This review contains spoilers

Raji traz consigo uma interpretação muito bonita sobre o Hinduísmo e suas divindades. O game entrega visuais e artes lindíssimas, uma trilha sonora impecável e uma história sensacional digna do nome do game, realmente um épico no maior estilo cinematográfico.

O maior problema desse jogo pra mim é boa porção da gameplay. A exploração é muito fraca, ainda que esteja ali, poderia ser um aspecto muito melhor desenvolvido e que com certeza acrescentaria muito ao jogo.

A decisão de focar em combate é plataforma faz sentido e combina com o tipo de história que querem contar e com a atmosfera. O problema é que ambas as mecânicas são muito mal desenvolvidas. O combate é simples demais e, por diversas vezes, ele se torna frustrante e muito difícil. Mas de longe o pior é o aspecto plataforma, o game por várias vezes cria momentos em que tu precisa pular sobre uma abertura ou de um poste para outro e quer que tu seja preciso quanto ao teu posicionamento, só que o ângulo da câmera do jogo dificulta muito isso. Por diversas vezes tu morre por achar que vai pular reto e acaba pulando na diagonal. É bem problemático.

Raji: An Ancient Epic tem potencial por causa da história, arte e trilha sonora. Mas fica devendo na questão de gameplay e a má aplicação das mecânicas escolhidas. Não é um game que vai fazer falta caso tu não jogue, mas até vale uma conferida. Ainda mais agora que tá na PS Plus.

Sempre gostei muito de Tekken, mas nem eu esperava o que a Bandai entregou com esse jogo aqui. Tekken 8 além de entregar gráficos lindos, nos dá também cenários maravilhosos, uma trilha sonora empolgante, um modo história extremamente competente e com um tom épico de dar gosto.

Aquele capítulo final, meus amigos. Absolute cinema!

Ele pega todas as mecânicas que a franquia trouxe até hoje, refina e nos entrega sua melhor versão. O game é acessível pra quem tá começando e é extremamente gostoso e receptivo pra quem já joga há anos. Os combos são satisfatórios de fazer e os efeitos visuais adicionam um impacto ainda maior a eles e são de encher os olhos.

O modo do Saguão de Luta foi uma adição espetacular e super divertida de se usar. Me senti naqueles jogos online lá de 2005 por causa dos avatares. Sem falar no modo missão arcade que me deu até uma nostalgia dos fliperamas que eu ia quando era pré adolescente.

Tekken 8 foi desenvolvido com carinho do início ao fim e isso fica explícito em cada detalhe que tu joga. É facilmente o melhor game da franquia e um dos melhores jogos de luta que temos atualmente. Pra quem é fã é obrigatório e pra quem curte jogos de luta também. Aprende aí, Mortal Kombat 1!

PS: Leroy Smith melhor personagem.

Um crime noir investigativo com animais antropomórficos? Eu irei aceitar, muito obrigado!

Fiquei interessado por esse aqui mais pelo fato de ser completamente esquisito. Um suspense policial onde o protagonista é um galo? Como não chamar atenção?

Chicken Police entrega uma história que, apesar de não fugir dos clichês do gênero noir, é bem competente e te prende. Com direito a plot twist e tudo. O game também tem uma gameplay muito simples, baseada completamente em diálogos e traz momentos de interrogatórios e investigações onde você aponta suspeitos, motivações. Bem clichê do quadro com as fotos e as cordas ligando elas. Os personagens, principalmente a dupla principal, são carismáticos, alguns são engraçados e tu acaba gostando deles. A dublagem é muito bem feita e contribui mais pra esse aspecto.

Por ser um visual novel ele é bem curto e, no máximo, em 3 horas tu já fecha ele. E é até bom que não seja extremamente longo, já que poderia se tornar cansativo. Não é um primor de jogo, daqueles que é obrigatório jogar, mas como tava de graça certamente valeu meu tempo. Achei divertido e aguardo uma sequência dele.

Conheço pouco de Alone in the Dark, os únicos que joguei foram o The New Nightmare no PS1 (era moleque e não entendi nada) e depois o Alone in the Dark 2008 no PS2. Mas fiquei interessado nesse por ser uma reimaginação do clássico, que preciso jogar, e pelo elenco dele. Ainda mais que tem a Jodie Comer, que é uma das minhas atrizes favoritas.

Quando o game lançou muita gente caiu em cima, falou que era uma bomba e vários outras críticas pesadas. Fiquei com um pé atrás, já que tava empolgado e nas críticas foi um banho de água fria. Mas tive a oportunidade de experimentar e fui de mente aberta e sem expectativas. Fiquei surpreso, o game não é uma maravilha mas tá longe de ser a bomba que falaram.

Alone in the Dark te dá a opção de jogar com a Emily Hartwood (Jodie Comer) ou com o detetive Edward Carnby (David Harbour), apesar de as histórias serem, essencialmente, as mesmas, diversos pontos mudam de um personagem pro outro e a narrativa de ambos tem tons um pouco mais diferentes ao meu ver. Eu acho a narrativa da Emily bem mais sombria do que a do Edward, mas a dele também rende momentos extremamente pesados também. Os plot twists de cada campanha são muito bem feitos.

O game tem uma pegada survival horror bem clássico, naquele leva e traz de itens, exploração, recursos escassos e vários cenários oníricos tenebrosos. O game também sabe muito bem trabalhar o horror psicológico. Cada coletável que tu encontra te ajuda a descobrir um pouco mais da história e também a desbloquear finais secretos. Dois dos finais secretos são extremamente pessimistas e acho que combinam com a atmosfera do game. O outro é um "final feliz" que não se explica muito bem como rolou e porque. E o final principal, que é o mesmo pros dois, também é satisfatório e termina em um tom mais neutro. Apesar de nem sempre ter trilha sonora, os poucos momentos que tem ela é maravilhosa. A trilha que rola durante confronto com inimigos ou situação tensas te deixam aflito. Em outros momentos o game toca um smooth jazz delicioso que combina perfeitamente com o jogo. E a trilha do boss final é épica, dramática e empolgante, de longe a melhor faixa do game.

Dentro dos defeitos, que eu poderia citar, é o fato da campanha ser MUITO curta. Tão curta que durante a Platina eu precisei fazer um troféu de terminar a campanha em até 3 horas. E sim, dá. Não só dá, como tu só ultrapassa esse tempo se enrolar muito. Minha primeira gameplay foi com a Emily e por precisar ir atrás de todos os coletáveis, aprender os puzzles, descobrir os locais onde devia ir, acabei fazendo em pouco mais de 8 horas (que já é curto). Na segunda, com o Edward, como eu precisava só pegar coletáveis e conversas específicos dele (cada campanha tem momentos e coletáveis exclusivos), por pausar em alguns momentos e acabar enrolando um pouco em outros, acabei terminando em 2h46. Teria sido menos se eu não tivesse dado pausa pra olhar o guia de coletáveis ou ir pegar uma água.

O game tem um arsenal bem enxuto de armas: pistola, shotgun, uma metralhadora e um sinalizador. Além de diversas armas brancas, como pá, picareta, marreta, furador de gelo e por aí vai. Os gráficos não são de nova geração, mas são bem bonitos e competentes. Os personagens são iguais às suas contrapartes na vida real e aquelas alucinações em barcos abandonados, cidades desertas e outros locais são bem bonitas e instigantes. Mas nada me tira a impressão de que esse game poderia ter saído pro PS4 tranquilamente.

A hitbox do game também é um pouco quebrada, teve vezes que eu atirei a queima roupa em inimigos e não acertou. E a resistência deles também oscila muito, em momentos eles morriam com um tiro de shotgun, em outros precisava de dois ou mais, tudo isso é bem quebradinho. Não peguei nenhum glitch, troféu ou coletável bugado como alertaram. Talvez tenham corrigido. A câmera também dá umas atrapalhadas as vezes, algumas vezes eu morri porque algum inimigo me atacava e a câmera do nada dava um zoom e focava em alguma parede. Isso me tirava a visão do meu personagem e dava abertura pra eu morrer até ajeitar ela. Eu achei a movimentação meio robótica e algumas ações meio datadas. E, apesar de gostar dos atores, senti que as interpretações deles foram bem fracas, não tem muita emoção em momentos que pediam por isso. Se tivesse uma dublagem em PT-BR tenho quase certeza que isso passaria despercebido.

Todas essas questões que apontei, porém, não foram coisas que atrapalharam minha experiência. São problemas que existem e estão lá, mas só vão comprometer tua experiência se tu for chato pra caralho extremamente exigente. Alone in the Dark é um game competente, mas que poderia ter sido muito mais do que foi. Poderia ter tido uma campanha mais trabalhada, com um desenvolvimento melhor do vilão e de todos os acontecimentos que envolvem a mansão Derceto. É um quebra galho pra quem tá órfão de um survival horror numa pegada mais Resident Evil clássico. Vai te divertir, mas não é um game que tu precisa obrigatoriamente jogar. Dá pra esperar uma promoçãozinha. Aí sim, só ir que vai render uma jogatina bacana.

Esse jogo veio quando comprei o bundle Racoon City Edition, onde vieram os remakes de Resident Evil 2 e 3 e de quebra veio essa atrocidade aqui. Se não fosse um amigo precisar de uma pessoa a mais pra fechar um boost, acho que nunca teria encostado nele.

O jogo falha miseravelmente em tudo que se propõe a fazer. Os gráficos são fracos, os cenários são horríveis, os personagens são genéricos, sem carisma, personalidade e graça, sem falar que a jogabilidade não traz nenhuma mecânica interessante ou inovadora.

Durante o boost a gente passava horas tentando conectar com quem ia jogar de killer e levava quase 20 minutos pra gente se encontrar, caía todo mundo numa sala e o killer ficava sozinho e vice versa. O matchmaking é tenebroso e os servidores são horríveis. E a pior parte é o desbalanceamento extremo do game, meus amigos e eu caímos numa partida onde o mais evoluído de nós era lvl 22 e os outros todos ficavam entre 3 e 6. Caímos com um killer aleatório que era lvl 760 e outro que era 999 (!!!). As partidas não tinham nem tempo de começar, a gente botava o pé pra fora da safe room e os killers dizimavam nossa raça em questão de segundos. Não se conseguia cumprir nem um objetivo que fosse. E isso vale também pro outro lado, a gente tava jogando com um a menos e caímos com um random lvl 680 no nosso time de sobreviventes. O cara sozinho carregou a partida inteira. Ela foi completa em menos de 6 minutos. É tão discrepante as coisas que chega a ser bizarro. Se não fosse as boas risadas que dei jogando com meus amigos teria odiado muito mais.

Resident Evil Resistance é uma cópia sem vida, sem alma, sem carisma e atrativo que quis surfar na onda de Dead by Daylight (ou mesmo na do Sexta-Feira 13 lá), a Capcom conseguiu pegar um gênero simples, que é o Multiplayer Assimétrico, e criar uma verdadeira cartilha do que não fazer em um game MP nessa pegada. Qualquer dev que fizer exatamente o contrário do que essa patifaria da Capcom, com certeza vai entregar um game muito melhor. Esse evil ganancioso da empresa deu a luz a essa bomba e a única Resistance mesmo vai ser a que tu vai precisar pra durar mais que uma partida nessa bosta.

Ghostbusters: The Video Game é um jogo que, na época do lançamento original, lembro de ter ficado super animado pra jogar no meu PlayStation 2. Sempre fui muito fã dos filmes e o game me parecia que ia ser a experiência definitiva da franquia no mundo dos games. Apesar de poucas memórias, lembro de ter adorado ele, mas acabei não terminando.

Deixei passar em branco na época do meu X360 e, agora, 15 anos depois do lançamento original do jogo, finalmente dei a chance que o game merecia com a versão remasterizada. E vos digo, amigos: Ghostbusters é tranquilamente uma das melhores traduções de filmes pra jogos que temos.

O game tem uma história do que, supostamente, seria o roteiro inicial para um Caça-Fantasmas 3, que nunca aconteceu. Todo o roteiro e ideias tanto das criaturas quanto de toda a estrutura da história foram supervisionadas e reescritas pelos próprios Dan Aykroyd e Harold Ramis, que não só fazem parte do grupo de protagonistas, como também escreveram os filmes originais.

Tudo que se espera de um filme da franquia tá aqui: o humor, a pegada sobrenatural cômica, a atmosfera, o fator nostalgia, toda a tecnologia maluca do Egon e companhia. A história tem um tom épico e surpreendentemente tem alguns momentos bem dark, numa pegada bem mais Terror mesmo. Fiquei imaginando como seria um filme do Caça-Fantasmas com essa pegada mais dark, bem um Black comedy horror mesmo. Serve não só como uma história de continuação que perfeitamente encerraria a trilogia, mas também como uma grande homenagem à franquia. Homenagem essa que ganha um sentido ainda maior, visto que o game foi a última vez que o Harold Ramis representou o personagem antes da sua morte em 2014.

O game tem uma jogabilidade fácil de pegar, as mecânicas são básicas de um game de tiro em terceira pessoa, mas em vezes de armas você tem uma Mochila de Prótons que, ao longo da aventura, vai ganhando novos tipos de munição e habilidades. A exploração é bem gostosa e os coletáveis são cheios de referências e easter eggs que enchem o coração de qualquer fã. A dublagem é fenomenal, já que todo o elenco principal original de protagonistas retorna, acompanhados de outros bons atores que cumprem bem seu papel. E os modelos dos Caça Fantasmas estão muito bem feitos.

Não é um game perfeito. Apesar dos gráficos ok, ele é bem datado nesse quesito, lugares em que, em algum game atual, te custariam uma morte por descuido, aqui tu é amparado por paredes invisíveis que não te deixam cair em armadilhas, por exemplo. Apesar de você conseguir explorar alguns pontos pra pegar coletáveis, o game é bem linear e não te dá muita margem pra erro. E mais uma coisa: não subestimem esse jogo. Mesmo na dificuldade mais baixa se tu não prestar atenção, tu pode acabar morrendo facilmente. Um exemplo é na fase da Times Square que o Stay Puft manda um monte de criaturinhas de Marshmallow e elas vem em grandes números. Um descuido e elas te dominam e tu acaba caindo. Mesmo os fantasmas se tu não te cuidar te dão charging attacks, jogam projéteis. Claro que no Amador é bem tranquilo e tu só morre por descuido. Mas pra quem quer fazer a Platina, como eu fiz, vocês tem que jogar o game no Hard (que aqui é o Profissional) e pode render alguns momentos bem treta durante a gameplay. Mesmo usando um exploit que me permitia fazer basicamente uma boss rush em vez de jogar o game inteiro, alguns chefes me deram muito trabalho. Em especial o Colecionador na Biblioteca Pública e a Mulher Aranha no Hotel. Então tenham isso em mente.

O game tem uma única falha grande, pra mim, que é o personagem que tu usa. Aqui, em vez de usar algum dos personagens do filme tu controla o Rookie, um protagonista mudo que só reage ao que acontece na história. Nessa versão, que pega de base as de PS3 e X360, ele é um carinha genérico e no PS2 tu podia escolher entre um homem e uma mulher para ser o Rookie, o que me faz questionar o motivo de essa opção tão básica não estar presente numa versão feita pra consoles mais avançados.

O teu personagem tá ali mais pra cumprir tabela, na época a ideia era fazer com que "o jogador se sentisse um Caça-Fantasma". A questão é: o boneco não fala, não interage e não acrescenta NADA na história. Inclusive, em diversas cutscenes, o personagem nem aparece, o foco é somente nos personagens dos filmes (o que não só faz sentido como é o que a gente quer). Então, pra que ele tá ali?

Já que no PS2 tu escolhia entre um modelo masculino e um feminino já prontos, por que nas versões de consoles mais avançados não incluir uma customização, por mais básica que fosse? Sexo, cabelo, barba, olhos, nariz, essas coisas bem simples mesmo, assim ao menos dava pra tentar te criar no game. E colocasse nem que fosse uma única faixa de voz pra cada sexo e dessem pro teu bonequinho alguma fala, alguma justificativa, ou alguma habilidade pra ele. É um ponto bem fraco no game.

Fora isso, Ghostbusters: The Video Game é um jogo engraçado, que evoca perfeitamente todos os aspectos de seu material base. Que oferece uma gameplay divertida com momentos desafiadores e diversos que vão te render boas risadas. Perfeito não só pra quem é fã, mas que gostaria de conhecer ou que conhece só os filmes atuais. Não é uma obra-prima, mas é um game muito maneiro. Facilmente uma das melhores adaptações de filmes pra game.

Melhor parte dessa DLC é a introdução do chicote que é uma puta arma boa. Mas nada me tira da cabeça que eles rusharam isso e entregaram de qualquer jeito.

Essa DLC tem, literalmente, três arenas principais. Os dois primeiros chefes chegam a ser ridículos de tão fáceis. O segundo então, foi só spammar ataque que a vida dele simplesmente derreteu. O negócio é fácil a ponto de eu ter quase derrotado ele sem tomar dano se não fosse eu ter errado o timing do deflect em um momento.

Só que isso foi só pra enganar. Aqui a Team Ninja perdeu a mão bonito na questão da dificuldade, porque depois desses dois chefes entra simplesmente a porra do Yuan Shu que é uma das coisas mais doentiamente difíceis que eu já vi em um game. Coisa de gente sádica mesmo.

O maluco é um boss demônio gigante que, apesar de estar em uma arena enorme, tem ataques com um alcance tão grande que te atingem independente de onde tu estiver. Ele controla TODAS as cinco fases do game: Fogo, Água, Terra, Metal e Madeira. Ou seja, ele troca entre elas constantemente e não tem uma fraqueza definida pra te dar uma vantagem. Como se tudo isso não bastasse, tu causa dano mínimo nele.

Quando tu pensa que tu matou ele e respira aliviado o que o game faz? Te joga uma segunda fase de boss na cara onde tudo que ele faz na primeira é em dobro porque ele entra num modo pânico e simplesmente acaba DIZIMANDO tua raça em questão de segundos. Tua melhor chance aqui é ser um mestre dos deflects perfeitos e contar com a sorte. Se não fosse o coop do game eu NUNCA ia passar esse boss.

Depois disso tudo, já que eu não tenho amor próprio e quis fazer a Platina e 100% do jogo, lá fui eu pros campos de batalha secundários. De novo, todos fáceis, os duelos contra teus amigos chegam a ser piada de tão fáceis.

Só que, de novo, a Team Ninja e seu balanceamento lindo te jogam na cara mais uma gauntlet que te coloca contra várias waves de inimigos e mais 4 bosses. Sendo que tu enfrenta TODOS os inimigos do game. E aí pra finalizar ainda tem o duelo contra o Guan Yu que é uma porra também.

Novamente, a história é um fiapo pra justificar a existência dessa DLC e os caras tocaram a dificuldade na casa do caralho acho que pra estender o máximo ela. Ainda vi falar que o Yuan Shu foi nerfado, que quando a expansão saiu o negócio era ainda mais tenso. Nem quero imaginar...

Achei ela melhor que a primeira muito por causa do Sun Ce que é um puta personagem. Mas aqui a dificuldade, que já tinha dado um pico alto na primeira DLC, deu um ainda mais. As três lutas contra o Taishi Ci são difíceis e frustrantes pra caralho.

É uma DLC legalzinha, mas é bem curta. A história é um fiapo pra justificar a existência dela e traz só mais alguns personagens. Introduzem aqui uma arma nova, que são os Cestus, basicamente serve pra luta corpo a corpo na porrada. Não me interessei muito por ela não.

Aqui é onde eles começam a jogar a dificuldade pro caralho. A luta contra o Dian Wei e aquele campo de batalha secundário que é uma gauntlet onde tu enfrenta 11 ondas de inimigos que vão aumentando de dificuldade, sendo que três dessas ondas são boss fights com reskins do Zhang Liang, do Zhang Bao e de um outro boss dessa própria DLC são um teste de nervos e paciência. Coisa de doido mesmo.

Nunca me aventurei muito em Souslikes por não ser o maior fã de me irritar com o videogame. Mas acabei decidindo por mudar isso e experimentei alguns, mas Wo Long foi o que, de longe mais me chamou atenção. O pano de fundo misturando história e dark fantasy me atraiu, ainda mais porque sempre fui muito curioso sobre a Dinastia Chinesa, assim como os Samurais no Japão e por aí vai.

Wo Long definitivamente é um game muito, mas muito divertido. Diferente da fórmula estabelecida pela FromSoftware, aqui o gameplay tá muito mais pra um hack and slash frenético do que pra um souls propriamente dito. Isso foi o que mais me pegou no game. O combate é gostoso pra caramba, tu acaba ficando engajado no game por conta disso e vai avançando cada vez mais e mais. A história também é bem legal, achei interessante como pegaram heróis folclóricos chineses e os colocaram dentro de uma ambientação de dark fantasy envolvendo demônios, qi corrompido, feras divinas. Tudo é muito bem feito.

Os gráficos não são dos melhores mas, sinceramente, não achei ruins também não. Achei alguns cenários bem bonitos e os efeitos visuais do game bem impactantes também. É claro que não é um gráfico de nova geração, mas o game sendo divertido, o gráfico é o de menos.

Eu gostei bastante da história, apesar de achar o vilão bem mais ou menos. Ele tem muito mais aparência do que qualquer outra coisa. Os personagens, tanto os históricos quanto os originais, são bem carismáticos e tu acaba te afeiçoando a eles. Mas eu recomendo a dublagem Chinesa (a que eu usei) ou a Japonesa, elas ajudam muito mais a dar vida e personalidade pra eles do que aquela dublagem inglês canastrona pra caramba. A história também se perde em momentos de diálogos expositivos e longos demais que só servem pra tentar estender o que não precisa, mas não acho que seja nada que prejudique ela no fim das contas. Só deixa ela um pouquinho chata em alguns pontos. Acho uma pena nosso personagem ser um boneco mudo que só reage, deixa ele sem vida. Faria muita diferença ter linhas de diálogo pra ele, principalmente pela importância dele pra trama.

De coisas que eu posso reclamar, definitivamente eu aponto aquele mini mapa tosco que não serve de nada. Tu constantemente te perde nos mapas enormes e labirínticos do game. Isso se mostra um defeito principalmente quando tu tá içando as bandeiras de batalha e falta uma só, até achar ela é um saco. Também preciso falar da inteligência artificial dos NPCs que te acompanham, que é PÉSSIMA. O game te dá a oportunidade de abordar alguns inimigos em stealth (a mecânica é bem tosca, mas ajuda) e isso se torna uma vantagem muito boa contra inimigos mais poderosos. Só que diversas vezes eu tava tentando chegar no stealth e meus companheiros iam lá, davam uma porrada no bicho, deixavam ele em alerta e SAÍAM DE PERTO. Aí é de fuder. Isso sem contar que eles são paredes, um deles ficou parado numa porta e eu demorei quase 5 minutos pra sair da porra do lugar porque ele bloqueou a saída e eu não conseguia tirar ele dali.

Agora vamos pra um ponto que eu PRECISO comentar, eu não quero ser o cara que reclama de dificuldade em Soulslike. Eu não quero MESMO. Só que a dificuldade pra mim é o maior problema desse jogo. A Team Ninja não soube balancear a parada aqui.

Logo no início do jogo, eu enfrento o Zhang Liang. Que seria uma espécie de boss tutorial. Óbvio que o fato de eu não ter recurso nenhum ia dificultar minha vida, só que esse boss é um absurdo de difícil. Coisa insana mesmo. E o pior é que eu descobri que, no lançamento, o negócio era ainda pior, chegando ao ponto de muita gente ter dropado o game logo nele e a Team Ninja ter que lançar um patch nerfando o boneco. Não quero nem imaginar como era a luta antes, eu já sofri nessa. Daí em diante, o game sofre uma queda brusca de dificuldade. Todos os boss do jogo dali em diante ou eu matava na primeira ou na segunda tentativa, fiquei surpreso com o quão acessível o game tava nessa questão, apesar do primeiro chefe.

Eis então que chega um personagem que me dá gastura só de lembrar. O Lu Bu. Irmão, o que esse boss maldito é difícil é PIADA. O cara tá montado num cavalo gigante que dá dano elemental de fogo, ele lança flechas gigantes e dá ataques que tem um raio de alcance absurdamente alto. Ao ponto de, mesmo sendo uma arena grande, ele conseguir te alcançar com, pelo menos, um golpe. Foi um spike MUITO brusco de dificuldade e que empacou minha gameplay por 4 dias. Depois de FINALMENTE passar ele, mais uma vez o game teve uma queda brusca de dificuldade.

Não digo que não houveram mapas ou chefes difíceis. É claro que tiveram. Mas todos eram completamente viáveis, que levavam, no máximo, umas 4 tentativas. Nada se compara ao Lu Bu em termos de dificuldade. Cacete, nem a versão demoníaca do próprio Lu Bu me deu trabalho. Eu matei o filho da puta na primeira tentativa, eu não tava nem acreditando.

Dando uma olhada pra descobrir alguma estratégia que me ajudasse a matar o Lu Bu, eu vi um ranking dos chefes do game e o site colocou o Lu Bu como 7/10 e o último boss como 9/10. Eu só pensava "mano fodeu muito, se esse desgraçado é 7/10 e eu tô preso nele há 4 dias, como é que vou finalizar o game". Mas eu fui enganado. Como eu fui fazendo as DLCs antes de finalizar o game, acredito que isso possa ter me ajudado, só que eu cheguei na reta final com minha personagem no lvl 138 e simplesmente destruí os dois boss finais na primeira tentativa. Fiquei até achando que tinha algo errado.

Wo Long: Fallen Dynasty é um game com gráficos ok, uma jogabilidade muito gostosa (defletir um golpe perfeitamente é satisfatório demais), com uma história e ambientação dignas de um filme wuxia. Que é basicamente o que esse jogo é, um filme wuxia interativo. Só que ele sofre muito com pequenos probleminhas e um desbalanceamento absurdo de dificuldade.

Ainda assim, eu acho que o game vale muito a pena justamente pela ambientação e pela gameplay. É um daqueles games que tu entra e não vê o tempo passar, até porque alguns chefes vão te exigir bastante tempo até passar eles. Pra quem gosta de Soulslike, principalmente de Nioh, é uma boa pedida. Pra quem quer começar, acho que pode ser uma boa porta de entrada.

Sinceramente, não esperava que eu fosse gostar tanto desse game como gostei. Os dois Battlefront clássicos foram dois jogos que meu antigo PS2 provavelmente não aguentava mais ler de tanto que joguei, sempre curti eles. Quando vi que ia lançar uma nova versão em 2015, fiquei muito feliz. Só logo em seguida tomei um banho de água fria, muita gente reclamando, falando da falta de conteúdo e de bugs. Então acabei deixando pra lá e nem sequer dei atenção pra essa sequência.

Eis que agora, 2024, o game me aparece por míseros 14 reais e eu acabei dando uma chance. Graças a um boost, que me rendeu horas de diversão, novas amizades e um aproveitamento total do game, sou obrigado a dizer: Star Wars Battlefront II é um dos melhores games da franquia. Não só isso, é subestimado pra caralho. Muito por causa da publisher.

De início falo dos poucos pontos negativos pra mim: o game não tem um elenco muito forte de heróis. Tem os clássicos que todo mundo espera, mas tem outros completamente sem graça. Até entendo o apelo dele com a molecada, mas botar o BB-8 num game desses é sacanagem. Outro é que os modos, embora MUITO divertidos quando jogados de galera, são muito parecidos e pouca coisa distingue uns dos outros. Poderiam ter trabalhado melhor nessa questão de cada modo ter sua identidade, pra se tornar mais maneiro ainda. Isso sem comentar os modos single-player que são toscos demais, o que é aquele modo dos cenários únicos de batalha, meua migo. Uma coisa que eu fiquei o tempo todo pensando era: como é que esse jogo não tem um minimapa? Bicho, são mapas ENORMES e por várias vezes, principalmente singleplayer, faltava um ou dois inimigos pra avançar o mapa e achar eles era tenebroso porque o mapa é enorme.

Mas o principal defeito dele pra mim é o Matchmaking. Como um game que tem foco no online tem um matchmaking tão horrível, mano? No boost a gente direto tinha que deixar um "líder" de cada lado puxando as partidas, quando os dois caíssem na mesma sala, aí eles nos puxavam pra fechar os squads. Se a gente puxasse partidas juntos, cada grupo ia parar numa sala separada. Isso quando a gente não passava horas tentando cair na mesma sala, conseguia, jogava e depois que acabava a partida e o game reiniciava outra, a gente era jogado de novo em salas separadas. Tu não ter nem a opção de fazer uma sala privada dificulta muito, até porque várias vezes entrava um ou outro gringo e tryhardava tudo que podia e a gente não conseguia fazer os troféus.

Porém, aí que entram os trunfos de Battlefront II. O game ganha MUITO quando se joga com os amigos. Como já mencionei, participei de um boost e jogar as partidas online de galera, dando risada, pedindo ajuda, falando onde estavam os inimigos, tornou essa jogatina MUITO mais gostosa do que eu esperava. Ainda mais depois que a gente descobriu alguns personagens que simplesmente quebram o game e te tornam uma besta implacável (te amo Bossk). As cartas de habilidade que você desbloqueia tornam a jogabilidade mais dinâmica e te permite criar diferentes builds pro mesmo personagem, abordando diferentes maneiras de jogar.

A campanha single player é outro ponto extremamente positivo. Os personagens originais são cativantes, a história é maravilhosa e capta bem o feel dos filmes. Tanto na atmosfera quanto no tom épico. Iden Versio definitivamente é uma personagem que eu não me importaria se aparecesse nos filmes, ela é SENSACIONAL.

Gosto também de como a gameplay é frenética, ágil. Mesmo com as classes base tu consegue fazer uma play divertida e simplesmente dizimar os teus inimigos. Joguei um pouco com cada classe, mas minha favorita de longe era o Pesado. Aquela sentinela era um absurdo, meu irmão.

Mas a coisa que mais me surpreendeu nesse jogo foram os gráficos. Em alguns momentos, se eu não tivesse com o controle do PS5 na mão, dava facilmente pra enganar que era um filme. As expressões faciais, os movimentos, os detalhes das roupas, dos mapas, um mais lindo que o outro, iluminação. Chega a ser bizarro pensar que um game de 2017 e da geração passada consegue fazer MUITO mais bonito do que um monte de game recente.

O que mata esse jogo pra mim foi o fato da EA ter praguejado o lançamento dele com aquela patifaria de loot box. Minha edição é a Celebration Edition que vem com todos os cosméticos que eles queriam que a galera comprasse. A derrocada foi tão grande que mesmo depois de terem retirado, não conseguiram manter a base de jogadores e hoje em dia tu só encontra meia dúzia de gato pingado nos servers. Tão vazios que em diversos momentos eu acabei trombando sem querer amigos meus que estavam farmando XP pra subir o ranking pra poder fazer a Platina.

Star Wars Battlefront II é um game divertido, visualmente lindo, com uma jogabilidade gostosa, um modo campanha competente e emocionante até. Mas que infelizmente caiu numa poça de esquecimento por causa das práticas da publisher que acabou colocando o jogo num limbo. Se não fosse o preço, muito provavelmente eu nem teria experimentado, visto que o game ficou com uma espécie de imagem suja.

Pra você que curte FPS e Star Wars, vai que é um prato cheio. Se não gosta, dá uma chance. Bota em mente tudo que falei, ele ainda é MUITO divertido de jogar com os amigos e é extremamente subestimado. Merecia MUITO um revival.

A primeira vez que joguei esse game foi no lançamento dele lá no console que me fez me reaproximar dos games, o finado 360 que já comentei em algumas reviews. Esse game veio depois da febre que foi o Far Cry 3 e eu lembro de estar muito empolgado pra ele. Apesar disso, com o tempo acabei esquecendo grande parte da história, lembrava só do Pagan Min e de ter gostado. Mais nada. Resolvi voltar pra ele na intenção de platinar dessa vez e ver se o game era realmente bom ou se eu estava sendo enganado pela memória afetiva.

Far Cry 4 segue a risca a fórmula de sucesso que começou lá no Far Cry, se expandiu no Far Cry 2 e se aperfeiçoou no 3. Sinceramente não lembro se existem muitas mudanças e que pontos diferentes esse tem do anterior, faz muito tempo que joguei o terceiro, pretendo voltar pra ele ainda esse ano. Mas eu devo dizer que nessa aventura, dez anos depois, não só Far Cry 4 se mantém como um puta jogo, mas também como meu favorito da série.

Ainda que a ambientação paradisíaca do Far Cry 3 seja muito mais chamativa pra muita gente, algo nas montanhas de Kyrat me atrai. Não sei se é a fauna e flora extensa, a beleza das montanhas, lagos e florestas no Himalaia, o aconchego que as pequenas vilas Kyratis me trazem ou o misticismo que esse jogo traz ao empregar elementos da cultura Hindu na lore. Pagan Min também segue sendo um grande vilão. Excêntrico, complexo, provocativo. Os personagens também são interessantes e quase nenhum deles presta no fim das contas, tu nunca sabe se tá do lado certo ou errado, já que ambos os lados tem atitudes que não condizem com suas condutas, sejam pro bem ou pro mal.

A gameplay segue muito bem feita, correr, atirar, dominar os postos avançados, libertar as torres de rádio, caminhar até o objetivo e acabar batendo de frente com inimigos, animais selvagens, tudo isso te deixa mergulhado nesse mundo. O tanto de atividades que tu tem, sejam as principais ou as secundárias, são extremamente gostosas de serem feitas. Tanto que os 100% desse jogo não são necessários pra fazer a Platina e mesmo assim tu sente vontade de fazer. Seja descobrindo as cartas perdidas, explorando cavernas atrás das máscaras demoníacas, caçando animais pra pegar peles que tu precisa usar pra melhorar teu inventário.

Outro ponto muito a favor do game pra mim são as missões de Shangri La. Eu simplesmente amo a maneira que usaram o Hinduismo e seus mitos, como os do Rakshasa, para criar uma ambientação com uma aura mística e um clima épico que ao mesmo tempo que é diferente da campanha principal e tenha uma identidade própria, também se encaixa justamente pelas pontuações que o jogo dá na procura das máscaras, nos templos e deuses. Eu gosto tanto que facilmente jogaria um game inteiro ambientado nesse universo explorando heróis e demônios mitológicos Hindus e Indianos.

Como era necessário pra platinar o jogo, também dei uma rápida pincelada no Multiplayer do game e, surpreendentemente, me diverti bastante com ele. Como não é algo que pretendia jogar constantemente, acabei gostando. Com amigos se torna ainda mais divertido, mas acredito que, com o tempo, possa se tornar um tanto repetitivo.

Infelizmente o padrão Ubisoft se encontra aqui em alguns bugs pontuais no cenário, como partes do mapa flutuando ou transparentes. E, em casos mais sérios, um loading infinito que prejudica teu progresso. Tive a sorte de não sofrer durante minha gameplay com isso, mas vi acontecendo em gameplays de amigos e o quanto isso acabava prejudicando a jogatina deles, fazendo com que missões, objetivos e coletáveis fossem perdidos e necessitassem de uma repetição do que tinham acabado de fazer. Outro ponto que eu acho que necessitava de uma atenção são as mecânicas de dirigibilidade, que conta com uma gameplay e uma câmera desajeitada. As vezes a câmera vira pra um lado, mas como o corpo do personagem está pra outro tu acaba se perdendo e isso pode te custar uma morte ou uma capotada. Também lamento que, apesar de Pagan, Amita e Sabal serem personagens bem desenvolvidos, mais ninguém é. Principalmente o protagonista. Ele é o cara que tem que levar as cinzas da mãe pra Kyrat. E só. Acho que podia trazer algo mais interessante, agregar uma complexidade no cara. Nem as decisões que tu toma durante o jogo parecem ter peso na narrativa. E todas elas podem resultar em acontecimentos muito anticlimáticos.

No fim das contas, o saldo que Far Cry 4 me deixa é muito positivo. Foi um game que adorei revisitar, redescobrir e reaproveitar. A sensação de nostalgia me dominou o tempo inteiro e também a sensação de estar desbravando um território novo também. Uma pena a Ubisoft ter relaxado e nunca mais ter tentado sequer dar uma repaginada na franquia, achando que elementos pontuais aqui e ali impediriam a franquia de se tornar cansativa e estagnar. Mas Far Cry 4 definitivamente é um dos títulos da era de ouro da franquia e vale a pena ser revisitado e conhecido por quem nunca encostou nele.

Sempre fui um moleque que adorava o Robocop, tinha bonecos, via a série da Record, lembro de ver uma animação. Só depois de mais velho que fui ver que os filmes eram bem mais adultos e pesados, o que me fez adorar ainda mais. Fiquei com um pé atrás quando vi que esse game foi desenvolvido pela mesma empresa responsável por aquela maravilha dos videojogos chamada Rambo: The Video Game. Mas acabei dando uma chance mesmo assim. E me surpreendi.

Robocop Rogue City não é um game maravilhoso, mas ele cumpre o que se propõe a fazer e muito bem. O game capta bem a atmosfera dos filmes com o visual futurista da década de 80, o gore característico do filme tá lá e é absurdamente gráfico. Os personagens, a história e suas temáticas. E a performance do Peter Weller como Robocop é sensacional. Tu sempre quer ir vendo como a história se desenvolve e, conforme tu vai comprando upgrades, fuzilar bandidos e robôs folgados se torna ainda mais divertido. Principalmente quando tuas habilidades tão fortes e tu consegue mais força de disparo e blindagem pro Robocop.

Mas o jogo tem sim seus problemas. Embora o gráfico seja bem bonito, não consigo sentir que esse seja um game da geração atual. Em diversos pontos ele me parece mais um game que teria saído pro PS3 lá em 2008. A mira é meio travadona, várias coisas não reagem aos tiros e aos impactos, os inimigos, mesmo os humanos, são esponjas de bala que precisam levar mais de 10 tiros pra morrer. E diversas vezes eu vi uns delays de render, cenário flickando e mais de uma vez as legendas, que estavam em português, se embananavam e ficava o diálogo em português e a seleção de respostas em inglês.

Apesar de todos esses bugs, consegui me divertir bastante. Porque de fato o game é sim divertido, oferece uma história bacana com toda a pompa e glória de uma boa franquia dos anos 80 tanto nos visuais, quanto nos personagens e com um gore pra ninguém botar defeito. Não acho que ele valha o preço, mas com certeza numa promoção ou se sair na PS Plus ou Game Pass da vida, vale sim uma zerada descompromissada.

L.A. Noire é um game que eu amava jogar no meu finado Xbox 360. Eu amo a temática, amo a ambientação, amo a trilha sonora, os carros antigos, a estética de filme noir dos anos 40/50. Os personagens são carismáticos, as expressões faciais continuam surpreendentes, ainda mais pra época, embora outros aspectos, como os cabelos, por exemplo, tenham envelhecido um pouquinho mal.

A história é extremamente bem escrita e tem um dos finais mais amargos que eu já vi nos videogames. Toda a gameplay baseada na leitura facial pra deduzir se as pessoas estão mentindo ou não é muito gostosa, a investigação também é bem legal e os casos são tão bem feitos que cada um poderia render um filme diferente.

Tive um bugzinho aqui e outro ali mas nada que prejudicasse a gameplay. O maior defeito de L.A. pra mim continua sendo o fato de que o game não te pune por erros. Tu pode perder estrelas se bater o carro, quebrar propriedade pública, se tu errar perguntas nos interrogatórios e tal. Mas isso não influencia em nada, o game meio que te força a seguir a história independente de tu estar fazendo certo ou não. E isso eu acho muito errado.

Ainda assim, L.A. Noire é um jogo que envelheceu muito bem. Divertido, envolvente e cativante. Poderia ficar horas andando pelas ruas de Los Angeles da década de 40. Não sei o que rolou com a Team Bondi depois de toda a treta envolvendo a produção desse game, mas eu queria muito que a Rockstar pegasse as rédeas e desenvolvesse uma sequência. L.A. merecia uma sequência na geração atual, só de imaginar toda a ambientação e os personagens com aquela expressão facial realista com os gráficos da geração atual, fico babando.

Detalhe, eu finalizei esse game ano passado, mas como só fiz a Platina agora, foi que decidi cadastrar. Deixei ele no drop por muitos meses. Fica aqui o meu vá tomar no cu pra quem teve a ideia de fazer aqueles dois troféus malditos de achar 95 carros e 50 rolos de filme.

O Que Aconteceria Se um Dia Max Payne tivesse um filho com Tony Hawk's Pro Skater só que com Patins?

Rollerdrome foi uma das adições da PS Plus no mês de Fevereiro e acabou me chamando atenção pelo estilo de arte que, já falo de cara, é absurdamente lindo. Quando perguntei pra um amigo se ele conhecia ele disse que era basicamente uma mistura de Tony Hawk, Patins e Max Payne. Não entendi chongas e decidi dar uma chance, principalmente por ser uma Platina tranquilinha de fazer.

No game tu controla Kara Hassan, uma estreante no esporte Rollerdrome. O esporte consiste em entrar de patins em uma arena e simplesmente descer-lhe a bala em tudo que se move enquanto tu faz umas manobras radicais. Teu objetivo, obviamente, é se sagrar a campeã suprema do Rollerdrome. Nada de muito elaborado, até porque nem precisa. Justamente o esperado de um jogo desse tipo.

A movimentação é bem fluida, os movimentos aéreos e as manobras são bonitas e o game é frenético pra caramba. Embora o objetivo seja derrotar todos os oponentes, o game usa a mecânica das manobras pra que, se bem sucedidas, elas carreguem teu armamento, que é composto de quatro armas. E embora a ambientação do jogo seja um amontoado de arenas, ele se passa num cenário futurista.

Mas aí que entram os problemas de Rollerdrome. De início é divertido correr de patins, pular, atirar, ativar o Reflex Mode (que é o Bullet Time do jogo) e fazer as manobras. E pra estender a gameplay, caso tu queira, cada arena tem sub objetivos, aqui chamados de desafios, opcionais, que tu pode fazer. Conclua a arena usando apenas a arma X, faça a manobra Y, realize um combo de XY pontos e por aí vai. Só que não demora muito pra ele ficar extremamente repetitivo. Os comandos pra fazer as manobras não respondem muito bem e volta e meia tu acaba ou fazendo a manobra errada ou não fazendo nenhuma. Nos níveis mais avançados, tem tanto inimigo em tela que tu é simplesmente sufocado por uma porrada de projéteis arremessados contra tua personagem. Além de lotar a tela inteira, é tanta coisa acontecendo que tu muito provavelmente vai acabar te confundindo e morrer sem nem saber de onde veio o golpe que te atingiu. Nos mapas finais o negócio fica extremo, tu precisa de um reflexo muito rápido pra não morrer.

Pensando nesse pico de dificuldade, o game vem com Assists que tu pode ligar. Invencibilidade, munição infinita, yada yada. Isso torna o jogo um passeio no parque comendo uma casquinha cremosa junto com o amor da tua vida em um dia de verão onde o calor não está extremo. Sem falar que, com ou sem os assists, o game não é muito comprido, tu consegue terminar ele em coisa de 2 a 3 horinhas. Como se não bastasse o jogo se tornar repetitivo pra caramba antes da metade, caso tu esteja querendo fazer a Platina, como eu, se prepara porque pra fazer isso tu vai precisar jogar não só a Campanha, mas também a Campanha Out for Blood.

E o que é a Campanha Out for Blood? É simplesmente toda a MESMA campanha, que, de novo, já é repetitiva para um senhor caralho, só que agora todos os inimigos estão disponíveis desde o primeiro mapa e os desafios são mais difíceis. E pra completar ela tu só tem que fazer a mesma campanha DE NOVO e com um número de inimigos que contribui pra poluição visual AINDA MAIOR dentro dos mapas. Sem falar que o tempo todo, apesar do conceito interessante, o tal do Rollerdrome não tem competitividade, não tem outros jogadores, é só tu sobrevivendo uma horda enorme de inimigos. Não parece que o conceito de esporte foi realmente aproveitado.

Rollerdrome carrega um estilo de arte maravilhoso, uma movimentação bem feita e um conceito interessante, mas que se perdem num game que no fim das contas vira só um apertar de gatilho infinito que cansa antes da metade. Não é um jogo péssimo, mas também não vai fazer a menor diferença se tu jogar ou não. Assistir uma gameplay talvez seja mais interessante.