Quase dois anos depois de ter zerado pela primeira vez, e ainda desejo por um inverno nuclear patrulhando pela Mojave...

MELHOR JOGO JÁ ESCRITO NA HISTÓRIA DOS GAMES!!

Uau... simplesmente, uau! Tem um longo tempo que não sinto essa sensação de puro êxtase após consumir uma obra que tenha clicado tão eficientemente comigo, sem ao menos tratar com nenhuma indiferença após finalizada.

"The Cosmic Wheel Sisterhood" é, por assim dizer, mágico. O que eu gostaria de escrever sobre esse jogo não caberia nesse formato do Backloggd e demandaria tempo, algo que um simples trabalhador mortal não teria, muito menos energia para isso. Mas aqui vai o mínimo de esforço pra pelo menos falar sobre um dos meus hobbies favoritos: videogames — a mídia que mais tem poder de transformar minha alma do que qualquer outra.

O estúdio Deconstructeam mais uma vez consegue proporcionar uma das experiências narrativas mais originais que tive com a mídia. Em "The Red Strings Club" a narrativa é incorporada junto ao gameplay de combinar drinks, que influenciam o estado e as emoções das pessoas que os consomem. Podemos manipular interações e ocasionalmente ver as implicações das nossas escolhas de gameplay na história do jogo.

Novamente, depois de cinco anos do seu último jogo, a mesma equipe encontra mais uma maneira única de fazer com que a narrativa como um todo seja impactada por nossas escolhas de gameplay, desta vez usando cartas de divinação. No entanto, não são cartas de tarot, mas algo mais único: um exclusivo baralho feito pelo jogador que pode ser montado a partir de um conjunto de imagens. Para montá-los, é necessária a energia dos quatro principais elementos da natureza. Combiná-los pode nos dar cartas com diferentes significados, que nos ajudam a não apenas "ler" o que elas nos dizem sobre certos personagens, mas sim escrever, moldar o destino e as ações dessas pessoas. The Cosmic Wheel Sisterhood é muito pessoal, é um jogo cheio de emoções e temas para serem abordados, e eu não sei por onde começar nem como encontrar interpretações para tudo isso que acabei de digerir com tanto gosto.


Decarnation apareceu pra mim em um dos momentos mais críticos da minha ansiedade. Com certeza essa semana vai ficar marcada por um bom tempo, assim como esse jogo. "Fugir é sucumbir ao medo. Encará-lo é incorporar a coragem."

Sinto um enorme prazer em me permitir chorar junto com Kiryu, pois conheço muitos homens que dificilmente serão vistos, em vida, derramando uma lágrima. Não choram por nada e sofrem, em sua maioria, completamente sozinhos.

Quebra de expectativas a cada minuto. Uma das melhores lutas finais de toda a franquia, seguida de um final mais memorável ainda. Não há palavras para descrever tamanha precisão que esse estúdio teve em escrever algo tão bom e sincero quanto Kazuma Kiryu.

Sempre é surpreendente ver um personagem com histórico como o dele cair aos prantos, mostrando que, apesar do porte de gorila e cara fechada, ele é apenas um simples vovô com muito amor e o desejo de abraçar aqueles pelos quais esqueceu seu nome.

Injustiçados da história, rebelem-se!

Para ser breve e direto, este é um dos jogos que mais impactaram minha vida, de uma forma ou de outra. Foda-se todas as questões técnicas e muitos problemas que esse jogo possui, minha experiência conta mais do que qualquer aspecto positivo ou negativo aqui.

Não dá para mensurar o quanto esse jogo me ajudou a ver a vida de forma diferente no meio de todo aquele caos de 2021. Pandemia, mudança de cidade e isolamento social me fizeram um garoto ainda mais perdido do que eu já era. Na fase mais isolada e depressiva da minha vida, Yakuza 3 estava lá para me mostrar que eu realmente poderia aprender a acreditar em alguém. Essa breve, porém poderosa e última frase dita por Kazuma Kiryu no final do jogo talvez seja a mais importante de todas que já ouvi em minha vida, algo que não saiu da minha cabeça desde a primeira vez que tive contato com o jogo e que desde então venho defendendo fortemente de críticas injustas.

Não apenas foi o jogo que me fez apaixonar de vez pela franquia, mas também o que me fez colocar Kiryu no pódio dos melhores personagens já escritos. Pela primeira vez, ele aparece cuidando de crianças órfãs, numa tentativa de se desconectar completamente da conturbada e antiga vida que levava em Kamurocho. Agora, sobre uma nova terra, Okinawa, sua vida tinha um novo significado e preocupações mais comuns do que antes, fazendo o papel de cuidar do orfanato Morning Glory, situado logo em frente ao mar do arquipélago, sendo um dos lugares mais reconfortantes que já passei por toda a franquia. A questão da localização do orfanato, um local potencialmente interessante para projetos de desenvolvimento da nação, é rapidamente envolvida em uma operação que inclui o governo japonês, a Yakuza e a CIA, forçando nosso grande aposentado, agora paizão e cuidador de 9 crianças, a enfrentar mais uma vez um grande esquema para salvar seu orfanato.

Já cansei de dizer aos críticos desta obra-prima o quão cegos têm que ser para não reconhecer a ótima historia deste jogo, além da abordagem de temas sobre paternidade, redenção e lealdade, que contribuem ainda mais para uma das melhores narrativas de toda franquia. O paizão Kiryu é um dos pontos mais fortes de todos os jogos, uma das coisas que me fará voltar para sempre a este jogo de tempos em tempos.

Melhor jogo que tem Suda51 como dublador.

Esse é um jogo que me fez apreciar ainda mais uma historia que já havia visto anteriormente na versão Kiwami, só que contando com o charme especial da era PS2, um ponto que ainda me faz ser um puta saudosista desse titulo. De verdade, sou muito mais levado a recomendar essa experiência do que o remake, afinal, não há como negar a importante marca que esse jogo deixou para o restante da franquia, coisa de estar na lista de jogos que mais impactaram a série para melhor. Yakuza 2 é um clássico e será o meu meu dever espalhar a palavra dele para todos os quatros cantos do mundo.

Andar por Kamurocho nunca me causou tantas comoções quanto agora, me deixando muito mais fascinado do que já era pelas suas ruas cheias de vida e coisas novas a se fazer a todo momento. Isso me levou a procurar por diversas fontes sobre o surgimento da ideia por trás dessa cidade. É uma loucura agora saber como a ideia original saiu de uma simples conversa que alguns membros da equipe tiveram em um bar no distrito de Kabuchiko, a maior inspiração para o principal palco que vemos dentro da série.

"E se existisse um jogo em que pudéssemos visitar todos esses lugares que frequentamos?" foi uma das perguntas descontraídas durante a reunião da equipe, mas que felizmente acabou se tornando uma das coisas mais importantes já ouvidas por Nagoshi, uma ideia brilhante que hoje podemos ver os frutos maravilhosos que deu. Posso realmente passar horas falando sobre a Kamurocho da era PS2, ela realmente me traz uma puta sensação maneira, algo que só a Okinawa, que foi introduzida no terceiro jogo da franquia, tinha conseguindo despertar em mim até então. Além disso, foi nesse jogo que Sotenbori foi introduzida, palco de várias missões principais e diversas outras substories da historia. Shinseicho também foi outra localização incluída, mas que acabou sendo removida no remake. Não diria que fico chateado com isso, fiz apenas a pequena parte da missão principal e não pisei por lá novamente, talvez eu concorde um pouco com essa escolha feita e em breve vou rejogar a versão Kiwami pra ter uma opinião mais bem formada. Mas também entendo quem não vai de acordo com a enorme quantidade de coisas cortadas nessa versão.

Se você já sentiu a angústia de ter experimentado o combate do primeiro Yakuza, não se preocupe em ter que sentir isso novamente. Esqueça os momentos agoniantes em que você fez uma sequência de combos e não conseguiu parar, mesmo tendo errado o alvo por questão de metros. Os controles lentos e imprecisos, que tornam a experiência do primeiro jogo uma dolorosa forma de tortura, não estão mais presentes nessa sua continuação. Ainda assim, há momentos em que os controles podem dar um pouquinho de dor de cabeça.

Ao mesmo tempo em que é incrível, é notável a enorme evolução que essa área do jogo teve. No entanto, não diria apenas que houve evolução na jogabilidade, porque o jogo consegue atingir muito mais além do que se propõe em tudo, desde sua apresentação até suas cenas muito mais bem trabalhadas. Além disso, conta com um roteiro bem superior escrito pelo gatinho do Yokoyama, um cara que eu passei a apreciar muito desde que zerei Yakuza 5 e vi do que ele é capaz de fazer com uma caneta. É interessante ver um de seus antigos trabalhos já sabendo disso e ver até onde esse cara conseguiu chegar. Ele soube dar peso para as ações dos vilões principais e foi o principal responsável por dar maior profundidade para aquele que se tornaria meu personagem favorito na história dos videogames: Uncle Kazzy.



Foi muito divertido explorar as raízes de uma franquia que vem evoluindo e desenvolvendo uma das melhores comunidades desde 2005.

Joguei a versão em inglês sem saber da existência do mod que restaura a dublagem japonesa. Só fiquei sabendo dele quando já estava bem avançado no jogo, então tive que me contentar com a dublagem em inglês, que apesar de fraca, ainda oferece alguns momentos engraçados.

Sim, um único cabra da Alemanha foi capaz de entregar um dos jogos mais divertidos dos últimos tempos.

Mathias Linda e o compositor Eddie merecem verdadeiramente o devido reconhecimento pelo que fizeram. O trabalho em conjunto deles resultou na volta da mesma sensação incrível que tive quando coloquei as mãos em um Super Nintendo pela primeira vez. Chained Echoes é arte.

Fazer drinks pode ser muito divertido nesse jogo de nome difícil de se escrever.

Uma ótima paródia de jogos JRPGs para se zerar numa tarde monótona ou depois de um dia exaustivo de trabalho. É um jogo bem refrescante e com muito humor.

A Short Hike é um jogo que em apenas uma hora é capaz de colocar o jogador em um estado emocional e nostálgico. Cada momento desse maravilhoso jogo foi, de fato, um deleite de diversas lembranças e momentos felizes que tive ao longo da minha vida.

2022 foi um ano muito bom pra quem gosta de um jogo de investigação.

Um dos melhores jogos do Nintendinho, revolucionou completamente a franquia.

Foi muito divertido ter pego pra zerar enquanto eu tava no meio da estrada.

No geral foi uma experiência bem divertida, é sempre bom visitar um clássico tão adorado e que revolucionou bastante coisa pra sua época.

Terminei muito animado pra dar continuidade no restante da franquia.