Este aqui é diferente dos Marios que eu tinha tentado. Pra falar a verdade, ele tem um jeitão mais de Kirby que de Mario. Primeiro porque é breve, depois porque é fácil. Poderia ter sido uma série paralela feita com menos conteúdo, mas o resultado aqui diz o contrário. Eu joguei de volta um bom pedaço de alguns dos melhores Marios desde que tive acesso ao serviço online do Switch e o que mais me impressionou em 6 Golden Coins foi a riqueza de detalhes nas fases, nos mundos, nos novos inimigos, na música. Ou talvez isso seja só uma impressão porque, ao contrário dos Super Mario World, esse aqui pra mim é novidade. O charme do Game Boy também ajuda. É que eu tenho uma quedinha por concisão e simplicidade.

Mas quando eu digo que o jogo é fácil, eu tenho que ser sincero: se não fosse o sistema de saves do Switch Online eu teria largado 6 Golden Coins na fase final. Apareceram pulos difíceis e o Wario, chefão, se movia em padrões mais complexos que aqueles que tinham aparecido no jogo até ali. Foi um pico de dificuldade meio abrupto, a cara dos anos 90.

Ninguém dá muita bola pra Primeira Guerra e só por isso Valiant Hearts já me pegou, quando saiu. Não dá pra dizer que o jogo é feio ou desinteressante, que não tem puzzles legais, mas progredir me deu uma preguiça sem tamanho.

1993

Raras vezes um jogo tão influente, e antigo, aguenta o pique de ser novidade pra alguém em 2023. No meu caso, o que mais acontece é eu jogar, entender a importância, mas ter aquelas ressalvas típicas de quem pegou o game fora de seu contexto. Eu nunca tinha jogado Doom até esses dias. Meu FPS dos anos 90 foi Blood, por uma dessas circunstâncias que aconteciam na época em que as crianças não tinham todo o entretenimento do mundo à disposição...enfim, pra encurtar o papo de velho: em 2023 Doom me pegou, eu pude entender o tamanho da influência que este jogo teve sobre muito do que eu já joguei, e ainda sobrou espaço para ficar impressionado com a música, que é talvez o elemento mais definidor do jogo inteiro; com os mapas, que pra mim são um exemplo de design eficiente, intrigante e ao mesmo tempo direto ao ponto; com os efeitos sonoros, que complementam a música e as mecânicas das armas; com o tanto de elementos que Doom empresta dos filmes de ação dos anos 80 e transforma em linguagem de videogame, um campo ainda muito indefinido em 1993. Deu pra ficar bem viciadinho e imaginar como deve ter sido legal pegar isso em primeira mão, 30 anos atrás.

Bonzaço, mesmo que seja irritante pra crlh. Todo o lore dos dados e da Sorte serve pra dar respaldo a um dos jogos mais injustos que eu já joguei. Até certo ponto é possível aprender e melhorar, etc., mas quando você pensa que está com tudo sob controle, Lady Luck põe uma rodada perfeita à disposição da máquina e o aprendizado não serve pra nada -- a parte legal é que isso faz todo sentido com a proposta e tal, e cada partida tem estofo suficiente pra manter teu interesse; a parte chata é que essa dinâmica te impede de controlar teu ritmo no jogo, ou seja: se a tua ideia for jogar pra zerar rapidamente, fazer 100% e essas coisas, é melhor pegar outro game.

New Vegas me despertou de um longo período sem jogar nada. Sozinho, teria feito meu PS3 se pagar. Foi o mundo aberto mais cativante em que eu já estive, e eu guardo, na memória, paisagens, música, personagens -- de um jeito que ainda não consegui repetir com outro jogo.

Cauboi retrofuturista dá tiro e pula. O jogo tem ideias bem legais, mas é um pouco desequilibrado na dificuldade e às vezes dá a impressão de que é irritante sem querer. É charmoso, dá vontade de se apegar, mas ao mesmo tempo parece só o rascunho de um jogo. Grande vantagem é que é muito barato e curto, não abusa do seu tempo.

Eu tinha uma dívida comigo mesmo, que era zerar esse jogo. Na infância eu fui até o quinto mundo e abandonei por frustração. Fico feliz em dizer que...tô abandonando de novo no quinto mundo, kkk. Está além da minha capacidade de sentir raiva. As crianças dos anos 1990 estão de parabéns.

Fico incrédulo quando me dou conta de que zerei esse jogo aos 13 anos. Hoje em dia não tenho nervos pra essas coisas, virei um cagão.

Não sei o que eu esperava, mas...este jogo não tem alma. Dos menus às narrações às comemorações, tudo é asséptico, e ainda com o agravante de ser muito feio e quase inviável no Nintendo Switch. A culpa é de quem? É minha por ter caído em nostalgia.

É muito bom. Na verdade, é um feito gigantesco ter transformado a casca do F-Zero em um jogo que é muitíssimo moderno, multiplayer, com uma alma meio mobile, viciante como um Candy Crush da vida. O problema é que sempre fica lá no fundo uma desconfiança de que eu na verdade tô jogando só com robôs o tempo todo. Ainda assim, entender o traçado das pistas e administrar a energia/velocidade é desafio suficiente pra me manter no jogo, mesmo que o multiplayer não tenha regras lá muito claras.

Tô dando por encerrado agora, com um pouquinho mais de 5 horas, porque daqui pra frente vai ser só vício e frustração.

Personagens carismáticos, dificuldade justa, arte e concepção engraçadinhas. Os chefes são pontos altos do jogo, nada de melancolia --só felicidade.

Plataforma 3D simples e bonito, com excelente trilha sonora. Acho até que esse é um pouquinho fácil demais, porque dá pra jogar um bom pedaço no piloto automático. Algumas fases compensam em inventividade e enchem os olhos pela beleza quase minimalista, mesmo que o Mario tenha pouca liberdade de movimento -- como alguém já disse por aqui. Joguei 15 horas e senti falta do que fazer no game.

Comprei já no fim da feira da eShop do 3ds. Poucas vezes se fez tanto com tão pouco. Mario Golf parece simples, e é até certo ponto, porque é feio e um pouco desengonçado nos controles, mas acho que esse é um daqueles exemplos em que a indústria dos jogos encontrou uma vertente que leva o jogador à essência do que é jogar, brincar, ter um passatempo. É uma espécie de modelo primordial que os elementos de RPG, a música, a presença do Mario e sua rapaziadinha só fortalecem, fazendo uma mistura que é singular pra caramba. Até me espanta que não haja mais imitadores, a exemplo do ótimo Golf Story.

Hoje oficialmente desisto de completar esse aqui. Eu o colocava naquela prateleira de "um dia termino, vamo vendo", mas sei que não vou me animar pra vencer os pequenos pulinhos que não consigo dar ou a esquisitice dos movimentos de câmera. Com o tempo eu descobri também que sou o tipo de jogador que a crítica mais abomina: aquele que quer ser guiado pra cima e pra baixo. Chega uma hora que eu canso de rodar o castelo ou vou retomar o game depois de semanas e desaprendi todos os controles. Isso tudo é uma pena porque o que esse jogo é charmoso não está no gibi! Música, atmosfera, os mini-games, tudo é cheio de uma vivacidade impressionante, que é o que me faz retomar o jogo de vez em quando.

Zerei e virou um dos meus preferidos. Odyssey tem umas ideias que dão certo por milagre, como se alguém tivesse colocado certas decisões no modo aleatório. Esse charme é difícil de descrever.