É uma pica essas sessões de parkour.

Fiquei surpreso que foi melhor do que eu esperava, jurava que ia ser uma merda. Tomara que o Motoqueiro Fantasma tenha outro jogo nesse tipo no futuro com mais capricho técnico e identidade própria, toda a estética do personagem encaixa perfeitamente em um hack n slash, e obrigatoriamente tem que ter parte de moto.

Se a guerra nunca muda, então o mundo é uma piada de mal gosto repetitiva, e Fallout 1 te larga nele e fala "se vira", não segurar a mão do jogador é fazer ele compreender wasteland da melhor forma possível. Uma experiência que prioriza suas escolhas, mas que não liga nenhum pouco pra você, e o final deixa isso bem claro.

Obrigatório pra saber o que verdadeiramente é um jogo de RPG.

Um jogo pela metade, e mesmo assim é goat, simplesmente goat. Suganami é o tipo de dev brisado e pretensioso que eu acho tragicamente fascinante em qualquer mídia, o mano queria originalmente fazer o jogo todo sozinho e nem o time de desenvolvimento entendeu direito a história que ele criou.

2006

Não é surpreendente que o escopo de uma cidadezinha conseguiu ser mil vezes mais bem trabalhado do que o mapa estupidamente grande do San Andreas. Até essas porcarias de coletáveis são aceitáveis de pegar aqui já que não preciso andar 50km pra cada um. Bullworth exala personalidade, detalhe e interatividade. Tem as melhores missões de campanha de um jogo da Rockstar até agora, puta jogo divertido.

História simples e mensagem direta ao ponto, um retrato bizarramente identificável do cenário escolar hostil e tribalista, porém a Rockstar tem um problema em fazer vilões nos jogos dela, todos eles roubam a cena mas são mal aproveitados narrativamente, e esse também é o caso do Gary, ainda mais com essa boss fight final boba e cutscene rushada.

E DAMN que Soundtrack ein.

Usa a versão original japonesa de PS1 como base, então não ter os QoLs nos menus da versão americana é uma merda. Em compensação, as novas cenas em CG são lindíssimas, prefiro mais do que as cutscenes originais.

É só um port piroquinha que acompanhou o lançamento de VP2 no mesmo ano e ele não modifica quase nada (os mesmos glitches continuam aqui por sinal), mas assim... 2006 né, bora botar skip nas cutscenes, ver a cutscene inicial pela quarta vez é pedir pra ficar louco, principalmente pra um jogo que tem alto fator replay. VP1 só foi ter skip de cutscene na versão mobile, é putaria.

Algo que eu não mencionei no meu comentário sobre DDS1 é o trabalho de Ichirō Itano nas cutscenes dessa duologia, esses jogos não é só o melhor roteiro de Megaten que eu já experienciei até então, como também tem as cenas mais bem dirigidas. A narrativa do antecessor já era o suficiente pra me puxar pra sequência, e ela completa com maestria esta obra tão abundante de significados e nuances.

Ainda mantenho algumas críticas, mas o jogo objetivamente melhora de maneira inteligente as mecânicas, e todas as novas adições não fazem ele ser tão simples quanto DDS1. Estranhamente a decepção são as dungeons, totalmente desinteressantes comparadas ao primeiro jogo, sinceramente, a única parte marcante foi a perseguição com o Kumbhanda. O tempo de desenvolvimento desta sequência foi muito curto, me pergunto se eles rusharam o level design.

E não ter nenhum Field Hunt na última dungeon é pra esfolar meu cuzinho, pqp.

Talvez um dia eu goste de você, Birthday Cake.

Começando pela coisa mais surpreendente: Tradução PT-BR. Gostei da localização. Graças a deus as gírias foram bem usadas e dou destaque pro Social Link da "Maya" aqui, vocabulário totalmente internet Brasileira dos anos 2000-10, genial, perfeito pra esse SL (ignorando o fato que esse SL é uma merda). Infelizmente acabei encontrando dois erros de tradução enquanto fazia os Social Links...

Persona 3 original queria mostrar a individualidade de cada membro e refletia isso na gameplay com uma party "não-controlável", além de toda a premissa de estar literalmente liderando uma equipe, com sistemas para gerenciar o comportamento e se preocupar com a fadiga deles, te dando a sensação mais real que você tá coordenando pessoas genuínas. Pros moldes convencionais de RPG isso parece ser algo alienígena, mas não quer dizer que não funciona, e ao invés de polir esses sistemas, Reload só taca o formato de Persona 5 no 3 e foda-se. Os próprios produtores tinham a intenção disso aqui ser um P3 pra fãs de P5, quase nada daqui transmite as mesmas ideias que o diretor original queria. E uma curiosidade: além do sistema de Tactics nos Personas atuais não funcionar, a I.A tá pior que um jogo de 2006.

Houve adições ao combate e uma delas são as Teurgias, ainda fico bem misto em relação a elas, deixam o jogo mais fácil do que deveria (joguei no difícil). Quanto mais eu avançava mais queijavel ficava ao ponto de eu não ligar mais em criar novas estratégias. Os Personas pós-Persona 4 são o tipo de experiência casual que eu já espero mas jesus equilibrem melhor suas mecânicas.

O grande elefante na sala na hora de falar tecnicamente de Persona 3 é a porra do Tartarus. Sinceramente, as adições não foram o suficiente, essa dungeon continua sendo a coisa mais maçante e sem graça que eu já vi. O foco foi todo pro combate e esqueceram de fazer uma experiência de exploração minimamente decente pra dungeon. Literalmente só existe 1 carta do Shuffle Time que afeta o Tartarus, não da pra falar que eles se esforçaram, na verdade, eles se esforçaram pra tirar o máximo possível de exploração, visto que mataram todo o desafio labiríntico que o Tartarus tinha no original. Emburreceram a dungeon, colaram uma fita adesiva chamada "combate" pra carregar a gameplay e meteram uns upgrade de velocidade pra você passar voando por esses blocos secos e monótonos. Level "design" procedural quase sempre vai ser um lixo, mas eles tinham a oportunidade de fazer algo muito mais complexo, ou pelo menos criar algumas salas não-procedurais que sejam no mínimo marcantes.

Tartarus esse que agora parece uma espaçonave... O jogo visivelmente sofreu mudanças estéticas, bizarramente muito claro, Tartarus não tem mais sua ambientação pesada e soturna, e a direção nas cutscenes esta fraquíssima comparada ao original, algo novo que ficou ok foi o menu de água (porque faz todo sentido pra P3), mesmo que eu ainda prefira as versões beta dos menus por serem mil vezes melhores conceitualmente. Uma pena que a paleta de cores do Reload é toda voltada a agradar um paladar infantil, é comum ver remakes estragando a direção de arte de jogos antigos com a desculpa de ser "moderno" e no fim só se torna uma cópia plastificada e esquecível da obra.

Algo que eu posso elogiar é como enriqueceram a história. Os novos momentos com a Strega e os Link Episodes são perfeitos. Persona 3 é definitivamente uma boa história e fico feliz como aprofundaram ela ainda mais.

Mexeram em quase nada na escrita dos Social Links, algo esperado, então eles continuam medianos pra ruins como era no jogo original. Grande parte é extremamente bobo e alguns idiotamente caricatos. Pelo menos foi bom relembrar o do Akinari, o melhor Social Link da franquia, sem dúvidas.

E por que vocês botaram esse sistema de retroceder? Tipo, não vai literalmente contra a mensagem da história? No 4 e 5 era pra caso você não cumprisse até o prazo pra não tomar soft lock, aqui eles te dão save state praticamenteKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Entre as várias coisas que chamam atenção aqui, como dungeons em 2D, visuais extremamente detalhados ou a estrutura narrativa unido da total distorção criativa da mitologia nórdica a seu bel-prazer, chegando até a misturar a porra do Japão feudal com ela. O principal, é seu combate.

Uma mescla sublime de um jogo de ação com turnos. Exigindo coordenação para conectar os ataques de cada personagem, estimulando o player a fazer combos com os inimigos estando no solo ou no ar e sendo constantemente julgado por um medidor de combo que também acrescenta na performance da batalha. E o grande número de Einherjar e seus movesets cria um leque excelente de combinações.

A experimentação e o treino são constantes e o jogo realmente te recompensa por isso, fiz o Seraphic Gate e zerei novamente pra ficar testando partys diferentes e foi bem satisfatório. Até hoje descubro combos, truques e exploits, tipo se aproveitar do knockback que os ataques dão aos inimigos pra criar vantagem pros arqueiros, com o PWS do Suo para jogar inimigos no canto direito da tela e conectar com o PWS do Llewelyn (transformando o especial mediano dele em um dos melhores) ou aproximar os inimigos o mais perto do Badrach, fazendo com que o mesmo acerte todos (ou quase todos) os tiros e drope uma grande quantidade de magic gems e fire stones. Porém, o jogo tá longe de ter um balanceamento perfeito, principalmente com os magos overpowers pra krl, uns PWS fraquíssimos e desequilíbrio de armas no Seraphic Gate.

O fato da história se interligar com a gameplay, você estar transformando almas em armas, em gados de Odin, e a Lenneth ser só mais uma vítima disso tudo é a parte mais genial da coisa. O jeito que a obra conversa sobre desumanização é excepcionalmente bem trabalhado.

E só um adendo de que eu adoro a liberdade da progressão desse jogo. Eu sempre faço tudo, mas ainda é hilário ver speedrunners skipando o jogo todo

OBSIDIAN COME CU COME XERECA 18 MESES COMENDO CU COMENDO PUTA

Tony Montana ficaria orgulhoso.

Inovador, porém totalmente definhado nos dias de hoje. Oras, nem mesmo a rádio do jogo é boa, o que você esperava do resto?

Carros feitos de papel com a pior física do mundo, péssimas partes de tiroteio, submissões sofridas (a de paramédico é literalmente injusta) e quanto mais o jogo avança mais as missões ficam insuportáveis e desprovidas de criatividade. Guias foram necessários pra descobrir o melhor jeito de completar alguma missão sem ter um AVC ou simplesmente pra saber onde fica tal coisa.

A história é um poço de simplicidade, mas até que consegue fazer algum sentido, nada representa melhor Liberty City do que um monte de gente rasa, descartável e movidas por motivos banais, junta isso com a atmosfera intimidadora e melancólica super bem construída e GTA 3 até parece mais complexo do que ele realmente é. Ainda da pra ver elementos de GTA 1 e 2 aqui e o mais notório deles sendo o protagonista "mudo", gosto que o Claude acabou se tornando um badass silencioso pelos fãs, apesar de que na prática ele é só um pau-mandado do krl.

Finalmente posso jogar GTA Vice Kino agora.