26 reviews liked by MathesMelo2


Nobody Saves The World conseguiu me arrancar diversas gargalhadas, e vou deixar claro, o humor não é o principal desse jogo. A impressão que eu tive é que eu tava jogando um MMO, como o Eden Eternal, em que você podia trocar de classe, porém num jogo super divertido de ação e com classes inesperadas e de gameplay único. A principal mecânica do jogo é essa troca e COMBINAÇÃO de classes, visto que você pode e deve mesclar habilidades passivas e ativas para uma experiência completa e um gameplay ainda mais fluído.
É um jogo que se tu quiser só entrar pra matar dezenas de monstros simultaneamente numa Dungeon? Suave. Você quer pegar 100%? O jogo te incentiva a isso com com diálogos maravilhosos e gameplay frenético, tendo até seções "bullet hell". Quer fazer a história principal e tchau? Vai lá, dá pra fazer também.
Poucos jogos me fazem rir. Eu já tô nos meus 30 e enquanto eu amo piadas de tiozão eu também amo o neodadaísmo que é o shitpost e derivados dos fraldinha.
Nobody Saves The World acerta em tudo que ele se propõe, desde uma tartarua jogando uma rajada de flechas, até o marombeiro aplicando veneno no golpe com supino até linhas únicas de diálogo sem contexto que te farão rir.
Minha única crítica é com relação a trilha sonora repetitiva e fraca, o que é um detalhe pro quão completo o resto do jogo é.
Já finalizei um Save e agora to seguindo pra um NG+ no meu próprio ritmo, até a platinada.

Jogo divertidíssimo, a historia é muito engraçada e a gameplay é muito dinâmica, jogo bonitinho


falta 1 troféu pra platinar, talvez um dia eu jogue de novo

Veredito: Maduro e fácil de empatizar, mas todas as rotas são iguais.

Tematicamente, Catherine é exatamente o que eu esperava. Não um jogo erótico, não um hentaizão cheio de sexo, e sim um jogo sobre sexo. Um jogo sobre relacionamentos românticos, sexuais, e tudo o que existe entre essas duas coisas. O visual e todo o estilo do jogo puxam MUITO pro erotismo e romantismo, mas nunca como um pornô, e sim como algo importante pra ajudar a dar o recado.

Todo mundo já sabe a premissa: você é Vincent, está tendo problemas no seu namoro e, quando se dá conta, acorda pelado na cama com uma mulher que acabou de conhecer. Você não se lembra de nada, mas ao que parece tu acabou de meter um chifre na sua namorada de longa data. A partir daí você que se vire pra lidar com a situação.

O dia é praticamente uma visual novel: você conversa com seus amigos, vai pro bar, recebe nudes da sua amante e ligações da sua namorada, e decide o que fazer em cada situação. De noite, você e vários desconhecidos compartilham do mesmo pesadelo: tem que escalar uma torre enorme, e quem cair não acorda mais vivo. Pense num plataforma de labirinto a la Donkey Kong clássico ou Pushmo, só que muito mais complexo e com um limite de tempo no seu pescoço, pronto pra te guilhotinar no menor errinho.

Ao mesmo tempo que não passa pano pro adultério (o texto deixa bem claro que os homens no pesadelo são pessoas horríveis que estão pagando por isso, inclusive você, que fica procurando desculpas pra não resolver o problema que criou) o roteiro se preocupa em mostrar várias outras facetas do problema.

Catherine, que você conhece no bar e que te leva pra cama, não sabe que está sendo uma amante. Katherine, sua namorada, não tem te tratado nada bem ultimamente e não tem facilitado sua vida, chegando a dizer que ela é que vai cuidar da sua conta bancária. Rin, que você conhece logo antes do jogo começar, faz o que pode para ser uma boa pessoa e para ajudar os outros, apesar de estar ela mesma cheia de problemas.

Existe um ótimo trabalho aqui para desenvolver as personagens. Ao longo do jogo você vai vendo como o namoro de Vincent foi amadurecendo e depois desmoronando, como tanto Catherine quanto Katherine lidam com os comportamentos estranhos do rapaz, como Rin vai se recuperando da amnésia que está sofrendo. Todos os homens no pesadelo passam por sentimentos pesados de culpa, e Vincent faz o máximo para ensinar eles a escalar para sobreviver mais uma noite. E se esforça pra aprender a ser uma pessoa melhor a partir dos próprios erros e dos erros dos colegas.

Minha única crítica é que as rotas são uma ilusão muito frágil: basta rejogar. Ao invés de te dar uma única escolha direta, o jogo te dá um milhão de pequenas escolhas que vão preenchendo uma barrinha, e essa barrinha em tese determina o rumo da história e eventualmente o final. Mas as diferenças são ínfimas. Você pode fazer de tudo pra terminar o seu namoro, ou fazer de tudo pra salvar ele, e meio que tanto faz. Os diálogos nunca mudam nada, os cenários vão ser sempre os mesmos. Isso não seria um problema se o jogo não fizesse tanta questão de enfatizar "cuidado com as suas escolhas, heim, elas afetam a história". Afetam porra nenhuma. Tá, o final muda, mas é só isso.

Fantástico.
É um jogo tão direto, sem firulas, que não tem como largar.
Ele consegue a façanha de ser um jogo com diálogos sem pausas, mas que não te incomodam, pelo contrário, te conquistam.
As performances são muito boas, a direção de arte é maravilhosa, mas o destaque MESMO fica com a caneta, que não te deixa de saco cheio em nenhum momento.
Entrega muito pra quem não espera nada.

Se não suporta Walking Simulator melhor nem chegar perto. Se tiver a fim de uma experiência narrativa curta, não tem erro.
Surpresa muito positiva.

𝘚𝘪𝘯𝘵𝘢 𝘢 𝘣𝘢𝘵𝘪𝘥𝘢!

Hi-Fi Rush é um caso especial, muito especial. Pouquíssimas vezes somos concebidos e presenteados com surpresas tão positivas, mas quando isso acontece literalmente do nada, sem qualquer tipo de marketing ou informação, beira a insanidade.

A aventura rítmica de Hi-Fi Rush se baseia em uma certa simplicidade, mas ao mesmo tempo, também carrega consigo uma raridade tremenda.

Mesmo que grande parte de suas mecânicas sejam de fato simples, assim como sua história, o "simples" é trabalhado de forma tão incrível, mas tão incrível, que acaba por se tornar único, especial, uma raridade.

Além de contar com um elenco de personagens extremamente carismáticos e bem construídos, que carregam a narrativa com boas doses de humor, Hi-Fi Rush tem um dos combates mais satisfatórios dos últimos tempos.

Todo o cenário, todos os inimigos, o próprio Chai, o protagonista do jogo, tudo reage de maneira perfeita em sincronia com as batidas musicais de cada uma das fases. A frase: "Dançar conforme a música" se encaixa perfeitamente nessa situação.

Chai, Peppermint, Korsica, Macaron, 808 e CNMN, guardarei todos eles com muito carinho na minha memória.

Existe apenas uma verdade absoluta na realidade em que vivemos, o ser humano acha que não precisa jogar Hi-Fi Rush até experimentar Hi-Fi Rush.

Como fã incondicional da franquia Life is Strange, mergulhei em Tell me Why com expectativas relativamente consideráveis, mas com pé no chão. As tentativas de se igualar ao principal grande acerto da Dontnod já foram muitas, e sinceramente, não acredito que isso seja possível.

No entanto, a empresa mantém um nível muito bom no que se diz respeito a experiências com foco principal na narrativa, e mais uma vez, me agradou bastante.

Estamos diante de uma história envolta de sentimentos dos mais diversos e conflitantes, todos eles girando em torno de irmãos gêmeos assombrados por memórias trágicas envolvendo sua mãe.

Memórias essas, que devido a confusão generalizada causada pelas memórias também conflitantes sobre o que de fato aconteceu naquele dia, se tornam o grande mistério a ser solucionado.

O enredo se desenvolve muito bem de maneira geral, mas em certos momentos notei uma certa dificuldade na transmissão desses sentimentos pelos personagens, talvez até pela limitação das expressões faciais, mas não é nada que comprometa muito.

Outro fator muito bacana a se destacar é a dualidade da narrativa com as histórias semelhantes a contos de fadas presentes em um livro de histórias criado pela mãe dos protagonistas, sendo cada uma das figuras fantasiosas como os Goblins Travessos ou a Princesa Sábia representações de pessoas importantes para a história, que conhecemos durante o jogo.

Como anteriormente dito, Tell me Why segue a consistente linha de bons jogos de narrativa deixado pelo legado do primeiro e grandioso Life is Strange, retratando temas importantíssimos e fortes de maneira consciente e bem colocada. Não entra para os meus favoritos do gênero, mas merece seu espaço como uma ótima obra.

São jogos como Sea of Stars que fazem eu me lembrar do porquê eu amo jogos eletrônicos e do porquê considero os mesmos a mais complexa manifestação de arte, em sua mais pura essência.

Nos proporcionando visuais estonteantes e bonitos, nos conectando diretamente às suas trilhas sonoras causadoras de sentimentos diversos, ou até mesmo nos ensinando valores importantíssimos através de mensagens e morais. Tudo isso engloba o ramo artístico, e também engloba o que é essa indústria que tanto amamos.

Acima de tudo, Sea of Stars é uma obra de arte, uma obra que baseia grande parte de suas inspirações em uma notável obra-prima do passado, mas que ainda não alcança o patamar da mesma, sim, Chrono Trigger.

É notável o carinho dos desenvolvedores em buscar entregar uma experiência ao mesmo tempo nostálgica, mas ainda pensando em um novo público que chegaria. Todas as mecânicas do jogo funcionam de maneira praticamente perfeita, sendo tudo muito intuitivo, há boas doses de desafio para os mais experientes, mas também há acessibilidade o suficiente para quem pensa em ter uma experiência casual.

E claro, não posso deixar de comentar a respeito do que é uma das mecânicas mais satisfatórias da história da humanidade: Ricochetear o Lumerangue. Por mais que eu seja horrível nisso, é uma delícia ainda assim.

Encontrar um defeito em meio a todo esse conjunto de acertos e mais acertos naturalmente seria difícil, mas ele existe.

Apesar da história ser, em sua grande maioria, bem competente, ela é comandada por dois protagonistas que ironicamente não acompanham o brilhantismo da obra como um todo, não há um desenvolvimento profundo o suficiente pra nenhum dos dois, e tanto a Valere quanto o Zale têm seus holofotes roubados por personagens que deveriam ser secundários, mas roubam completamente a cena para si, como a Serai e o Garl, que são meus personagens favoritos, inclusive, que show a parte que é o Garl, sensacional.

No mais, apesar desse detalhe em específico, Sea of Stars é maravilhoso, e valeu cada pingo de expectativa que eu criei a respeito. Não vou ficar surpreso se chegarmos a ver mais um indie fazendo barulho ao figurar entre os gigantes nas indicações a jogo do ano.

Eu criei bastante expectativas nesse jogo e ele entrega um pixel art maravilhoso e ótima ost, o combate é legal, mas infelizmente ele enjoa rápido porque as batalhas são simples e fáceis. Os personagens são rasos e não tem profundidade. A história extremamente simples e chata.

Koa é um jogo de plataforma 3D, derivado da série Mara, que tem Summer of Mara e Stories of Mara. Saindo então da fórmula anterior de fazenda para um game mais similar a um Mario 64 ou A Hat in Time.

O mundo fora das fases é vazio, mas no resto é tudo muito bonito, sendo um game perfeito para jogadores mais novos ou menos experientes. Se não tu pode pegar pra relaxar dos platformers mais hardcores ou criar sua dificuldade tentando coletar tudo ou ir full speedrun.

Falo melhor no meu review aqui: https://www.youtube.com/watch?v=k1qsGKheWVg

Um dos melhores jogos de luta da história, e com certeza o melhor que eu já joguei na vida.

Fighting Games estão para mim como a água está para o óleo, não por desgosto, mas simplesmente por falta de competência, sempre tive dificuldade com esse estilo de jogo.

E partindo de quem faz parte da turma "aperta todos os botões e reze para algo acontecer", é inevitável classificar Street Fighter 6 como o jogo de luta mais acolhedor dentre todas as outras opções.

Digo isso não só pela opção do controle Moderno, que por sinal é algo incrível, mas também pela comunidade do jogo, que é absurda. A grande maioria das pessoas te acolhem independente do seu nível de experiência, e te ajudam com o que precisar, seja com dicas, dúvidas ou até mesmo auxílio pra troféus.

A adição do World Tour, onde você joga com o seu próprio avatar também é algo a se destacar. Apesar da história descartável, simplesmente viajar pelo mundo encontrando os principais personagens clássicos da franquia e ter a liberdade de quebrar qualquer pessoa nas ruas na porrada valem a experiência por si só.

Ainda jogarei o título por um bom tempo, e desafio qualquer um desse site a ter uma conversa amigável de 5 minutos com minha Cammy.