Slash Beast jumpscare, só as crianças mais pacientes conseguiam derrotar esse arrombado.

DQ = Dragon Quest

-Contexto

Nossa salame, você começou a jogar o primeiro DQ por causa da morte do Akira Toriyama, como você é fã dele né? NÃO, EU TE JURO, FOI UMA PUTA COINCIDÊNCIA, o Toriyama morreu dia 01/03 e comecei dia 03/03, entretanto a morte dele só foi anunciada no dia 8 acho, como dizia UMA PUTA DE UMA COINCIDÊNCIA. O motivo é mais simples mesmo, sempre tive interesse no primeiro título da franquia por pura curiosidade de ver um dos primórdios dos RPGs, tinha até jogado no passado incentivado pelo vídeo do DlinkVideos (grande mendigo leproso), foi uma epifania doida mesmo, abri, avancei um pouco e nunca mais toquei. O contexto dessa minha segunda jogatina foi que o meu pc morreu e fui jogar o que dava no celular, o pc ia chegar em pouco tempo, então queria um jogo curto pra zerar, este desta review sendo o escolhido.

-Versões

Vou ser sincero eu arreguei da versão original do NES e fui para a de SNES que aumenta a quantidade de dinheiro e EXP ganha, essa versão é uma que vem junta do DQ 2 só lançada no japão, procura por um patch e enfia na tua rom, a versão de game boy color também é boa e não precisa de patch (não sei se há muitas diferenças, depois checo para ver), além dessa temos também versões mais modernas hoje em dia como a do Android e Switch, que definitivamente são as melhores versões, não joguei então não posso opinar muito, mas tem um elemento bem importante nelas que você vai agradecer por jogar nelas (explicarei na sessão "dicas"), outro detalhe ferrado da versão original é que você tinha que usar um menu para falar, checar e subir fucking escadas, uma bosta mesmo, versões futuras e nessa do SNES tudo foi mitigado para um botão (feeling like Earthbound??), então vai pelas mais modernas mesmo.

Ou seja, tecnicamente eu não tive a real experiência do primeiro DQ e você também não precisa ter, se você tem medo do DQ 1 original (uhhh o fantasma do Dragon Quest uhhh). De qualquer forma independente das versões você ainda vai lidar com os elementos datados do primeiro DQ, mesmo que em menor escala, esses elementos sendo: alto nível de grinding e random encounters, lentidão e ficar perdido.

-Game design

.Elementos datados

Felizmente grande parte dos elementos datados desse jogo são mitigados quando você nota que o jogo tem tipo 10/12 horas, sério, é uma zerada de dois/três dias. Com o decorrer do jogo você recebe diversas magias que eu não esperava receber aqui: uma de escapar de dungeon, uma de voltar pro castelo do começo e outra de DIMINUIR A FREQUÊNCIA DE RANDOM ENCOUNTER COM DIREITO A AVISO QUANDO ELA ACABA??? TEM JOGO DE SNES QUE NÃO TEM ISSO PORRA, sem falar claro das qualidades de vidas que as versões posteriores introduziram.

Quanto a parte de ficar perdido, o jogo te dá pouquíssimas informações, essas sendo te dadas pelos diversos NPCs que esse jogo possui, grande parte deles são valiosíssimos te dando suas únicas dicas de progressão e dicas. "Ai Salame você está me dizendo que eu não irei ficar perdido?" definitivamente que sim, esta forma de obter informações tem seus problemas, um deles sendo obviamente sendo você dar o azar de não falar com um NPC especifico ou não lembrar do que ele disse e ficar perdido, especialmente alguns itens invisíveis no mapa (que spoiler, é o que falei mais cedo que eu ia abordar na sessão "dicas"), pode jogar com um guia do seu lado que vai te poupar tempo. (O canal do GebirgeBR fez uma gameplay zerando o jogo em 4 horas, super recomendo).

Isso iria ser inaceitável nos RPGs de hoje? sim, mas convenhamos é bem sacanagem a comparação, os RPGs no futuro foram se tornando mais complexos, então é compreensível muitos deles não conseguirem dar todas as informações ao jogador por meio de NPCs (não que esse jogo consiga kakakaka). Anteriormente esses jogos foram lançados com manuais e a perspectiva de game design e distribuição de informações para o jogador mudaram bastante com o tempo, manuais foram ficando menos frequentes e tutoriais mais presentes, não estou dizendo que um é pior ou mais problemático do que o outro, mas nosso padrão de apreciação de um jogo é bem diferente do que era um padrão de uma pessoa à 30 ou 20 anos atrás, jogos evoluíram e criaram fundamentos de game design com o decorrer do tempo, o cara de 30 anos estava provavelmente escrevendo em um papel cada diálogo que ele achava importante. Ou seja, se você tiver essa curiosidade ou intenção de zerar esse ou outro jogo bem antigo, você vai ter que se preparar bem pra isso e se readaptar ao que anteriormente era o padrão para ter uma experiência menos frustrante, eu mesmo falei com todos os NPCs que achei, descobri algumas coisas sozinho e outras tive que apelar para guias, seja por não achar o NPC em específico ou só esquecer o que ele falou.

.Progressão

Algo muito foda que gostei no jogo é que ele tem um claro indicador de onde vai ter inimigos mais fortes, sendo as pontes, cada ponte que você passa os inimigos vão ficando mais e mais difíceis, uma ótima forma do jogador entender que talvez não seja o momento de ir ali e que ali tem progresso, ou seja o progresso do jogo é ditado pelo seu level, tá sofrendo para os inimigos nesse novo local? não vai ter jeito vai ter que grindar em um local anterior para ganhar level ou juntar grana para um equipamento melhor. Com o decorrer dos leveis, você vai ganhar novos magias, boa parte delas substituem itens que ocupavam espaço no seu inventário, o que ajuda muito, pois seu inventário é super limitado, um exemplo são as magias que abordei alguns tópicos atrás, antes elas eram itens que você tinha acesso em shoppings que agora você não precisa mais comprar, liberando espaço no inventário para itens mais importantes, o jogo também conta com um mercador que guarda seus itens, super recomendo você guardar itens obrigatórios de progressão e pegá-los quando necessários, especialmente os que envolvem o desbloqueio da dungeon final.

.Combate

Boa parte do early game pode ser mitigado por floodar a magia "sizz" em inimigos que te dão bastante dano, mas o jogo não tem um stats de magia, então o dano dela é fixo e eventualmente seu ataque vai dar mais dano, e sinceramente o resto jogo vai ser bem menos interessante na parte de combate, pois todas as lutas vão ser: ataca até matar e cura no overworld, com exceção em bosses que vira: ataca umas 2 ou 3 vezes e depois cura, repete o processo; um feeling bem de RPG antigão mesmo e sem muita variedade, o problema mesmo é que quando você recebe game over você é teleportado pro castelo do começo do jogo, não é tão ruim quanto parece, já que o mapa do jogo é bem pequeno e você não perde level, mas você ira perde grana, o que pode ser bem frustrante, felizmente o mercador que guarda itens também guarda dinheiro, então use-o se achá-lo útil. (Te juro tem jogo de SNES que isso acontece e você não pode guardar grana, sério WTF).

.História

Toda a história do jogo é super simples: você é o herdeiro do lendário herói, a princesa foi raptada e um bichão do mal tá causando desgraça no mundo, vai lá filhão. De resto você coleta "macguffins" para desbloquear o último castelo e é isso. É tudo bem simples mesmo, nenhum plot twist ao decorrer da história, só você andando com seu avatar em um mundo fantasioso medieval genérico com o objetivo lhe dado nos primeiros 2 minutos de jogo, para mim essa simplicidade chega a ser charmosa, o foco é sua história como jogador e não sobre o jogo, plots mirabolantes nem se eram pensados direito nessa época, o maior objetivo de fato era fazer um jogo jogável e didático na porra de um NES, tanto que eu sinceramente não curto muito como os jogos futuros continuam com o protagonista silencioso, quando não há mais necessidade. Voltando para o jogo, grande parte do mesmo é opcional, você pode literalmente ignorar a princesa e zerar o jogo, entretanto cada um desses elementos opcionais te darão uma puta recompensa que vai garantir uma progressão mais suave, garanto. Algo muito foda, tenho que dar ênfase pro final do jogo, que não quero spoilar, mas é muito fofo o que fizeram e eu nunca vi fazerem isso em outro RPG, super recomendo vocês experienciarem isso.

-Dicas

.A maioria das dungeons são simples ao ponto de você não precisar de mapa nas interwebs, mas eu super recomendo mesmo assim, os random encounters provavelmente vão atrapalhar o que você vai lembrar do layout, e demora um pouquinho pra você conseguir a magia de sair dela, só entrar na dungeon com um mapa, pegar os itens e vazar é uma boa; entretanto a última que é o castelo do boss final eu super recomendo pois o layout é chatão e a melhor espada do jogo no meio desse layout. (de preferência o layout da versão que você tá jogando, não sei se tem diferença).
.Existem alguns equipamentos que você nem precisa comprar, tipo a magic armor e flame sword/blade, devido a ambas serem bem rapidamente substituídas não valendo o grinding para comprá-las.
.Dá pra ir derrotar o final boss de boa lá no level +20, só recomendo você não usar muita magia na dungeon, para guardar pro boss e tome cuidado que são duas formas, recomendo na segunda você sempre ir curando quando sua vida estiver perto dos 60.
.Itens invisíveis:
VERSÃO DE ANDROID E SWITCH TEM UM BRILHINHO NO LUGAR DOS ITENS INVISÍVEIS, NÃO FAÇAM O QUE EU FIZ E JOGUEM ESSAS VERSÕES;

A eldrick/roto armor está no tile onde você derrotou o cavaleiro negro na cidade abandonada;
A mark of eldrick/roto tem um NPC que te dá as coordenadas exatas do local onde ela se encontra, caso você salve a princesa você receberá a "princess pledge" que vai te ajudar a achar, recomendo anotar;
A flautinha para você derrotar o golem está 4 tiles abaixo da casa de banho na cidade de Koi (a única dica que vi dessa era que ela existia e que o golem dormia pra ela, mas de resto dei azar ou o jogo só não avisa mesmo).

-Apresentação e mamação desses japoneses lindos e com muito tesão (desculpe)

Um dos grandes fatores que fez DQ ser bem mais icônico e influente que muitos outros RPGs da época, foi seu carisma e simplicidade, que foram elevados pelo seu art style, design intuitivo e música, não sou um dos mais cultos para falar sobre o desenvolvimento ou dar crédito aos artistas, mas irei tentar, se quiserem outro meio de conhecer mais profundamente sobre o jogo recomendo o "Grindingcast" eles são muito pica.

.Arte (Akira Toriyama)

Sim, chegou a hora que você estava esperando, a hora da mamação do Akira Toriyama UHUUUUUUUU. Meteram esse grande homem para fazer as artworks de personagens e monstros desse e de todos os futuros jogos da franquia, tudo isso enquanto fazia os mangás dele, isso definitivamente fez speed run de expectativa de vida nele? Definitivamente, mas vamos preservar esse grande homem pelos seus magnânimos feito ...É vai ser difícil ver a série sem o art style dele, tristeza pura. Mas não vamos só mamar o Toriyama, não, vamos além nós iremos mamar o Koichi Sugiyama e o Yuji Horii, riso maligno. Não tenho tanto conhecimento sobre esses dois mitos quanto tenho pelo Toriyama, mas só meter ele e não falar desses 2 seria um puta desrespeito

.HUD e game design (Yuji Horii)

Este brabo é pai do DQ, sem zueira, ele é foi o principal game designer e o maior responsável pela interface simplista e organizada que atraiu bastante a atenção de um público mais casual para esse jogo e eventualmente para futuros RPGs, pois a HUD de DQ foi base direta para boa parte das HUDs de futuros RPGs. Ele continua até hoje trabalhando na série, e se você não manja tanto dele, saiba que ele é um dos membros da "dream team" de chrono trigger, é respeite o véio.

.Música (Koichi Sugiyama)

Quanto a música teremos que ficar tristes de novo, pois esse outro grande homem também morreu lá em 2021, não vou negar não conhecia muito do Sugiyama, já que antes da pesquisa dessa review meu conhecimento da série era nulo e os jogos que ele desenvolveu músicas foram somente desta franquia, de qualquer forma o cara é brabo, jingles icônicos e músicas memoráveis que ouvi durante essa review sem antes saber de sua morte e outras pedradas que irei ouvir com os próximos jogos.

*
Fiz uma pesquisa nada agradável pós review, nela falava algumas polêmicas do Sugiyama, especialmente sobre algumas de suas opiniões políticas imbecis. Disponibilizarei alguns links para os interessados no assunto.

Achei esse site em BR, não muito aprofundado:
https://www.jbox.com.br/2022/08/26/dragon-quest-compositor-polemico-tera-serie-sobre-sua-vida/
Se tu manja de inglês é bem mais fácil achar, recomendo esse post no reddit: https://www.reddit.com/r/HobbyDrama/comments/qn607s/video_games_drama_draws_near_command_koichi/

É bateu uma bad agora, e tenho certeza que ela vai aumentar enquanto jogo outros jogos da franquia, tanto pelo Toriyama quanto pelo Sugiyama. (Um pouco menos pelo Sugiyama depois da pesquisa). Felizmente isso também significa que irei apreciar mais os trabalhos deles com os próximos títulos e respeitá-los ainda mais.

-Minha experiência pós zerada

Olha eu comecei essa jogatina já me preparando para os elementos datados do jogo como: falar com todos os NPCs, grinding, todas as versões a se jogar; então eu já tinha me preparado mentalmente ao iniciar, sabia que não ia ser um jogo muito bom e um pouco complicado de zerar, e se você quiser jogar nem que seja por curiosidade, não é um jogo que recomendaria para você jogar em qualquer dia, você vai ter que saber com a besta que você vai lidar antes de você iniciar e se preparar, você vai ter que readaptar o seu cérebro para a forma de quando esse jogo foi lançado, se não, você só vai sair frustrado. DQ é um dos títulos mais influentes dos RPGs eletrônicos e que baseou diversos títulos futuros, só tenho respeito por essa série e no geral achei uma boa zerada, mas ô joguinho datado viu, mas nada muito estressante devido a sua curta duração. Pretendo zerar boa parte do resto da série em diante por eu ser um fã de RPGs, mas minha aversão à grinding é relativamente alta ainda, assim, não acredito que serão jogos que irei rejogar muito, mas ainda acho que vão ser boas zeradas, só espero que não desanime quando chegar nos títulos de 80~100 horas de gameplay... hahahaha, me deseje sorte.

Os castlevanias de DS são todos bons jogos, mas sempre tiveram algo que me impediam de falar “Puta merda jogaço”: o Dawn, mentira esse não, é todo fudido mesmo, dou ênfase especialmente para o sistema bosta de selo. No Portrait são suas últimas 4 áreas reusadas antes do final boss. Já Order, eu só lembrava que tinha mapas merdas e que você recebia muito dano, mas de resto considerei “Puta merda jogaço”. Resolvi rejogar todos com meus migos @MatthewsLD e @Tomoko, e tanto o Dawn quando o Portrait eu mantive minha mesma opinião (só descobrindo pontos para xingar mais o Dawn hehe), mas para minha surpresa minha opinião do Order foi para “Puta merda que porra é essa”, acho que isso é efeito da primeira vez jogando, pois eu achava o jogo foda mas nem lembrava muito e agora essa magia não existe mais e com a minha memória fresca, estamos aqui nessa review. Irei começar pelos pontos bons e lentamente para a problemática bizarrice que não gosto do jogo.

-História e apresentação:

Impecável, graças a deus pararam com o estilo artístico de anime genérico que os dois jogos passados adotaram, chamaram um ótimo artista que perfeitamente se encaixa no estilo gótico de castlevania e dá aos personagens um nível de detalhamento estupendo (até os npcs tão maneiros). Indo pra história, que recebeu bastante foco nesse jogo em comparação com os títulos anteriores, ela é uma “character driven story”, com extremo foco na jornada de descoberta da Shanoa, sua protagonista, em busca de suas memórias e emoções das quais às lhe foram tiradas, isso faz com que a Shanoa seja bem sem sal, o que sim é a porra do ponto do jogo, mas sinceramente acho que foi bem executado e a conclusão da história só melhora pela personagem ser assim.

-Gameplay:

--Alta liberdade...mas limitada? + chefes arrombados

O jogo possui um dos melhores arsenais e liberdade de combate de toda franquia, Order consta com um sistema de duas armas em mãos, que no caso faz com que o segundo ataque da outra mão não sofra o delay da primeira, o que é divertido você pode ficar floodando o botão X e Y, atacando super rápido tanto com armas e magias, quando você tem as duas equipadas você também pode usar um ataque especial, algumas magias não possuem ataque especial juntas mas são possíveis serem usadas junta de uma arma, dando a arma atributos da magia. Legal, mal posso esperar para explodir meio mundo de esqueletos com meu set favorito de armas assim como nos jogos passados… não, porque o balanceamento do jogo é completamente contrário a isso

Cada inimigo tem um tipo de fraqueza e resistência, aparentemente isso sempre teve em títulos anteriores metroidvanias, mas o ponto é que nesses jogos dava para zerar os jogos sem se importar com isso, aqui esse sistema é extrapolado demais, usou a magia ou arma fraca no inimigo? Dano pífio, com a que ele é fraco um altíssimo dano, o jogo literalmente te obriga a fazer vários sets de armas não porque você achou legal ou útil, mas sim porque ele te obrigou para progredir e sim isso se aplica à chefes, que puta merda esses são extremamente difíceis, pois além de serem desafiadores eles dão um dano absurdo, 4~6 hits e tu morre fds, e enquanto isso você tenta descobrir qual arma dá mais dano nele legal né? E vai se fuder pro CAVALO, facilmente um dos mais frustrantes e difíceis chefes da franquia. (Algo bom do jogo é que ele te garante 3 sets para trocar seus ataques com A + L ou R, o que ajuda muito)

--Quests e items
O jogo consta com um sistema de quests assim como Portrait onde ambos possuem seus próprios problemas, Portrait possuindo quests muito específicas, limite de quantidade e não poder cancelá-las, já Order melhora todos esses pontos, que sinceramente acho bem melhor que Portrait, mas ainda não escapa de problemas, muitas delas é exigido drops de inimigos (ou seja griding), o problema é que as recompensas são boas demais, algumas dessas são adições a loja como mais itens de cura e equipamentos, ou seja escolha seu castigo: ter mais dificuldade no jogo ou gastar horas extras grindando drops de inimigos.

Quanto aos itens como havia dito, os melhores deles são adicionados por quests de grinding e a maioria dos seus itens vão ser poções bostas, ou seja, dica gamer: de vez em quando o jogo te dá uma poção boa explorando então por favor guarde-as para ou o chefe do CAVALO ou o Draculaura. Outra bosta é que alguns itens não tem descrição do que fazem e só existe um item (sei lá se tem outro fds também) que recupera corações para dar especiais no jogo que é… café, um item que nem ao menos é vendível e nem tem descrição do que faz. Bruh.

-Exploração: Portrait nerfado

A exploração no castelo do Draculaura continua divertida como sempre, áreas maneiras com rotas alternativas te dando uma boa liberdade de áreas para se seguir, mas assim como Portrait, Order quis manter a ideia de áreas além do castelo que funcionou lindamente no mesmo, só que aqui eles esqueceram de fazer essas áreas boas, em sua maioria elas são curtas, sem sal e lineares, não só isso algumas delas fazem pecados: corredores retos e cenários repetidos com a cara de pau de passarem um recolor no background. A porra do castelo do Draculaura é a melhor parte do jogo e só representa 50% do jogo.

-Fun shit

--Acho engraçado como a magia do “Negresco” como gosto de chama-lá taca o foda-se para fraquezas dos inimigos, pois ela é uma puta de uma arma quebrada e divertida;
--O jogo também tem um Sistema de grinding retardado pra magias de familiares, são inúteis nem tentem usar;
--A magia de correr rápido é boa pra krl, ela nulifica o ataque das foices da morte e as bolas de fogo do Draculaura, muito bom.

-Resumão da rejogada

Ainda acho Order anos luz da bosta do Dawn, mas agora fico meio em dúvida qual prefiro entre ele e o Portrait, os mapas bostas, ter que ficar mudando meu set de ataques porque a porra do furro gato gosta de luz fds e sua dificuldade desnecessariamente alta e retardada, me fez ter de tirar alguns pontos, mas não muda o fato de que sua apresentação, narrativa e no geral seu divertido arsenal de ataques, ainda faz com que Order ainda se mantenha como um ótimo jogo, mas infelizmente não mais como um “Puta merda jogaço”.

Resumo do resumo: Symphony e Aria ainda solam todos

Shantae gênio cortado ao meio é um bom jogo de plataforma com ótimos gráficos e trilha sonora, mas Curso do pirata ainda sola sem se esforçar. Aqui seria o fim da review, mas tenho várias ressalvas quanto a esse jogo, especialmente considerando o quão bom foi seu antecessor Curso do pirata. (vale constar que também não joguei nenhum outro jogo da série com exceção desses dois e minha memória do Curso do pirata tá ruim, mas lembro que adorei, não só isso a versão que joguei foi a original, sem as dlcs, então não posso opinar sobre elas).

Vamos indo para os pontos positivos que...PUTA MERDA os gráficos deram um upgrade gigantesco é um jogo lindo e as animações são super maneirinhas, não foi perdido nenhum charme que a série teve em sua transição para 3D (ou 2.5D sla), e sinceramente só melhorou, a música também continua ótima e o jogo já começa na primeira fase um tema cantado fodástico. O jogo também é bem curto e possui vários modos extras (espero que a tua versão seja a ultimate kaka se não vai ter que comprar DLC), fazendo o jogo ter um bom fator replay. De resto, sinceramente tudo foi nerfado em comparação ao Curso do pirata.

A progressão da história é terrível, 90% do jogo é só progressão filler com o objetivo de pegar peças para construir uma máquina fds, a história até a construção dessa máquina é estática, ou seja fucking 10% do jogo agrega algo. Meio que Shantae sempre teve essa estrutura, já que o foco da franquia é gameplay e piadocas com o cast de personagens, mas saindo do mais ambicioso Curso do pirata, dá para perceber bem que os desenvolvedores queriam fazer um jogo bem mais light nesse aqui, voltando a gameplay clássica da franquia, devido as gigantes alterações em gameplay e história do Curso do pirata, que sinceramente foi a que preferi. (As alterações de gameplay vou resumir abaixo, já de história... vai jogar fi, Pirate's Curse é bonzão, garanto que tu vai gostar).

Sobre a gameplay, no Curso do pirata a gameplay era rápida, você ganhava os upgrades e cada um em uma combinação de botões bonitinha expandindo suas opções de combate e exploração de uma maneira natural, aqui é transformação fds, aparece um obstáculo onde a Shantae padrão não passa, pressiona um botão aperta pra alguma direção e quando passar volta ao normal, porque elas são muito ruins pra combate, fazendo as transformações parecerem mais gimmicks do que parte de seu moveset, a única minimamente boa pra mim é o mamaco que é bem rápido no chão e harpia que voa pela fase toda, muitas são inúteis e só servem para umas 2-3 sessões do jogo. Outro problema é como elas são escolhidas, aperta um botão e uma seta você escolhe, só que você tem 12 transformações, sendo assim, 3 sets de transformações e eles mudam por tempo uns 2 segundos algo do tipo e isso pode levar um tempo para se acostumar, mas o pior mesmo é que em um desses 3 sets tem uma magia que dá um dano em toda a tela e tira metade da sua magia e… é eu usei ela sem querer quando queria me transformar em animal mais de uma vez. De novo com o tempo dá pra se acostumar e isso mantém a gameplay minimamente rápida mas ainda é irritante.

Quanto aos chefes, eles são decentes porém sinto que há um puta desperdício que nenhum deles se aproveitam da mecânica de transformações, você vai sempre usar a Shantae padrão para eles e a magia de dar dano em toda a tela. O chefe final sinceramente é fácil pra caralho, mas é super mal explicado em como se derrota especialmente a primeira forma, tem que ficar girando pela fase até ele mudar o padrão e ele te permitir atacar, o segundo demorei menos tempo para entender e é bem melhor, mas vai se fuder quem botou aquela sessão de descida no final.

Mas… vamos para o pior ponto é a forma que o jogo é estruturado, ele é recheado de quests e upgrades que por algum motivo são obrigatórios para você continuar no jogo, isso faz com que ele tenha muito backtracking, alguns são como corações e chaves de galeria que servem como uma boa recompensa por exploração, mas o resto é item obrigatório mesmo, isso faz com que você volte várias vezes nelas, não por te recompensar por lembrar e ganhar um bônus maneirinho que te ajuda, mas sim porque você precisa para avançar no jogo. Pelo menos as fases sempre te dizem o que tem nelas antes de entrar (menos um item em específico pra fazer o final bom fds), infelizmente o jogo não conta com um mapa ou menu de quests, fazendo a experiência ser: torça que seu cérebro lembre exatamente o local exato desse obstáculo que no futuro você vai poder passar com power up e isso ocorre mais de uma vez. (De novo minha memória do Curso do pirata não é muito boa, lembro que ele tinha os mesmos problemas de não haver mapa e backtracking, mas sinceramente esse Shantae aqui tá em esteroides, de qualquer forma é bom eu rejogar o Curso do pirata para lembrar se ele era tão bom assim quanto eu lembro).

*Algo cômico é que se você comprar a versão ultimate do jogo sai mais barato que comprar o jogo original com as 3 dlcs foda-se. (o meu é o original hahahaha, vejo se jogo outra hora os outros modos por meios piratex).

NÃO JOGUEM ESSE JOGO COM OIL MAN PELO AMOR DE DEUS

História engraçada, joguei isso quando tinha uns 10~12 anos, tava quase pegando todos os objetivos, mas tinha uma missão que a resposta era você escrever um "bombeiro", só que eu não sabia escrever especificamente essa palavra certa, eu escrevia "bombero", eu não sabia que tinha um "i" e essa porra de jogo não corrigia a palavra por nenhum motivo, então fiquei pensando que não existia essa palavra no jogo e ignorava essa missão. É isso mesmo foda-se.

Não pensei em uma introdução desculpe, só digo que esse é meu Fire Emblem favorito.

-História e personagens:

Jogos de Fire Emblem para mim em sua maioria sempre possuem seus mini problemas em termos de história, (alguns problemões kakak) mas esse eu não tenho nada pra negativar, ela é consistentemente boa e sempre se mantém intrigante, sendo no geral bem simples, mas explorando diversos temas interessantes em seu meio, sendo seu principal e mais bem construído o racismo entre beorcs (não furros) e laguz (furros), como essa relação moldou todo continente de Tellius (continente onde o jogo se passa) e como a sua jornada vai reconstruir e desenvolver as relações entre ambos, spoiler: vamo acabar com o racismo na base da espada kakaka. O jogo também é o primeiro Fire Emblem com cinemáticas e dublagem (esse último não um dos melhores e só em cutscenes, mas dá pro gasto), elevando momentos e os deixando mais memoráveis (ou cômicos).

Mas como um sábio já nos dizia: os morangos são os amigos que fazemos pelo caminho. Os personagens para mim são os melhores da franquia e são os mesmos que a fazem ser tão boa, os mais relevantes para história possuem um bom desenvolvimento e boas cenas e até os mais foda-se, ainda são recheados de carisma. Em termos de vilões, o jogo deixa um pouco a desejar em termos de quantidade, tendo uma alta quantidade de bosses randoms, mas em contra partida, os poucos relevantes são ótimos, ênfase no Black Knight, esse possuindo um próprio tema quando aparece e possuir uma rivalidade constante com Ike, seu protagonista, o que faz a jornada ser mais pessoal, que inclusive para mim ambos são um dos melhores vilões e protagonistas da série.

-Conhecendo os personagens (Supports e Base conversations):

Acredito que esse jogo também possui uma ótima execução de supports já que eles são desbloqueados por número de vezes que você entra em um capítulo com dois personagens "supportáveis" fazendo que alguns supports aconteçam baseado aonde a narrativa está no momento, isso faz com que algumas duplas de supports demorem bastante entretanto, mas é só um nitpick mesmo. De resto é igual aos de GBA, possuindo ainda aquele limite máximo retardado de 5, o que é uma pena, considerando que esse é o meu cast favorito da franquia. O jogo também carece dos "paired endings" que é entendível considerando que ele foi criado pensando em uma sequência, mas ainda faz falta (mal posso esperar por eles na continuação né??? hahahaha, yeah). Uma puta adição que eu amo e fico puto, pois nunca retornou para a franquia, sendo exclusiva dos dois jogos de tellius, são as "base conversations", que assim como os supports, são uma outra forma de você conhecer os personagens, mas dessa vez sem precisar ficar se preocupando em usá-los, não só isso, essa mecânica também serve para expandir o feeling da narrativa ou te recompensar com um item.

-Mecânicas e dificuldade

--Mecânicas intuitivas… e quebradas
O jogo é um dos mais fáceis da franquia, mesmo sendo linear, sendo um título super de boa para começar na franquia, apresentando novos sistemas que facilitam e tornam a gameplay mais intuitiva, como: o retorno de skills visíveis e os novos sistemas de “forge” e “bonus exp”. São mecânicas bem vindas mas não foram bem equilibradas, fazendo a gameplay ser fácil até demais pro meu gosto. A já constei que assim como Sacred Stones esse jogo tem um prepromoted com altas growth rates no início do jogo que curiosamente também é ruivo?

Em quesito as skills, algumas já vem nos personagens e outras são itens obtíveis, gerando uma customização de skills para seus personagens, claro com um limite de quantas possíveis equipadas. O sistema já era maneiro no Genealogy e agora só melhorou, mas claro, tenho várias ressalvas para constar como: se que se você quiser tirar uma skill, ela só some permanentemente, perdeu e fds; o sistema na maioria das vezes só serve para deixar suas units ainda mais quebradas, pois pouquíssimos inimigos possuem skills; a junção de “wrath” + “resolve” que faz com que uma unit seja uma máquina de críticos em vida na metade e o retorno de “canto” após ataque, (poder atacar e depois sair de range dos inimigos, exclusivo de units com montaria), que é uma skill oculta que não gasta slot e continua quebrada assim como era em Genealogy/Thracia, e eu não preciso dizer que units sem montaria se foderam por causa disso, o jogo tentou equilibrar um pouco com a mecânica exclusiva a eles de “shove”/”smite” (empurrar uma unit com menos “wt” um/dois blocos à frente) que é maneirinha mas não suficiente.

A partir do capítulo 8 você ganha o convoy e o sistema de “forge”, e daí em diante o jogo vira “no brainer”, pois esse sistema permite você criar e fortalecer armas mais do que o normal (e apelidá-las com nomes retardados tipo: Atumalaca e Thuthucão), isso junto do fato que o jogo te entope de dinheiro, dá para literalmente fazer um forge por capítulo e quebrar o jogo.

Quanto ao sistema de "bonus experience", ele te permite usar pontos para upar fora de batalhas, estes pontos podendo ser obtidos via objetivos em capítulos ou quantidade de turnos passados, algumas merdas é que: 1. O jogo não te conta esses objetivos, o que não é um grande problema já que quando tem é meio óbvio o que é; 2. Quando você upa de level por esse sistema, os stats upados podem ser alterados via reset do jogo, caso você salve antes do level up, podendo te fazer abusar disso; e 3. A tela de contagem dos pontos só aparece caso você tenha zerado o jogo mais de uma vez, tipo… porque? De resto o sistema é maravilhoso e concerta o problema de upar unis fracas sem necessitar de um sistema de griding. (Que assim como as base conv. são exclusivas dos jogos de Tellius, uma pena).

Indo sobre as mecânicas dos laguz (furros), eles funcionam de forma diferente dos beorcs (não furros), suas units sempre podem lutar e fds, laguz não, eles tem uma barra que vai aumentando por turnos que quando enchida faz eles se transformarem em ultra furros e ai eles podem atacar. Elas são muito quebradas no começo/metade do jogo, pois são muito mais fortes que suas units e os inimigos, mas pro resto do jogo elas vão perdendo esses pontos altos pois eles não podem dar class change como as units beorcs e no geral não curto muito sua gameplay. Mas o dancer do jogo puta que pariu, ele é um laguz que na forma base dá dance pra uma unit e quando transformado dá pra 4 adjacentes, igual ao Genealogy muito foda, usei muito.

--Mecânicas ignoradas do Sacred Stones
O jogo foi desenvolvido ao mesmo tempo que o Sacred Stones, fazendo mecânicas de um ou outro não irem para o outro jogo, Sacred Stones é entendível devido as limitações do GBA, mas no Path of Radiance não compreendo, não existe branched promotions (escolher mais de uma classe ao upar) no jogo, não dá pra ver o move de suas units durante as preparations e suas units dão class change automático no level 21, mas em contrapartida só tem 3 master seals no jogo todo (e quando falo 3, são 2 no início do jogo e um lá pro final fds), sendo o ideal você dar pelo menos um pro seu healer, mas se você jogou outros jogos da franquia você pode pensar que você vai receber mais com o decorrer do jogo, o que não ocorre, e eu não preciso dizer que provavelmente alguém se ferrou por isso.

-Mapas:

Os mapas nesse jogo são bons para medianos, meus favoritos sendo os dois primeiros de “defend” e o do barco com os corvos ladrões, mas tenho que dar o meu mais sincero "vai se fuder" para quem o criou os mapas da ponte e das pedras. A e fique longe da casinha no capítulo 11 você me agradecerá.

-Animações e Lentidããããããaãããããaaããooooooooo

Agora tenho que ir para os maiores defeitos do jogo que o impedem de ser uma 5 estrelas, sim critiquei bastante ali e aqui mas são mais nitpicks comparado ao que vou abordar, tenho que tirar pontos do jogo devido a sua lentidão tanto na movimentação das units e nas animações de combate; sem falar que os modelos e suas animações são bem mehs, isso se torna broxante quando levamos em conta que nos jogos passados tínhamos aquelas fantásticas animações de sprites, sim eu sei que é um ponto meio injusto considerando que essa é a primeira tentativa 3d da franquia (e sinceramente até hoje a franquia tem dificuldade de competir), mas esses pontos unidos, fazem com que a gameplay fique bem cansativa, esse é facilmente o Fire emblem onde você vai ter mais vontade de pular as animações e isso não é bom mesmo.

-De fato achei vários morangos durante esta bela jornada, não amigos entretanto

Path of Radiance em minha opnião seria um dos jogos que mais se beneficiária de um remake da franquia, não só porque seus pontos ruins são fáceis de serem concertados, mas também porque, ele e sua sequência são jogos raríssimos e caros, e não estão disponibilizados em nenhum serviço moderno da Nintendo, porra Nintendo, aceito até relançamento. Mesmo com seus problemas Path of Radiance é o meu título favorito da franquia e provavelmente vai continuar sendo, e se você tem os meios para jogá-lo, se não só emule mesmo, você vai ter uma ótima experiência, eu garanto. (Claro, se você aguentar a lentidão).

Mini nitpicks: chefe "extra" desbloquado no modo hard, sério se ele fosse disponível no modo normal que eu zerei, ia ser bem mais recompensador de zerar.

Depois da saída de Shouzou Kaga um dos principais diretores da franquia, a nova direção da franquia resolveu que para seu próximo jogo Binding blade se espelhasse mais em seu primeiro jogo da franquia: Shadow dragon, reusando bastante elementos como: uma história, lord mais simples, arquétipos de personagens e é claro a própria gameplay que retirou muitos elementos dos jogos passados, com o intuito de simplificar a gameplay. Binding blade pode ser considerado como o berço do que a franquia continuou a focar e aprimorar até os dias de hoje.

A história do jogo é simples e direta ao ponto, um cara louco quer dominar o mundo com seu exército e o rei bom de um outro país tá doente e manda o filho de 15 anos pra guerra e foda-se vai lá filhão!!!!! Você vai juntando aliados pra derrotar o vilão e tem dragão no meio e o caralho a quatro, sim é bem foda-se mesmo, o que é algo triste considerando toda a carga dramática que Genealogy e Thracia trouxeram para a franquia, resumindo a história é competente, mas fraca e não muito memorável.

Roy seu main lord, é um protagonista de harem, não exalando muita personalidade ou carisma, em termos de gameplay é uma das piores units do jogo e precisa de bastante “babying” e ganha promotion MUITO tarde no jogo e você é obrigado a seize em todos os mapas do jogo com esse filho da puta com 5 de move (Sim esse filho da puta é uma puta cópia do Marth do primeiro jogo e também recebe uma arma efetiva em dragão só pra mexer na ferida), algo ruim também é que no Smash bros a forma de como o Roy é tratado é completamente diferente de quem ele é no jogo dele (mas isso é mais culpa do Smash do que do jogo), infelizmente tudo isso junto faz com que o Roy tenha uma visão muito negativa na fanbase, pessoalmente eu não o odeio mas sou muito foda-se pra ele sinceramente. O vilão do jogo é bem meh também, seu backstory é bom, mas sua motivação e plano são muito extrapolados, o resto dos personagens do jogo não possuem muito screentime ou importância, consequência disso é do jogo ser mais focado em world building, que aqui é um bom trabalho e felizmente temos um sistema que dão mais focos nestes personagens, sendo ele o sistema de “supports”, sistema esse que todos seus jogos futuros o utilizam e o aprimoraram, sendo esse sistema uma das marcas da franquia.

Como já tinha dito antes,Binding Blade retirou muito das mecânicas de seus jogos passados: dismounting, capture, leadership stars, e várias outras mecânicas do Thracia, nunca mais foram vistos na franquia inteira, já mecânicas como skills e capítulos de protect the throne e escape, não estão no jogo, mas felizmente tiveram seu retorno em títulos futuros, sendo uma exceção o sistema de con e rescue e infelizmente fog of war que se mantiveram; uma alteração que eu não gostei foram a troca de master seals por itens limitados que upam para cada classe, que tão aqui provavelmente para balancear mais a variedade de suas units, mas prefiro como era antes só um item foda-se, upa quem você quiser, que felizmente jogos depois dos de GBA voltaram a ter. Em termos de melhorias o jogo concerta/facilita várias mecânicas retardadas do Genealogy e Thracia, fog of war são mais toleráveis devido a você agora poder ver o mapa e só as units serem ofuscadas, a quantidade de usos de balistas foram reduzidas e agora são visíveis, o sistema de canto foi nerfado, aqui você não pode mais se mover depois de um ataque e nem equipar suas armas, mas pra todo outro tipo de ação sim, e agora você pode mudar a posição das units no seu mapa CHUPA THRACIA. Em comparação com o Thracia o jogo é muito mais fácil, mas em comparação com outros jogos da franquia ele ainda é difícil, causa disso seria o jogo ainda possuir same turn reinforcements, que os jogos futuros deletaram (menos hard mode do Shadow dragon e Awakening filhos da puta) e problemas de balanceamento que abordarei em baixo, pois é longooooooooo.

O jogo é bastante desbalanceado, muitas units ruins e outras que quebram o jogo, os mapas do jogo são bem grandinhos fazendo com que knights serem inviáveis e a porra do item que upa a classe deles é compartilhada com a que upa de cavalier, quem será que você prefere escolher em? As que mais se fodem no jogo são as units de machado, pois, grande parte das armas sofreram um decréscimo de hit no jogo e possuem os piores hits da série foda-se, não só isso, eles são fudidos pelo novo sistema de hit rates do jogo, “double roll”, o que é essa porra? Bem, o cálculo feito que se o teu golpe acerta ou não é determinado por um dado nos jogos passados, se você tem 40 de hit você vai atacar com 40 de hit, double roll são dois dados e isso significa que agora você tem mais chances de acertar um hit caso esteja acima de 50 e mais chances de errar caso esteja abaixo, ou seja, some isso com o decréscimo de hit mais o fato de units de machado naturalmente terem baixa skill, e tenha personagens constantemente errando golpes. Algo que eu sinceramente não gosto é que o jogo continua dizendo que o teu hit é como se fosse de 1 dado, ou seja, o que melhora a experiência do jogador que não sabe disso, mas convenhamos o jogo tá literalmente te enganando.

Em termos de mapas muitos aqui são ótimos e alguns poucos são exclusivos de rotas o que aumenta um fator replay, mas cara, tem muito mapa ruim também como: arcadia, possui um puta spike de dificuldade; o mapa da água subindo é uma merda; o capítulo 21 é um mar quase infinito de reinforcements; a rota de sacae inteira e ficar brincando de pega pega com o Douglas pra desbloquear o capítulo secreto é uma merda. Outro grande problema dos mapas é todos serem seize the throne, coisa que Thracia já tinha concertado, gerando pouquíssima variedade.

Mas agora vou me aprofundar no maior problema do jogo que é a falta de explicação da mecânica de support e os requerimentos do final verdadeiro.

Indo para os supports, são uma evolução completa do que tínhamos no Genealogy, aqui temos várias conversas entre dois personagens que os contextualizam além do que é mostrado na história e ainda garantem bônus em stats para ambas as units se ambos estiverem perto um do outro (igual a bond supports dos jogos passados), sendo um desses hit, que é uma puta ajuda contra os chefes em tronos do jogo. Esse sistema que até hoje é usado na franquia e uma de suas marcas mais famosas, uma ótima mecânica com um ótimo começ… não, porque o jogo não dá uma foda para explicar como ele funciona, ou quem tem support com quem, ou o que os bônus garantem, porra nenhuma, não só isso os supports são MUITO demorados de se obter, sério, os supports mais demorados do jogo são em torno de 200 turnos para obter de C à A, os bônus são ótimos, mas sinceramente não vale a pena, não só isso os supports tem um limite de 5, ou seja, se tiver interesse em ver algum em específico, vai ver no youtube ou wiki mesmo. Minha dica gaymer é só upar o support do Roy com a Lilina pois somente necessita de 36 turnos, isso pode ajudar a Lilina a ser seu boss killer.

Indo ao final verdadeiro, os capítulos “gaidens” do jogo são desbloqueados por certos requerimentos no capítulo passado, naturalmente manter um ou outro personagem vivo mais terminar o capítulo em um determinado número de turnos, nesses capítulos gaidens se você terminá-los você ganhará uma arma lendária que é extremamente forte, mas precisa de S rank em seu tipo de arma (que serve como um bom equilíbrio) e se você recolher todos você desbloqueará mais 2 capítulos que é o final canônico do jogo, legal e interessante né? NÃO PORQUE O JOGO NÃO TE DIZ PORRA NENHUMA, ele não te diz qual é o capítulo que desbloqueia um gaiden, nem os requerimentos, nem que você vai ganhar algo por pegar todas as armas e nem quem você tem que manter vivo, E QUER SABER MAIS? Se você gastar inteira umazinha arma se quer PAU NO SEU CU, sem final verdadeiro pra você, e adivinha… ele não te diz isso, e sinceramente, esses últimos capítulos possuem as melhores partes e resolução de pontas soltas da história. (vilão secreto também que é bem melhor que o principal).

Tá onde essa porra de jogo fica pra mim? Ele exclui a gameplay mais complexa do Genealogy e Thracia, mas também serve como berço onde os futuros jogos se basearam e melhoraram, especialmente os jogos de GBA, animações fodas de sprites? Ótimas músicas que ficam ótimas em um GBA? Uma gameplay mais simples e eficiente e que tirou várias demências do Thracia? Começou tudo aqui porra, mais respeito, os outros jogos de GBA só pegaram a mesma engine e melhoraram as mecânicas daqui, agradeço muito, mas se for para comparar não tem jeito, ainda é um Fire Emblem competente mas um dos meus menos favoritos da série, infelizmente.

THRACIAAAAAAA! -Gritei internamente muito essa palavra enquanto jogava.
-Essa review vai ser gigante porque tem muito o que falar sobre esse jogo; review sem spoilers.

Thracia é um jogo bem polarizante e nicho na franquia, o jogo é famoso por ser o mais difícil da franquia e ter umas 42849 mecânicas únicas dele que nunca retornaram para série, muitas delas são interessantes e adicionam no fator estratégico e outras são só pra te foder mesmo. Resumo: NÃO JOGUE ELE COMO SEU PRIMEIRO FIRE EMBLEM PELO AMOR DE DEUS, o jogo dá spoilers do Genealogy também só pra constar. E se você for jogar, mano sem guia essa porra é impossível.

-Vou para a história e outros pontos, porque a parte de gameplay é gigante.

Thracia serve como um complemento à história do Genealogy, a história assim como a gameplay é sufocante, A Integração de gameplay neste jogo é fantástica, os capítulos 1~3 são de super de boa, os personagens não correm muito risco, você pode levar seu tempo pra aprender as mecânicas do jogo e então de repente… capítulos 4~8 BAM, VOCÊ ESTÁ NA MERDA, sem itens, sem units fodas e você também sente isso na gameplay, o jogo vai de 10 pra 100 muito rápido, você percebe que a única coisa que você pode fazer é fugir, pois você é pequeno comparado a gigantesca frota que te quer morto, e se você não consegue o seu melhor nesses capítulos, você estará mais fudido para os próximos. Esses capítulos são um puta spike na dificuldade do jogo e daí em diante a gameplay se acalma e o jogo se torna relativamente mais fácil só pra você se surpreender de novo com outro BAM, que te lembra de novo de tudo isso.

Em termos de personagens, aqui é a sua pior forma: Shadow dragon e Echoes tiveram remakes, Genealogy tem conversas de casais e do GBA em diante existem supports, Thracia fica em um limbo de pouquíssimas oportunidades de expandir os personagens, infelizmente. A trilha sonora do jogo também é broxante, são boas, mas são muito poucas, ficando bem repetitivas rápido.

-Gameplay: sim, enorme, quer mais o que?

Thracia continua sendo muito similar aos fire emblems passados, suas maiores diferenças em gameplay seriam que o limite de quão grande os stats podem ir serem bem baixos, se mantendo em 20, mesmo se você upar de classe (menos HP claro), o jogo foi feito dessa forma devido a ele ser mais focado em: muitos (tipo para um caralho) inimigos, porém fracos, de novo: integração de gameplay, você realmente sente que seu batalhãoziho mixuruca está lutando contra um exército gigante. É aqui também que temos o surgimento das mecânicas de rescue e FOG OF WAR NÃOOOOOO, mas as mecânicas únicas desse jogo que merecem menção e mano são muitas, vou falar sobre elas e minhas opiniões, porque se não essa review ia ficar imensa.

-Capture: Literalmente a principal mecânica do jogo, Thracia não te dá muito dinheiro ou armas, grande parte dos seus ganhos vão depender do capture, que permite que você capture inimigos roubar os itens deles, entretanto tem um risco alto, pra capturar você precisa atacar e esse ataque matar o inimigo, sendo que seus stats ficam diminuídos nesse atk, o que é um risco muito grande e pode render frustração caso falhe. No geral gosto da mecânica, adiciona complexidade e um fator estratégico e pode ser divertida se usada de maneira correta e garantida, mas aaaahh... muito trampo, fica só no Thracia mesmo. OS INIMIGOS PODEM ROUBAR OS SEUS ITENS TAMBÉM.
*Algo foda-se e foda, se suas units forem capturadas e o inimigo saír do mapa com ela, elas vão ficar em jaulinhas em capítulos futuros, muito fofo gente.

-Fog of war: SÃO UMA MERDA E SEMPRE SERÃO.

-Fatigue: literalmente impossibilita sua unit de entrar em um capítulo, isso pode ser concertado com “Stamina drinks”, sinceramente não gosto, mas entendo seu papel, é uma boa tentativa de equilibrar o fluxo dos personagens, mas foda-se quem você pensa que é pra me dizer como jogar.

-Scrolls: Esse é foda, são itens que acrescentam ou diminuem suas porcentagens de growth rates, eles são difíceis de achar e conseguir, mas valem muito a pena, quer um swordmaster com bastante atk? De boa só deixar ele com um que dá ganhos para atk, teu personagem tem pouca skill? de boa toma aqui um que aumenta em 30%, você pode literalmente colocar vários em uma unit e ver ela ganhando +1 em uma boa quantidade de stats em level up, porque ELES STACKAM. Uma pena que nunca voltou.

-Hit rates trolls: o limite de hit e avoid aqui é 99 ao em vez de 100 dos outros jogos, ou seja, você sempre terá uma chance de errar ou ser acertado independente dos seus stats, não só isso STAFFS PODEM ERRAR, foda-se, jogo filho da puta.

-Muitas staffs: Não é mecânica mas merece seu próprio tópico, não sério são muitas mesmo, o jogo te dá uma alta quantidade de “casters” e staffs então use-os, é super divertido, entretanto use-os com sabedoria porque os inimigos também as usam com sabedoria, isso pode mudar completamente sua experiência com o jogo, é muito gostoso terminar o capítulo em 2/3 turnos com warp e dar silence em um filho da puta com uma staff de debuff e depois dar capture nele HAHAHAHAHA. (Tem como dar silence em balistas e isso às inutilizam, queria ter sabido disso antes).
--Dicas gaymers:
.O sistema de fatigue está ligado ao HP, então provavelmente você não vai poder usá-los por muitos capítulos seguidos, então é sempre bom ter vários “casters” upados;
.Se seu “caster” tiver uma magia maior que o “caster” inimigo ele se torna imune às staffs dele, o mesmo pro inimigo também, caso não tenha você pode usar um ensorcel ou pure water, MAS...mantenha alguns pro capítulo final, tem um filho da puta lá que tem mais de 20 de magic com uma berserk staff e a única forma de dar silence nele são com essas porras;
.Hammerne + thief staff é quebrado.

-Dismount em capítulos de estruturas: isso já existia no terceiro jogo, mas foda-se não joguei, faz sentido em termos de lógica, mas isso pode foder muito tuas units, não só isso se você usar uma unit com cavalaria nesse capítulo você é obrigado a dar mount no começo do próximo e isso é super irritante, o capítulo 19 se tornou um inferno por causa disso.

-Moviment star: ação super foda-se e randômica que adiciona mais uma ação para alguns personagens… ALGUNS INIMIGOS TEM ISSO CUIDADO.

-Authority: quantos mais estrelinhas +hit e avoid pra todos os inimigos, já existia no Genealogy mas foda-se, eu nem sabia que tinha lá porque nunca senti a mecânica lá, mas aqui, meu amigo... CAPÍTULO 22 SOMENTE ISSO, SEM STAFFS PARA ACELERAR? QUE PENA, 19 ESTRELAS PAU NO SEU CU. (felizmente eu tinha >o<)

-Eu não sei se dá massss...acho que não dá pra organizar a posição de suas units no início do mapa ou eu só não entendi como, mas foda-se, isso é indiscutivelmente horrível e todos os outros jogos permitem e eu odeio isso aqui, isso só faz os capítulos serem desnecessariamente mais difíceis.

-Outros bullshits do/dicas pro jogo: se o inimigo capturar teu bandido com lockpick...hahahha que pena; capítulos com blocos de warp são uma merda, quero matar quem fez essa porra; Existe growth rate de move e con e são super baixos, é super engraçado quando ocorre; sua única dancer é desbloqueada por um diálogo aleatório foda-se; balistas estão aqui em sua pior forma, tem muitas por grande parte dos mapas, felizmente quanto mais você avança no jogo mais o seu avoid aumenta também, mas infelizmente o jogo rebalanceia isso com Authority stars...THRACIAAAA!; você não precisa massss….. a melhor forma de upar e ganhar dinheiro no jogo é grindar em arenas, você upa sua unit com os scrolls e ainda um usuário de staff. Swordmasters são as units mais confiáveis nesse papel, especialmente o Shiiva no early game, devido a ele ter a skill Sol.

Conclusão, Thracia é um jogo cruel em sua primeira jogatina, se você não se acostuma rápido com as mecânicas do jogo você vai ter uma experiência muito ruim com o jogo, mas isso é o que faz Thracia ser um jogo tão divertido pra mim, quanto mais você aprende sobre o jogo, mas você tem vontade de rejogar e refazer as coisas de uma forma mais prática, claro ali e aqui o jogo tem uns bullshits que vai se fuder mesmo diminuo a nota sem dó, mas em sua maioria o jogo te dá maneiras de superar os desafios que ele te impõe e é muito satisfatório quando você consegue se aproveitar deles e tornar uma sessão que seria um porre em algo que você conseguiu trivializar em minutos, isso faz Thracia ter um ótimo fator replay e esse sendo seu maior charme para mim.

Sendo um classicvania, já estava pronto pra encarar alguns bullshits e design feito pra te deixar puto ali e aqui e para minha surpresa… mentira ele tem sim, mas felizmente bem poucos comparado com tudo que o jogo ofereceu, grande parte do jogo o nível de dificuldade é tankável (para os níveis dos classicvanias), o jogo também tem uma temática maneira de explorar a Europa e isso junto dos belíssimos gráficos e uma puta trilha sonora faz ele ser bastante memorável e encantador.

Mas claro essa porra tem um prego no sapato que é incompreensível que é o sistema de continues limitados, o que é muito bizarro considerando que os outros jogos da franquia da mesma época não tinham isso (não tenho absoluta certeza não me xinguem), e que o jogo tem um sistema de passwords e um código Konami pra dar 9 vidas pra cada continue (alguns patches já fornecem sem o uso do código que é uma dádiva). Sendo isso ao meu ver só pra deixar o jogador desavisado puto mesmo, sendo esse o meu caso.

Das partes não tankáveis mesmo são os lugares com medusa’s head e gárgulas (que felizmente não são tão frequentes), aqueles inimigos que tão preso em árvore sla são um bando de arrombado, o terceiro chefe que é um desgraçado e vai se fuder com a última fase: lugares que fodem a perspectiva da gameplay e com inimigos para lidar ainda, não só isso literalmente 5 chefes no final…que não é tão ruim quanto parece considerando que alguns são pateticamente fáceis e você não é obrigado a refazê-los caso morra, mas ainda 5 CHEFES, derrotei os 2 primeiros e o drácula e caralho kakak zerei, não o desgraçado tem mais 2 formas fds.

De resto um jogo fenomenal que fica pau a pau com o 4 do SNES e rondo of blood para mim, não só isso o jogo é bem curtinho, isso junto de ter a opção de 2 personagens jogáveis, a versão japonesa que assim como o dracula's curse é mais fácil que a americana e vários patches que melhoram o jogo, faz com que tenha um ótimo fator replay.

Provavelmente por se passar entre jogos 3d horríveis/meh, sonic colors no meio deles se destaca muito por ser aceitavelmente bom e não fugir da fórmula padrão de sonic, o level design é bom, a mecânica dos wisps adiciona variedade na gameplay e as músicas são ótimas, não tenho muito mais positivo que dizer, ele é um jogo gostoso de se jogar, assim como adventure 1 e 2 e também por não ser tão bugado.

Os únicos problemas mínimos que esse jogo tem pra mim é funcionar da forma: "fases curtas, muitas fases por mundo", que eu realmente não gosto, você vai ver por muito tempo o mesma tema, plataformas e backgrounds e não só isso cada mundo tem um tema e esse tema é remixado mais 2 vezes pras próximas 2 fases e o loop se repete a partir da quarta fase, (de novo as músicas são ótimas, mas 6 vezes é foda) e a "história" é meia boca e super simples, é bom que eles não tentaram fazer nada mirabolante quanto os outros jogos 3d, mas aqui é só muito foda-se mesmo, sonic e tails chegam em um lugar, sonic faz uma piada merda, os robôs fazem piada slapstick idiota e fds, é uma bosta, mas sinceramente prefiro isso do que as drogas fumadas dos outros jogos.

-Essa review foi feita depois da minha primeira jogatina, zerei o jogo mais 2 vezes, desde então algumas opiniões mudaram, aprendi mais coisas do jogo e ganhei novas ideias de como melhorar alguns pontos. Como é muita coisa, irei no futuro fazer outra review e deixar essa outra aqui.

O começo do jogo me assustou sinceramente, ele é muito expositivo, tacando uns 40 países e personagens que você não vai lembrar, felizmente o jogo vai com mais calma ao decorrer da história, contando o que é importante no momento, e quem diria temos uma puta de uma ótima história aqui, ela é relativamente pesada e recheada de momentos marcantes, que inclusive conseguiu me fazer chorar (sim eu tenho sentimentos).

Os personagens do jogo variam de genéricos para os melhores de toda franquia, tem líderes de batalhões que literalmente reusam portraits com bastante frequência, mas os que importam realmente importam: bom utilizo e boa escrita por grande parte do jogo; ótimos vilões, alguns bem difíceis de derrotar; bons diálogos entre suas units, mesmo que poucos. Escrita é o forte de Genealogy. Mas agora vou me aprofundar na outra metade do jogo que deixa um pouco a desejar: a gameplay.

A gameplay desse jogo é muito diferente em comparação a grande maioria dos outros títulos: poucos capítulos mas mapas gigantes, skills para dar crítico e double attack? Dinheiro separado por unit? Troca de itens que precisa de dinheiro? Arena quebrada que não te faz perder dinheiro e nem te mata caso você perca? Wut??? O primeiro mapa do jogo é facilmente um dos melhores mapas da franquia, grande, cheio de objetivos, separação de units para fazer multitasks te incentivando a jogar de uma forma mais agressiva; são pontos que o jogo ensina sem precisar de nenhum tutorial com 924 falas, e são pontos que todos os mapas futuros vão usar, aí vem o segundo mapa que literalmente taca uma floresta gigante limitando o movimento de todas as units fds. Os mapas são longos, muito longos, isso passa a sensação de que você realmente está explorando todo o continente, que é algo legal no papel, entretanto a pouca variedade nos mapas e o ato de mover todas as suas units, fazem com que a gameplay fique massante bem rápido. Resumindo é bem chato ter que mover suas 20 units por uns 10 turnos para chegar em um lugar, só pra dps repetir isso mais umas 10 vezes (especialmente as units de infantry).

Não me entenda mal, o jogo possuí diversos bons fatores em termos de gameplay: personalização de skills e armas para a segunda geração, return e warp staffs ajudam a transitar suas units, ajustar sua party no castelo principal (o que pode ser um ponto negativo, pois demora muito), 4 slots de saves que podem ser dados no início de cada turno, animações de combate boas e rápidas e o melhor sendo: a constante sensação de pressa e “eita fudeu” que o jogo te dá. Mas sinceramente eu prefiro a sensação de terminar um capítulo curto dos outros jogos da franquia, do que parar e salvar no meio de um capítulo do genealogy.

Genealogy é de fato um jogo maravilhoso, uma ótima história, momentos memoráveis, ótimos personagens e tramas, entretanto, seus problemas de balanceamento na gameplay, são um ponto que faz o jogo ser bem desgastante e me impede de dar uma nota maior. Um remake seria ótimo, agilizar a gameplay e amenizar um pouco a sensação de desgaste, seria muito bem vindo, mas eu já me satisfaria com uma localização oficial. Mas vendo o que a nintendo fez com a localização do primeiro jogo dá até um desânimo.

-Nitpicks:

.Vai se fuder quem colocou itens em tiles específicos com personagens específicos, sem nenhum tipo de indicação, Lex literalmente vai de uma boa unit para uma das melhores do jogo por causa do Brave axe escondido;
.A UI do jogo é bem burrinha de vez em quando;
.Os dois bosses finais do antepenúltimo e penúltimo capítulo foram bem mais difíceis que o boss final fds.

-Coisas que gostaria que um remake concertasse que não abordei na análise

.Opções de dificuldade, seria algo maneiro o modo hard só te permitindo salvar tipo de 3 em 3 turnos ou um número maior, minha ideia mesmo;
.Mais diálogos entre suas units seria muito bem-vindo e uma adoção de uma ou outra mecânica de support dos jogos mais modernos também. Isso ajudaria também no problema de que você não tem controle de quem se casa com quem, quando as duas chegam em 500 pontos boom se casam, fazer com que essa opção seja bloqueada até o jogador escolher que quer que aconteça igual aos jogos futuros seria maneiro;
.Gostaria que todos os castelos que você desse seize fossem como o seu principal, não limitando as opções de upar de classe e literalmente entrar neles, assim daria um melhor benefício para protegê-los, sua unit pode alcançar o level 20 no meio do capítulo e ela só poder upar de classe somente voltando pro primeiro castelo, o jogo até que pensou sobre isso te permitindo continuar upando mesmo depois do level 20, mas ainda é muito paia. (E pelo amor de deus permitam que o castelo da Lachesis e do Ced permitam dar seize, poder usar warp pra eles ajudaria muito a acelerar o fluxo desses capítulos);
.Rebalanceamento de units infantry: mais leg rings disponíveis no jogo e de preferência exclusivo à units infantrys, adição de move ou mais classes que ganhem cavalo ao upar de classe, etc. Qualquer coisa que diminua minimamente o gap absurdo entre cavalaria e infantry seria bem vindo. (Imagina elas terem growth rate de move que nem o Thracia kakaka);
.Brincar na arena é divertido, mas gostaria que tivesse um pouco mais de limitações para torná-la menos quebrada;
.Healers são sua principal ferramenta de transitar pelo mapa mais rápido com staffs, mas o foda é que elas são péssimas em se transitar, inclusive tendo menos move que units infantry padrões, poder usar as staffs nelas mesmas e dar a elas move padrão de infantry seria maneiro (no caso tive uma ideia foda de dar para uma delas um Return band, fazendo com que ela de warp em todo mundo e volte pro castelo depois, fiquei orgulhoso disso). Continuando nelas, gostaria que o level para elas uparem de classe fosse menor, especialmente a classe de priests, já que eles só ganha magia depois de upar de classe (dica gaymer warp e return staff dão muito mais exp do que heal/mend floodá-los sem necessidade é uma boa maneira de upa-lás rápido, mas ainda é grind);
.Algumas units deixam sua equipe e isso vem do nada mesmo, você pode perder vários bons itens porque você deixou neles. Uma solução que pensei é que o jogo te der dicas disso antes delas saírem, mantendo essas units no castelo só pra botar no pawnbroke e ai no segundo turno ou depois da troca eles se mandarem, claro mantendo armas importantes para eles impossibilitadas de serem vendidas;
.Porra de skill pra double attack e crítico, isso deve já ser base no jogo.

Shadows of valentia é um jogo muito diferente dos outros jogos da franquia, sendo um remake do Gaiden, o segundo jogo da franquia lançado lá pro NES. Gaiden foi um jogo que introduziu diferenças muito grandes em questão de gameplay, mapa e level design, algo que os futuros títulos da franquia preferiram voltar ao que era no primeiro jogo. Shadows of valentia focou em ser um remake extremamente fiel ao original, apresentando bastante aprimoramentos, mas mantendo vários elementos do jogo de NES. Isso faz com que Shadows of valentia seja um jogo bem divergente, já que possui muitos pontos ruins e bons, sendo bem compreensível alguém avaliá-lo como ruim ou ótimo. Mas onde eu avalio esse jogo? Pessoalmente, é um dos meus jogos favoritos da franquia.

Vamos direto ao que é mais gritante desse jogo, o design de mapa é horrível, ele não mudou nada do original, pouquíssima variedade, alta repetição de layouts e obstáculos e de vez em quando OS MAPAS SE REPETEM, não só isso, o jogo é bem difícil e possuí mecânicas que claramente são feitas pra te foder. Isso faz com que Shadows of valentia seja um jogo bem sufocante de ser jogado por muito tempo e isso também afeta também seu fator replay. Estes pontos para mim são objetivamente pontos inegáveis que o jogo tem problemas, nesse ponto o jogo foi fiel demais ao Gaiden.

Mas sinceramente tudo com exceção dos mapas foram absurdamente aprimorados, não só isso, todo resto deste jogo é magnífico; Sua apresentação é magnífica: uma maravilhosa dublagem, direção de arte linda, boa animação de modelos, boa história (uns nitpicks ali e aqui nos atos da Celica, mas no geral boa), um ótimo cast de personagens e bons supports. Dá pra ver que esse jogo foi feito com objetivo de dar uma melhor experiência ao jogador, respeitando e aprimorando o título original.

Indo para a gameplay, posso destacar pontos únicos e mais específicos do jogo:
-O jogo possuí dungeons, que não são lá muito boas, mas apresentam uma boa mudança de gameplay;
-Você pode usar todos os personagens em um mapa e não ficar se preocupando em quem tirar (com exceção em dungeons e no ato extra final);
-A maioria das classes aqui são divertidas de serem jogadas e apresentam gimmicks únicas: magos ignoram os tiles com avoids absurdos que o jogo possui, as magias de clerics são bem divertidas de se usar E ARQUEIROS SÃO BONS AQUI, etc;
-O jogo te permite grindar, que é bem-vindo já que é um jogo relativamente difícil;
-Mila’s turnwheel é uma ótima adição ao jogo, é literalmente uma ferramenta de rewind, que te impede de resetar o capítulo por causa de um crítico aleatório, mas acho que o jogo deveria limitar um pouco mais, poder usar umas 10 vezes pra mim é um exagero, e mesmo que você não goste, dá pra ignorar de boa;
-Sinceramente o jogo não tem muita variedade no quesito de customização de personagens, ele não possuí mudança dupla de classe, reclass é lá pro final do jogo, dentre outras ausências de mecânicas de jogos mais recentes da franquia, não que o jogo não tenha seu grau de complexidade, mas a gameplay dele no geral é bem simplória, sendo isso algo que atrapalha o fator replay do jogo.

Se os mapas do jogo tivessem sido refeitos e serem mais bem pensados, sinceramente seria um jogo 5 estrelas para mim. Shadows of valentia não é um jogo que eu recomendaria para todos, ele é árduo, longo e muitas vezes frustrante, mas como um todo, ele me agradou bastante e a experiência foi muito mais positiva do que negativa.

-Quando cito Fates me refiro aos 3 títulos com a nomenclatura Fates como um todo.

Vou logo abordar a parte onde esse jogo brilha: a gameplay, Conquest tem facilmente a minha gameplay favorita de toda franquia, as mecânicas do Fates alocadas com um puta design de mapa e dificuldade elevada, faz com que esse jogo seja extremante gratificante de se jogar. Em contraparte ao Birthright, esse jogo possuí pouquíssimas oportunidades de grind fazendo que o jogador tenha que melhor manusear sua forma de administração de experiência e dinheiro, algo mais aquém à Fire emblems mais lineares, não só isso, o jogo é bem desafiador sem ser filho da puta, alguns mapas possuem uma gimmick estranha ali e aqui que pode desagradar um jogador ou outro, pessoalmente não curto tanto o mapa do vento e dos ninjas com 1000 debuffs, mas de resto a grande maioria deles são honestamente muito gostosos de se jogar e terminar.

Ok, falei do destaque desse jogo, mas além desse pontos o que o Conquest tem de oferecer? Um acumulado de lixo atrás de lixo, todo e repito TODO o resto desse jogo é mal feito e mal pensado. Os jogos Fates no geral são jogos cheios de problemas e decisões questionáveis, pretendo falar sobre esses problemas em uma review separada da special edition, que farei quando terminar o Revelations, que vai demorar um pouquinho, pois o que ouço dessa rota é desmotivante. Indo a problemas mais únicos do Conquest sendo estes sua história e personagens, OS PIORES DA FRANQUIA, nem tem competição, Birthright já tinha feito esses pontos de uma maneira porca, Conquest é o fundo do poço, consigo resumir a história em "rir pra não chorar", ela é ofensivamente ruim, recheada de momentos aleatórios, cringes e retardados, e os personagens não ajudam muito, pouquíssimos eu gosto, todos os personagens dos jogos Fates são bem mal feitos, mas o conquest tem a pior compilação deles.

Resumindo se você busca algo mais semelhante aos Fire emblems mais clássicos, com uma boa dificuldade e gameplay, Conquest é uma ótima opção, isso se você conseguir aguentar a história horrenda. Se eu for rejogar esse jogo tenha certeza que vou skipar todos os diálogos sem dó.

-Quando cito Fates me refiro aos 3 títulos com a nomenclatura Fates como um todo.

Birthright não é um jogo ruim em minha opinião, mas não dá para avaliar esse jogo sem compará-lo com o Awakening e o Conquest : a gameplay é melhor que o Awakening , mas se você busca uma melhor gameplay o Conquest é a melhor opção, não só pela dificuldade elevada, mas também por melhores mapas; ele é um bom começo para franquia, sendo linear e permitindo grinding, mas nisso é algo que o Awakening também se destaca e ainda é uma opção muito melhor, pois com exceção da gameplay, o Awakening é melhor em todos os outros quesitos, não só com o Birthright, mas também com todos os outros dois jogos com a nomenclatura Fates.

Fates no geral é um jogo cheio de problemas e decisões questionáveis, pretendo falar sobre esses problemas em uma review separada da special edition, que farei quando terminar o Revelations, que vai demorar um pouquinho, pois o que ouço dessa rota é desmotivante. Voltando ao Birthright, a história é… meh, e o pior de tudo é que essa é a melhor história dos 3 jogos… e sim, isso é um puta elogio, e ela só acontece, não é nada ofensivamente ruim quanto o Conquest ou o Revelations, ela só prossegue sem muito twists e poucos momentos memoráveis e em sua grande maioria são bem exagerados ou mal aprofundados, algo comum por todos os 3 jogos, e a seleção de personagens é ruim/meh, mas isso porque o ponto de comparação é o Conquest e se você está sendo comparado ao Conquest com excessão em combate e mapas, ai qualquer um.

Se eu tiver que elogiar algo desse jogo, seria ele ser baseado em uma estética japonesa, que é muito único desse jogo em comparação com outros títulos da franquia e eu amo como as classes e as músicas do jogo se refletem nisso.

Diria que eu recomendo o Birthright se você gostou da gameplay do Awakening e quer outro jogo semelhante, mas nem tão desafiador quanto o Conquest ou simplesmente um Fire emblem com uma estética diferente, que sinceramente são motivos bem específicos.