Wo Long: Fallen Dynasty é um jogo de ação com combate Hack'n Slash e diversos elementos de RPG. Tá bem, mas beeem longe de ser um soulslike, apesar de difícil. Como já ouvi alguns dizerem, Wo Long é para Nioh o que Sekiro é pra Dark Souls.

Antes de tudo leve em consideração que: Joguei em um Xbox Series S e não fiz 100% do game por causa das vindouras dlcs, apesar de ser bem "tranquilo" de fazer.

Começando pelo maior ponto positivo, a gameplay é extremamente satisfatória, rápida, divertida e bem variada, porém esses pontos, só são válidos se você souber buildar e ir atrás de variedades, principalmente de armas.

O jogo tem uma gama bem decente de armamento, desde sabres até martelos. As armas mesmo tendo algo em torno de 6 tipos, elas variam entre sí, o golpe padrão segue os mesmos movimentos, ou quase, mas os ataques especiais, raridades, descrição e elementos mais efetivos se diferem.

O jogo contém magias que só podem ser usadas se você atingir determinado nível com certo elemento que vai muito de sua escolha, mais pra frente no jogo você libera o vilarejo e lá dá pra mudar aparência do personagem e níveis dos elementos selecionados caso você se arrependa.

Há também feras divinas que você libera ao longo da sua jornada, elas carregam um tipo de elemento. Eu decidi focar no elemento de raio/madeira, já que ele me oferecia mais vida ao subir de nível, mas cada elemento aumenta um tipo de status, desde dano até consumo espiritual.

No vilarejo podem até deixar uma arma ou armadura com aparência de outra, assim você se mantém bonito e com status alto. Falando de armadura temos algumas opções que dropam dos baús e inimigos e outras que só podem ser obtidas de bosses e aliados.

Senti falta de uma variedade maior na aparência das armaduras, algumas são feias que dói e outras são bem bonitas, recomendo focar num tipo de aliado pra upar ele e então te "dar" o equipamento que ele usa.

A base do jogo com certeza é o "desviar", você vai sempre usar esse movimento pra, "cansar" os inimigos e assim poder executá-los com ataque forte, porém não se enganem, o LB ou L1 (defesa) é extremamente importante, principalmente contra ataques de longas distâncias!

O jogo não tem um sistema complexo como Nioh para o combate, simplesmente foca no ataque normal, ataque forte, ataques especiais, desvio, defesa e magias. Lendo aqui pode até parecer muita coisa, mas não é, é bem simples e bem tranquilo de se adaptar.

O real problema da gameplay são as builds, se você focar em um elemento, precisa utilizar uma arma que seja eficiente pra ele eme específico, fora que há passivas em todos os tipos de armas e quanto mais raro elas forem mais passivas elas tem.

Dá pra alterar as passivas na ferreira, na verdade ela é seu HUB geral de build e é nela que você vende, compra, altera aparência e recicla itens. Se vocÊ não tiver paciência pra buildar, você vai sofrer se jogar SOLO, mas o coop é o que vai te salvar.

Dica: Cuidado com o PESO do personagem, não adianta nada uma armadura pesada numa arma leve, você vai levar dano e não vai dar nenhum e não adianta uma arma pesada numa armadura leve, você vai morrer antes de conseguir golpear. Sempre fique de olho na build e status.

E aqui vem o segundo problema (ou benefício?) de Wo Long: O Coop trivializa o game. Se juntar três marmanjo pra rushar a história principal vai ser mamão com açúcar, principalmente se alguém do grupo realmente manja desse tipo de jogo.

Se Wo Long foi planejado pra ser difícil então o coop simplesmente estraga isso e o transforma em um Hack'n Slash bem tranquilo. E mesmo jogando sozinho, se você for um jogador minimamente experiente, adicionar os bots pra te ajudar também facilita bastante o game.

Então se você é aquele fã assíduo de Souls Like ou até de Sekiro e também gosta de um bom desafio, recomendo jogar solo, caso contrário a experiência pode chegar a ser frustrante matando boss de primeira e em uns 45 segundos.

A seleção de missões não me incomoda e nem ter que revisitá-las pra fazer missões secundárias, mas o tamanho é um pouco brochante, o level design te obriga a caçar bandeiras pra upar de nível e o mapa não é extenso, parece que ando em círculos pra upar e assim poder chegar no boss.

Agora vamos pra performance e gráficos e aqui... meu amigo... se eu já tenho um certo pesar com a versão de Xbox Series S, imagino então como deve ser esse game no Xbox One e PS4... (No PC eu tÔ ligado que o jogo lançou cagado demais, não sei se arrumaram).

O jogo tem problemas de performance em áreas com muitos efeitos e/ou inimigos e os gráficos são podres, com texturas não renderizadas e que, de certa forma, conseguem ser levemente salvas com a direção de arte que algumas vezes, de longe, deixa bonito.

Tenho que elogiar o modo foto desse game porque ele faz parecer até um jogo aceitavelmente bonito, mas não é. Não sei se rusharam o game ou simplesmente tiveram preguiça. A performance é até aceitável, não incomoda tanto, mas os gráficos são de doer os olhos.

Houve vários momentos da história, em cutscenes, que eu simplesmente não consegui me envolver naquilo, pois tudo parecia de papelão e chefes belíssimos de repente ficando sem textura, foi um pouco decepcionante algumas vezes.

E falando de história, é aqui que simplesmente aceito e reconheço que a Team Ninja não sabe contar uma história, ela se baseou no Romance dos Três Reinos, mas é tudo muito perdido, confuso, jogado e resumido. Quem não entende ou não leu esses romances vai se perder.

Tudo parece que é um fanservice da obra, que devem ser uma 11 pessoas, porque personagens morrem, lutam, choram, se alegram e tudo o que eu queria era passar logo pra próxima fase e matar o próximo boss. Não houve momento algum que me fizesse me importar com alguém.

As cutscenes são muito bem feitas, é uma pena que quando elas iniciam o jogo parece que pula de 60FPS pra 20FPS, mas eu só aceito e aprecio o bom trabalho dos animadores desse jogo.

As músicas não são marcantes, eu não diria genéricas e com certeza eu não iria buscar no YTMusic pra poder apreciar, são legais, mas totalmente esquecíveis.

E se você leu até aqui, saiba que eu me diverti muito com esse jogo, que apesar dos problemas dele, tudo no que ele se propõe a fazer ele faz decentemente, matar um boss complicado continua tão satisfatório quanto Sekiro, mesmo não sendo tão bom quanto.

Wo Long: Fallen Dysnaty é certamente um dos melhores lançamentos desse ano, com certeza não é perfeito, tem uma performance duvidosa, com gráficos que deixam a desejar e uma história fraca, mas a gameplay e estilo artístico deixam um saldo positivo.

Jogo divertido, a gameplay é bem estranha de início, mas dá pra se acostumar. A história é extremamente simples e só se aprofunda mesmo nos coletáveis que tem por aí.

Bom pra sair no X1 com os manos.

Chato demais, deu pra tankar não

Zerei uma das campanhas, curti a gameplay mas o jogo não me prendeu.

Campanha braba, multiplayer nem tanto... É isso.

Jogo incrível, mas muito difícil nas missões finais.

Não há muito o que dizer desse game, mistura parkour com sobrevivência 2D contra zumbis, é divertido quando não tem mais nada pra fazer ou jogar

E se os jogos de cartas que conhecemos hoje, na verdade, nos imergisse em uma grande arena totalmente 3D e pudessemos usar as habilidades dessas cartas em um combate de ação em tempo real? É isso que Phantom Dust trouxe em 2004... e é sobre ele que dedico essa thread!

Em 2004 com já três anos de vida do Xbox Original a Microsoft pra crescer no mercado investiu muito no mercado japonês e no meio desse investimento surgiu a Microsoft Game Studio Japan lançando Phantom Dust, ou seja, é um jogo 100% criado pela Microsoft.

De início, vou falar sobre a criação desse game, não somente seu conteúdo, mas quem o criou também. O diretor do jogo, Yukio Futatsugi, disse: "quero criar algo que fique no coração das pessoas, algo diferente que traga uma experiência nova e que seja única por mais de 10 anos."

Durante o desenvolvimento do jogo a Microsoft Studios tanto do Japão quanto dos EUA estavam em constante colaboração para preparar e lançar essa obra prima, mas de repente, sem motivo aparente, o jogo foi cancelado (pelo menos nos EUA).

Então o jogo foi lançado, certo? sim! Mas só no Japão, o que fez toda a equipe de desenvolvimento decidir, secretamente, desenvolver uma versão do jogo totalmente traduzida (e dublada) pro inglês, sendo assim, procurando convencer os superiores a lançarem pro resto do mundo.

Infelizmente o motivo do cancelamento foi que, no Japão, o jogo vendeu em seu primeiro mês apenas 6 mil cópias e então se o mercado foco não estava interessado no jogo, então quem poderia imaginar que o resto do mundo se interessaria, certo? Errado!

Porque os direitos de publicação do jogo foram comprado (por dois pastéis e uma coca) pela falecida Majesco e o jogo enfim, em sua redenção, foi lançado, irônicamente, nos States. O jogo ainda não chegou de fato a ser um grande sucesso, mas ganhou um público fiel.

Agora, vamos falar do que realmente importa em toda essa Thread, O QUE DE FATO É PHANTOM DUST? Bem... já expliquei, mais ou menos, que Phantom Dust é um jogo de cartas, mas na sua essência é uma mistura de Card Game + Fighting Game em Arena 3D.

O jogo, possui Skills, ou seja, habilidades (Em torno de 350 cartas), que por sua vez, são poderes que você pode utilizar para Atacar, Defender, Receber Efeito, Retirar Efeito, Dar Efeito tanto em você mesmo quanto para os seus inimigos (E até mesmo aliados).

Cada jogador possui 20 de vida, o objetivo de cada um é reduzir a vida do adversário à zero. As cartas dos jogadores são montadas por eles contendo 5 elementos diferentes, se limitando ao uso de 2 ou 3 tipos. O jogo possui Aura, equivalente a sua mana que aumenta com o tempo.

Quanto maior sua pontuação de Aura, skills mais fortes podem ser utilizados, porém, pra balancear, a cada ponto a se chegar, mais lento é o processo consequente, por exemplo, pra chegar do Nv1 para o Nv2 leva meio segundo, pra chegar do Nv9 para o 10 leva uns 5 segundos.

Mas como o jogo consegue aplicar essas cartas em sua gameplay? simples, o jogo se utiliza da distância, caminho, tempo de trejetória, força do poder, custo de Aura e até quantas vezes a habilidade pode ser utilizada, tudo isso se encaixa muito bem na proposta do jogo.

Por exemplo, você tem uma bola de fogo, essa habilidade tem uma distância média, o caminho é retilíneo, tempo de trajetória é de 10m/s, ela da 2 de dano, custa 1 Aura e você pode utilizar quantas vezes que quiser, explicando aqui pode parecer muita coisa, mas é bem intuitivo.

O seu Deck sempre vai ser basear de fato na distância do seu alvo, você não vai querer usar uma habilidade de curta distância em uma arena gigante, nem uma de longa em uma arena apertada. Sempre fique atento aos mapas que você joga para usar definir as suas jogadas.

Lógico que já que é uma Arena 3D a movimentação é importante, então sempre utilize o cenário a seu favor. A destruição de cenário é absurda pra época então derrubando uma ponte em cima do inimigo pra dar dano extra ou jogá-lo para um abismo pode ser uma melhor estratégia.

Entende que não é simplesmente um jogo de cartas que o efeito dela simplesmente acontece e vida que segue? O jogo envolve vários fatores para que a gameplay seja enriquecida e isso não existe mais em lugar algum...

Eu poderia gastar mil tweets só explicando que há diversas habilidades que fazem diversas coisas diferentes e que podem mudar completamente a experiência em cada partida que você joga, a campanha é tipo um SUPER tutorial de tudo que você pode fazer no jogo e é MUITO difícil.

Pulando agora pra campanha! Chega a ser um tanto simplista em algumas questões, mas em outras chega a ser extraordinária. Tem cutscenes super bem feitas, mas todas curtíssimas. Tem uma dificuldade bem alta lá pra metade dela, mas adicionaram uma atualização que dá pra pular fase.

(A dublagem tem uma qualidade duvidosa, mas isso a gente passa pano mesmo)

Basicamente o protagonista, que você pode escolher o nome, é encontrado com uma outra pessoa em um túmulo gigantesco e é acordado por um grupo de sobreviventes neste mundo pós-apocaliptico com uma poeira (Dust) que dá poderes para algumas delas, não sei dizer se é pra todos.

A história é realmente aprofundada nos textos (memórias) que você vai coletando de acordo com as missões, se não fosse a dificuldade alta do jogo e campanha levarias pouquíssimas horas pra finalizar, mas vale a pena, porque o plottwist do final me fez amar esse jogo de paixão.

A trilha sonora é maravilhosa, apesar de algumas partes serem repetitivas por tocar uma mesma música várias vezes, há momentos que se tornaram extremamente marcantes graças ao excelentíssimo trabalho dos compositores.

Os gráficos do jogo são absurdos pra época, chega a ser ridículo o quanto esse jogo consegue ser bonito. É facilmente confundido com um jogo lançado para o Xbox 360. Apesar do design de personagem não ser dos meus favoritos, o trabalho artístico geral me agrada demais.

Em 2014 tivemos um trailer de um Reboot que teríamos de Phantom Dust, mas infelizmente foi cancelado e o estúdio que o estava desenvolvendo faliu. Existe alguns gameplays vazados pelo youtube e tinha potencial, mas acredito que talvez não estivesse realmente caminhando direito.

Como um pedido de desculpas tivemos um "remaster" gratuito que contém suporte para conquistas e que você pode baixar se quiser através da Windows Store tanto no Xbox quanto no PC. O jogo tem até suporte a 4K e você pode sentir na integra a maravilha que é esse jogo.

O jogo possui suporte a um multiplayer online e que, até então, tem seus servidores abertos e você pode testar e se aproveitar pra bater nos amiguinhos em um jogo de cartas só que "real".

Sinceramente, eu gostaria MUITO de um Reboot feito por uma empresa competente ou até mesmo uma sequência, sei lá, mas é um potencial gigantesco que pode ser bem aproveitado nessa maré de jogos genéricos que lançam o tempo todo e não deixam realmente uma marca na indústria.