, sério, quase todas as missões são incríveis, além de dinâmicas, cada uma se interliga bem entre os núcleos do enredo.

O jogo tem gráficos muito bons até mesmo atualmente, a fumaça, o fogo e a iluminação são detalhes que até hoje me surpreendem.

Modern Warfare merece todos os elogios que têm, sem dúvidas, é um FPS de extrema qualidade.