Essa review que provavelmente será muito rasa e não traduzirá minha experiência se eu de fato zerasse, mas, sinto a necessidade de já fazer, pois é um jogo que já tive experiência de diversos de seus momentos marcantes e com horas o suficiente para ter noção de sua dinâmica. O texto será muito mais uma análise das ideias e execução de Fear & Hunger do que o jogo em sua totalidade.

Eu adoro quando games praticamente se moldam totalmente por sua intenção e não tem medo de espantar a fórmula que atrai a todo mundo. O exemplo mais mainstream seria Dark Souls, claro. O jeito que a franquia Souls, por mais que tenha se lapidado ao público ao longo dos anos, nunca abandonou sua filosofia de exigir de seus jogadores em uma dificuldade elevada para que ele tenha seu sucesso em progredir na sua jornada. Mesmo assim, DS ainda é um jogo de nicho mais chamativo aos olhos, pois dentro da própria mídia há exemplos mais repulsivos de jogos tão bizarros que só são levados aos holofotes quando desperta a loucura coletiva da internet, tal como um Drakengard.

O alvo da vez foi Fear & Hunger, que já conhecia a um tempo, mas a empolgação coletiva finalmente me fez querer experimentar. Estava ligado na influência de Dark Fantasy estilo Berserk super brutal, repulsivo e sem filtro. No começo, até esperava algo nível shock value de adolescente edgy de 14 anos, apesar de que Fear & Hunger cruze nessa linha em muitos momentos; mas, de alguma forma, o jogo é uma experiência bem mais consciente da forma que lida com temas pesados do que muita obra edgy famosa por aí.

Por mais que sim, seja até que positivo para Fear & Hunger, o jogo ainda é um festival de torture porn, putaria e escatologia danada, e sem dúvidas nenhuma, o maior mérito dessa obra é como ela te imerge nessa masmorra tomada puramente pela loucura e terror desse desconhecido pútrido. É anormal, é grotesco e especialmente, frustrante.

E essa frustração constante é o principal pilar de Fear & Hunger, e também sua principal ruína. O jogo em sua primeira jogatina é difícil, mas assim que você aprende suas mecânicas, você descobre que em outras jogadas o jogo é só injusto, mesmo. Mesmo que você entenda sobre evitar os combates, os perigos que te aguarda nas áreas mais profundas da masmorra, as armadilhas que te aguarda e até o que cada ferramenta faz a partir do que o jogo te ensina em documentos fragmentados ou no puro chute, no fim do dia, isso nada importa quando você está inteiramente a mercê da sorte.

O sistema de girar moeda, que é basicamente o RNG do jogo, pode moldar tanto se você vai se livrar de um ataque mortal, quanto seus itens em baús, mas especialmente, se você vai conseguir SALVAR no jogo. Sinceramente, eu acho uma ideia que, por mais sacana que seja, ainda aprovo por ser o que faz Fear & Hunger ser Fear & Hunger. Acontece que, você só tem 3 saves DE FATO SEGUROS no jogo inteiro (Sem contar o livro que faz isso, claro), e dois deles estão distribuídos somente na primeira área (Locomoção do jogo é meio chatinha, especialmente se tu não saber que Dash é ESSENCIAL no jogo).

No fim, isso resultou em momentos como o fato de eu ter sorte de ter pego a soulstone e upado leg sweep, mas só ter conseguido uma lâmina de uma mão depois de ter achado o Cahara na prisão (que só consegui com a chave de um inimigo que tive que enfrentar a beira da morte) e ter pego a cimitarra dele pra aí sim eu conseguir abrir todas as portas. Como eu já tinha gastado todos os saves seguros e tinha somente uma única moeda da sorte a mais, eu desci para os andares inferiores da masmorra, explorei as minas, recrutei a Moonless e mesmo que eu tenha feito um progresso considerável, na surpresa eu acabei achando o boss salmão gigante e no fim acabei morrendo na batalha, perdendo mais ou menos uma hora inteira de progresso, o que me desanimou consideravelmente de se de fato vou querer zerar esse jogo.

Infelizmente, esse único tópico é o loop de gameplay de todo esse jogo. Morrer, voltar save, testar umas ideias malucas para morrer de novo e voltar save, perceber que sua build tá toda fudida pelo RNG e criar uma nova run, fazer tudo de novo, e, por mais interessante cada setor de Fear & Hunger seja, até você se envolver com as VÁRIAS qualidades, sua jogatina vai se tornar um pé no saco quando tu ter que ficar apelando pro "pete e repete".

Apesar disso, Fear & Hunger 1 deve ter a narrativa mais bem feita na onda NPC misterioso e informação fragmentada ala Souls, uma lore de fato engajante, acompanhados de personagens carismáticos e interessantes, gameplay competente que combina muito bem elementos de Survival Horror, JRPG e Metroidvania, uma direção de arte sensacional, cheio de inspiração do subgênero muito bem pensada, e o que mais gosto de jogos do estilo, uma PORRADA de variáveis e alternativas para abordar diversas situações e como o mundo é dinâmico na forma que você joga, podendo tanto te recompensar quanto punir. Pena que para apreciar isso você vai ter que ficar com uma amargura com o RNG injusto.




Eu não sei porque deixaram o Yoko Taro fazer mais quatro jogos dessa porra

Pretty short, nice graphics, ok sounds, a responsive gameplay, although not have so much variety on the combos and enemis, still a fun game to spend time

This game is awesome. One of most creative, charismatic and fun traditional beat'em'ups. Many unique enemys with different moveset, not just a stronger recolor, 4 characters with really different playstyles, and a great gamefeel, besides the GORGEROUS pixel art, one of most beautiful games from Arcade. Highly recommended, go play!

O remake de um dos beat'em'up mais únicos e divertidos da velha guarda. Além dos gráficos que estão ESTONTEANTES DE LINDOS, o remake é bem fidedigno ao título de Snes, inclusive o chefe final ainda ser uma merda!

Tem conteúdo a mais, claro, dois personagens novos e mais combo para os ninja androides já conhecidos, então é simplesmente Tesão & Games, joguem!

Uma review sincera e autocrítica agora. As melhores coisas do jogo, com certeza não são o que eu me responsabilizei de fazer. No geral eu fiquei bem satisfeito com o resultado final e o trabalho coletivo que eu tive, mas o jogo ainda não está suficientemente engajante para mim, posso fazer bem melhor do que isso.

Probably my favorite 2D Plataform and one of the best Level Design ever made. The game is beautiful, great charisma, tasty gameplay and so much fun. Undoubtedly, a game made with love and enormous dedication. Play this game for now!

Um jogo que havia experimentado há muitos anos atrás e finalmente posso rejogá-lo graças a distribuição gratuita dele aqui na Steam.

É um FPS que apesar de simples, consegue entreter e prender sua atenção até o fim, especialmente pela abordagem criativa da história, moldando a narrativa para apresentar situações vibrantes e até mesmo surreais que traz uma coesão muito boa com a gameplay.

Meus únicos problemas reais com este jogo é que apesar de curto, sinto que ele se prolongou demais e a gameplay dele não é variada o suficiente para sustentar tantas horas, apesar de que há vários momentos criativos que mudam a dinâmica das fases.

É uma ótima pedida para quem procura um jogo simples, mas cumpre bem seu papel, trazendo boas horas de diversão.

7 anos sendo feito. Valeu a pena

Except the bullshit is the Final Boss, the game is simple, short and very fun. It's worth a lot.

Com exceção da bosta que é o chefe final, o jogo é simples, curto e muito bom. Vale muito a pena.

Evil Dead 2 The Videogame

(A Review é baseada na campanha da Jill, o Chris jogo depois)

As primeiras 3 horas do jogo certamente são uma das melhores experiências que tive em videogame. A atmosfera da mansão é mais opressora do que nunca. Os lampejos das tempestades que clareiam subitamente esse lugar amaldiçoado, o tique dos relógios, a ansiedade do que está pelo outro lado e o choque violento dos corpos se arremessando nas janelas, tudo alerta sobre quanto o perigo é inevitável. A ameaça dos cadáveres reanimados é visceral e a morte, por mais irônico que pareça, é assombrosamente viva, e isso é o seu maior tormento.

A ambientação e terror do início do remake é simplesmente inigualável. Pouca coisa me fez ter que pausar para recuperar meu fôlego após uma sequência de momentos tensos - e intensos que desafiavam minha coragem. Não tenho a menor dúvida de que a Mansão Spencer do remake é meu cenário favorito de um jogo de terror.

O restante do jogo no fim das contas é esperado que seja mais tranquilo, já que tanto o jogador quanto o personagem (no meu caso, a Jill) evoluem com o passar da história, e isso é um ponto muito positivo, mas dá um gosto amargo de zerar e pensar que o restante da experiência não tem tanta força de atmosfera quanto logo no início.

Mas, falando do remake em sí, há a expansão do original em praticamente tudo, e em sua grande parte, são adições bem vindas que melhoraram o jogo exponencialmente. Há coisas que eu certamente senti falta, tal como você poder ver o heliporto na biblioteca (se eu não tiver vacilado no jogo e não ter encontrado o ponto), enquanto outras mudanças que poderiam ser melhor pensadas, como a caverna, que é sim MUITO MELHOR que no original, mas ainda é um setor que, mesmo fazendo o melhor o que podiam, prossegue sendo a parte mais desinteressante do jogo, e, ao ver que a área termina retornando a cabana que provavelmente você visitará antes, faz eu pensar que essa área poderia ser removida para elaborá-la como algo mais interessante, tal como o cemitério e a cabana, áreas totalmente novas do remake muito criativas e engajantes.

Também sinto que o gunplay do remake a longo prazo não é tão gostoso de dar uma de rambo na reta final como no original - Inclusive, a partir da segunda metade esse jogo fica bem fácil, agradeço especialmente a quem distribuiu melhor os Hunters nesse remake! Talvez, pela forma que os zumbis funcionem nessa versão, ou pela lentidão da Jill eu sinto que em todo momento é, mais do que nunca, necessário pensar no seu posicionamento e que tenha menos meteção de louco, mas, de toda maneira, é um jogo que certamente tem uma abordagem muito mais metódica que no original, influenciando até na progressão de forma que a Jill acabou ganhandl quebra cabeças e uma exploração bem mais burocrática, se assemelhando ao Chris no original.

Por fim, acho a história ainda bem legal de acompanhar, mas eu senti uma certa broxada perto do final. No início dá a entender que o jogo será mais sério, mas sem perder a vibe meio camp, pena que na reta final o jogo acaba sendo só se levando muito a sério, o que não acho que combina com o charme de RE1 e nem com a franquia em geral.

Mas tudo isso são nitpicks. Resident Evil de 2002 é possivelmente meu survival horror favorito e um dos melhores jogos que já joguei. Uma experiência que provavelmente nada na franquia me proporcionará algo parecido. Um jogão e tanto!

A classic Beat'em'up from Newgrounds. The predecessor of the one most acclaimed indie games ever made, Castle Crashers. Simple, short, too weird, but it's really fun actually.

Finalmente, zerei o Alien Hominid original aproveitando o embalo de sua sequência, Alien Hominid Invasion, e que jogo bom!

Possivelmente meu Run'n'gun favorito. Adapta muito bem o espírito de um jogo de fliperama, mesmo que tenha saído para consoles, e toda fase é devidamente pensada a terem sua própria personalidade, implementando setpieces durante o jogo inteiro. O jogo grita carisma como todo game da Behemoth e é uma jogatina muito deliciosa para você tirar umas horas do seu dia. Para sempre um clássico!