2027 reviews liked by Salaminho


esse jogo é excelente (como a maioria dos Zeldas), desde os gráficos, a trilha sonora e os personagens.
ao contrário doq muitas pessoas acham, eu gostei de viajar pelo oceano e ir explorando cada ilha e matando cada inimigo que encontrava pelo caminho, mudar a direção do vento toda hora pode ser muito chato com o tempo mas compensa.
outra coisa falam muito mal é a quest dos pedaços da triforce, que eu adorei fazer e procurar cada mapa pelo oceano, e depois pegar cada pedaço, realmente não entendo o ódio gigantesco que sentem por essa missão do jogo.

tem algumas coisas que não deixam ele perfeito mas são poucas e que todo jogo tem em alguma parte.

3288 Flips e 1181 mortes, sala mais difícil com 227 mortes.
Penis
trilha sonora boa pra caralho

Primeiro jogo que eu comprei pro meu 3DS, amo amo amo ele mas traumatizei quando fui jogar o online e tava tudo bugado e cheio de hacker

É difícil falar sem estragar o jogo, pois qualquer informação pode ser demais. Mas é um jogo bem efetivo em ser creepy e pro que ele quer se propor. É uma experiência de umas 2 horinhas (ou um pouco a mais se você quiser) que é muito legal. Os gráficos são muito interessantes e eu adorei a escolha de cores (em vez de preto e branco é roxo e branco), os diálogos são ótimos e dei risada várias vezes.

É isso ai, humor, terrorzinho de leve e aquele algo mais que não da pra contar sem estragar. Vale a pena demais.

(tive que me segurar muito pra não fazer a piada óbvia de que é um jogo muito bem feito)

Não é um jogo perfeito, tem algumas coisinhas aqui e ali pra melhorar, mas namoral, que jogo foda. Concordo com algumas críticas de game design que esse jogo tem, mas sinceramente pra mim é uma coisa ou outra que realmente segura esse aqui de ser o melhor da franquia.

Mega Man X5 tem todo esse ar meio apocalíptico no sentido do desgaste das forças, porque tudo acontece muito do nada, e ele não tem vergonha de mostrar isso com mecânicas que aparentemente frusta o jogador mas que na verdade existem pra contar algo além; o problema de algumas coisas aqui, é que fica muito claro o orçamento reduzido do X4 pro X5, então algumas coisas que o X4 tem o X5 não tem, tipo dublagem ou cenas mais elaboradas. Algumas fases tem escolhas meio estranhas, tipo a do Duff McWhalen (e que puta nome hein), mas num geral eu acho esse aqui bastante competente, com alguns tropeços que poderia deixar o jogo melhor, mas de novo, são nitpicks, não coisas exatamente ruins mas que poderiam ser melhoradas, e eu acho que a galera erra a mão quando vai falar do jogo por isso. Antes de começar eu achei que ia ser aqui que a franquia ia decair, mas me enganei feio.

https://youtu.be/MOc22_3Z-30?si=-v8dmdFqKuqmj0xY

Um jogo sobre a mediocridade do cotidiano, sobre jacarés coloridos giirando e sobre aviões explodindo. Isso é Flower, Sun, and Rain.

Andar por si só pra mim já é um ato de reflexão. Toda caminhada que eu faço nunca parece sobre ir de ponto A até ponto B, todos os lugares que eu passo parecem vivos, parecem lugares. Quando eu faço o mesmo trajeto de carro ou de qualquer meio de transporte, tudo parece perder esse ar palpável de vida, tudo fica robôtico num sentido de não existir sentido pra isso. É mais sobre ir do ponto A até o ponto B do que propriamente ir. E o Suda provavelmente sente a mesma coisa. Andar aqui é o ato principal de gameplay, da mecânica que rege esse mundo. É o que te impede de terminar o jogo mas também é o que te faz terminar ele. O que faz essa caminhada ser um negócio tão especial é o conjunto das variáveis; a música de FSR tem um papel muito onírico de fazer isso funcionar. Junto de toda essa calma que ele não sente vergonha de ter, isso faz a atmosfera desse jogo ser muito única. Mas ainda sim, é impossível não achar isso logo de cara chato, são tantas tarefas inúteis que você tem que fazer que a pergunta se isso tudo vale a pena vai pairar na tua cabeça. E mesmo sendo um jogo que vai te deixar exausto, SER chato é o ponto dele. Isso é verossímil. Se esforçar pra terminar esse jogo é o ponto principal dele. É frustrante. É inútil. E toda essa baboseira que eu acabei de falar também pode ser inútil pra ti, e isso forma arte. Ao mesmo tempo que toda essa merda pode significar um grande nada, pra mim isso significa tudo, e isso por si só é arte. Flower, Sun, and Rain então é sobre superar ele mesmo, dar sentido às coisas que não existe sentido. É sobre entender que não existe o escapismo das coisas que você fez, o paraíso não existe. Tudo que você fez algum dia irá voltar pra te assombrar, mas ainda sim o passado não faz quem você é hoje em dia. Não define o que tu é quando acorda. Todo mundo deve enfrentar o passado, perder o passado é perder o senso do ser, pois é uma parte vital do eu. E isso é "Kill the Past", mas de forma diferente ao seu antecessor. É o Andrei Tarkovsky dos videogames.

"Flower, Sun, and Rain was me all along, wasn't it?"
https://www.youtube.com/watch?v=TqnxZYZfDXE

Os controles desse jogo são tão precisos quanto um sniper cego. Você tem certeza que vai fazer uma coisa mas morre porque a porra do jogo não entende a tua ação e faz outra coisa. Eu não me incomodo com fases longas, mas de tanto que eu morri nessa porra desse jogo por causa dessa imprecisão fodida de input fez eu ODIAR o tamanho das fases nesse jogo, e eu tenho certeza que não é skill issue porque eu não tive metade desses problemas com SA2. Outro problema dele pra mim é a câmera, quase nunca tá no canto que você quer, e o sistema de final verdadeiro desse jogo é horrendo, zerar um pouco mais de quatro vezes pra pegar um mísero final é se humilhar demais. Além disso, meu save foi corrompido por algum caralho de motivo e eu perdi meu progresso inteiro enquanto eu fazia essa tarefa ridícula. Ademais, eu só digo pra jogar isso se você quiser jogar algo ruim mesmo.

Jogo de filho da puta. É um dos jogos mais injustos que eu já joguei, com um level design feito provavelmente por algum corno que acabou de tomar chifre da mulher pra ter tanto ódio acumulado no coração. Eu perdi as contas de quantos buracos no chão eu caí e tive que refazer um trajeto enorme só pra acabar caindo em outro buraco perto do que eu tinha acabado de cair.

Mas ainda sim Strange Journey é um tipo de experiência muito específica que eu aprecio, é frustante de propósito pra emular o desespero de andar em um mundo habitado por demônios. Na maioria dos Shin Megami Tensei, o apocalipse acontece na frente do jogador, ele presencia a destruição de todas as coisas, do universo inteiro, pela tela que o distancia do real e do irreal. Strange Journey não tem um apocalipse, porque a própria humanidade é o apocalipse. Ele utiliza de uma roupagem muito ocidental pra ludibriar o jogador a achar que esse vai ser um jogo de ideais e de promessas, mas na verdade o que ele realmente é, é provavelmente uma das histórias mais anti humanidade que eu já presenciei.

Eu venho registrando algumas coisas em formato de breves comentários enquanto eu estou fazendo a minha odisseia pela série, e uma das coisas que eu já falei é o quão cada jogo é único em temas e discussões mesmo se valendo de uma base universal em sua criação. Pra criar uma história anti humanidade, SJ brinca com essas características compartilhadas pela série pra criar essa narrativa agressiva. Eu normalmente sou um forte seguidor do Neutral porque eu e meus casas somos totalmente fechados com a humanidade. E como de costume, eu segui o Neutral aqui. Só que esse final é uma MERDA. O jogo constantemente mostra que os humanos não valem nem o pão que o diabo amassou, e até eu que sou fechado com a humanidade tive minhas dúvidas na metade pra frente se realmente valia a pena continuar no Neutral. E o final é muito insatisfatório, você se alia com os humanos que trouxeram a própria destruição pro planeta, e o jogo deixa bem claro que a destruição é inevitável e uma hora ou outra vai acontecer de novo. A todo momento ele martela na tecla que não vale a pena fazer isso, que o mundo precisa de novas leis ou uma libertação dos antigos costumes, porque do jeito que tá indo, a humanidade vai ser engolida pelo próprio planeta mais uma vez.

"The Schwarzwelt, born in the Antarctic and threatening to cover the Earth, has vanished. At the moment of its withdrawal, all demons on Earth vanished with it. And so, mankind, in the depths of their despair, reclaimed hope. The Schwarzwelt Investigative Team's incredible report was met with shock the world over. However, it is unknown whether the people understood its full repercussions..."

É um dos jogos com a ludonarrativa mais bem trabalhada que eu já joguei, toda escolha criativa na verdade é uma escolha artística pra fazer esse jogo funcionar do jeito que ele funciona como um pacote completo. A trilha sonora apesar de não ser a minha favorita, é muito marcante, porque ela realmente te faz passar a sensação de perigo e um senso de sobrevivência. Vencer um chefe é lindo, porque todos tem algum tipo de bullshit proposital pra eles realmente parecerem um desafio, mas mesmo assim ele ainda é um SMT, tudo depende de como você se aproxima das mecânicas de combate dele porque você tem todas as ferramentas necessárias pra vencer um chefe.

A única coisa que realmente eu não gostei é a falta do press turn aqui. O press turn é substituído por um all-out-attack de Alagoas. Ao acertar uma fraqueza e se seus demônios forem do mesmo alinhamento que o seu, eles vão dar um dano extra no inimigo. E apesar de entender que isso é uma tentativa pra voltar pro design antigo da série, eu ainda acho muito triste a falta do press turn. Tirando isso? Jogo foda. Kamige.

O título de Dragon Quest II serve perfeitamente aqui. É literalmente o primeiro jogo expandido, maior, e por isso o II faz muito sentido. Mas por isso, ele tem os mesmos problemas do primeiro e faz muita coisa PIOR. O primeiro pra mim foi bastante cansativo principalmente pelo combate, é bem simples porque ele é um dos pioneiros do JRPG de turno, a sua simplicidade é por ser um dos primeiros jogos do seu gênero. Diferente de DQ1, o segundo tem uma melhora significativa no combate, é uma jornada agora com uma party e cada um com sua individualidade. Um bate, outra solta magia e o último faz os dois mas pior. Os combates agora são com vários monstros, as magias são mais complexas, dando uma dificuldade um pouco maior no jogo. Ênfase no pouco, porque ainda sim não é um jogo difícil se você souber o que tá fazendo.

Agora, o que realmente prejudica DQ2 é que além de expandir o combate, ele tenta expandir tudo que o primeiro faz. E isso na teoria é uma coisa ótima, de verdade. Um mapa maior, mais dungeons, inimigos, mais itens; tudo nesse jogo é mais. O problema de verdade é que nem sempre quantidade é qualidade. O começo dele é bem linear, é sobre achar os membros pra tua party e mesmo que você vá fazer um pouco de backtracking aqui e ali, o mapa não é enorme pra te cansar. Mas depois disso, é muita coisa inútil que o jogo te taca. O mapa se abre MUITO, você vai ter que ir pra lá e pra cá tentando descobrir o que tem que fazer porque os itens de quest tão espalhados pelo mapa da maneira mais filha da puta possível. E além disso, o chefe final desse jogo é estúpido sem o farm, normalmente eu nunca tenho problema com grind, mas aqui no final dele o grind se torna quase que obrigatório, além de outras seções do jogo que eu me vi quase obrigado a ter que grindar.

De maneira alguma eu tenho um desdém por DQ2, eu na verdade admiro tudo que ele faz na teoria, é um jogo originalmente de NES e ser tão mais ambicioso que o primeiro é algo pra se bater palma, mas na prática ele é bem cansativo por não saber dosar o que ele quer fazer. Não cheguei a citar a história do jogo porque tenho o bom senso de entender as limitações da época em questão de quantidade de escrita. Eu tenho um pouco de medo do DQ3, espero que ele saiba ser um jogo maior, e não essa amálgama de ideias mal executadas que esse aqui é.

Um tiro nostálgico muito bem feito, mas... com ressalvas. Vou ter bastante coisa pra falar desse jogo.

Kirby Star Allies é um game que eu tinha um hype até que bem grande para jogar, pois sou um fã de longa data da franquia, e como todo mundo, fiquei louco quando vi seu trailer pela primeira vez lá em 2017, com os helpers voltando, aqueles lindos gráficos, e claro, uma agitação gigante pelo game ter sido lançado como comemoração de 25 anos da franquia. Cá estou eu, jogando isso com 5 anos e pouco de atraso, porém com a mesma energia que eu nutri naquela época.

Não tenho vergonha alguma de admitir, joguei isso como uma criança, sinceramente acertaram em cheio nas homenagens que quiseram prestar, as referências, a volta de diversos personagens de franquias anteriores, os remixes de canções clássicas na franquia, e até mesmo das menos convencionais, tudo foi cirurgicamente arquitetado para que tanto os fãs novos quanto os antigos se deleitassem nesse mar de nostalgia proporcionado. Eu fiquei genuinamente surpreso com a atenção que deram para Kirby Dream Land 3 nesse game, que pra quem não sabe, é um dos meus Kirby's prediletos, e o primeiro game da franquia que joguei na vida. Claro que fiquei maluco ao ver os Amigos Animais e Gooey de volta, fora os arranjos lindos que fizeram da OST desse game e as referências diretas. Não tenho nada a reclamar nesse quesito e só devo elogios a HAL por saber como homenagear essa tão importante e pesada franquia.

Adorei a seleção de poderes desse jogo também, trouxeram de volta minha habilidade predileta do Superstar, a de Yo-Yo, e claro, adicionaram mais habilidades novas, que eu curti bastante algumas, e achei outras um completo foda-se. Mas no geral é uma seleção muito boa, se não me engano a maior que já tivemos até então, faltou um poder ou outro como Mirror e Jet, mas há referências à essas e outras habilidades que ficaram de fora no moveset dos Dream Friends. E por falar neles, que movesets simplesmente perfeitos, sério... Tem uns bem apelões, mas são incrivelmente coesos e lotados de referências, as habilidades clássicas que retornaram estão praticamente idênticas também, realmente tiveram um altíssimo cuidado nos detalhes.

Mas claro, um game não é composto somente por doses cavalares de nostalgia, ele também precisa ser bom, consistente e balanceado, e é aí que Star Allies acaba empacando. Não, o jogo de jeito nenhum é ruim, pelo contrário, é um Kirby que eu amei jogar, mas definitivamente ele fica atrás de muitos outros jogos da franquia, e por vários fatores.

Não tivemos fases tão bacanas assim em level design, e sim, esse kirby funciona bem pra caramba em co-op e tiveram sessões muito boas, mas poderiam expandir mais isso. Como o jogo suporta até quatro jogadores, fizeram uns trechos pensando nisso, mas eles foram fraquíssimos. Os puzzles são ridículos de fáceis e ainda por cima o jogo te dá a resposta com dicas. Também não tivemos ideias tão mirabolantes nas temáticas das fases, esse é um kirby mais "Genérico" nesse quesito, o que não é ruim de forma alguma, mas acabou me decepcionando um pouco visto as diversas decisões malucas e divertidíssimas que os games anteriores a esse estavam tomando. Focaram em pegar no ponto fraco dos players deixando as fases nostálgicas, mas não é só isso que molda bons níveis.

Tivemos só 1 mísero colecionável em cada fase, e essa decisão eu realmente achei muito ruim. Geralmente eram 3, e é um número muito bom, ainda mais pra Kirby, que é uma franquia fácil pra caramba. Mas 1 só? Sério, fazer 100% do modo história desse game não é nem fácil, é ridículo mesmo. Provavelmente você vai achar tudo sem nem sequer procurar, e não se trata de um colecionável muito bem escondido, ele está bem tranquilo de se achar também, e é bem decepcionante sendo sincero.

Para combar com essa questão dos colecionáveis, o game é muito curto, tipo muito mesmo. Temos somente 4 mundos, Ok que o último é bem maior, mas ainda assim achei bem pequeno. Tentaram colocar fases extras para compensar isso, se somar tudo deve dar no máximo mais um mundo, mas ainda assim continua curto, pois Kirby nunca foi um exemplo no quesito duração de fases. Mas veja bem, não é um game sem conteúdo, temos alguns extras bacanas, alguns até desafiadores, e claro, minigames também, mas precisava de mais ambição nesse modo história.

No geral, é um kirby bacana, com suas ressalvas, mas bacana. Acredito que eu daria uma nota menor normalmente, mas não sou de aço. Como eu disse parágrafos atrás, fiquei encantado com as homenagens que esse jogo fez, e Kirby se trata de uma franquia muito importante para mim.
Se você não é um fã da franquia, ou jogou poucos jogos, esse Kirby ainda vai te servir, creio que muitos dos contras dele atingem muito mais os fãs de longa data mesmo, mas é um jogo com defeitos sim, e isso é fato. Agora, se você é fã, certamente precisa experimentar esse game pelo menos para ver o lindo trabalho que tiveram para homenagear a bolota rosa, com certeza terás um olhar mais crítico, mas é um "must to play".

Não foi proporcional ao meu hype, mas por outro lado me mostrou coisas que eu definitivamente não esperava ver, e pegou bem no ponto fraco dos fãs: a nostalgia.