Até agora tá bem mais ou menos. O combate é muito divertido, mas todo o resto do jogo parece que precisava de mais alguns meses no forno. A narrativa e os personagens mesmo são beeem chatinhos e desinteressantes, só continuo jogando porque disse a mim mesmo que ia pelo menos terminar a história do patch atual pra dar uma opinião definitiva. O mundo aberto também não é muito divertido de explorar, tem muito espaço vazio em que você só anda em linha reta até chegar no próximo ponto de interesse.

Também não curti muito a estética, o jogo parece que não tem uma identidade visual bem definida, é só o clássico "anime sci-fi misturado com elementos de cultura oriental".

O estado técnico do jogo também tá bem esquisitinho, micro-stutters o tempo inteiro mesmo eu tendo um PC bem acima dos requisitos recomendados (e o uso da CPU e GPU tão sempre bem baixos, o problema é o jogo mesmo), e a nitidez da imagem é pavorosa com o anti-serrilhamento ligado.

Enfim, tem potencial, mas por enquanto ainda não tá muito bom não. Não me vejo jogando ele por muito tempo.

EDIT, após dois dias: Finalizei a história do patch atual, todos os 6 capítulos disponíveis no momento. Tenho que dizer que ela não melhora nem um pouco, não confiem em quem fala que "começa chato mas depois fica bom". Nunca fica. No máximo eu gostei do último boss, achei um espetáculo visual bacana e o gameplay foi divertido. Todo o resto continua uma encheção de linguiça sem fim (e apesar dos hotfixes, o jogo ainda tá cheio de problema técnico). Dropei definitivamente.

Tenho muito carinho pelo primeiro Evil Within, mas sempre que jogo ele de novo, sinto a mesma sensação de "poderia ter sido muito melhor". Parece que é um jogo que precisava de mais alguns meses no forno porque ele tem vários problemas pequenos de balanceamento e polimento que se acumulam e acabam deixando a experiência menos prazerosa.

Isso e o fato de que o jogo se promoveu como sendo "um retorno ao verdadeiro survivla horror" e acabou lançando exatamente igual a todos daquela geração: Com ação demais e terror/puzzles de menos (o que não me incomodaria tanto se não fossem os problemas pequenos que eu mencionei).

Sabe aquele meme do homem minerando por diamantes e desistindo faltando apenas alguns centímetros pra achar? É mais ou menos o quão perto Evil Within esteve de ser um dos melhores jogos daquela geração.

Enfim, descanse em paz, Tango Gameworks!

Achei uma melhoria em relação ao 7 em praticamente todos os aspectos. Mesmo que não tenha o mesmo "impacto" (afinal RE7 foi um marco na franquia e conseguiu reviver a Capcom inteira), pra mim Resident Evil "8" Village é uma evolução direta do mesmo.

Achei tudo excelente; gameplay, ambientação, exploração, fator de rejogabilidade... Enfim. Tudo muito bom. Até a história, que geralmente não é um ponto forte nessa franquia, me deixou bem intrigado e fazendo perguntas mentais o tempo inteiro.

Também gostei bastante da DLC Shadows of Rose, apesar de achar que ela foi uma oportunidade desperdiçada de explorar mais partes da narrativa.

Outra pedrada da dona Capcom, apenas. Virou um dos meus REs favoritos.

Contexto importante: Eu finalizei a história principal do Valhalla (incluindo o final verdadeiro) e as duas primeiras expansões (Ira dos Druídas e O Cerco de Paris), e apesar de ainda faltar uma (Dawn of Ragnarok), decidi deixar ela pra daqui a uns meses justamente pra preservar uma opinião positiva do jogo. Gostei bastante dele, mas não dá pra negar que ele é gigantesco, e depois de quase 170 horas, tô pronto pra dar uma opinião definitiva e ir jogar outras coisas (por enquanto).

É impossível falar o que eu achei desse jogo sem antes mencionar as minhas expectativas, porque eu sinto que Assassin's Creed Valhalla foi um dos jogos mais controversos da Ubisoft nos últimos anos. Se por um lado ele é o jogo mais vendido da Ubisoft até o momento (foi o primeiro deles a passar de 1 bilhão em vendas), por outro é raro ver uma opinião positiva do mesmo, tanto dos jogadores quanto da crítica.

E sinceramente? Eu gostei bem mais do que eu achei que iria. Na real virou meu favorito dentre os 3 RPGs da série. Pra mim cada um foi uma evolução direta do anterior, e Valhalla é o melhor exemplo disso. O combate é bem mais variado e divertido que o do Odyssey, a exploração é mais dinâmica (e menos lotada de informação no mapa), e os personagens me cativaram ainda mais.

A única crítica que eu entendo e acho válida sobre esse jogo é a duração, e realmente AC:V podia ser algumas (muitas) horas mais curto, mas como eu sabia disso antecipadamente, eu joguei o jogo no meu tempo e sem apressar nada. Demorei mais de 3 meses pra zerar, mas por causa disso eu tive uma experiência muito mais prazerosa que a maioria das pessoas. Só pontuei a duração pra deixar claro que eu tô ciente dela, mas nunca me incomodou a ponto de querer largar o jogo.

E além disso, o fato do jogo ser dividido em arcos (ou "sagas") acabou resultando numa estrutura de gameplay bem divertida porque eu dividia meu tempo entre concluir um arco (que geralmente dura uma ou duas horas) e explorar o mapa atrás de side-quests/colecionáveis/recursos.

Enfim, tô indo contra a maré nessa aqui, mas eu gostei demais do AC Valhalla. O Eivor se tornou um dos meus protagonistas favoritos da franquia (muito disso graças a atuação perfeita do Magnus Bruun), os cenários do jogo são lindos demais, a trilha sonora é memorável e, como sempre, a Ubisoft entrega uma fidelidade histórica bacana que me fez querer aprender mais sobre esse período histórico e a cultura dos povos normandos (com algumas exceções estéticas que dá pra perdoar pela cultura pop).

E ah, pra mim a nota perfeita pra esse jogo seria um "8.5/10", mas como o sistema de 5 estrelas não permite essa nota específica, arredondei pra 4 estrelas e meia porque tô me sentindo otimista.

Skål!

Tenho minhas críticas ao excesso de fanservice em Dark Souls 3 ainda queria que ele tivesse se desprendido um pouco mais do primeiro jogo e tivesse o mesmo nível de experimentação do segundo, mas ainda assim foi uma maneira excepcional de encerrar uma das sagas mais influentes da última década.

Segue sendo um jogo incrível até hoje e vale a pena demais jogar. Gameplay, direção de arte e trilha sonora impecáveis, além da lore que ajudou a fechar algumas pontas soltas na narrativa como um todo.

A última luta da DLC The Ringed City foi a despedida perfeita pra franquia e eu realmente espero que a Fromsoft não invente de fazer um 4 do nada, iria estragar o final retroativamente :b

Eu já tinha expectativas bem altas pro Automata, mas ele conseguiu superar TODAS. Se eu pudesse, dava 100 estrelas.

Não sei por onde começar pra falar bem desse jogo. Absolutamente todos os aspectos dele são incríveis. Não tem como descrever ele de outra forma que não seja "obra-prima".

O jeito que NieR Automata aborda temáticas filosóficas sobre a natureza humana, guerras, autoconsciência e a dicotomia do niilismo vs. otimismo é de longe a parte mais interessante e impactante dele, falo sem exagero que esse jogo podia ser usado como base pra muita tese acadêmica por aí. Tudo isso ainda é acompanhado de um elenco de personagens extremamente cativantes e bem escritos (e com uma dublagem monstra de tão boa, o dublador do 9S em especial deu a vida nesse papel), e uma narrativa intrigante que tá sempre te fazendo coçar a orelha pra saber o que vai ser revelado a seguir. E não é como se todo o resto deixasse a desejar.

Falar bem da visão artística, trilha sonora (essa parte em especial, Keiichi Okabe é um gênio da composição e não tem nada que se iguale as músicas dele), gameplay e apresentação é a mesma coisa que dizer que água é molhada. Qualquer um percebe isso nos primeiros 20 minutos do jogo, e daí pra frente só vai escalando pra níveis ainda mais altos. Diversos momentos desse jogo me causaram arrepios, daqueles de arregalar os olhos.

Enfim, um dos melhores jogos que eu já joguei na vida, do tipo que me faz ser grato por esse formato de mídia existir e permitir que histórias sejam contadas de um jeito tão pessoal e introspectivo. Não acho que NieR Automata funcionaria tão bem se não fosse especificamente um videogame.

Tá cedo pra dizer, mas provavelmente vai entrar pro meu top 5. Yoko Taro é um gênio. E ah, joguem o Replicant antes se puderem! É recompensador demais.

"Acima de tudo, não perca seu desejo de seguir em frente."
- Kierkegaard

Zerei de novo recentemente e achei que o meu costume com a rapidez e polimento dos jogos mais recente da From iam em fazer estranhar voltar pra Dark Souls 1, mas mesmo tendo um período pequeno de adaptação, esse jogo continua uma obra prima.

Não é a toa que foi um marco da indústria e literalmente deu origem a um sub-gênero novo (sei que já tinha Demon Souls antes, mas Dark Souls aperfeiçoou a fórmula e foi quem realmente trouxe a Fromsoftware pro mainstream). Um dos jogos mais importantes da minha vida, sem sombra de dúvidas.

Eu consigo entender o que o Nomura tava tentando fazer com esse jogo, é um sistema de combate que poderia ter sido bem interessante se tivesse sido um pouco mais aprofundado. Mas o fato de Chain of Memories ter sido originalmente um jogo de GameBoy Advance inevitavelmente limitou sua capacidade de entregar algo realmente satisfatório, e o remake infelizmente não expandiu o sistema de cartas tanto quanto poderia.

A estrutura das fases do jogo também é muito cansativa, é literalmente uma reciclagem de quase todos os mundos do primeiro Kingdom Hearts, o que faz sentido pela história (já que o Sora explora áreas criadas a partir das suas próprias memórias), mas também acaba deixando o ritmo do jogo bem maçante. Além disso, a história desses mundos em si também foi praticamente inalterada e quase tudo que acontece neles é irrelevante pra narrativa principal de Chain of Memories. Em outras palavras, cada andar do Castelo Oblivion é um balde de filler que você tenta terminar o mais rápido possível pra chegar nas partes do jogo onde realmente acontece algo.

Não é um jogo ruim, e a história é bem interessante (e crucial se você quiser saber o que acontece entre Kingdom Hearts 1 e 2), mas poderia ter sido muito melhor. Em geral, é só mediano.

Seguindo na linha de re-jogar os primeiros Kingdom Hearts até chegar nos que eu ainda não joguei, finalizei mais uma vez o 2, pela versão de PC.

Não preciso dizer muita coisa, é um dos melhores jogos da sexta geração, espetacular em todos os sentidos (gameplay, trilha sonora, história, personagens, conteúdo opcional, etc). Até o momento segue sendo o meu preferido da franquia Kingdom Hearts e um dos meus jogos favoritos da vida. Maravilhoso.

NieR Replicant é o tipo de jogo que desafia um pouco as normas padrões de como videogames contam narrativas. Por uma boa parte da experiência eu tava decidido a dar uma nota mais baixa ao jogo (3.5/5) porque ele sofre de um problema de ritmo bem notável na primeira metade da história (imaginem um anime que começa interessante e imediatamente depois do segundo episódio te força a assistir 2 temporadas de filler até voltar pro conteúdo interessante. A primeira metade do Replicant é mais ou menos isso).

Também não vou negar que ter que re-jogar a segunda metade algumas vezes pra conseguir todos os finais (e de certa forma entender a história completa, porque o Yoko Taro trata finais diferentes como peças a mais do quebra cabeça, ao invés de só variantes opostas da história base) foi meio cansativo.

Ainda assim, eu encerrei esse jogo com um sorriso no rosto, porque apesar dessas frustrações, as qualidades pesam bem mais na balança do que os defeitos, e apesar de ser um título que vai "pedir muito" do jogador, acho que no fim das contas, o que importa é a experiência como um todo e como eu me senti assim que terminei.

Cada final desse jogo é mais interessante e intrigante que o anterior, e o último final é um espetáculo visual e sonoro que encerra a narrativa com uma chave de ouro. Tenho minhas críticas a como isso foi executado aqui, mas o jeito que o Yoko Taro trata cada rota subsequente da jogatina como uma oportunidade de te mostrar diferentes perspectivas sobre os eventos da história (e subverter completamente sua percepção dos mesmos) é interessante demais.

Não quero entrar em detalhes pra evitar spoilers, mas vou só dizer que alguns dos temas abordados em NieR Replicant me pegaram de surpresa, principalmente pela seriedade e maturidade com que eles foram tratados. Os personagens são muito bem escritos e cativantes (o que é complementado pela dublagem excelente) e acompanhar a jornada deles ao longo do jogo é recompensador demais. Menção honrosa a trilha sonora também, o Keiichi Okabe é um puta gênio como compositor. Enfim, muito bom, se você tem interesse em adentrar nas obras do Yoko Taro como eu tive, NieR Replicant é um excelente lugar pra começar.

(e vindo de alguém que começou por Drakengard 1, acreditem gente, NÃO VALE A PENA jogar aquele jogo kkkkk)

Me surpreendeu, bem melhor do que eu esperava, acabou se tornando um dos meus jogos favoritos da franquia Assassin's Creed. É verdade que ele é gigantesco e pra alguns a duração pode ficar cansativa, mas raramente eu me sentia entediado ou cansado do jogo, foram 110 horas muito bem gastas.

Não gostei muito da primeira expansão (na verdade achei bem ruim), mas a segunda mais do que compensou, a Ubisoft nunca deixa de entregar cenários deslumbrantes e uma ambientação incrível.

Enfim, gostei demais, ansioso pra ver como (e se) a fórmula evoluiu no Valhalla.

Já havia zerado antes algumas vezes, só decidi re-jogar recentemente através da versão de PC, pela Epic.

Segue sendo um jogo incrível. Eu tinha uma falsa memória de que o primeiro Kingdom Hearts tinha envelhecido mal, ainda mais depois de jogar o 2, mas os únicos problemas mesmo são a movimentação meio travada do Sora e a câmera, únicos motivos de eu não dar 5 estrelas.

Fora isso ainda é um clássico, um dos melhores jogos do PS2 e o início de uma das minhas franquias favoritas, e tá muito bem preservado com esse remaster atual. O gameplay de Kingdom Hearts é uma mistura excelente de JRPG e combate de ação em tempo real, a Square já tinha resolvido essa fórmula quase 20 anos antes do remake de Final Fantasy 7.

Sem falar nos personagens cativantes, mesmo com a história que até então ainda era simples (antes das loucuras do Nomura kkkkkk), e a trilha sonora memorável demais.

Um dos jogos mais estranhos (e ao mesmo tempo fascinantes) que eu já joguei. Se não fosse a leve conexão com Nier, eu teria desistido bem rápido. O gameplay é horrível e a história, apesar de ter algumas ideias boas, é muito mal apresentada e toda esquisita.

Enfim, é um daqueles jogos que é tão ruim que acaba ficando bom (ou pelo menos, intrigante). Você definitivamente não precisa jogar isso pra entender Nier Replicant ou Automata, mas foi curioso de jogar. Merecia um remake.

Em muitos aspectos é uma melhoria direta dos dois jogos anteriores, principalmente no gameplay e na apresentação. A história, apesar de mais uma vez usar o mesmo formato de "ritual que deu errado", tem umas ideias bem bacanas e é facilmente a mais interessante dos 3 jogos originais do PS2.

O fator "terror" aqui também é o melhor até então, alguns dos fantasmas que você enfrenta são bem assustadores e o jogo todo tem uma atmosfera pesada e sufocante.

Apesar disso, o ritmo esquisito da narrativa e o level design confuso fazem Fatal Frame III ser meio frustrante e cansativo as vezes. Ainda assim, valeu a pena ter jogado.

Uma obra prima do audio-visual como um todo, não dá nem pra dizer que Alan Wake 2 é só o "jogo do ano" pra mim, porque acho isso redutivo. É minha "produção artística" do ano, simplesmente.

A Remedy sempre foi uma desenvolvedora "fora da caixinha", os jogos deles tão entre os mais inventivos e diferentes da indústria, brincando com o formato, misturando live-action, meta-linguagem e todo tipo de artifício que não é comum de se ver em videogames. E pra ficar a altura, a equipe de escritores dessa galera (principalmente o Sam Lake) tão entre as pessoas mais talentosas e criativas dessa geração, e pra afirmar isso eu nem preciso conhecer eles pessoalmente, é só dar uma olhada nas suas criações.

Alan Wake 2 parece a culminação de tudo que a Remedy já fez até hoje, tanto no quesito de qualidade técnica e gameplay, quanto narrativa e nível de escopo. É uma puta experiência sem igual, uma verdadeira aula de arte, da mais prática possível.

Se o mundo fosse justo, Alan Wake 2 não concorreria só a melhor jogo do ano, mas também a filme, livro, trilha sonora, competição de fotografia... Sei lá, qualquer uma das sete artes, não tô nem zoando. Eu já tinha confiança de que ia ser muito bom, considerando o repertório da Remedy, mas no fundo tinha um leve receio de não atender ao nível de expectativas, já que eu espero esse jogo a mais de uma década, mas olha... Alan Wake 2 fez valer cada minuto desses 13 anos de espera, não só atendeu as minhas expectativas como superou.

"A onda quebrou no outro lado do espelho. Eu te trouxe o coração, bruxa. Me mostre o terror."