Informações importantes que devem ser levadas em consideração:
Zerei em 18 horas e 26 minutos na dificuldade MUITO DIFÍCIL.
O jogo foi feito pra zerar várias vezes, então você não ganha as conquistas de dificuldades anteriores se zerar na maior possível.

Hi-Fi Rush é um Hack'n Slash rítmico com um lindíssimo gráfico cel shading que conta a história de Chai e seus aliados lutando contra uma grande corporação para impedir o desenvolvimento de um projeto perigoso que pode afetar a vida de todo mundo.

Exclusivo de Xbox & PC o jogo lançou como um shadow drop no dia 25, anunciaram em um evento de plataforma e lançaram no mesmo dia, pouquíssimas pessoas tiveram acesso antecipado então a surpresa foi absurda.
É incrível como a expectativa de um jogo pode favorecer ou estragar a experiência de quem joga, vou me usar como exemplo.

The Last Of Us pra mim foi tão hypado por amigos e colegas que eu sabendo de nada do jogo tive uma experiência boa, mas que não atendeu nada das expectativas, então a lembrança que fica lá de 2014 não é das melhores, então esse Shadow Drop, pra mim, foi uma tática bem pensada.

Começando pela história, que é o ponto mais baixo do game, ainda assim, é incrível. O roteiro mesmo sendo simples, os personagens são extremamente carismáticos, se você não gostar de um deles sequer, seu coração é frio e você já está morto por dentro.
Todos os personagens tem características únicas que te deixa muito apegado a cada um, fora que a química entre eles funciona bem demais, é maravilhoso ver a interação deles em base das motivações próprias.
Os vilões são maravilhosos, ênfase no cara das finanças, aparece pouco, mas é um lobo em pele de cordeiro, pra mim é o melhor boss do game

A comédia que o jogo tem funciona muito bem, ela começa no momento certo, as piadas são em grande quantidade, mas sem exagero ao ponto de cansar e graças ao gráfico cartunesco faz com que os absurdos gerados sejam muito divertidos e não pareçam aquele negócio pastelão chato.
Na minha opinião, o Chai não é lá um dos melhores protagonistas do mundo dos jogos, ele teve uma boa melhora no final, mas no início e meio do jogo há poucos momentos que a burrice dele transcende o bom senso humano e a minha suspensão de discrença entra em pânico.

Falando em gráficos, esse game é lindo, vai envelhecer como um bom vinho, o cel shading é extremamente bem feito, não digo que é o melhor de todos porque Guilty Gear existe, mas se não é o melhor, é um dos melhores.
O design foi muito bem pensado e planejado, tudo tem uma estética maravilhosa, desde cenários à personagens.

Já que é um jogo de ritmo tudo no cenário se mexe, tudo dança, a maioria das coisas seguem o ritmo da música e outras coisas seguem o ritmo das ações do seu próprio personagem, isso é maravilhoso demais!

Como citei antes, é um jogo de ritmo, e como tal, a trilha sonora não só precisa ser, mas ela É extraordinária, quero dizer, as músicas licenciadas são muito boas, mas as originais são o puro suco da perfeição, eu quero um vinil desssa trilha sonora pra ontem! EU PRECISO!

Passando pra gameplay, é um Hack'n Slash, famoso "correr e cortar", tipo Devil May Cry, Bayonetta, God of War (clássicos). HiFi- Rush bebe um pouquinho da fonte desses jogos, mas é algo bastante original.
Os golpes que você dá com o Chai é em base do ritmo da música no jogo, mas não necessariamente você TEM quer seguir o ritmo, se não seguir, seus golpes terão um dano mediano e serão levemente mais lentos.
Em dificuldades baixas é tranquilo, a questão é que manter o ritmo é essencial em dificuldades mais altas, se você não seguir o ritmo no Muito Difícil você vai rodar bastante, teve uma fase que morri umas 40 vezes seguidas porque tava com preguiça de combar nos momentos certos.
Dependendo da fase que vvocê está, a tonalidade da sua guitarra é diferente, isso lógico pra seguir de acordo com a música que tá tocando.


Falando em combos, aqui o jogo brilha demais, você pode sair golpeando os inimigos sem dó nem piedade como um maluco e fazer umas manobras bonitas demais e isso sem muito complexidade, é tranquilo de aprender e o jogo vai te treinando constantemente nisso.
Os benefícios de se manter no ritmo são variados, você pode dar parry se golpear no mesmo tempo que o inimigo te atacar, é tranquilo já que os inimigos também te atacam no ritmo, além de que você ataca mais rápido e dá mais dano.
O último boss é um acúmulo de tudo que você aprendeu até chegar nele, o jogo literalmente te treina pra poder conseguir lutar contra ele, todas as mecânicas que você conseguiu são aplicadas aqui e isso é fantástico, o ápice dos videogames.
O fator replay do jogo é muito grande, já que libera muitos desbloqueáveis, uma cópia do Blood Palace de Devil May Cry, roupas novas, músicas e até um "modo foto" que na verdade é um papel de parede personalizavel.

A dublagem (PTBR) é uma das melhores que eu já vi, uma qualidade incrível com vozes combinando perfeitamente com cada personagem. Chega a ser cômico se comparasse com outros jogos publicados pela Bethedas, como o Prey por exemplo.

Outra qualidade que PRECISO destacar, é que esse jogo tem uma gata, não qualquer gata, a 808, melhor gata que você vai ver nos games e que deveria ser mascote do Xbox daqui pra frente.

No geral, uma obra-prima que você necessita jogar com conteúdos diversos e que me deixou um vazio tremendo após zerar pela primeira vez. Nunca mais terei essa experiencia de novo com esse game, mas valeu a pena.

Death Stranding é um jogo de aventura em terceira pessoa em que seu dever é fazer entregas que são solicitadas e com o objetivo principal de "conectar" todo o continente, apesar da gameplay ser bem única o foco fica na fantástica história.

A história desse game é maravilhosa, de começo ela é confusa, um pouco jogada e misteriosa, mas com o passar do tempo tudo vai se conectando e dá pra entender aos poucos, mas infelizmente (ou felizmente não sei) a maior parte das explicações (as mais importantes) ficam nas últimas horas do game mesmo.

Todos sabem como o Kojima é ligado ao cinema, aqui você tem personagens já consolidados das telonas e o trabalho de direção que o Kojima tem é magnífico.

A Gameplay de Death Stranding é provavelmente seu maior acerto e erro da obra. Nos momentos de entrega, passagem de terrenos, utilização de equipamentos e planejamento de rotas o jogo acerta demais e fica bem divertido, mas quando chega em combate esse jogo vira um caos, com uma câmera não tão bem posicionada e com as dificuldades de movimentação devido à mecânicas de exploração que o jogo tem.

As partes das zonas de guerra, são MUITO boas e fieis à realidade, mas jogar nelas, pela segunda, terceira e quarta vez é um saco.

Meu pai sempre me dizia que pra fazer um bom serviço é necessário ter paciência e acredite se quiser, isso se aplica também aqui, se você não tiver paciência e um bom planejamento, vai sofrer um pouco e pode até se entediar ou frustrar.
O fator online do game é essencial já que tudo que você constrói vai pra outros players e vice-versa, quando comecei os servers estavam off por muita gente jogando, mas quando voltaram o jogo ficou MUITO mais fácil.

A trilha sonora é maravilhosa, muito certeira e que fazem momentos chave do jogo muito mais especiais, só tenho que rasgar elogios pra essa trilha sonora, principalmente a BB's Theme que no final do game já te atinge com muita covardia pra ser sincero.

Não tive problemas de bug com o jogo, apenas uma vez que o jogo me lançou pra fora do mapa, numa região nem um pouco renderizada e morri por dano de queda, foi bem estressante.

Death Stranding foi uma surpresa muito gratificante e que recomendo à todos experimentar, porém entendo quem pode achar entediante pelas caminhadas longas.

A DLC é divertida, apesar de não melhorar muito a gameplay, só fundindo duas habilidades em uma, tem uma boa história que dá uma profundidade melhor no universo do jogo.

Minha análise dessa perfeição, aka Sekiro.

Eu não sou fã de soulslike, mas eu amo um bom Hack'n Slash e Sekiro milagrosamente consegue ser uma belíssima mistura desses gêneros. É rápido e com um bom combate ao mesmo tempo que tem mecânicas similares aos jogos souls.

A Gameplay é maravilhosa. É divertida, rápida e balanceada o suficiente para ter uma dificuldade alta, mas recompensadora, ao contrário dos jogos souls a verticalidade só deixa o jogo maior e amplo. Eu gostaria muito que rodasse a 60FPS no Xbox Series S, mas infelizmente apanhei um pouco por conta disso. Os bosses são maravilhosos, só não curti a repetição de dois deles, só existem pra encher linguiça.

A história é a melhor parte, personagens com muita identidade e uma narrativa que não é interpretativa, ela é expositiva e se você ler tudo bonitinho e prestar atenção vai entender tranquilamente. Eu fiz o final "secreto" do jogo, mais ou menos sem querer, mas deu certo kk

Acho isso bem melhor porque história interpretativas, na minha opinião, não são de fato conceitos que o próprio jogador cria, ele simplesmente teoria as possibilidades, mas o criador da história já tem um conceito próprio e é esse que vale, é basicamente uma história não contada.

Os gráficos são lindos, lindos, lindos! A direção de arte desse game é de outro mundo, traz uma imersão àquele ambiente a um ponto fantástico. Os efeitos e a maioria das texturas (algumas são simples até demais) deixam visuais vislumbrantes.

A trilha sonora é maravilhosa, instrumentos e sonoridades utilizados do Japão feudal estão constantemente presentes, só alguns bosses tinha um flauta aguda demais que me deixavam mais irritado ainda quando eu morria pela milionésima vez.

O único bug que encontrei foi a textura do chão em uma parte do jogo não carregar. Um dos maiores defeitos que encontrei aqui foram momentos do game que era boss atrás de boss e que cansava um pouco, fora a câmera horrorosa em locais apertados.

Sekiro é simplesmente uma obra prima que eu me arrependo um pouco de não poder ter aproveitado antes. Espero que tenha sido um bom aquecimento pra Wo Long kk

A queda de Vergil é uma DLC pós campanha de DmC: Devil May Cry que conta a passagem do Vergil na sua busca de poder na terra do tinhoso. Já de cara digo que só vale a pena pra prolongar sua jogatina, já que a gameplay do Vergil é limitada, estranha, nem um pouco variada e LOTADA de exploit. É divertida na primeira vez, mas quando você tem que rezerar tu já revira os olhos e quer pular fora.

Medal of Honor Airborne é um jogo medíocre, nem ruim, nem bom, há momentos divertidos e há momentos chatos e cansativos.
Gráficos extremamente datados, mesmo pra sua época ele peca muito no visual.
Gameplay é travada, Call of Duty de PS2 conseguia ter uma gameplay mais fluida.
A história é mais um contexto, um tema de demonstração, o jogo quer praticamente te mostrar o que os paraquedistas "faziam na guerra" (isso é um ponto positivo até).
O jogo é difícil, não por ser difícil e sim por ser chato, cansativo e com essa gameplay horrorosa que me deu dor de cabeça em vários momentos.
Sinceramente, se não fosse os detalhes das armas, as animações de recarregar bem-feitos e todo esse contexto quase que realista que o jogo passa eu teria dado uma nota bem menor, mas não posso negar seus méritos.

Quantum Break é um jogo com foco na narrativa sobre viagem no tempo. Já começo aqui avisando que se você não curte jogos que colocam a história acima de todo resto, esse jogo não é pra você. Quantum Break tem uma história muito boa, que infelizmente é só enriquecida e mais bem encaixada se você ler os coletáveis que tem no jogo (que não são poucos). A gameplay é maravilhosa e as habilidades que você consegue controlando o tempo são extremamente divertidas, mas elas são tão fortes que o jogo no difícil (que é a dificuldade que eu recomendo jogar) acaba sendo bem tranquilo. Os gráficos são lindos e os efeitos/partículas são impressionantes e únicos. O fator replay do jogo é MUITO fraco, já que a relação entre narrativa/combate nesse jogo não são nada bem cadenciado, acaba se tornando um saco ter que fazer o 100% do game, zerar duas vezes até vai, mas aí você já não vai ter mais saco nenhum pra uma próxima, aí então mora mais um problema no jogo, as decisões que você toma no game não mudam nada no resultado final, mudam algumas rotas aqui e acontecimentos de personagens secundários ali, mas nada que realmente mude drasticamente. Se você curt uem jogo com uma boa história e totalmente cinematográfico (já que tem episódios de uma série inseridas no jogo e com base nas decisões que você toma, que é um ponto positivo por sinal) este game é pra você, caso contrário apenas teste em alguma oportunidade e se gostar, vai fundo.

Atomic Heart é um shooter em primeira pessoa ambientado em uma união soviética pós-guerra em que o lado comunista se desenvolveu muito mais que todo o resto do mundo e criou robôs, inteligência artificial e uma gosma transparente muito suspeita..

O início do game é basicamente Bioshock, somos apresentados à uma cidade flutuante alá Bioshock Infinite, cheia de robôs, naves e pessoas numa festa e alegria absurda, até que dá merda uma hora.

A gameplay lembra bioshock, você tem tipos de armas específicas e habilidades pra entrar em combate, sendo elas, armas brancas, uma pistola, um fuzil, um lança míssil, uma pistola de energia, um fuzil de energia e um canhão de energia.

O jogo também conta com algumas habilidades pro personagem, tipo Bioshock sabe? Porém diferente desse ele só tem quatro habilidades não passivas, que são dar choque, congelar, levitar, brotar um escudo e uma gosma que pega fogo que não cheguei a usar.

As armas do jogo, tirando as de energia, são todas licenciadas, com seus devidos nomes e aparência, porém ficam muito feias ao progredir com elas, vira um negócio cyberpunk que estraga totalmente a estética delas.

Comparei o jogo muitas vezes com Bioshock, não é por menos já que é a principal inspiração de Atomic Heart, mas por incrível que pareça (ou não), o Sandbox é uma piada.

Se tu der choque na água não vai eletrificar ninguém, são poucos os objetos que dá pra interagir e nem sequer dá pra jogá-los nos inimigos (não dá dano nenhum).

O mundo aberto é extremamente morto, não tem nada pra fazer além de ir pro objetivo principal ou entrar em uns bunkers pra conseguir coletáveis e melhorias de armas. Além de ser extremamente descartável tem tantos inimigos por aí que cansa.

O combate é uma delícia, matar inimigos nesse jogo é ótimo, encher de bala (quando tem) e explodir cabeças desses robôs safados é a coisa mais sexo que você terá em toda sua vida.

Um adendo pra ser citado: O sistema de conquistas é extremamente porco e bugado que pra fazer 100% eu te desejo muita paciência. Não tem NG+, mas dá pra ir pro mundo aberto (morto) depois de zerar.

Os gráficos do jogo são bonitos, mas ao mesmo tempo são feios. Joguei no Xbox Series S e no mundo aberto o jogo é muito borrado a certas distância e já que o FOV desse jogo é uma mira sniper 32x você pode ficar com dor de cabeça fácil.

Os interiores são bonitos, tem um desempenho bacana e não sofre com borrões, infelizmente senti que vários locais são reciclados, num geral só temos três cenários distintos, sem contar o mundo aberto é claro, que são laboratórios, museus/teatros e fábricas de robôs(eu acho?).

As expressões faciais são extremamente amadoras, o jogo tem algumas animações decentes, mas quando envolve os personagens principais precisando fazer algumas coisa 99,9% é porcaria.

A história do jogo é seu ponto mais alto e até nisso tem alguns defeitos. Depois de zerar Control e ler incansavelmente todos os textos e infos é broxante ver o quão inúteis são em Atomic Heart, pode passar por todos eles que você nãosente falta.

Os diálogos de alguns NPCs, além de possivelmente serem repetidos, mesmo que você tenha completado um objetivo, eles vão continuar com a mesma linha de texto que estavam antes.

Por exemplo, eu precisava de um passe pro trem, falei com um NPC, não tinha, fui em outro achei, mas depois fui em um terceiro e meu personagem ainda tava buscando o passe, que eu já peguei... meio burro ele, não?

Se esse jogo fosse um filme acho que daria mais certo, já que tem uma história principal muito bacana, incrivelmente não toma partido político, critica todos os lados, tem questões morais e éticas (quando chegar no teatro você entende).

NÃO se assuste com o protagonista sempre puto e xingando tudo e todos, eu sei que pode ser cansativo uma hora e irritante em outras, mas isso tem um motivo e talvez você passe a gostar dele quando souber.

Uma tremenda crítica social foda, cheio de politicagem, filosofia e ideais, até mesmo artísticos.

Mas aqui vai a parte onde esse game mais erra e não deveria. Além de aparentemente ter músicas que não foram creditadas, as suas músicas originais foram colocadas nos piores momentos possíveis.

Tirando alguns bosses, as músicas são incríveis mas acontecem em momentos muito broxantes ou parados demais. Certa vez matei um boss que a trilha sonora era basicamente MúsicadeCombateGenérica™.

Logo depois deste boss, entrei numa sala com 2 npcs e DEPOIS que matei eles, tocou uma obra prima (por 5 segundos) que deixou meu pipi ereto, totalmente fora de ordem e momento.

Depois que você chega no "mundo aberto" você entende como esse jogo teve seu desenvolvimento mudado do nada e depois que vocÊ zera você só sente que deveria ter sido um jogo como DOOM e não Bioshock.

No geral, o jogo é bom porque a história, o combate e as duas robôs bailarinas carregam todo o lixo que sobra desse projeto de Bioshock. Eu gostei, mas não zeraria de novo, prefiro ir jogar Doom Eternal no controle do que Atomic Heart no PC mais Master Race do mercado.

2022

This review contains spoilers

Scorn é resumidamente uma experiência poética, violenta, explícita, nojenta, profana e vulgar, mas todas essas coisas fazem desta obra muito boa.

Pela primeira vez acho que vou fazer uma análise com Spoilers, principalmente do final, mas já que é muito interpretativo, acredito que você consegue ter uma boa experiência ainda assim.

Scorn começa com nosso protagonista se libertando de um casulo, provavelmente foi deixado ali após cair em um precipício no deserto. Em sua aventura ele atravessa quebra-cabeças, corredores, inimigos e outras coisas mais pra chegar até... algum lugar...?

vou começar com o básico até chegar na parte dos spoilers, aí vou colocar um aviso bem grande indicando onde você pode parar de ler... ou não... depende de você.

Os gráficos são lindos, mas não só isso, o design e direção de arte são primorosos, são simplesmente pinturas, qualquer lugar que você anda nesse game se for tirar uma print, ela automaticamente vira uma pintura, é sério! O jogo não tem nada verde, nada de plantas ou algo parecido, são sempre vísceras, tentáculos, podridão e algo parasitário como vermes. Scorn segue a arte de Hans Ruedi Giger. que também serviu de inspiração para o Xenomorfo dos filmes Alien.

A arte de Giger segue um estilo daquilo que é orgânico, cheio de tentáculos e texturas que parecem couro e látex, sempre com um tema profano, com referências e formas de pênis, vaginas e posições sexuais.

Destaque para as animações desse game que são primorosas, extremamente bem-feitas e detalhadas. É nítido o empenho que os desenvolvedores colocaram aqui.

A trilha sonora é pesada, cansada, medonha, te passa a sensação de desespero e um ambiente sem esperança, ela encaixa perfeitamente naquilo que o jogo quer te passar e é uma das melhores coisas nesse game.

A gameplay é boa, mas também não é. Aqui na parte de puzzles o jogo brilha, são desafiadores, complicados, muito bem elaborados e bem colocados, em nenhum momento do jogo ele te diz o que fazer ou pra onde ir, simplesmente vá! Isso é muito bom, já não posso dizer a mesma coisa do combate.
O combate é chato, cansativo, e pouco prático. Só tem quatro tipo de inimigos e um deles só apareceu duas ou três vezes na minha jogatina, que é uma piroquinha que fica no teto e joga ácido se você chegar perto.
Só tem quatro tipos de armas e você mal usa elas, mais pro final do game mesmo, ainda assim elas são lindíssimas.

Os inimigos são muito feios, não por causa do tema, mas tem um design muito sem graça, chega a ser irritante ver esses fetos ambulantes que só dá desânimo

DAQUI PRA FRENTE SÓ VAI TER SPOILER

SPOILER DE SCORN
Chegando pra parte da história, aqui temos algo muito interpretativo, a tradução do game é Desprezo/Desdém. Na nossa aventura estamos em um ambiente podre, abandonado que deixou muito de sua história pra nos mostrar, mas nunca falar, não tem uma sequer linha de diálogo, então nos resta observar.

SPOILER DE SCORN
Nós acordamos numa sociedade decadente, niilista, morta, sem esperança nenhuma... estamos sempre sozinhos e essa sociedade sempre "está lá conosco" nos mostrando como eram, mas nunca o que são agora.

SPOILER DE SCORN
Encontramos na nossa jornada apenas 7 seres vivos, o primeiro que chamei de Robersvaldo, os quatro tipos de inimigos, o parasita, o Gerisclêncio e o "boss" final. O Robersvaldo você encontra quando precisa de uma "mãozinha" pra abrir um portão então você pode decidir matá-lo, arrancar sua mão e usá-la pra passar do portão, ou deixá-lo viver (mais ou menos) e esperar esse cara lerdo pra cacete chegar no portão pra abrir.

SPOILER DE SCORN
Lembrando: Você o tira do seu suposto "sossego", arranca parte de suas costas para libertá-lo de um casulo e depois o abandona para atravessar o portão, isso se quiser deixar ele vivo. Acho que matá-lo é uma opção mais "misericordiosa".

SPOILER DE SCORN
Depois disso tudo em um momento do game ficamos desacordados e levados (por alguma coisa) pra nos conectarmos com um ser vivo que aparentemente foi o responsável pelo "apocalipse" nesse mundo. Nos libertamos do casulo, o personagem arranca o cabo de sua barriga que era o que o ligava nesse ser vivo e encontramos o parasita.

O parasita nos abraça e finca seus braços na nossa barriga, durante todo o jogo em momentos específicos ele vai nos dar dano e ao mesmo tempo ele é o que segura nosso inventário.

SPOILER DE SCORN
Aqui você já nota o quão decadente é o contexto desse game, tudo é muito podre, violento e não há nada bom aqui. seguindo em frente você vai resolvendo puzzle atrás de puzzle, matando inimigo atrás de inimigo até chegar no ATO IV, aqui encontramos um ser que chamei de Gerisclêncio, apesar de aparentar ser uma mulher.

SPOILER DE SCORN
Esse ser vivo é gigante e você precisa meio que fazer várias "cesarianas" em várias partes do corpo dele (que por sinal parece barrigas de mulheres grávidas) pra poder abrir um caminho, você entrar nele (que faz parte de uma máquina) e resolver o puzzle. O puzzle é bem tranquilo, o problema é todos os inimigos que são chatos demais pra matar.

SPOILER DE SCORN
Depois entramos na última área do jogo, com várias estruturas daquela arte muito mais aparente que citei anteriormente, encontramos duas figuras femininas grávidas que precisamos alimentar com sangue de fetos para serem "ativadas"

SPOILER DE SCORN
Depois de encontrarmos esses fetos, temos que matá-los esmagá-los e aplicar o sangue do feto nelas, mas pra isso conectamos o feto num corpo ciborgue e aí surge o boss final, que você tem que matar três vezes seguidas pra avançar (três fetos)

SPOILER DE SCORN
Nesse ponto do game o parasita já tá tomando conta do corpo do personagem e nós precisamos removê-lo, o que fazemos com sucesso, mas infelizmente ele foge e não o matamos.

SPOILER DE SCORN
Depois do parasita foder com nosso corpo, quase que literalmente, nós nos conectamos a uma rede roxa que liga várias máquinas de um salão em um castelo que entramos e aí usamos as mulheres grávidas pra nos dar passagem. Essa rede aparenta bastante ser o lugar onde fomos deixados num casulo pela vez anterior.

SPOILER DE SCORN
É aqui que finalmente encontramos a esperança, uma escadaria com estátuas que mesmo tendo um design parecido com as outras, não tem um aspecto tão vulgar, mas sim que aparentam estar sendo consumidas pra um lugar completamente novo.

SPOILER DE SCORN
Aparentemente achamos o "paraíso", um lugar que finalmente poderemos ter esperança e paz depois de tanto sofrimento, mas é tudo em vão já que aquele parasita nos alcança, nos prende em seu casulo como se fossemos parte dele e o ciclo recomeça, estamos de novo sem esperança, de volta ao desprezo.

SPOILER DE SCORN
Minha interpretação: Scorn é sobre uma sociedade sem esperança, completamente perdida nos mesmos erros em um ciclo infinito e que prende aqueles que querem o progresso à estarem junto a eles. Uma sociedade parasita que se perde ao que é profano. O parasita não nos permite ir, não permite chegarmos a um lugar melhor, não nos deixa ser consumidos para o novo, mas nos prende ao antiquado e decadente sistema.

São raros os jogos que eu digo que são obras primas, sinceramente, BioShock é uma delas. Não tive a oportunidade de jogar a versão original na sua época de lançamento, mas pude jogar a versão remasterizada no meu PC.
BioShock tem tudo que há de melhor em um videogame e também em uma narrativa. A história é extremamente bem feita, pensada em seus mínimos detalhes fazendo com que cada canto de Rapture tenha um motivo de sua existência.
Como joguei no teclado e mouse não posso dizer sobre a jogabilidade no controle, mas pra mim aqui não há defeitos, é leve como um shooter qualquer, mas cada arma, objeto, item e habilidade eleva tudo a um outro patamar.
O jogo tem um toque de terror com algumas salas escuras e alguns jumpscares, tudo em nome da imersão. Assim como Prey, SystemShock e Deus Ex, esse game é um Immersive Sim, um dos melhores, senão o melhor já criado até então.
A trilha sonora é belíssima, mas nada memorável, o jogo é levíssimo no PC e ainda consegue ter gráficos decentes, não vou dizer que é um baita remastered, mas cumpre seu papel.
Pra quem curte o gênero é um título obrigatório e pra quem quer apreciar uma boa história, dê uma chance, não vai se arrepender.

Assassin's Creed II foi o primeiro que joguei da franquia, com certeza o efeito nostalgia ainda me afeta e faz muitos anos que não jogo esse game, então não posso ser exatamente preciso nessa avaliação e talvez até um pouco tendencioso, mas sério só tenho boas memórias dele e algumas poucas frustrações.

AC2 pra sua época tinha gráficos decentes, obviamente tinha muito outros mais bonitos no mercado, mas ele tem uma ambientação quase impecável, você se sente dentro daquele ambiente, apesar das inúmeras construções repetidas, é uma sensação de que pertence àquele momento, é muito bom.

Tem um dos melhores protagonistas dos video games e acompanhado por uma bela história com muitos momentos que me marcaram.
A gameplay era meio travada já na época e o parkuor, se comparado aos jogos mais recentes, é bem ruim
A trilha sonora não posso dar nenhum destaque, talvez no encerramento do prólogo, mas acho que não tenho do que reclamar.

Eu fiz 100% nesse game com muito gosto, zerei sei lá quantas vezes, mas recomendo seguir guia se quiser porque os coletáveis aqui não tem mapa, então você vai ter que se virar pela internet, o que é bem chato, demorado e repetitivo.

Esse game foi de certa forma uma decepção, uma cópia do primeiro com pouquíssimas novidades (ou quase nenhuma), até o esquema de enredo é igual o primeiro, o jogo continua divertido, mas não tem identidade direito, a história que antes era mediana e esquecível, aqui beira o ruim mesmo. O jogo é bom pra brincar caso não tenha nada tão interessante para se fazer, mas chega a ser até dispensável.

Este jogo é uma experiência de puro Metal, não é a toa que tá no nome, um dos melhores shooters de ritmo que já joguei, não é como se tivesse muitos no mercado, pra falar a verdade só lembro de mais um outro (BPM), um título obrigatório pra quem curte o estilo de música.

A Gameplay é maravilhosa, principalmente se você estiver jogando no Mouse e Teclado, no controle é um pouco chato conseguir coordenar o ritmo com a mira do game, mas é muito competente no que faz.
É um jogo extremamente rápido, então pode gerar algum desconforto em pessoas que não estão acostumadas com FPS, mas ainda assim, é necessário dar uma chance.

A trilha sonora é o mais puro Metal elevado ao seu melhor nível, esse jogo é extremamente dinâmico e chega a muitas vezes ser desafiador já que se você não estiver atento. principalmente nas músicas. você pode acabar perdendo completamente o ritmo e só se atrapalhar.

A história é medíocre pra ser bem sincero, no começo ela é um pouco misteriosa e até intrigante, mas é tudo muito expositivo e não chega a ser muito interessante pra eu realmente querer saber mais sobre, é mais um contexto pra o que você tá fazendo ali.

Os gráficos são decentes, não são nada ultra absurdos e não entendo como não foi lançado pra antiga geração, provavelmente por questões de performance, mas acho que ainda dava pra dar um jeitinho.

Esse game foi uma grata surpresa, não esperava muito, mas é muito gostoso e satisfatório de jogar. Os defeitos no game se baseiam praticamente na quantidade conteúdo, são pouquíssimas missões, cada uma delas, exceto a primeira e a última, tem três desafios para serem completados e assim você ganha umas vantagens que te auxiliam e muito pra facilitar o game. Não encontrei nenhum bug e tudo saiu nos conformes, nada de queda de FPS ou texturas que não carregam.

Sério, não é lá um jogo que eu colocaria na lista dos meus favoritos de paixão, mas aqui é tudo bem feito e feito com muito carinho e recomendo pra qualquer um.

Comecei jogando esse game na época do Playstation 2, ficava encantado com tudo aquilo que você podia fazer, principalmente se comparado com os filmes, controlar um poderoso Jedi é maravilhoso, uma sensação incrível, enquanto você assistia os filmes e quase dormia com o quão "fracos" eles são, aqui a porradaria come solta. Depois rezerei a versão do Xbox 360 e aqui já temos algumas diferenças ABSURDAS. Adicionaram caminhos, mapas, inimigos, áreas, habilidades e obviamente os gráficos eram extremamente superiores, mas removeram animações, execuções e outros maneirismos que o personagem principal tinha que aqui faltou um pouco. O jogo como um Hack'n Slash é muito bom e divertido, mas sua história é esquecível, o personagem principal não é lá muito cativante e as melhores partes são controlando o Darth Vader (logo no início). Todos fã de SW necessita jogar, assim como fãs do gênero também.

Como descrever esse game que fez parte da minha infância? Uma gameplay maravilhosa com uma história divertida e um dos melhores vilões já criados nos videogames, um clássico obrigatório criado pela Ubisoft. Se você não jogou, jogue porque esse game envelheceu como vinho, continua bonito e totalmente jogável. O major defeito que consigo pensar é que o fator replay é bem baixo e depois de zerar não tem muito o que fazer além de limpar o mapa e quando faz isso, só te resta ir pro multiplayer que ninguém joga, então não sobra mais nada.